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Richard K.

Ashley – The poverty of neorealism


Introdução

• O neorealismo alcançou consenso sobre as categorias definidoras das estruturas


dominantes em sua totalidade. Essas categorias não se referem somente ao debate
das classes socais e ao espaço e instrumentos dessas classes, mas aos Estados
modernos, suas batalhas pela hegemonia e os instrumentos e espaço pelos quais são
conduzidos. Ele se tornou numa ortodoxia dominante rapidamente
• Nos EUA, nos anos 80, o neorealismo e sua teoria estrutural hegemônica moldou e se
tornou uma medida para o discurso e ritual de uma geração dos estudantes de política
internacional
• Para o autor, o neorrealismo é um sistema de erros; contido em si mesmo; uma
afirmação própria e uma junção de comprometimentos como os estados, utilitarismo,
positivismo e estruturalismo
• Aprendeu do realismo o interesse pelo poder; da ciência pegou o interesse em
expandir o alcance pelo controle e dessas apropriações criou uma perspectiva teórica
que demonstra a possibilidade de um poder entendido como racional que nunca
precisa conhecer sobre os limites para o poder
• É uma ideologia que antecipa, legitima e orienta um projeto totalitário de proporções
globais: a racionalização da política global
• Entretanto, de uma maneira positiva, o autor sugere que o neorrealismo não é uma
divisão exaustiva entre um neorrealismo estruturalista progressivo e um neorrealismo
reducionista
• O neorrealismo obscurece outras divisões que possuem a mesma importância

A tradição do Neorrealismo

• O triunfo do Realismo científico

Argumentos:
Os conceitos do realismo clássico foram considerados muito confusos, instáveis, muito
resistente às formulações operacionais consistentes, muito dependente da sensibilidade
engenhosa dos estudiosos inclinados historicamente e contextualmente.
Os realistas clássicos distinguem, insuficientemente, aspectos objetivos e subjetivos da
política internacional.
Os estudiosos do realismo clássico não tinham um bom fundamento em teoria social.
Os realistas clássicos se limitam ao âmbito das relações político-militares em que a
balança de poder pode ter um status de um conceito central.
O neorrealismo é uma redenção científica progressiva da escola realista clássica.
Serve aos interesses do realismo clássico sobre circunstâncias novas e desafiadoras e é
favorecido por um claro alcance objetivo entre as demandas científicas e suas
potencialidades
A transformação começou a ocorrer durante um período de crise econômica global e um
crescente transnacionalismo e através de processos políticos que o realismo não
conseguiu compreender

O neorrealismo surge e, assim, foge dos limites de um atomismo lógico, fazendo uso de
aproximações científicas nos estudos das relações internacionais. A sua estrutura política
de poder limita os efeitos como da interdependência econômica e o desenvolvimento
desigual, assegurando os meios para essa estrutura permanecer entre os próprios atores.

• A promessa do estruturalismo
Tomou forma em reação contra o pensamento sobre fenômenos do conhecimento
especulativo e evolucionário
Busca construir as relações objetivas de estrutura política e representações da prática,
incluindo conhecimentos básicos do mundo
O estruturalismo sai de uma interpretação da prática para um ponto de vista sistêmico,
social e totalizando a estrutura e um sistema de regras constitutivas que não tem por
objetivo regular o comportamento e nem criam a possibilidade de formas particulares de
comportamento
Pressupõe a prioridade da estrutura sobre a prática e a absoluta predominância do todo
sobre as partes. A estrutura existe de maneira autônoma independentemente das partes,
atores, identidades etc.
Tem como uma de suas características, também, a prevalência de uma diacronia e
qualquer mudança alcança somente o modelo da estrutura
A estrutura do estruturalismo neorrealista: Um sistema de erros

• O neorrealismo tem um compromisso com o estatismo, utilitarismo, estruturalismo e


com o positivismo que foram conectados como se tivessem sido feitos um para o
outro; como uma máquina ou uma unidade contida em si mesma que parece ter
criada para desafiar a crítica e acabar com qualquer oposição.
A) Estatismo: A teoria neorrealista é predominantemente estadocêntrica em que Estado
é um ator e serve como modelo para o mundo. Ele tem certos objetivos e poder de decisão
e deve ser tratado como uma unidade que não causa problemas. Ademais, conceitos
coletivistas globais podem ser aceitos por essa unidade com um caráter objetivo somente
se forem interpretados como agregações das relações e interesses se tiverem ligação
histórica e lógica entre as sociedades vinculado a esse sistema estatal. O estado é, assim,
ontologicamente antecessor do sistema internacional e o neorrealismo é estadista antes
de ser estruturalista.
B) Utilitarismo: Possui premissas individualistas e racionalistas. O individualismo estipula
uma primazia teórica dos atores individualmente no lugar de um coletivo e social. A ação
individual é tomada como algo privado; é a primeira unidade. Com relação aos atores,
esses se comportam racionalmente e servem seus desejos da melhor maneira possível. A
interação social é como um instrumento de troca entre atores individualmente. A ordem
social é uma ordem derivada das relações instrumentais e expectativas mútuas entre
indivíduos egoístas e racionais e, as mudanças ocorrem espontaneamente, como uma
consequência de mudanças relativas às demandas e capacidades dos atores individuais.
Vale ressaltar que o mercado representa um modelo ideal de racionalismo, ação objetiva,
interação, ordem e mudança. Assim, fazendo uso da corrente utilitária de ordem, ação e
mudança, o neorrealismo, implicitamente, estabelece a grande mentira de seu ideal fixo
do Estado como ator principal.
C) Positivismo: É um modelo advindo da ciência natural. Possui 4 expectativas. O
conhecimento científico busca alcançar uma realidade que existe de acordo com certas
relações casuais ou estruturais fixas que são independentes da subjetividade humana e
internamente harmoniosa e sem contradições; a ciência busca formular tecnicamente um
conhecimento prático que amplia a capacidade humana para fazer predições, ações
eficientemente orientadas e exerce controle sobre os valores humanos dados; o
disputado conhecimento tem valor neutro; a verdade sobre os conceitos e
reinvindicações são testados via a correspondência de uma experiência externa através
de instrumentos ou regras interpretativas.
D) Estruturalismo: Para o estruturalismo, existe um todo estrutural. Uma subjetividade
social profunda que prevê uma existência autônoma independente e constitutiva dos
elementos. Tem como foco, somente, uma perspectiva objetiva. Tem uma concepção
atomista (traz uma ideia de que o todo está ligado às suas partes mas, na verdade, essa
concepção mostra que o todo pode agir independente das partes). O autor faz uma crítica
ao Waltz e mostra como essa estrutura limita e detém a ação sobre as partes e esse todo
estrutural é formado porque todas as relações subjetivas são tomadas como sistêmicas e
são psicologicamente formadas e podem retiradas dos estudos através de um
reducionismo. No neorrealismo existe uma atomização superficial junto com o
enclausuramento do estruturalismo que leva os indivíduos a viverem, inteiramente, no
nível das aparências; é um idealismo dos poderosos projetado para o todo; é um idealismo
estático desenvolvido do ponto de vista de uma coalização de Estados dominantes. O
estruturalismo neorrealista é como uma cobra (a cabeça da cobra é o não-reflexivo estado
como ator que só reconhece e confia em si mesmo e não reconhece limites ou
dependência. O Estado rasteja em volta chiando ‘autoajuda’ e projetando sua própria
imprudência para o mundo. Encontra sua própria insensatez refletida nos outros, come
seu próprio rabo e, assim, esse sistema se define. Ao responder o que é sistema, como
algo que reproduz em si mesmo, a cobra come mais um pedaço de sua calda. E os valores
e normas? São aqueles que refletem o poder e interesses dos poderosos. E o poder? A
cobre, com o que sobrou dela mesma, responde que o poder é fixado por essas
capacidades que prevê as bases para o estado como autor autônomo. E a autonomia?
Com uma última mordida, a cobre responde que a autonomia é o privilégio do Estado em
não precisar se refletir em nada porque o todo se curva para essa projeção irrefletida de
si mesmos. E, assim, a cobra desaparece com todo o seu vácuo teórico). Ashley também
cita Thompson e diz que suas palavras são pertinentes (O estruturalismo neorrealista se
presta, maravilhosamente bem, para ser transformado numa apologia para o status quo,
uma desculpa para a dominação, uma ofensa contra a utopia e contra hereges
inoportunos que possam questionar a ordem dominante dada. O neorrealismo é,
também, silencioso sobre as 4 dimensões da história: sobre os processos (existem
categorias históricas fixas e todo o movimento está confinado num campo fechado em
que os limites são definidos pela estrutura existente), sobre as práticas (as pessoas são
reduzidas como um homo economicus idealizado, capaz de executar somente, mas nunca
capaz de refletir criticamente sobre a lógica racional limitada que o sistema demanda de
seus indivíduos. As pessoas são reduzidas como mero objetos que só tem participação na
reprodução do todo), sobre o poder (existe um modelo de competência da ação social
que deve ser reconhecido) e sobre a política (no neorrealismo, a política vira uma pura
técnica; faz uma interpretação exclusiva com uma estrutura de ação econômica através
de um constrangimento social). As categorias fixas do neorrealismo estrutural congelam
a ordem existente, reduzem a história e o futuro da evolução social para uma expressão
daqueles interesses que são medidos pelo vetor o poder entre os Estados em competição
O fantasma da antiga revolução

• O neorrealismo pode ser entendido como uma reação às crises. Ele obtém sucesso em
sua ilusão de grandeza porque torna caricato os fantasmas da revolução passada que
são, em sua maioria, da revolução behaviorista nos estudos das relações
internacionais na Guerra Fria. Eles usam seus fantasmas como uma imagem que
reflete o neorrealismo da melhor maneira possível. Para o autor, o neorrealismo não
passa de uma mediocridade ridícula.
Recuperando um realismo silenciado

• A estrutura prática do realismo silenciado: o mais importante para o realismo é um


interesse prático no conhecimento, fazer uma aproximação hermêutica, possui uma
tradição estatista e como tema prático a balança de poder
• A concepção política dos conceitos políticos: os neorrealistas não conseguem
entender a tradição que os realistas clássicos carregam
• Poder, reconhecimento e balança de poder: são temas muito ricos no realismo
clássico
• Rudimentos de uma teoria da prática política internacional: o realismo clássico está
imerso na tradição que interpreta, não considera o desenvolvimento e concorda com
o silêncio da sua tradição e não contem categorias que possibilitariam especificar e
avançar sobre as hipóteses das condições históricas que fizeram dessa tradição
possível e as estruturas de poder sociais transnacionais. Por isso, o realismo clássico é
falho, mas não deve ser ignorado com fez o neorrealismo. Deve ser feito um
desenvolvimento de um modelo de competência dialética (a ideia é preservar o
realismo clássico e sua riqueza ao mesmo tempo que expõe as condições, limites e
possibilidade de mudança. Esse modelo conseguiria, assim, ultrapassar o
neorrealismo)
• A clássica repudiação realista do neorrealismo (para o autor, o neorrealismo não é
digno de seu nome. O neorrealismo debocha dos avisos e limites do realismo clássico,
relata seus falsamente seus interesses, enfraquece com sua ironia, esvazia seus
conceitos, caricatura suas ricas percepções, reduz a prática para uma performance
sem fim de escolhas econômicas restringidas através de papéis unidimensionais e
molda o todo sobre um plano histórico desprovido de perspectiva, contradição e vida).
Uma conclusão autocrítica

• O autor almeja que seja estabelecido uma ciência que pode expandir o espaço para a
crítica, mudança de um método de conhecimento predominante e uma crítica que
pode ser expandida para incluir outros temas.

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