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MANUAL DO CORALISTA

Planos e Objetivos
O primeiro objetivo do coro é criar as condições para que um grupo de pessoas possa fazer música em conjunto.

Isto é alcançado através da instrução e coordenação do Maestro, que prepara um programa musical adequado e
interessante, ensina a música a quem não a conhece, ajuda a ultrapassar as dificuldades individuais da prática musical,
agrega os indivíduos num conjunto coerente, e produz, pela sua visão e pelo esforço coletivo, algo que, no seu expoente
máximo, seja sublime e merecedor da atenção do público.

Isto faz-se possível pela gerência da Direção, que mantém as relações com as entidades de que o coro depende, procura
garantir a sustentabilidade e a prosperidade financeira, e procura novas e maiores oportunidades para o coro brilhar; e
também pelo trabalho da Comissão Artística, que zela pelo bem-estar coletivo, organiza o material a trabalhar, cria
conteúdos de apoio, e coordena a logística do tempo e espaço de que o coro usufrui.

Finalmente, isto é alcançado pelo compromisso individual de cada um dos coralistas, que oferecem a sua voz, o seu
tempo, e o seu esforço, para que todos em conjunto possamos criar algo maior do que qualquer um de nós sozinho.

Para ser possível ambicionar ao sublime, é necessário um compromisso partilhado entre todos os membros do grupo a
esta visão. Para esse efeito, oferecemos este guia, que delineia algumas regras e princípios do plano que o
Coro da Universidade de Lisboa tem para a sua concretização.

Este é oferecido para que cada coralista, novo ou efetivo, possa estar em sintonia com aquilo que se procura de cada um,
de acordo com os ideais a que chegámos pela experiência dos anos a cantar em conjunto.

Lisboa, 7 de maio de 2018

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Assiduidade
A assiduidade é o principal requisito para um coralista poder participar nos projetos do coro. Mesmo havendo
facilidade musical, é imperativo que as pessoas trabalhem juntas para se habituarem ao conjunto, e para o conjunto se
habituar a elas. Sem isto, não valeria a pena haver um conjunto.

A assiduidade do CUL é controlada por programa. À entrada de cada ensaio é disponibilizada uma folha de
presença que o coralista deve assinar. Caso tenha menos de 66% de assiduidade, a participação fica condicionada
por audição com o Maestro, sendo que, salvo raras exceções, o Maestro considera uma assiduidade abaixo dos 33%
insuficiente para passar.

Alguns eventos especiais, como os fins de semana intensivos, apenas contam positivamente para a assiduidade, ou
seja, beneficiam quem vai, mas não afetam quem não pode vir.

Mesmo havendo este controlo, é importante informar o Maestro ou a Comissão Artística de faltas previstas ou
inesperadas, já que isto poderá ter influência no planeamento dos ensaios, e reforça o compromisso que temos para o
projeto e os nossos colegas.

Pontualidade
A pontualidade conta para o registo de assiduidade, e é contada em blocos de 15 minutos, sendo que é leniente
para o lado do coralista. Isto não deve ser visto como permissão para chegar tarde, já que o que se perde é maior do que
meros números numa folha de Excel.

O ensaio normalmente começa com um aquecimento vocal. É importante chegar a horas, já que cantar sem
aquecimento torna mais difícil manter a afinação, e isto afeta negativamente o resto do coro. Mais do que isto,
cantar com a voz devidamente aquecida é mais agradável e dá mais satisfação.

Um coralista que chegue atrasado deve integrar-se o mais rápido e discretamente possível no trabalho, de forma a
evitar interromper o trabalho dos colegas.

Os ensaios deste coro têm a duração de duas horas, e não há intervalo. Este esquema foi escolhido para otimizar o pico
de produtividade educativa que é alcançado a aproximadamente dois terços do processo.

Partituras e Materiais
O coro estuda a música através de partituras. As partituras de cada peça a estudar são distribuídas durante os primeiros
ensaios. O CUL apenas compromete-se a fornecer uma cópia impressa de cada partitura, sendo que estas também
ficam disponíveis em formato digital na pasta partilhada do coro.

Em caso de esquecimento, e caso haja, o coralista poderá pedir emprestado uma partitura, que deve ser devolvida no
fim do ensaio. Em caso de perda, o coralista deverá imprimir uma partitura nova a partir do arquivo digital. No fim de
um programa, cada coralista deve guardar a sua partitura, de forma a poder reutilizá-la em programas futuros.

O coralista deve também ter um lápis para anotar quaisquer indicações de interpretação na partitura. Escrever as
indicações é essencial, já que a nossa memória raramente é suficiente para guardar todos os detalhes, e perde-se tempo
de ensaio a repetir as mesmas coisas, se estas não forem anotadas.

Também é útil fazer notas pessoais para facilitar a nossa leitura, e avisar-nos a nós próprios de erros comuns. Isto
revela-se duplamente útil quando estamos sob a pressão da atuação, e a nossa memória se torna de difícil acesso.

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Organização e comunicação
A organização do coro usa uma série de ferramentas de comunicação para poder coordenar os projetos em andamento.
Ter atenção a estas comunicações e responder atempadamente a pedidos de informação ou de compromisso, é
essencial para o bom funcionamento do coro.

O principal meio de comunicação é o email, presumindo-se que todos os coralistas consultam a sua caixa
periodicamente. Por esta via são enviadas informações importantes sobre os concertos, programas em andamento, etc.

As disponibilidades para a participação dos vários eventos do coro são sondadas através de formulários “Doodle”.
Os Doodles devem ser respondidos logo que são recebidos, mesmo que seja para indicar indisponibilidade, já que têm
um tempo limite para a sua resposta, anunciada no seu envio. Com quanto mais antecedência sabemos com quem
podemos contar, melhor podemos ajustar a nossa participação.

Caso um coralista não responda a uma sondagem de disponibilidade atempadamente, é automaticamente excluído
desse evento, salvo a convite especial pelo Maestro. A disponibilidade pode ser alterada até ao fecho do Doodle, e em
qualquer instância são toleradas desistências, sendo que se apela à responsabilidade para o fazer o mais atempadamente
possível.

Um calendário bem organizado é essencial para a vida de qualquer músico. Muitas vezes será necessário aceitar
compromissos para concertos ou projetos com meses de antecedência. Isto torna-se muito mais fácil de gerir se os
nossos compromissos estiverem registados num sítio de fácil consulta, para que possamos tomar decisões rapidamente e
de forma efetiva.

Disciplina do Ensaio
O ensaio é, primariamente, um diálogo entre o Maestro e o Coro. Para o Maestro poder exercer a sua função de
educador e coordenador, o coro deve ceder-lhe, durante o tempo do ensaio, a sua atenção. Sendo o som a matéria prima
da música, deve haver suficiente silêncio para que quem está a trabalhar possa fazê-lo sem frustração. Quando um
naipe não está a trabalhar, é aceitável que os coralistas parados convivam entre si, desde que isto respeite o trabalho em
curso, e que haja sempre um ouvido aberto à indicação da retoma.

Confiando na responsabilidade de cada coralista, apela-se à auto-disciplina e auto-gestão. Qualquer coralista que se
sinta afetado pelo volume dos colegas é encorajado a relembrar os intervenientes do contexto em que se encontram, por
exemplo com um “shh!” bem colocado.

É especialmente importante ter sempre presente na consciência o sítio da peça em que o coro está a trabalhar, e às
indicações do Maestro relativamente à sua localização, já que uma grande parte do tempo perdido num ensaio vem da
necessidade de re-localizar os coralistas perdidos.

Da mesma forma, quando se está a cantar, deve-se ter especial atenção ao gesto de corte, e parar logo que é indicado.
Contrariando o impulso de imediatamente comentar sobre o que aconteceu depois de uma paragem, este momento
deve antes ser usado para ouvir a razão que o Maestro dá para a paragem, de forma a continuar o mais rapidamente
possível.

Para além disto, deve-se ter atenção à postura, à colocação, ao timbre da voz, à afinação, às dinâmicas, à audição de
conjunto, e a todos os elementos expressivos que elevam a arte de cantar acima de uma mera reprodução de notas. O
ensaio deve ser usado para ganhar confiança com as músicas, para ser possível cantar desprovido de tensões, e com um
prazer que se transmita ao público.

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Disciplina de Concerto
O momento do concerto é a culminação de todo o trabalho que o coro teve até esse momento. Constitui assim um
momento de acrescida responsabilidade, logo, deve ser redobrada a postura/disciplina e a atenção às indicações.
Estas indicações, dadas até ao ensaio de colocação – posição em palco, ordem de entrada, etc. – deverão ser respeitadas
e cumpridas para zelar pela eficácia e sucesso em concerto, uma vez que tudo contribui para uma boa imagem do coro.

O coro entra e sai do palco de forma ordenada. A ordem é determinada no ensaio de colocação, e o coro alinha um
pouco antes da entrada em palco. Deve ser respeitada a ordem determinada no ensaio de colocação. Durante a entrada,
deve-se procurar manter uma distância consistente da pessoa à frente. A pasta é sempre segurada do lado esquerdo,
e abre-se quando o Maestro faz sinal para tal.

É normal, durante uma atuação, acontecerem erros ou falhas. Estes devem ser assumidos, e nunca devem ser dados a
transparecer ao público, continuando sempre com a postura de como se estivesse tudo bem. Se bem feito, o público
nem irá reparar que alguma coisa não correu como devia.

Considerações gerais do Canto Coral


O estudo de uma música no coro é feito de forma progressiva. Primeiro a música é lida, sendo que o objetivo é aprender
e interiorizar as notas, ritmos, melodias e harmonias, dinâmicas e outros elementos pedidos pela partitura. Isto cria uma
perceção geral do que a peça consiste, e constrói confiança para adicionar mais detalhes e mais expressividade.

À medida que o coro ganha confiança com a música, deve desprender cada vez mais da partitura, e dar cada vez mais
atenção às indicações do Maestro, e à audição ativa do envolvente. Ouvir o naipe, e também o resto do coro é
fundamental para trabalhar aspetos como afinação, fusão, e modelação do timbre. Só dessa forma é que o coro pode
alcançar um som realmente impressionante.

Olhar para o Maestro deve ser tão ou mais importante que a leitura da partitura, já que é o gesto do Maestro que
garante que todo o conjunto está coordenado. É especialmente importante olhar durante as entradas e cadências de
cada frase musical da peça, já que estes normalmente são os sítios com mais variação da pulsação da música.

O canto coral valoriza o som de conjunto acima do som individual, logo é procurado um tom de voz que se funde bem
com o resto do naipe, não se sobressai demasiado, nem fica inaudível. Para o efeito, deve-se evitar o volume excessivo
relativamente ao resto do naipe, e também o vibrato demasiado destacado. O coralista deve cantar com um volume
que o permita conseguir ouvir os colegas do lado, e também identificar a harmonia do resto do coro.

Deve-se manter uma postura correta durante o canto, mesmo durante a leitura, privilegiando sempre um alinhamento
correto do tronco e cabeça, o que permite um som projetado e saudável.

Cada coralista deverá garantir que respira bem, nos sítios indicados para tal, para aguentar as frases musicais que se lhe
impõem. Se por alguma razão tal não for possível, ou contra-indicado, deve-se usar a “respiração coral”, ou seja, respirar
de forma discreta num sítio diferente dos colegas, e retomar a emissão vocal de forma gradual.

Uma das maiores distinções de qualidade de um coro é a capacidade de manter a afinação do início ao fim de uma
peça. Isto é um desafio, já que requer excelente atenção a todos os parâmetros anteriores. Se conseguido, o resultado
será que a peça acaba com todo o brilho com que começou, algo valorizado pelo público que assiste aos nossos
concertos.

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