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POLÍCIA MILITAR DA BAHIA

INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA


CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS
ESTABELECIMENTO DE ENSINO CEL PM JOSÉ IZIDRO DE SOUZA
DIVISÃO DE ENSINO

CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS

HISTÓRIA DA PM, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

Atualização:
Maj PM Raimundo José Rocha Marins
Baseada na Ementa de Abril de 2018

ANO 2018
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA 2

SUMÁRIO

1- ALUSÃO AO CFAP............................................................................................ 3
2- ANTECEDENTES HISTÓRICOS.................................................................... 3
3- BRASIL COLÔNIA............................................................................................. 3
4- BRASIL IMPÉRIO.............................................................................................. 5
5- A PROIBIÇÃO DO ENTRUDO E O SURGIMENTO DO CARNAVAL......7
6- BRASIL REPÚBLICA........................................................................................ 8
7- O INGRESSO DA MULHER NA PMBA.........................................................10
8- DENOMINAÇÕES DA PMBA..........................................................................11
9- POSTOS E GRADUAÇÕES NA PMBA...........................................................12
10- ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA PMBA............................................12
11- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................18
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1.ALUSÃO AO CFAP

O material didático seguinte tem o objetivo de mostrar aos alunos a soldado, como se
deu a origem da Polícia Militar da Bahia, do Brasil Colônia aos dias atuais. Na sua trajetória
ocorreram várias extinções e ou reorganizações, até a criação atual. A estrutura organizacional
possui centros de excelência na formação do seu contingente e, subordinados ao
Departamento de Ensino (DE). Sendo a Academia de Oficiais, e o Centro de Formação de
Praças, sendo seu patrono o Marechal Alexandre Gomes de A. Ferrão, visconde de Itaparica.
Ao fazermos uma leitura iconográfica do símbolo do CFAP, as chaves simboliza abertura
para o conhecimento, já as lamparinas com chamas, também voltada para o conhecimento,
que é o seu objetivo maior.

2. ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Contextualizando nossas primeiras Leis

O colonizador do Brasil, Portugal, organizava-se e administrava suas colônias por


intermédio das leis editadas pelos monarcas. Denominando-a assim com o nome do soberano
que às editou, dessa mesma forma se procedeu no Brasil. Por essa razão, na época da chegada
dos portugueses o território brasileiro era regido pelas chamadas:

a) Ordenações Afonsinas, conjunto de leis promulgadas pelo Rei Afonso V, no ano de 1446.

b) Ordenações Manuelinas, conjunto de leis promulgadas pelo Rei D. Manoel no ano de 1506.

c) Ordenações Filipinas, conjunto de leis promulgadas pelo Rei Felipe II, no ano de 1580.

Destarte, essas leis editadas pelos soberanos vieram a constituir a base normativa para
a criação de várias leis brasileiras durante o Império. Importante lembrar também que como
registram alguns historiadores, o assunto Segurança Pública não era abordado, inexistindo
qualquer alusão acerca da existência de qualquer sistema de vigilância patrimonial.
Preocupação essa observada e iniciada depois das ameaças dos concorrentes estrangeiros,
como veremos a seguir.

3. BRASIL COLÔNIA

As primeiras tentativas de proteção do litoral brasileiro


A partir da necessidade de Portugal proteger o litoral e costa brasileira por causa dos
invasores estrangeiros, nasce daí as primeiras necessidades e formas do que chamamos hoje
de “segurança patrimonial”. Portugal encontrava-se envolvido e há muito tempo com o
comércio de especiarias das Índias, assim, com pouco interesse nas terras brasileiras. A dupla,
ouro e especiarias constituíram os bens mais buscados na expansão portuguesa (FAUSTO,
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1930). Porém algo maior despertou-lhe o interesse de proteger sua colônia, devido à ameaça
dos concorrentes estrangeiros, que tinham interesse em usurpar as riquezas da terra recém-
conquistada. Como as terras da Colônia encontravam-se desguarnecidas foi necessário que
Portugal iniciasse rapidamente seu processo de colonização.

As primeiras formas de colonização utilizadas pela Corte Portuguesa foram:

a) O Sistema de Sesmarias: lotes de terras que foram cedidos a indivíduos que


pudessem cultivá-los, evitando, assim invasões e badernas, o que não foi eficaz.

b) O Sistema de Capitanias Hereditárias: consistia na divisão de todo território


brasileiro em áreas cedidas a Nobres e Militares portugueses, que deveriam
exercer atividade de defesa contra os invasores. Passava de pai para filho e foi
doado através de uma “Carta de Doação”. As 15 Capitanias foram distribuídas
entre 12 donatários, mas apenas duas prosperaram, a de Pernambuco e São
Vicente (São Paulo).

Ficando assim o litoral desprotegido e, começa-se o despertar pela necessidade de um


contingente militar e armado, o que já veremos a seguir.

O Primeiro Contingente Militar


O Rei D. João III em 1549 nomeia Tomé de Souza Capitão Geral do Brasil, e devido
à ineficácia das Capitanias Hereditárias, começa a surgir à ideia da formação de um
contingente para apoiar às Capitanias Hereditárias e também assegurar a autoridade do
Governador. O primeiro contingente foi com um efetivo de 600 (seiscentos) homens. Tomé de
Souza, em 29 de março de 1549 foi nomeado 1º Governador Geral do Brasil, tendo como sede
a Bahia, onde nesta mesma data foi fundada a Cidade de Salvador.
O primeiro Contingente Militar armado foi composto por 600 homens destinados a
assegurar a autoridade do Governador Geral na Colônia, já que este passou a ter as seguintes
responsabilidades:

a) Assumir o comando de todas as forças armadas, assegurando a sua autoridade;

c) Desempenhar funções de defesa contra exploradores estrangeiros e


eventualmente, criminosos da própria colônia;

d) Construir navios, armar e preparar militarmente os contingentes de colonos e


ainda instalar fortificações.

A partir daí, o Governador assumi o comando de todas as Forças Armadas, exceto o


chamado Serviço de Ordenanças, já existente na colônia. O serviço de Ordenança eram forças
semi-regulares, criadas e que ficavam a cargo e a comando dos senhores de terra. A intenção
era proteger as vilas e cidades, contra ameaças interna e externa. Podemos comparar ao que
chamamos hoje de “empresas de segurança”.

Havia também outras organizações com finalidades exploratórias no interior do Brasil.


Como as Entradas, Bandeiras e Monções. Apenas as Entradas tinha apoio do governo
português
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a) Entradas: foram expedições financiadas pelos cofres públicos e com o apoio do


governo colonial, ou seja, eram expedições organizadas pelo governo de Portugal.

b) Bandeiras: foram expedições iniciativas de particulares, que com recursos


próprios buscavam lucros. Seus membros ficaram conhecidos como Bandeirantes,
e alguns ficaram famosos como Antônio Raposa Tavares e Domingos Jorge Velho.

c) Monções: foram expedições fluviais paulistas que partiam de Porto Feliz, às


margens do Rio Tietê, com destino às áreas de mineração em Mato Grosso, com a
finalidade de abastecê-las.

Os diversos tipos de expedições empreendidas à época do Brasil Colônia foram de


importância fundamental para a expansão e desenvolvimento da economia colonial.

As Milícias tiveram sua participação na ancestralidade militar, pois foram tropas


auxiliares de segunda linha, compostas mais por cidadãos do que por soldados profissionais.
Eram usadas necessariamente para os serviços de emergências e teve seu surgimento a partir
da descoberta do ouro (séc. XVII). Atuavam no policiamento interno, exercendo tarefa
punitiva contra os que atentassem as Leis vigentes. Possivelmente essas Milícias já começam
a ter participação ativa no controle dos excessos do Entrudo Popular, pois, desde seu início já
se mostra grosseira e violenta, caracterizada pelo arremesso de líquidos e cinzas. No Rio de
Janeiro acontece em 1685 a proibição desses festejos.

O Corpo da Brigada Real do Brasil


O Rei de Portugal D. João VI chega ao Brasil, Salvador, em 1808. A partir daí a
organização militar oficial ganhou um caráter de maior estabilidade, sendo criado:

a) Corpo de Brigada Real do Brasil em 1808;

b) Academia Real Militar (RJ) 1814;

c) Divisão Militar Auxiliadora em 1816.

Essa última sua criação teve a intenção de se reforçar a posição do Monarca Português
no Brasil, que juntamente com as demais forças militares portuguesas, localizadas nas
Capitanias (principalmente na Bahia), a intenção era no desenrolar do processo histórico, criar
um obstáculo no processo de autonomia da nação brasileira.
A Família Real permanece em Salvador durante um mês, em seguida vai para o Rio de
Janeiro de onde partem do Brasil no ano de 1821, deixando D.Pedro como Príncipe Regente.

4. BRASIL IMPÉRIO

Antecedentes Históricos da Independência


O século XVIII foi um momento de intranquilidade que tomou conta da colônia,
principalmente devido à precária situação financeira. Vários foram os motivos que fizeram
surgir esse desconforto, como:

a) A lenta decadência da economia açucareira;


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b) O aumento na cobrança de impostos;

c) E o aumento dos custos aquisitivo dos bens de consumo mais necessários.

Esse desconforto e inconformismo deflagraram na colônia levantes e conflitos nas


ruas, transformando-se em revoluções anticoloniais. Ficando cada vez mais forte a ideia de
independência, que surge de circunstâncias históricas e políticas definidas, como:

a) A reação nativista;

b) O sentimento de nacionalidade;

c) O desejo de autonomia.

Outro fator decisivo para a colônia separar-se do domínio português foi a disseminação
dos princípios de liberdade e igualdade, definidos pela Revolução francesa. A intranquilidade
não cessa por ai, eclodindo revoluções com a eminente necessidade de independência.
Revoluções como:

a) Revolução Pernambucana em 1817;

b) E a Revolução Constitucionalista em 1820.

A família real retorna para Portugal, em 26 de abril de 1821deixando no Brasil seu


filho D.Pedro, que em 07 de setembro do ano seguinte proclama a Independência do Brasil,
tornando-o um país independente de Portugal.

A Estrutura Militar no Pós Independência

O Brasil independente. Livra-se de status colonial e passa a status de país


independente (MATTOSO, 2004). Faz-se necessário uma estruturação militar solida o que já
passará a ser definida nas suas linhas gerais pela Constituição de 1824. Observaremos
também as várias criações, extinções e reestruturações ao longo dos anos. Na nova
Constituição ficam estabelecidas três categorias militares básicas, como:

a) O Exército: tropa regular e paga cuja função é a defesa das fronteiras;

b) As Milícias: tropas auxiliares e gratuitas para a manutenção da ordem nas


Comarcas das Províncias do Império, auxiliares do Poder Judiciário e que são
ancestrais das atuais Policias Militares;

c) As Guardas Policiais: forças também auxiliar, com processo de recrutamento e


efetivo fixados anualmente, encarregados da segurança individual e da perseguição
e prisão de criminosos.
Em caso de guerra ou rebeliões, as duas tropas não regulares poderiam ser usadas
além das suas funções normais, de acordo a Constituição.
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A Origem da Polícia Militar da Bahia


Essa estruturação sugerida e a origem da PMBA tiveram suas causas principais,
como:

a) Insatisfação dos militares brasileiros com a presença de oficiais portugueses nas


tropas de primeira linha;

b) Indisciplina nos quartéis, que levou à extinção do 3º Batalhão de Caçadores,


unidade responsável pelo serviço de polícia da cidade, não tendo sido designada
outra unidade para substituí-lo;

d) Agressividade da população contra comerciantes portugueses;

e) E a visita do Imperador D. Pedro I à Bahia prevista para 1826.

D. Pedro I nomeia O Brigadeiro Egídio Gordilho Barbuda Governador das Armas da


Bahia, que por sua vez criar em Ato Provisório “conforme consta da histórica Ordem do Dia
do Comandante das Armas, de 01 de janeiro de 1825, a Polícia Militar da Bahia, sob a
designação de ‘Corpo de Polícia”, (ARANHA, 1997). Porem sua criação ocorre em 17 de
fevereiro de 1825, com um Decreto Imperial, como Corpo de Polícia, e com um efetivo de
238 homens, todos fardados e armados. Permaneceria aquartelado no Convento de São Bento
e como Comandante o Major Manoel Joaquim Pinto Paca.
O Corpo de Polícia a tarefa de zelar pela aplicação das posturas municipais,
manutenção das Leis, a Ordem pública e organizar destacamentos para atuar no interior do
Império. Tiveram as primeiras atuações no século XIX numa tentativa de acabarem motins
escravos, manifestações anti-lusitanistas, tumultos civis, e militares responsáveis por choques
entre brasileiros e portugueses aqui estabelecidos.

A Extinção e Reestruturação do Corpo de Polícia


O Governo provinciano extingue o Corpo de Polícia por tumultos e indisciplinas no
ano de 1831 assumindo a Guarda Municipal o policiamento da cidade. Já em 18 de agosto de
1831, Art. 140 da Carta da Lei de Regência, manda criar as Guardas Nacionais em
substituição ao Corpo de Polícia.
Em 13 de fevereiro de 1835 o Corpo de Polícia foi recriado com o nome de Corpo
Municipal de Permanentes e em 12 de junho do mesmo ano foi reorganizado novamente com
o nome de Corpo de Polícia e passou a ser subordinado ao presidente da Província.

A Guarda Nacional

Durante a regência do Padre Diogo Antônio Feijó em 18 de agosto de 1831 é criado a


Guarda Nacional com o objetivo principal de substituir os antigos Corpos de Milícias e
Ordenanças, assim como na segurança pública. O decreto da criação rezava: “Defender a
Constituição, a Liberdade, a Independência e a Integridade do Império; para manter a
obediência às Leis, conservar ou reestabelecer a ordem e a tranquilidade pública e auxiliar o
Exército da Linha na defesa das fronteiras e costas...”. O período regencial passava por
instabilidade política e com revoltas estourando em todo o país (Farroupilha (RS), Balaiada
(MA), Sabinada (BA), Cabanagem (PA), etc).
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Na época da Guarda Nacional, o governo aproveitou e vendeu as patentes dos oficiais,


com preços variáveis, constituindo uma fonte de arrecadação monetária. A venda dos postos
mais elevados (major, coronel) era feita pelo presidente da província, e apenas limitado às
oligarquias. O alistamento para Guarda Nacional foi favorecido, pois muitos jovens fizeram a
opção para fugir à convocação do serviço no Exército. Sua presença foi marcante na
sufocação das revoltas regenciais e na Guerra do Paraguai. A Guarda Nacional vai subsistir o
Período Regencial e Segundo Império, neste último já descaracterizado e transformado em
milícia, dissolvida no Período Republicano, período de agitação com o movimento tenentista.

O Corpo de Polícia e a Guerra do Paraguai


É considerada a mais sangrenta das guerras da América do Sul, entre Brasil,
Argentina e Uruguai, contra o Paraguai. E como o Exército brasileiro era peque e
desorganizado o Corpo de Polícia teve sua participação.
O ditador do Paraguai, Francisco Solano Lopez, queria fazer dos países do Prata um
vasto império, o que não era aceito por esses países. Lopes também foi o responsável pela
destruição de seu país (DORATIOTO, 2002). O Brasil só entra na guerra em 1864, depois que
Solano Lopes manda apreender o navio brasileiro Marquês de Olinda. Forma-se a Tríplice
Aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai, sustentada pela Inglaterra que tinha interesses
comerciais.
Nesta guerra participou a Guarda Nacional, os Batalhões de Voluntários da Pátria e da
Bahia partiu o Corpo de Polícia, em 23 de janeiro tendo como comandante o Tenente Coronel
Joaquim Maurício Ferreira, com o efetivo de 477, sendo incorporado ao 10º Corpo de
Voluntários da Pátria, integrando a 8ª Brigada, tendo como comandante o Tenente Coronel
José Baltazar da Silveira. Em 1869 os brasileiros entram em Assunção. Só em março de 1870
o Duque de Caxias mata Solano Lopez em Cerra Corá finalizando assim a Guerra. Cumprira o
Corpo de Polícia a sua missão de defesa da Pátria, pagando com isso um altíssimo tributo de
vidas heroicamente perdidas nos campos de batalha. Apenas 477 policiais voluntários dessa
missão, apenas 77 retornaram à Bahia, entre eles o comandante Joaquim Maurício Ferreira, 6
sargentos, 18 cabos, 10 músicos, 40 soldados e 3 corneteiros (todos os oficiais morreram nos
combates).
O Corpo de Polícia, no período precedente à guerra, tinha um efetivo geral de 776
homens. Destes, permaneceram na Bahia, 10 oficiais, 11 sargentos, 23 cabos, 242 soldados e
3 corneteiros, perfazendo um total de 289 policiais. Com a grande perda de efetivo foi
necessário um recrutamento rápido. No período em que o Corpo de Policia se ausentou da
Bahia, o policiamento da região era feito pelo Corpo Provisório de Policia.

5. A PROIBIÇÃO DO ENTRUDO E O SURGIMENTO DO CARNAVAL


Como já foi supracitado, o Entrudo chegou com os colonizadores, e a partir do século
XVIII, é dividido em Entrudo Familiar e o Entrudo Popular, sendo esse último o que adquiriu
requinte de crueldade, com arremesso de ovos, cinzas e outros, surgindo assim às proibições.
O surgimento do carnaval, que começou a ser difundido no Brasil, entre 1870 a 1890, e que
ainda tinha características perversas do Entrudo, e com grande potencial para eclosão de
violência. Dessa forma o policiamento nos dias de festejos foi ficando cada vez mais delicado
e ou sofisticado. Em Salvador o Carnaval entra para a história pela não realização do Entrudo.
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Carnaval institucionalizado
A institucionalização do Carnaval de rua surgiu a partir de 1884, acontecendo alguns
conflitos entre o poder público e sociedades carnavalescas negras, aconteciam proibições
devido às caracterizações africanas. Ainda assim manifestações afrocarnavalescas negras
eram mais elogiadas que as dos candomblés os Afoxés e batucadas (ANTÔNIO, CARLOS,
2006).
Atualmente os festejos do Carnaval brasileiro e conhecido mundialmente, e dessa
forma o país e invadido por turistas do mundo inteiro que vem para se divertir, e em Salvador
não é diferente. Dessa forma o policiamento ostensivo que é de responsabilidade da Policia
Militar do estado da Bahia. O grosso do seu efetivo é empregado, com o objetivo da ordem
pública, um serviço que ao longo dos anos vem sendo aprimorado, e feito de maneira elogiosa
ao longo dos anos.

6. BRASIL REPÚBLICA

O Corpo de Polícia e a Proclamação da República


Proclamado a República, em 15 de novembro de 1889, foi organizado de Guarda
Cívica, destinada ao policiamento do território de cada um dos estados. Em dezembro do
mesmo ano, o Governo do Estado determina que o atual Corpo de Policia passasse a chamar-
se Corpo Militar de Policia do Estado Federado da Bahia, e como comandante o Coronel
Durval Vieira de Aguiar e um efetivo de 900 praças.
Em 27 de outubro de 1891 a Lei nº 5 do Governo da Bahia, tendo como então
Governador Jose Gonçalves da Silva, designa o Corpo Militar de Policia a chamar-se
Regimento Policial da Bahia, com efetivo fixado em 1600 homens e um pelotão de cavalaria
com 50 homens. A partir dai as “forças” policiais terão umas das missões mais árduas e
sangrentas, que é o drama de Canudos e a Campanha contra Lampião.

O Drama de Canudos
O Governador da Bahia solicita apoio do Exército para atender solicitação de
autoridades de Juazeiro. Segundo o solicitante o povo do Arraial de Canudos entre outras
coisas ameaçava invasão aquela cidade.
A situação de Canudos começou em 1893, nos sertões da Bahia. Sob a liderança do
beato Antônio Conselheiro, com uma população de 8.000 sertanejos, integrados sob a forma
de congregação religiosa. Região inóspita, com muitos períodos de seca e sol causticante. O
beato pregava contra as leis do regime republicano, que considerava uma ofensa às leis de
Deus. Assim como era contra a separação da Igreja do Estado e o Casamento civil.
O Arraial expandia-se e muitos não viam com bons olhos seu crescimento, como o
Governo republicano, igreja, fazendeiros e autoridades. Pois conselheiro era ameaça ao
sossego do sertão (TAVARES, 1926). O estopim deu lugar ao início do conflito, pois o povo
de Canudos compraram madeira e cal e não receberam, e deslocam-se a cidade para cobrar.
Em 1892 começaram a saquear povoados e cidades. Três pequenas expedições militares
foram enviadas para enfrentar os fanáticos, sendo todas elas abatidas, com perdas de vidas de
ambos os lados.
O Governador solicita apoio do Exército e é atendido, sendo criadas e enviadas as
seguintes expedições:
1ª) Expedição Pires Ferreira, sendo comandante o Tenente Manoel da Silva Pires
Ferreira, em 04 de novembro de 1896, com um efetivo de 100 soldados do 9º Batalhão do
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Exercito. Chegado a Uauá, em 21 de novembro, são atacados por cerca de três mil fanáticos,
com diversas baixas e sem condições de lutar, retorna a Salvador. Vale ressaltar que o
Regimento Policial da Bahia não participou dessa primeira expedição.
2ª) Expedição Febrônio de Brito, comandado pelo major Febrônio. Partiu com 200
praças e 11 oficiais, sendo que três oficiais e cem praças eram do Regimento Policial da
Bahia. Saíram de Salvador em 25 de novembro de 1896 com destino a Queimadas.
Percebendo inferioridade numérica o comandante solicitou reforço ao Distrito Militar, foram
enviados 400 soldados, aumentando o efetivo da expedição para 600 homens (200 do
regimento Policial da Bahia). Na chegada, perceberam que ali já existiam cerca de 5.200
homens. Após alguns combates a tropa bate em retirada para a cidade de Monte Santo,
sofrendo assim, grandes baixas.
3ª) Expedição Moreira Cezar, aconteceu em 03 de fevereiro de 1897, com efetivo de
1200 homens (sendo 200 praças do Regimento Policial da Bahia), sob o comando do Coronel
do Exército Moreira César. Ao atacarem Canudos, mataram mais de 800 fanáticos, porém
apareciam multidões de homens e mulheres aramados com facas, facões e armas de fogos,
que combatiam como loucos, a tropa se retira. O Comandante morre e seus oficiais fazem
uma retirada desordenada, sofrendo muitas baixas e deixa para trás muito armamento e até
peças de uniformes.
4ª) Expedição, conhecida como Arthur Oscar, comandada pelo General de Brigada
Arthur Oscar de Andrade Guimarães que chegou a Salvador em 18 de Maio de 1897, tomando
conhecimento de que os fanáticos estavam bem armados devido ao fracasso das expedições
anteriores. O Regimento Policial de Bahia contribuiu com 930 homens, isso devido à criação
do 4º e 5º Corpos do Regimento Policial. O Exército apresentou 17 batalhões de Infantaria e
Artilharia, vieram forças de Brigada Policial do Amazonas, além de um Batalhão da Policia
de São Paulo. O efetivo aproximado era de 16.130 homens.
Em 19 de outubro de 1897 ocorreu um assalto policial onde Canudos foi destruído e
seus habitantes dizimados. Findara-se assim o pesadelo. As tropas do Exército e do
Regimento Policial perderam, em um ano de campanha, cerca de 5 mil homens, mas o saldo
de mortos dos fanáticos em Canudos, ultrapassou a marca de 15 mil pessoas.

A Campanha contra Lampião


O interventor Juraci Magalhães prometeu dar cabo ao banditismo (TAVARES, 1926),
e o grupo de cangaceiros liderado por Virgulino Ferreira da Silva foi a mais famoso, isso
devido suas habilidades. Em 1922 iniciou sua carreira criminosa depois da morte do pai, em
conflito de terras em Vila Bela, atual Serra talhada, em Pernambuco. Trouxe intranquilidade
aos estados do Nordeste que compreendiam Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.
Foi difícil o combate ao grupo devido sua mobilização, e apoio dos comerciantes e
fazendeiros, os chamados coiteiros. E para facilitar a perseguição é criada a livre fronteira
entre os estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Bahia, para dar maior mobilidade as suas
forças.
Em 1927, em Pernambuco, o bando de Lampião sofreu grande baixa e os
sobreviventes vêm para Bahia. A primeira aparição de Lampião na Bahia foi em agosto de
1928, perto da cidade de Canudos. Neste mesmo ano ocorreu o primeiro encontro com a
Força Policial da Bahia na cidade de Curralinho. Cinco policiais fazem o bando bater em
retirada, ofendendo assim Lampião.
A Força Policial da Bahia passa a enfrentar uma das missões mais árduas da sua
história durante 10 anos. Lampião se utilizava e muito das emboscadas, dessa forma as
primeiras 24 volantes criadas é quase que dizimada totalmente.
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Nesse período foram criadas as Forças em Operação no Nordeste (FON) e a divisão


da área de ação em seis regiões distintas: 1ª- Senhor do Bonfim; 2ª- Juazeiro; 3ª- Uauá; 4ª-
Tucano; 5ª- Jeremoabo e 6ª- Santo Antônio da Glória. O primeiro oficial a comandar as
regiões foi o Coronel Terêncio dos Santos Dourado.
A polícia utiliza um critério de aproveitamento dos homens da região para dar cabo a
Lampião, porem as baixas foi de ambas as partes. Em 1932 o efetivo policial era de 1.170
homens e o efetivo de cangaceiros era de 100 homens divididos em vários grupos.
Lampião, Maria Bonita e 13 cangaceiros foram surpreendidos e mortos em 28 de
julho de 1938 na Gruta do Angico, pela volante policial do Estado de Alagoas, comandada
pelo Tenente João Bezerra. Porém alguns conseguiram escapar como Corisco que continuou
causando intranquilidade. O banditismo na Bahia só vem acabar em 25 de maio de 1940, pelas volantes comandadas
pelo Tenente José Rufino e pelo Sargento José Fernandes. Uma década de lutas sangrentas, perdas de vidas
de ambos os lados, e a Policia Militar da Bahia com uma amarga consciência do dever
cumprido.

7. O INGRESSO DA MULHER NA PMBA

Contextualizando o ingresso feminino

A luta das mulheres na inclusão ao mercado de trabalho sem sombra de dúvidas, além
de colaborar com o incremento econômico e social do país, aumentam a autoconfiança,
liberta-se da dependência econômica secular e resgata uma cidadania historicamente negada.
Portanto, contribuiu não apenas para que a mulher ganhasse visibilidade social e
credibilidade, potencialidade, mas, principalmente, resgatou também a sua dignidade,
possibilitando-lhe viver uma vida melhor. Rompendo assim todo esse preconceito. A exclusão
atinge boa parcela feminina, dessa forma e segundo (DUPÁS, 1999), defende que o modelo
de desenvolvimento atual é excludente, assim como culpa o processo de globalização e as
discussões das funções do Estado.

A história da mulher na PM é uma história recente, a primeira polícia brasileira que


recepcionou uma mulher foi a de São Paulo, há mais de meio século, entretanto, a primeira
mulher a chegar ao posto de coronel foi no estado de Minas Gerais, sendo a Bahia uma das
últimas a fazê-lo. A inserção da mulher na PMBA teve início após o Decreto Governamental
de número 2.905, de 12 de outubro de 1989.

Primeiro Efetivo PFem

A primeira turma como praças foi em 1989 – eram 27 sargentos e 78 soldados, que
formaram a primeira tropa policial militar feminina da Bahia, instalada na Vila Militar do
Dendezeiros, denominada Companhia de Polícia Militar Feminina. Pois com o fim da CIA
PFEM em 1997, esse efetivo foi pulverizado por todas as unidades da Corporação, perdendo
assim o referencial do pensar o feminino na instituição. As primeiras Pfem’s não foram
empregas no policiamento operacional e sim aproveitado em funções que pudessem dar
visibilidade à sua presença na PM.

A primeira turma como oficial foi em 1992 que ingressou a primeira turma de Pfem’s
para compor o Curso de Formação de Oficiais
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O preconceito: os militares homens enxergam uma incompatibilidade tácita da


aptidão da policial feminina para a rotina de um “policial operacional”. Dessa premissa
extraem-se dezenas de jargões altamente preconceituosos e machistas representando assim o
imaginário simbólico. Devemos fazer uma reflexão: foi-se o tempo em que a formação militar
tradicional visualiza na força física um suporte fundamental para demonstrar vocação para a
profissão.

Crise de identidade: quando se intensificou o ingresso das mulheres nas instituições


policiais militares, nos anos oitenta, são destacados por representar um período de crise, onde
a identidade do policial estava sendo redimensionada, exigindo-se assim valores como
inteligência e capacidade para resolução de conflitos pelos agentes de segurança pública. O
policial não se resumi a um mero aplicador da força física. A imagem do PM truculento e
dissociado da realidade não condiz com a demanda social advinda do processo de
redemocratização pós-ditadura.

O inevitável: a mulher se alinha a essa tendência e apesar da resistência em ocupar


um espaço frequentado exclusivamente por homens, a sua chegada era inevitável, pois os
direitos civis que previam igualdade entre os sexos reivindicavam por poderes que foram
cerceados historicamente. Onde sua ascensão é resultado de negociações e lutas, que se
esforçam em alterar culturalmente a concepção que tende a hierarquizar as relações de gênero
no contexto das relações sociais.

Centro de referência: a inserção da policial feminina na PMBA favoreceu a criação de


Centro Maria Felipa, em 2005, e que vem lutando pela garantia dos direitos das mulheres no
âmbito da corporação, respeitando as peculiaridades do gênero sem afetar a qualidade do
serviço. A curiosidade é que esse centro foi idealizado a partir de uma comissão formada
pelas capitãs Denice e Claudia Mara que em 2005, representaram a PMBA, no aniversário de
55 anos do ingresso feminino na Polícia Militar do Estado de São Paulo. Esse centro tem
como objetivo principal assessorar o Comando Geral nas decisões referentes ao gênero
feminino, entre outras coisas.

8. DENOMINAÇÕES NA PMBA

1. Criação:

Corpo de Polícia

2. Guerra do Paraguai:
Corpo de Polícia (os que foram para a guerra)
10º Corpo de Voluntários da Pátria (integrantes da 8ª Brigada do Exército)
Corpo Provisório de Polícia (ficaram da Colônia)

3. Guerra de Canudos:

Regimento Polícia da Bahia

4. Cangaço:
Força Pública (1922 a 1935)
Polícia Militar (1935 a 1940)
Força Policial (1940 a 1946)
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA 13

5. Decreto do Governo Estadual nº 13.503 de 17/11/ 1946 até os dias atuais:


Polícia Militar do Estado da Bahia

9. POSTOS E GRADUAÇÕES NA PMBA

Coronel PM – Cel PM
Tenente Coronel PM – Ten Cel PM
Major PM – Maj PM
Capitão PM – Cap PM
1º Tenente PM – 1º Ten PM
Aspirante a Oficial PM – Asp Of PM
Aluno a Oficial PM – Al Of PM
ST PM- Sub Ten PM
1º Sargento PM – 1º Sgt PM
Aluno a Sargento PM – Al Sgt PM
Cb PM- Cabo PM
Aluno a Cabo PM
Soldado 1ª Classe PM – Sd PM
Aluno Soldado PM – Al Sd PM

10. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA PMBA


COMANDO GERAL DA PMBA
Missão - Tem por finalidade planejar, assessorar, executar, avaliar e controlar as atividades da
Polícia Militar.
SUBCOMANDO GERAL
Missão - Tem por finalidade prestar assistência ao Comando Geral na coordenação do
funcionamento da Corporação.
COPPM - Comando de Operações Policiais Militares
Missão - Planejar, coordenar, controlar e supervisionar nas Regiões Metropolitanas de
Salvador e do Interior, as atividades de polícia ostensiva de acordo com as necessidades de
preservações da ordem pública, bem como supervisionar as atividades realizadas pelas
unidades operacionais no que concerne a eficiência nas missões de policiamento ostensivo
(Dec. 7.796/00).
COBM - Comando de Operações de Bombeiros Militares
Missão - Planejar, coordenar, controlar e supervisionar nas Regiões Metropolitanas de
Salvador e do Interior, as atividades de Bombeiro Militar de acordo com o que prescreve o art
144, § 5º da Constituição Federal e Art. 148 inciso II da Constituição Estadual.
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA 14

DCS - Departamento de Comunicação Social


Missão - Tem como atribuição perceber, receber, trabalhar e disseminar as informações de
caráter interno e externo, dentro dos princípios da unidade, da universalidade e da eficácia,
transferindo habilidades à instituição policial militar estadual na área da Comunicação Social
da Corporação, bem como, coordenar as atividades de todos os segmentos de Comunicação
Social distribuídos por todas as Unidades da Polícia Militar da Bahia.
CME - Coordenadoria de Missões Especiais
Missão - Tem por finalidade o cumprimento de tarefas que lhe sejam atribuídas pelo
Comando Geral, a níveis estratégico, tático e administrativo, bem como a coordenação e
execução das atividades de produção e proteção de informações necessárias ao funcionamento
da Corporação.
DEPLAN - Departamento de Planejamento
Missão – Tem por finalidade sistematizar, programar e consolidar planos, programas, projetos
e atividades da Polícia Militar e acompanhar e avaliar sua execução.
DAL - Departamento de Apoio Logístico
Missão - Planejar, coordenar, controlar e executar as atividades de administração logística da
PMBA, além de efetuar as grandes aquisições de materiais.
DP - Departamento de Pessoal
Missão - Planejar, coordenar, controlar e executar as atividades de administração de pessoal,
ação social, saúde logística e patrimônio da Corporação.
DF - Departamento de Finanças
Missão – Tem por finalidade executar as atividades de descentralização financeira, de
acompanhamento e fiscalização das gestões orçamentária, financeira e patrimonial, bem
como, proceder à contabilidade e a auditoria interna da Corporação.
DMT - Departamento de Modernização e Tecnologia
Missão - Tem por finalidade planejar, coordenar, controlar e executar as atividades de
informática e telecomunicação, bem como promover a elevação da qualidade dos serviços,
através da eficiência e economicidade das atividades da Polícia Militar.
IEP – Instituto de Ensino e Pesquisa
Missão - Encarregado do planejamento, controle e fiscalização das atividades de ensino da
Corporação.

DS – Departamento de Saúde
Missão – Tem por finalidade o planejamento, coordenação, fiscalização e controle das
atividades de saúde da Corporação.

CORREGEDORIA
Missão - Tem por finalidade zelar pela justiça e disciplina dos integrantes da Corporação,
funcionando em estreita articulação com as Corregedorias Setoriais.

Organizações Sediadas no Quartel do Comando Geral

Comando Geral da PMBA


Assistência do Comando Geral
Subcomando Geral
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA 15

Gabinete do Oficial de Dia ao Quartel do Comando Geral


COORDOP/PM - Coordenadoria de Operações Policiais Militares
CPC – Comando de Policiamento da Capital
OPRRC – Operação de Repreensão a Roubos em Coletivos
Operação Rondas Especiais - RONDESP
DCS- Departamento de Comunicação Social
CME - Coordenadoria de Missões Especiais
DEPLAN - Departamento de Planejamento
SST – Serviço de Sistemas e Tecnologia
REPGE - Representação da Procuradoria Geral do Estado da Bahia
BAPOP - Batalhão de Apoio Operacional
BEPE- Batalhão Especializa em Policiamento de Eventos

Organizações sediadas no CAB


DAL – Departamento de Apoio Logístico
CENTEL - Central de Telecomunicações
CPE - Comando de Policiamento Especializado
CCPM - Coordenadoria dos Colégios da Polícia Militar
CPRMS - Comando de Policiamento Regional Metropolitano de Salvador

Organizações sediadas nos Barris


DF - Departamento de Finanças
DMT - Departamento de Modernização e Tecnologia
Organizações Sediadas no Quartel de São Joaquim
SAS - Serviço de Ação Social

Organizações Sediadas na Vila Militar


APM - Academia de Polícia Militar
CEFD - Coordenação de Educação Física e Desporto
DE - Departamento de Ensino
Departamento de Saúde
HGPM - Hospital Geral da PM
Banda de Música Maestro Wanderley – BMMW
CPM - Colégio da Polícia Militar – Dendezeiros
Assistências Religiosas
Capelania Católica
Capelania Evangélica

Organizações sediadas na Capital e Região Metropolitana


Corregedoria
CFAP - Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças
CPM - Colégio da Polícia Militar - Lobato
COHAPM - Cooperativa Habitacional da PM
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA 16

Organizações sediadas no interior


CPM - Colégio da Polícia Militar - Feira de Santana
CPM - Colégio da Polícia Militar – Itabuna
CPM- Colégio da Polícia Militar - Ilhéus
CPM - Colégio da Polícia Militar - Vitória da Conquista
CPM - Colégio da Polícia Militar – Juazeiro

Comandos de Policiamento Regional


Comando de Policiamento da Região Leste - Feira de Santana
Comando de Policiamento da Região Sul - Itabuna
Comando de Policiamento da Região Norte – Juazeiro
Comando de Policiamento da Região Oeste- Barreiras

Unidades Operacionais da Capital e RMS

12º BPM - Camaçari


18º BPM - Centro Histórico
1ª CIPM - Pernambués
2ª CIPM - Barbalho
3ª CIPM - Cajazeiras
5ª CIPM - Vera Cruz
9ª CIPM - Pirajá
10ª CIPM - Candeias
11ª CIPM - Barra / Graça
12ª CIPM - Ondina / Rio Vermelho
13ª CIPM - Pituba
14ª CIPM - Lobato
15ª CIPM - Itapuã
16ª CIPM - Comércio
17ª CIPM - Uruguai
18ª CIPM - Periperi
19ª CIPM - Paripe
22ª CIPM - Simões Filho
23ª CIPM - Tancredo Neves
26ª CIPM - Brotas
31ª CIPM - Valéria
35ª CIPM - Iguatemi
36ª CIPM - Dias D'Ávila
37ª CIPM - Liberdade
39ª CIPM - Boca do Rio / Imbuí
40ª CIPM - Nordeste de Amaralina
41ª CIPM - Garcia / Federação
47ª CIPM - Centro Administrativo da Bahia - CAB/Paralela
48ª CIPM - Sussuarana
49ª CIPM - São Cristóvão
50ª CIPM - Sete de Abril
51ª CIPM - Conde
52ª CIPM - Lauro de Freitas
53ª CIPM - Mata de São João / Praia do Forte
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA 17

58ª CIPM - Cosme de Farias


82ª CIPM – Centro Administrativo
COPPA - Cia. de Polícia de Proteção Ambiental
ESQD MCL ÁGUIA - Esquadrão de Motociclistas Águia
ESQD P MONT - Esquadrão de Polícia Montada
BPCHQ - Batalhão de Polícia de Choque
BPGD - Batalhão de Polícia de Guardas
BPRV - Batalhão de Polícia Rodoviária

Bases Comunitárias de Segurança da Capital

BCS- Bairro da Paz


BCS- Calabar
BCS- Chapada
BCS- Nordeste
BCS- Santa Cruz
BCS- Fazenda Coutos
BCS- Itinga
BCS- Rio Sena

Bases Comunitárias de Segurança do Interior


BCS- Feira de Santana
BCS- Itabuna
BCS- Vitória da Conquista

Organizações de Bombeiros Militares nesta Capital


COORDOP/BM - Coordenadoria de Operações de Bombeiros Militares
COBM/C - Comando de Operações de Bombeiros Militares da Capital
Comando de Operações de Bombeiros Militares do Interior
Coordenação do Salvar / GMAR
1º GBM - Barroquinha
3º GBM - Iguatemi
10º GBM - Simões Filho
12º GBM - Grupamento de Emergências Médicas - GEM/ SALVAR
13º GBM - Grupamento Marítmo - Gmar
14º GBM - Grupamento Marítimo - Madre de Deus
Batalhões do Interior
1º BPM - Feira de Santana
2º BPM - Ilhéus
3º BPM - Juazeiro
4º BPM - Alagoinhas
5º BPM - Euclides da Cunha
6º BPM - Senhor do Bonfim
7º BPM – Irecê
8º BPM - Porto Seguro
9º BPM - Vitória da Conquista
10º BPM - Barreiras
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA 18

11º BPM - Itaberaba


13º BPM - Teixeira de Freitas
14º BPM - Santo Antônio de Jesus
15º BPM - Itabuna
16º BPM - Serrinha
17º BPM - Guanambi
19º BPM - Jequié
20º BPM - Paulo Afonso

Companhias Independentes do Interior


CPAC - Companhia de Polícia de Ações em Caatinga
CIAC - Companhia Independente de Ações no Cerrado
CAESA - Companhia de Ações Especiais do Semi-árido
CAESG - Companhia Ações Especiais no Sudoeste e Gerais
CAEMA - Companhia de Ações Especiais em Mata Atlântica
CAEL - Companhia de Ações Especiais do Litoral
CAERC - Companhia de Ações Especiais da Região Cacaueira
1ª CIPRv - 1ª Companhia Independente de Polícia Rodoviária
4ª CIPM - Macaúbas
6ª CIPM - Rio Real
7ª CIPM - Eunápolis
8ª CIPM - Itapetinga
20ª CIPM - Santo Amaro
21ª CIPM - Caldas de Cipó
24ª CIPM - Jacobina
25ª CIPM - Casa Nova
27ª CIPM - Cruz das Almas
28ª CIPM - Ibotirama
29ª CIPM - Seabra
30ª CIPM - Santa M. da Vitória
32ª CIPM - Pojuca
33ª CIPM - Valença
34ª CIPM - Brumado
38ª CIPM - Bom Jesus da Lapa
42ª CIPM - Lençóis
43ª CIPM - Itamaraju
44ª CIPM - Medeiros Neto
45ª CIPM - Curaçá
46ª CIPM - Livramento de N. Senhora
54ª CIPM - Campo Formoso
55ª CIPM - Ipiaú
56ª CIPM - Entre Rios
57ª CIPM - Santo Estevão
59ª CIPM - Vila de Abrantes
60ª CIPM - Gandu
61ª CIPM - Ubaitaba
62ª CIPM - Camacã
63ª CIPM - Ibicaraí
64ª CIPM - F. de Santana
65ª CIPM - F. de Santana
66ª CIPM - F. de Santana
67ª CIPM - F. de Santana
68ª CIPM - Ilhéus
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA 19

69ª CIPM - Ilhéus


70ª CIPM - Ilhéus
71ª CIPM - Canavieiras
72ª CIPM - Itacaré
73ª CIPM - Juazeiros
74ª CIPM - Juazeiros
75ª CIPM - Juazeiros
76ª CIPM - Juazeiros
78ª CIPM - Vitória da Conquista
79ª CIPM - Poções
80ª CIPM - Candido Sales
81ª CIPM - Lauro de Freitas

Unidades de Bombeiro Militar sediadas na Região do Interior


Comando de Operações de Bombeiros Militares do Interior
2º GBM - Feira de Santana
4º GBM - Itabuna
5º GBM - Ilhéus
6º GBM - Porto Seguro
7º GBM - Vitória da Conquista
8º GBM - Jequié
9º GBM – Juazeiro
10º GBM - Simões Filho
11º GBM - Lençóis

ANEXO
A GUERRA DO PARAGUAI

Ricardo Salles
Professor Adjunto da Faculdade de Formação de Professores da UERJ
Professor Adjunto da Escola de História da UNI-RIO

O Império do Brasil nasceu com a pretensão de estender seu domínio até as margens do Rio da Prata. Derrotado
nesta intenção, quando teve que aceitar a independência da província Cisplatina, que deu origem à república do
Uruguai, não abandonou a pretensão de ser a força hegemônica na região. Visava abrir a bacia do Prata à livre
navegação, fato que lhe garantiria melhor comunicação com suas províncias do Centro-Oeste, Mato Grosso e
Goiás, e impedir a formação de um poderoso Estado na região que viesse a unificar o antigo Vice-Reino do
Prata. A partir de 1851, o Império passou a atuar ativamente na região do Prata quando, aliado a Justo José
Urquiza, caudilho das províncias argentinas de Entre Ríos e Corrientes, derrotou Juan Manoel Rosas, governante
de Buenos Aires.

O Paraguai se mantivera em relativo isolamento sob a ditadura de José Gaspar de Francia. Com sua morte e
ascensão de Carlos Antonio López ao poder, o país, foi, aos poucos, se abrindo ao comércio exterior e buscando
resolver suas pendências com seus vizinhos. Em relação à Argentina, era a própria independência do país que
estava em jogo, uma vez que não era reconhecida por Buenos Aires. No que diz respeito ao Brasil, a questão
girava em torno da abertura do rio Paraguai à livre navegação e à disputa de territórios fronteiriços com a
província do Mato Grosso. Até a década de 1860, os paraguaios, habilmente, jogaram com as rivalidades entre o
Império e a Argentina, contando com certo apoio do primeiro, para assegurar seus interesses. Com a subida ao
poder de Francisco Solano López, filho de Carlos Antonio, em 1862, o Paraguai mudou sua política passando a
interferir mais ativamente nos negócios da região e buscando constituir alianças com facções em luta nos países
vizinhos:com o general Urquiza, caudilho das províncias de Entre Ríos e Corrientes e opositor do governo
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA 20

unitarista de Bartolomeu Mitre em Buenos Aires, e com o governo blanco do Uruguai.

Os blancos uruguaios, apoiados pelo Paraguai, resistiam às pressões brasileiras no sentido de indenizar
presumidas perdas de estancieiros riograndenses que argumentavam que tinham seu gado roubado por uruguaios.
Os conflitos entre os estancieiros gaúchos e as autoridades uruguaias já vinham de longe. Donos de terra no
Brasil e no Uruguai, os criadores riograndenses queriam que o governo daquele país coibisse a fuga de escravos
do Rio Grande para o Uruguai e mesmo que providenciasse sua devolução para seus antigos proprietários.
Queixavam-se ainda de perseguições sofridas no país vizinho. Interesses brasileiros também dominavam as
finanças uruguaias. O governo imperial apoiava fortemente estes interesses privados e buscava garantir sua
preeminência política em apoio aos colorados de Venâncio Flores que se opunham ao governo. Em fins de 1864,
tropas imperiais invadiram o Uruguai.

Solano López, acreditando no poderio de seu exército, com um contingente mobilizado numeroso mas mal
equipado, e superestimando as dissensões internas na Argentina e no Brasil, após advertir que não admitiria a
interferência brasileira, invadiu a província do Mato Grosso. Em seguida, pediu permissão à Argentina para que
suas tropas pudessem atravessar seu território e, assim, socorrer o Uruguai e invadir o Rio Grande. Diante da
negativa do governo Mitre, que, de fato, apoiava a intervenção brasileira contra os blancos uruguaios, invadiu
Corrientes, na esperança de contar com o apoio do general Urquiza, que se opunha ao governo mitrista. Suas
previsões fracassaram. Brasil, Argentina e Uruguai formaram a Tríplice Aliança entre Brasil, Argentina e
Uruguai e, após derrotaram os paraguaios em Uruguaiana, expulsaram suas tropas da Argentina e prepararam a
invasão do Paraguai.

Acreditava-se que a guerra seria breve. Não foi. Depois de uma primeira grande batalha campal em Tuiuti, em
maio de 1866, quando a fina-flor do exército paraguaio foi destruída, os aliados depararam-se com as
fortificações de Humaitá às margens do rio Paraguai, onde permaneceram praticamente inativos por mais de um
ano. Enfrentando um inimigo ferrenho em um terreno pantanoso e desconhecido, mostraram-se incapazes de
progredir. Em julho de 1867, uma tentativa de assalto às posições paraguaias em Curupaiti resultou em uma
sangrenta derrota aliada. Humaitá só seria capturada em agosto do ano seguinte. Nesta altura, a guerra já era
conduzida praticamente pelas forças brasileiras. Enfrentando uma forte oposição ao recrutamento e rebeliões
armadas, o governo argentino teve que reduzir drasticamente seu contingente na frente de operações. O exército
brasileiro, sob o comando de Caxias, tivera que passar por uma forte reestruturação para se adaptar às condições
de uma guerra prolongada e de tais proporções.

Os paraguaios, apesar dos enormes sacrifícios e das perdas sofridas, estavam longe do fim e reorganizaram uma
nova linha de defesa, com um novo exército, um pouco mais acima, às margens do rio Paraguai. Em dezembro
de 1868, após uma série de combates, eles foram novamente derrotados e Assunção foi ocupada pelos brasileiros
em janeiro de 1869. López conseguiu fugir e organizar um novo exército, em sua maioria formada por velhos e
crianças, no norte do país. Caxias, já com mais de sessenta anos, cansado e considerando que o prosseguimento
da guerra era inútil e que somente os argentinos, fornecedores de suprimentos para o exército aliado e, no fundo,
a principal ameaça à hegemonia brasileira na região, retirou-se. Assumiu o comando o conde D'Eu, nobre
francês marido da Princesa Isabel. Depois de mais uma batalha em Campo Grande, em que perdeu seu último
exército de meninos e velhos, em agosto de 1869, Francisco Solano López , acompanhado de um punhado de
seguidores, ainda conseguiu evadir-se. Finalmente, em 1o de março de 1870, seu acampamento foi cercado e,
após breve mas sangrenta refrega, ele foi morto pelas forças brasileiras que o perseguiam. Com ele, entre metade
e 2/3 da população paraguaia haviam sucumbido.

No Brasil, a guerra cobrou um alto tributo de sangue. Um decreto do governo criou os corpos de Voluntários da
Pátria e o próprio Imperador, simbolicamente, deixou-se fotografar com o quepe de primeiro Voluntário da
Pátria. Pelo decreto, aqueles que acolhessem ao chamado patriótico, uma vez obtida sua baixa, receberiam uma
quantia em dinheiro e uma gleba de terra em colônias militares no interior do país. O número de voluntários que,
num primeiro momento, se apresentou mostrou-se insuficiente. Logo, as autoridades, depois de lançarem mão do
recrutamento dos efetivos disponíveis dos corpos policiais e da Guarda Nacional para formar os corpos de
Voluntários da Pátria, passaram a promover o recrutamento no seio das camadas populares. Os recrutas,
designados de Voluntários da Pátria, eram, como usual, em sua grande maioria, negros e mestiços livres.
Escravos também se apresentaram ou foram recrutados. Muitos fugiam e se alistavam como homens livres,
outros eram libertados para a guerra por seus senhores, como substitutos, isto é, no lugar de outra pessoa; em
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA 21

troca de indenização pelo governo; ou ainda como um ato colaboração voluntária para o esforço de guerra,
realizado por entidades, como os conventos que possuíam cativos, e até por indivíduos isoladamente. Entre 7 e
10% dos combatentes eram de libertos. Entre 150 e 200 mil homens foram mobilizados para a guerra. Um
número elevado de soldados, não menos que 50.000 - alguns estimam em até 100.000 -, não voltaram.

11. REFERÊNCIAS

ANTÔNIO JORGE, Carlos Henrique, et al. A gestão no reino de Momo: dilemas e


perspectiva da segurança pública no carnaval de Salvador. Salvador, BA. 2006.
ARANHA, Roberto. Manual de Instrução Integrativa da PMBA. Salvador: Garamond,
1997.
DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra. Nova História da Guerra do Paraguai. São Paulo:
Companhia das Letras, 2002.
DUPÁS, Gilberto. Economia Global e Exclusão Social: pobreza, emprego, estado e futuro
do capitalismo. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. 2ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de
São Paulo, 2006.
MATTOSO, Kátia M. de Queirós. Da Revolução dos Alfaiates à riqueza dos baianos no
século XIX. Salvador, BA: Corrupio, 2004.
TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Bahia. Salvador, BA: EDUFBA, 2001.

SITES CONSULTADOS:
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/colonia/. Acesso em 02/01/2014
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Brasil. Acesso em:
02/01/2014
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil_Rep%C3%BAblica. Acesso em:
02/01/2014
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Entrudo. Acesso em 03/01/2014
Disponível em: http://www.sohistoria.com.br/ef2/canudos/. Acesso em 03/01/2014
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/biografias/lampiao.htm. Acesso em: 04/01/2014
Disponível em:http://abordagempolicial.com/2011/08/entrevista-capita-pmba-denice-
santiago-centro-maria-felipa/. Acesso em 19/02/2014
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/carnaval/entrudo.htm. Acesso em: 10/03/2014

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