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Tudo que você precisa saber

para ser popular, fazer amigos


e manter relacionamentos

1ª edição
Rio de Janeiro-RJ / Campinas-SP, 2015
Editora: Raïssa Castro
Coordenadora Editorial: Ana Paula Gomes
Copidesque: Cleide Salme
Revisão: Ana Paula Gomes
Capa e Projeto Gráfico: André S. Tavares da Silva
Ilustrações: © DMM Consultoria e Design Ltda

Copyright © Drica Pinotti, 2015

Todos os direitos reservados.


Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou
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Verus Editora Ltda.
Rua Benedicto Aristides Ribeiro, 41, Jd. Santa Genebra II, Campinas/SP
13084-753 | Fone/Fax: (19) 3249-0001 | www.veruseditora.com.br

ISBN: 978-85-7686-468-4

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE


SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
      
P725m

Pinotti, Drica
  De menina a mulher 3 : tudo que você precisa saber para ser popular,
fazer amigos e manter relacionamentos / Drica Pinotti ; [ilustrações DMM
Consultoria e Design]. - 1. ed. - Campinas, SP : Verus, 2015.
  il. ; 21 cm.

  ISBN 978-85-7686-468-4

  1. Adolescentes (Meninas) - Conduta - Literatura infantojuvenil.


2. Estilo de vida - Literatura infantojuvenil 3. Escolha (Psicologia) -
Literatura infantojuvenil. I. DMM Consultoria e Design. II. Título. I. Título.

15-24252 CDD: 028.5


CDU: 087.5

Revisado conforme o novo acordo ortográfico


Sumário

Introdução..................................................................................9
Legenda ...................................................................................15

parte 1  Amizade
Garota 100% social...................................................................19
Timidez.....................................................................................27
Como fazer amigas..................................................................33
Como fazer amigos.................................................................. 41
Os dez mandamentos da amizade...........................................47
É namoro ou amizade?.............................................................55
Cem dicas para ser feliz........................................................... 61
Comunicação é tudo!................................................................ 71

parte 2  Amor
Meninos e meninas não falam a mesma língua.......................79
Vários tipos de garotos............................................................89
Ter ou não ter, eis a questão!...................................................97
Investimento emocional......................................................... 105
Várias formas de amar.......................................................... 113
A lógica do amor.................................................................... 121
Sinal amarelo: cuidados para não parecer vulgar...................127
Sinal verde: tudo a ver!...........................................................133
Sinal vermelho: por que amar dói?.........................................139
Introdução

U fa! Não é nada fácil sobreviver às turbulências da adoles­


cência. Ainda me lembro muito bem dessa fase. Os de­
sen­contros eram frequentes... Bem, “desencontro” é modéstia
minha, era muito pior que isso.
Parecia que eu vivia num mundo diferente dos meus ami­
gos, sempre preocupada com assuntos que para eles não pa­
reciam ter a menor importância. No entanto, o que mais me
intrigava e incomodava era a ausência de sintonia com a ca­
beça dos meninos; estes sim eram um mistério para mim. E
talvez até hoje ainda sejam.
Quando eu pensava que o menino estava me dando o maior
mole, era da minha melhor amiga que ele estava a fim. Em ou­
tras ocasiões, só faltava o garoto se enfiar dentro do meu ar­
mário para ser notado; eu, cega, nem percebia.
Sobre isso tenho uma história para contar, um daqueles
“king-kongs” que a gente só conta para a melhor amiga (en­
tão vê se não espalha, tá?). Sabe aquela fase em que entramos
no ensino médio e tudo parece diferente e muito mais com­
plicado? Pois bem, logo no primeiro dia de aula, um garoto
do terceiro ano chamou minha atenção. Era bem mais velho
e lindo. Eu tinha 14 anos; ele, 19. Não foi à toa que ele des­
pertou meu interesse, afinal era ninguém menos que o garoto­­

9
DE MENINA A MULHER 3

-propaganda de uma grande loja de roupas de São Paulo —


aquela mesma para a qual a Gisele Bündchen já trabalhou e
mais recentemente a Kim Kardashian também. Além disso, eu
já o tinha visto várias vezes na capa da minha revista teen fa­
vorita. Era um sonho! Minha melhor amiga, que já estudava
nesse colégio e estava no segundo ano, conhecia o galã e me
passou a ficha completa. O tal era realmente lindo, tinha um
rostinho doce, angelical... Só vendo para acreditar! A troca de
olhares foi inevitável, mas naquela época ele namorava uma
ruivinha superbonita, também do terceiro ano. No final do
mesmo semestre, eles terminaram.
Àquela altura, minha paixão — platônica — já estava a todo
vapor! E eu, completamente sem noção, achava mesmo que ti­
nha chance. Eu colhia o noticiário sobre o fim do namoro de
quinze em quinze minutos. Confesso ter ficado insuportável
de tão feliz. Feio, eu sei, mas não conseguia evitar. Eu sou hu­
mana, né? Enfim eu teria minha tão esperada chance. Será? A
troca de olhares ficava cada vez mais intensa e evidente. Fazía­
mos o mesmo curso, embora estivéssemos em anos diferentes­
do ensino médio, e frequentávamos os mesmíssimos labora­
tórios, localizados em um estrei­to corredor. Toda vez que eu
entrava em aula, ele estava saindo e era fatal — rolava aquela
encostadinha básica de cotovelos quando nos cruzávamos. Ele
era bastante tímido, e eu achei que teria de tomar a iniciativa
de convidá-lo para sair. Mas alguma força “extraterrestre” me
segurou, e eu esperei até que viesse finalmente a investida.
Numa manhã, ao passarmos pelo corredor, ele me chamou
e disse:
— Drica, o que você vai fazer no sábado?

10
INTRODUÇÃO

Fiquei gelada! Seria o tão aguardado convite para sair? Já


saltitante, respondi:
— Por enquanto nada.
E ele, com um sorrisinho maldoso, irônico, perguntou:
— E no domingo?
Entendi na hora que era apenas uma piada boba. A minha
decepção foi tamanha que não consegui nem responder. Le­
vei dias para me recuperar e conseguir olhar para outro garoto­
de novo. Como aquilo pôde ter acontecido comigo? Investi seis
meses da minha vida em um imbecil? Será que dei mole de­
mais? Ou ele era mesmo um idiota completo? Talvez eu fosse
muito feia, nariguda, tivesse pé grande, mau hálito, sei lá! (Não
era nada disso, ok?) Tudo me passou pela cabeça na tentativa
de encontrar uma explicação para o inexplicável. Fiquei­real­
mente arrasada, afinal todo tempo e energia gastos acabaram
indo por terra, e eu me sentia uma idiota completa.
E esse não foi o meu último fora, muitos outros vieram de­
pois. Quando falamos de sentimentos, nem tudo são flores;
aliás, acho que, em grande parte, até você achar a pessoa que vai
te amar na mesma intensidade e no mesmo momento que você,
são somente espinhos.
O bacana de tudo isso é ter sabedoria para tirar de letra es­
sas situações. Depois desse fora, nunca mais fui a mesma. Fi­
quei menos “facinha”, entende?
Aprendi a lição e resolvi desencanar. Assim, os foras que acon­
teceram depois disso foram levados na maior esportiva, e eu
compreendi que, “quando um não quer, dois não brigam” e
tudo bem. Passei então a não me importar mais com os garo­
tos. Nem olhava mais para eles. É claro que, quando ­passava

11
DE MENINA A MULHER 3

algum muito lindo, eu olhava, e olhava mesmo! Só não baba­


va nem criava expectativas. É preciso saber a hora exata de t­ irar
o time de campo e de deixar as coisas acontecerem naturalmen­
te. Às vezes, os garotos precisam de um tempinho para d ­ ecidir
se querem ou não ficar com uma garota. Então posso afirmar
com convicção: deixar o tempo resolver o assunto é a melhor
atitude. Sabe como terminou a minha história? Ah, você pen­
sou que já tivesse acabado... Nada disso!
Anos depois — quando eu estava na casa dos vinte e o tal­
zinho contava trinta e alguns quebrados — nos r­ eencontramos
em uma festa. Imediatamente reconheci o dito-cujo. Para ele,
parecia não ter passado nem um dia desde a última tromba­
da. Ele ainda era o cara mais lindo que eu havia conhecido.
Para mim, não. Eu estava diferente, me sentia muito bem, com
um visual melhor, bastante segura, mais mulher, adulta.
Resumindo, ele chegou dando o maior rasante, achando que
estava abafando. E, quando pensou que era a hora dele, eu per­
guntei:
— O que você vai fazer no domingo?
A expressão no rosto dele até mudou.
Dei o troco no melhor estilo “baba, baby, baba”! Acho que
até hoje ele não entendeu. No auge da minha segurança e em
cima do salto, nem me preocupei em explicar.
Algumas situações são inevitáveis na vida de qualquer pes­
soa. Levar um fora, perder amigos, não ser tão popular como
gostaríamos, ser pedida em namoro pelo menino menos atraen­
te do colégio, querer muito algo que não acontece são algumas­
delas. E sei que elas causam muita dor e sofrimento, às vezes
dá vontade de morrer! (Deus me livre! Tudo, menos morrer

12
INTRODUÇÃO

de amor! Isso é coisa do século passado, não combina com a


mulher moderna, arrojada, linda e maravilhosa que cada uma
de nós é.) Só que existem maneiras de amenizar esses sofrimen­
tos — e não é transformando tudo em dramalhão mexicano
que vamos conseguir.
Tendo bom humor, tolerância, desenvoltura, autoestima,
sabedoria e autoconfiança, fica muito mais fácil superar as di­
ficuldades e até achar graça nelas. Você deve estar pensando
que é muito fácil falar, o difícil é passar por tudo isso com bom
humor. E eu admito: você tem toda razão.
No entanto, há meios de desenvolver todas essas virtudes
e ser muito mais feliz, sofrendo com o máximo de dignidade.
Eu me arrependo de algumas coisas que fiz na vida e, em todas­
elas, me lembro de humilhações desnecessárias e de ocasiões
em que eu mesma me coloquei numa saia justa. Isso mesmo,
eu já fui minha pior inimiga. Não faça o mesmo! Você ­merece
uma vida linda, alegre, plena, cheia de aventuras e l­ embranças
maravilhosas.
Experimente alguns dos truques que eu aprendi e que vou
lhe passar ao longo deste livro, e você com certeza vai conse­
guir ótimos resultados. Funcionam mesmo, eu garanto!

13
Legenda

SEMPRE DÁ CERTO

NÃO FAÇA

DICA

CAUTELA

15
PARTE 1

Amizade
Garota
100% social
A lgum dia você já se sentiu pequena perto de alguém? Pois
eu já! Ela era uma daquelas garotas superpopulares, que
não andam, e sim desfilam pelo colégio em busca de uma pre­
sa fácil para lhe fazer um “favorzinho”, como carregar sua mo­
chila — e essas sempre encontram um maravilhoso cavalheiro,
tão patético quanto espinhento, para o papel. Ela estudava na
classe dos garotos mais bonitos, era admirada pelos professo­
res, idolatrada pelas amigas, tirava ótimas notas e, além disso,
tinha uma lista incontável de maravilhosos ex-namorados —
ela botava a fila para andar, literalmente. Parecia perfeita em
tudo o que fazia. Vestia-se com roupas das melhores grifes, os
cabelos eram tão bem-arrumados que nem um fio ousava ser
rebelde (que ódio!). Por que o mundo às vezes dá a ­impres­são­
de que todas as coisas boas foram reservadas para uma única
pessoa?
Muitas vezes desejei que o chão se abrisse e me engolisse
para que eu não tivesse de testemunhar tamanha perfeição.
Quem nunca sentiu vontade de esganar uma garota assim que
atire a primeira pedra — de preferência nela. Juro que não era
inveja, eu só queria que ela não fosse tão perfeitinha, assim eu
teria espaço para me sentir bem comigo mesma e com as mi­
nhas imperfeições.

21
DE MENINA A MULHER 3

Sei que situações como essa são caóticas e desesperadoras,


mas, se você vive algo assim, acho que posso fazer você se sen­
tir um pouco melhor, compartilhando aqui algumas descober­
tas que fiz sobre a “garota 100% social”:

BB Ela acorda todo dia pelo menos uma hora antes de você
para passar corretivo e esconder as espinhas.
BB Além do corretivo, ela também tem de ajeitar os belos
cabelos lisos — que a chapinha lhe deu! (Ou você acha
que ela acorda maravilhosa?)
BB As ótimas notas são conseguidas com contrabando de
chocolate. Isso mesmo! Explico: sabe aquele nerd gor­
dinho que vive de regime e ninguém entende por que ele
não emagrece (mesmo com toda a marcação da turma
na cantina)? Adivinha quem faz os trabalhos dela? Sem
comentários! Ok, não quero ser maldosa, ela também
estuda um pouquinho.
BB Vai ao shopping quase todos os dias, mesmo que seja só
para namorar as vitrines. Quando gosta de uma roupa,
gasta toda a mesada em uma única peça, mesmo que i­ s­so
signifique ficar sem dinheiro o restante do mês. Esperta,­
não?
BB As amigas parecem cães fiéis, mas, na verdade, estão ao
lado dela apenas para usufruir da tão desejada popula­
ridade.
BB Os professores? Alguns acham graça no “jeitinho” dela.
Outros adoram os presentinhos que ela nunca se esque­
ce de dar. Ela é uma bajuladora, isso sim!
BB As unhas são postiças. (Que perua!)

22
GAROTA 100% SOCIAL

BB Pode apostar que ela usa cílios postiços também, ­enormes.


BB Ela escreve um blog para dar dicas de beleza. E claro que
eu acompanho tudo diariamente.
BB E, para completar, os meninos bonitos dizem que ela é
“fácil”.

Brincadeiras à parte, a popularidade nada mais é que uma


tentativa alucinada de pedir a atenção de todos — um misto
de carência e vaidade. Aliás, a vaidade é a principal motivado­
ra da busca pelo estrelato, a fama e a adoração da galera. Ser
uma pessoa carismática, simpática, boa amiga, honesta com
seus sentimentos é muito mais divertido que buscar impres­
sionar os outros demonstrando, ou tentando demonstrar, ser
o que você não é.
O importante é ter consciência de aonde se quer chegar. Ser
popular? Tudo bem. Mas por quê? Só para ter um bando de
seguidoras alienadas nas redes sociais, trocando figurinhas so­
bre o cabeleireiro da moda e loucas para ver você cair do pe­
destal? Isso não funciona. Não é legal. Existem outras maneiras­
de ser uma pessoa admirada pela turma sem perder a origina­
lidade.
Eis o que você pode fazer para ser popular sem pagar um
preço alto por isso nem precisar comprar “amigos”:

BB Seja você mesma. Não queira impressionar ninguém ten­


tando ser aquilo que você não é, pois um dia a verdade
aparece.
BB Faça sempre o melhor em tudo em que se envolver. Pro­
cure realizar suas tarefas visando ao resultado máximo.
Assim você vai chamar a atenção das pessoas ao seu r­ edor.

23
DE MENINA A MULHER 3

BB Seja estudiosa, não caxias! Você não precisa ser antipá­


tica só porque todos te acham inteligente. Isso faz você
perder, não ganhar pontos.
BB Capriche no visual todos os dias. Faça de conta que to­
dos eles são especiais (ora, porque são!). Pense que hoje
você pode esbarrar no seu futuro namorado e ele não
pode, de jeito nenhum, vê-la toda desgrenhada. Mas tam­
bém não precisa de cílios postiços de manhã, tá?
BB Trate todos com a mesma simpatia e respeito — desde
o porteiro do prédio até os pais dos seus amigos mais
ricos. Educação significa ser humilde e ter princípios. As
pessoas não podem ser tratadas de acordo com a conta
bancária. Muito menos conforme a conveniência de cada
um.
BB Participe de atividades em grupo e demonstre interesse
(sincero) por seus amigos.
BB Preste atenção à sua volta e veja se não tem alguém ao
seu lado precisando de ajuda.
BB Apoie aqueles que procuram você em busca de um om­
bro amigo e não julgue nem condene. Apenas escute de
verdade.
BB Não critique ninguém que esteja desabafando. Coloque­
-se no lugar do outro para não errar na hora de aconse­
lhar e procure entender as razões de seu c­ omportamento.
BB Por fim, nunca, de maneira nenhuma, faça fofocas. Não
conte, em hipótese alguma, os segredos de suas amigas,
mesmo que seja com a melhor das intenções. Uma ga­
rota fofoqueira fica desacreditada, não é confiável. Parto­
do princípio de que segredos não podem ser comparti­

24
GAROTA 100% SOCIAL

lhados, caso contrário deixarão de ser segredos. Não os


revele nem sob tortura. Isso é ser amiga!

Pode não parecer real ter amizades assim, mas elas existem.
No mundo dos adultos, há muitas pessoas que são amigas de
verdade. Eu conheço várias. Lealdade, honestidade, discrição,
determinação e cautela são suas virtudes fundamentais. Quem
não gostaria de ter uma amiga assim?

Comece agora mesmo a observar suas


amizades. Descubra se você está em falta
com elas e corra atrás. Fazer bons amigos,
ser uma amiga melhor e ter popularidade é
só questão de treino. Quanto antes
começar, mais amigos você vai colecionar.

25
Timidez
V ocê sabia que a timidez é um dos principais impedimen­
tos para se conseguir um namorado ou namorada?
É sério! Ser tímido, ou tímida, pode ser um problemão, ain­
da mais na adolescência, quando todas as células estão gritan­
do por um beijinho. Você já deve ter visto acontecer: os meninos
todos se arranjam, e aquele mais calado, deslocado, sempre
fica sozinho. Ele até que é bem bonitinho, mas não tem cora­
gem de chegar em ninguém. Daí, já viu: além de ficar só, ain­
da tem de aguentar gozação. Tragédia similar acontece com as
meninas. E saiba que esse problema é muito comum entre os
adolescentes.
Mas quais são as causas da aflitiva timidez?

)) Baixa autoestima: É muito comum sentir baixa autoesti­


ma. Nessa idade, ela normalmente está ligada à aparência
— problemas de obesidade, por exemplo.
)) Rejeição: Ter a sensação de que não se é aceito em um ­lugar,
situação ou circunstância trava psicologicamente a pessoa,
a ponto de ela não conseguir interagir com o ­ambiente.
)) Repressão: Ter a sensação de estar fazendo algo errado e
de que, a qualquer momento, vai aparecer alguém para re­
preender tal ato.

29
DE MENINA A MULHER 3

É necessário lutar para romper a barreira da timidez a fim


de se relacionar com o mundo de maneira saudável. É notório­
quando alguém está tenso por conta dela. Quanto mais tenta­
mos disfarçar, mais evidente fica aos olhos de todos. P
­ arecemos
idiotas, suando, com o rosto vermelho, esperando que o alar­
me de incêndio toque para que possamos sair correndo pela
porta de emergência. (Que bobagem, convenhamos!) Não pen­
se você que é a única pessoa no mundo com esse problema.
Eu mesma era muito tímida na infância, mas percebi bem cedo
a necessidade de uma mudança de postura.
A timidez pode ser resumida de forma bem simples: medo.
Medo de não correspondermos às expectativas que criamos para
nós mesmos; medo de não conseguirmos mostrar aos outros
como somos legais, divertidos, inteligentes. Ao menor sinal de
exposição e contato com o próximo, pronto: o tímido trava,
gagueja, fica vermelho, começa a suar frio, o coração dispara,
ele fala baixinho, tenta sumir. E qual o motivo disso tudo? A
resposta é medo, medo de gente.
Não se sabe se o sujeito nasce ou torna-se tímido. Mas uma
coisa é certa: a educação recebida na infância influencia — e
muito — esse comportamento. É comum, por exemplo, crian­
ças criadas de maneira severa tornarem-se tímidas. Esse ­quadro,
no entanto, é reversível. É possível, sim, desenvol­ver a capaci­
dade de viver de maneira mais extrovertida e tranquila.
Algumas situações são fatais para provocar timidez. O con­
tato com o novo e o desconhecido; a proximidade de alguém
que se admira muito; ser, de repente, o centro das atenções; es­
tar em um grande grupo de pessoas, como em salas de aula;
vivenciar uma saia justa em um jantar formal ou ao conhecer
a família do namorado são algumas delas.

30
TIMIDEZ

É importante que você não se deixe abalar. A timidez pre­


cisa ser enfrentada. Portanto, ataque-a!
Eis o tratamento de choque para combatê-la:

BB Pense positivamente. Pare de achar que o mundo existe


apenas para criticá-la. Isso não é verdade. Muitas vezes
estamos em um lugar e não somos notadas. Chega de
pensar que uma luz pink está piscando bem na sua tes­
ta e que todos vigiam você 24 horas por dia!
BB Não seja tão exigente consigo mesma. Todos nós temos
inúmeros defeitos. Em vez de tentar atingir a perfeição,
comece a colocar um pouco de charme nos seus defei­
tos. Desse modo, as pessoas ficarão curiosas sobre você.
BB Deixe que os outros se aproximem. Quando alguém abor­
dá-la, não pense que a pessoa fez isso para constranger
você, e sim para agradar ou ajudar em alguma situação.
BB Tente perceber a real dimensão das coisas. Você não é o
centro do universo, embora, às vezes, pense que é!
BB Valorize-se! Não há um motivo sequer para o garoto mais
lindo do colégio não se apaixonar por você. Nenhum!
BB Quando estiver em uma situação tensa ou ao lado de al­
guém que você admira, pense que o pior que pode acon­
tecer é a pessoa não gostar de você ou, então, você não
conseguir o que quer. E daí? A gente não consegue tudo
o que quer na vida mesmo! Então pare de achar que vai
morrer se algo não der certo.
BB Quando estiver em público, treine o que vai fazer ou fa­
lar. Mas não esqueça que as melhores tiradas vêm de im­
proviso. Aprenda já a improvisar!

31
DE MENINA A MULHER 3

BB Você é maravilhosa e não precisa convencer os outros


disso. Se as pessoas não percebem isso, o problema é
delas,­não seu! Elas é que estão perdendo em não ser
suas amigas.
BB Da próxima vez que entrar em um lugar cheio de gente,
pense: “Essas pessoas são iguais a mim, e algumas delas
devem estar tão tensas quanto eu”. Elas com certeza não
mordem nem vão avançar em você.
BB Esteja sempre preparada para se apresentar em público.
Aparência é importante. Quando estamos bem-vestidas,
mais seguras e confiantes nos sentimos.

Faça exercícios para destravar essa mulher


linda que você é! Uma boa dica é fazer
teatro ou alguma outra atividade artística
em grupo. Você fica mais leve e com
coragem para enfrentar as pequenas
plateias do cotidiano.

32

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