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Ano 10 | número 2326 | Maputo, Quinta-Feira 1 de Novembro de 2018


Director: Fernando Veloso | Editor: Matias Guente | Propriedade da Canal i, lda
Sede: Bairro Central, Av. Maguiguana, n.º 1049 | Casa n.º 65000 R/C | Registo: 18/GABINFO-DEC/2009
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Suíça contrata Óscar Monteiro e Teodato


Hunguana para um estudo sobre o
nível de corrupção no Governo
Maputo (Canalmoz) – Está a criar um Programa de Apoio ao Com- Óscar Monteiro, juntamente
mal-estar no partido Frelimo o fac- bate à Corrupção 2019-2030. Se- com outros antigos combaten-
to de dois dirigentes históricos des- gundo o “Africa Monitor”, a con- tes, forçou entrada de outros can-
te partido, nomeadamente, Óscar dução deste processo tem sido didatos nas eleições internas do
Monteiro ex-membro do Bureau feita na maior confidencialidade. partido Frelimo quando Guebuza
Político do partido Frelimo, e Teo- A missão de investigação incide apenas havia perfilado José Pache-
dato Hunguana, ex-juiz do Conse- sobre sectores e instituições-chave, co, Filipe Nyusi e Alberto Vaquina.
lho Constitucional, terem aceitado incluindo a Procuradoria-Geral da Óscar Monteiro foi membro do
fazer uma consultoria encomen- República, os tribunais, as iniciativas Bureau Político do partido Frelimo
dada pela Embaixada da Suíça, presidenciais, a Educação, a Saúde, presidido por Samora Machel. Des-
que tem como objectivo avaliar a comunicação social, o sector pri- se Bureau Político também faziam
o índice de corrupção no Estado. vado, a Polícia, as Forças Armadas parte: Marcelino dos Santos, Joa-
Segundo o “Africa Monitor”, uma de Defesa de Moçambique, o Servi- quim Chissano, Alberto Chipande,
publicação especializada em eco- ço de Informações e Segurança do Armando Guebuza, Jorge Rebelo,
nomia política de Moçambique, Estado e Serviços tributários e alfan- Sebastião Mabote, Jacinto Veloso e
Óscar Monteiro e Teodato Hun- degários. Este processo de investiga- Mário Machungo. Perdeu influên-
guana dirigem uma equipa de in- ção e auditoria ao Estado é inédita, cia durante o mandato de Armando
vestigação sobre a corrupção no mas apoiada por todos os doadores. Guebuza, quando este lançou uma
país, com maior incidência nas A equipa de investigação da corrup- ofensiva contra todos os seguidores
instituições do Estado, incluin- ção integra também André Calengo, de Samora Machel, numa acção de
do a Presidência da República. Pedro Pereira e Alexandre Malunga. cunho racista, em que o grupo de
A investigação sobre a corrup- Segundo o “Africa Monitor”, os Óscar Monteiro foi designado como
ção nas instituições do Estado e resultados não serão apresentados “goeses”, que não eram “moçambi-
no sector privado é feita como um publicamente, mas serão entregues canos de gema”, em referência aos
processo de auditoria, que servi- à Embaixada da Suíça, que dela moçambicanos de pele escura como
rá de base para a elaboração de fará uso segundo o seu critério. ele próprio, Armando Guebuza.
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Teodato Hunguana foi ministro sentiram-se na obrigação de reagir. tão da Linha do Cliente, ou ainda
de Informação no Governo dirigi- Numa nota de imprensa enviada sobre como utilizar a informatiza-
do por Samora Machel, depois foi ao nosso jornal, informaram que se ção para diminuir as possibilida-
juiz do Conselho Constitucional e, trata de uma consultoria para apoiar des de corrupção, como já está a
mais tarde, foi presidente do Conse- as iniciativas em curso no país no acontecer ao nível de Conservató-
lho da Administração da “Mcel”, a âmbito da luta contra a corrupção, rias, onde o pagamento é feito em
empresa pública de telefonia móvel. a nível das instituições públicas, ATMs evitando-se assim a utiliza-
Os restantes membros da equipa das empresas públicas e das empre- ção de numerário”, lê-se na nota.
de investigação sobre a corrupção sas privadas, em particular aquelas Segundo o comunicado, a con-
do Estado são professores univer- que prestam serviços ao público, sultoria já contactou dezenas de
sitários sem ligações ao Estado e Associações cívicas e de jovens, entidades e pessoas que têm reve-
são eles que se apresentam às ins- organizações não-governamentais, lado uma grande vontade de agir
tituições visadas como avaliadores. jornalistas e organizações de jor- nas suas instituições contra a cor-
nalistas e todos aqueles que estão rupção e para bem servir o público.
“Não se trata de uma investigação” empenhados na “causa nacional”. “É uma consultoria pública e aber-
– Óscar Monteiro “Acções a contemplar são a cria- ta, os consultores estão em con-
ção de capacidade, formação téc- tacto com a direcção do Estado e
Quando a informação começou a nica e jurídica específica para lidar os resultados serão expressos atra-
circular, criou um enorme sururu no com este novo tipo de crime de vés de um documento de projecto
partido Frelimo, com interpretações colarinho branco que é a corrup- de financiamentos a instituições.
de vária ordem e com chavões de ção, apoio às Comissões de Ética Não se trata de uma investiga-
acusação de ser uma posição anti- previstas na Lei da Probidade Pú- ção, pois essa é tarefa de institui-
patriótica, o que é, de resto, um ex- blica, trocas de experiência sobre ções próprias, policiais e judiciá-
pediente de argumentação habitual como garantir a integridade dos rias, como o SERNIC e a PGR. Os
dos sectores mais boçais do partido júris nos concursos públicos, sobre consultores não são qualificados
Frelimo. Nestas circunstâncias, Ós- como beneficiar da experiência de nem foram mandatados para tal”,
car Monteiro e Teoadato Hungana empresas como as da EDM na ges- conclui a nota. (Matias Guente)

Isaque Chande foi à Assembleia da República


apresentar o informe do mandato de José
Abudo com as queixas de sempre
Falta de fundos, não acatamento das recomendações e falta de representação

Maputo (Canalmoz) – Isaque Chan- informe. Isaque Chande nada mais a Março de 2018, altura em que José
de, que foi eleito Povedor de Justiça fez senão ler as actividades desen- Abudo era Provedor de Justiça. À se-
em 24 de Maio de 2018, em subs- volvidas pelo seu antecessor, José melhança dos anteriores, o presen-
tituição de José Abudo, apresentou Abudo, uma vez que o informe é re- te informe é um mar de queixas e
ontem, quarta-feira, o seu primeiro ferente ao período de Abril de 2017 lamentações por parte do Provedor
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de Justiça sobre o não acatamento ríodo, 249 processos, dos quias 173 ções, das quais apenas três tiveram
das recomendações que transmite deram entrada nesse período. Des- acatamento. Doze não foram acatadas.
às entidades visadas, na sequência tes 173 processos, 115 são queixas No período a que o informe diz
das queixas e reclamações dirigidas de residentes na cidade de Mapu- respeito, o Provedor de Justiça pro-
ao Provedor de Justiça. Há mesmo to e na província de Maputo, e 58 duziu trinta e duas recomendações,
casos de entidades que simplesmen- são de regiões fora destas duas. das quais apenas duas foram acata-
te ignoram o Provedor de Justiça. Segundo Isaque Chande, a repre- das. Vinte e uma não foram acata-
De Abril de 2017 a Março de sentação iria permitir “a continui- das. Uma recomendação aguarda
2018, o Provedor de Justiça rece- dade da actividade de divulgação resposta. “Alguns órgãos destinatá-
beu 724 cidadãos, alguns dos quais e dinamização da acção do Pro- rios das recomendações não lhes
apresentaram petições e queixas. A vedor de Justiça e da promoção responderam”, lê-se no informe, que
primeira queixa do Provedor de Jus- da divulgação da legislação relati- indica também que existe incum-
tiça tem a ver com a falta de cum- va aos direitos, deveres e liberda- primento de decisões dos tribunais
primento do dever de colaboração des fundamentais dos cidadãos”. por entidades ligadas à administra-
de algumas entidades, que ignora- ção pública e por simples cidadãos.
ram o provedor. A outra preocupa- Não acatamento Entre os que não acataram as re-
ção tem a ver com a falta de repre- das recomendações comendações destacam-se Minis-
sentação nas províncias do país. O térios, tribunais judiciais, tribunais
Provedor de Justiça tem instalações No ano passado, quando José Abudo administrativos, Procuradorias e os
na cidade de Maputo. O Provedor apresentou o seu último informe, aguar- Conselhos Municipais de Maputo,
de Justiça tramitou, no referido pe- davam respostas quinze recomenda- Matola e Boane. (André Mulungo)

Economia moçambicana continua em queda


Maputo (Canalmoz) – O Ban- mento da desigualdade no mesmo no capital humano, oportunida-
co Mundial diz que a economia período”, afirmou Javier Baesse, des de emprego, especialmente
moçambicana registou uma desa- economista do Banco Mundial. nas áreas rurais”, disse Javier Baes-
celeração desde 2015 até agora. Javier Baesse afirmou que a redu- se e acrescentou que deseja que
O estudo foi divulgado na ção dos níveis de pobreza continua a pobreza em Moçambique seja
quarta-feira, em Maputo, pelo a ser mais lenta nas áreas rurais. reduzida de 5% a 7% até 2030.
Banco Mundial, e diz que Mo- Javier Baesse falava durante o O estudo do Banco Mundial in-
çambique tem altos índices de lançamento de dois relatórios dica que as oportunidades econó-
desigualdade, facto que contribui de avaliação do ponto da situa- micas são fracas para os pobres,
para reduzir o impacto do cres- ção da economia moçambicana em comparação com os não-po-
cimento económico ou de rendi- e dos níveis de pobreza no país. bres, e aponta a falta de acesso
mento para as pessoas mais pobres. “Há muitos desafios, a pobre- à educação como um elemento
“O crescimento económico em za continua a ser muito alta nas que contribui para a transmis-
Moçambique poderia ter tido um áreas rurais, mais de metade da são da pobreza entre gerações.
impacto muito maior na redução população ainda está debaixo da Cerca de 70% da população
da pobreza se os seus efeitos não linha da pobreza. O país deve moçambicana (que é de 28 mi-
tivessem sido afectados pelo au- continuar a fazer investimentos lhões de habitantes) vive e traba-
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lha em áreas rurais. Moçambique e gás natural, três portos maríti- contudo as oportunidades con-
dispõe de amplas terras aráveis, mos profundos e uma potencial tinuam a beneficiar as “elites”
água, energia, recursos minerais grande reserva de mão-de-obra, frelimistas. (Reginaldo Mangue)

Dívidas no âmbito da visita de Filipe Nyusi a Inhambane

Empreiteiros exigem ao Governo o


pagamento de catorze milhões de meticais
Os empreiteiros encontram-se numa situação financeira insustentável. A qualquer momento,
os processos em curso de execução dos seus bens poderão terminar com penhoras.

Maputo (Canalmoz) – Os em- vernador de Inhambane, Daniel cunstâncias e natureza das obras,
preiteiros que executaram as Chapo, há quatro meses, mas, até fizeram a angariação de equipa-
obras no âmbito da vista do agora, ainda não há resposta. A mentos, material e mão-de-obra
Presidente da República, Filipe carta deu entrada no Gabinete de para a execução das actividades
Nyusi, em Junho passado, ao Daniel Chapo no dia 31 de Julho previstas em cada obra, de modo
distrito de Homoíne, na provín- e foi assinada por Luísa António. a cumprir os prazos indicados
cia de Inhambane, fizeram uma “Os empreiteiros terminaram e com a qualidade requerida.
exposição ao Governo na qual as obras com dívidas aos ban- “Em muitas destas obras, cons-
exigem o pagamento de cerca cos, fornecedores de material tituíram equipas de trabalho até
de quinze milhões de meticais. de construção e trabalhadores às 0h00 em resposta às instruções
Trata-se de obras de construção que tanto fizeram para que o dos órgãos fiscalizadores das
da tribuna de honra, palco, rea- Governo do distrito de Homoí- Obras Públicas, que acompanha-
bilitação da casa de hóspedes do ne recebesse com a casa limpa vam de forma zelosa a execução
distrito, reabilitação de casas da e condigna. Hoje, encontramo- das empreitadas. Constatou-se
saúde, agricultura, planeamento -nos numa situação financeira que, apesar dos pedidos de paga-
e infra-estruturas, clube recreati- insustentável agravada pela imi- mento de situações de trabalhos
vo e residência oficial do admi- nência dos processos de execu- realizados, que os empreiteiros
nistrador do distrito de Homoíne. ção dos bens penhorados pelos iam fazendo junto da entidade
O está na posse da credores”, lê-se na carta assina- contratante, não foram respon-
cópia da carta que um grupo de da pelos sete empreiteiros, que didos por razões desconheci-
sete empreiteiros enviou ao go- dizem também que, face às cir- das”, diz a carta. (Cláudio Saúte)
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