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07 de novembro de 2018 (Quarta-Feira)


Evandro Chagas admite surto de doença de Chagas em dois municípios Ao todo, 13 pacientes estão em tratamento

Por: Redação Integrada 6 de Novembro de 2018 às 19:30

O Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, divulgou, nesta terça-feira
(6), em coletiva de imprensa, um relatório técnico prévio sobre 13 pacientes que estão em tratamento após terem sido diagnosticados com
doença de Chagas no mês de outubro. Os casos ocorreram na localidade do Rio Mocoões, no município de Limoeiro do Ajuru, e na
localidade de Jupatitiba, no município de Curralinho, Marajó.
De acordo com a pesquisadora do IEC e chefe do setor de atendimento médico unificado (Soamu), Ana Yecê das Neves, em Limoeiro do
Ajuru, foram notificados e tratados oito casos de duas famílias vizinhas, sendo cinco homens e três mulheres, com idades entre 2 e 38
anos. Dois deles, mãe e filho, foram diagnosticados com exame parasitológico positivo para co-infecção malária e doença de Chagas. "É
comum que, na nossa região, a pessoa tenha duas infecções ao mesmo tempo", explicou a pesquisadora.
Todos têm sido avaliados periodicamente do ponto de vista clínico e recebem tratamento medicamentoso regularmente. Apenas um dos
pacientes, entre os que também contraíram a malária, apresentou comprometimento cardíaco. Outro paciente necessitou de internamento
hospitalar e já recebeu alta.
O período de adoecimento ocorreu entre 23 de setembro e 4 de outubro com manifestações de febre persistente, cefaleia, dores
musculares, lombalgias, cervicalgias, além de sintomas gerais. Segundo o Instituto, não houve referência a evento que possa ter imputado
como fonte de alimento utilizado em comum e como provável fonte de contaminação, mas todos os indivíduos analisados utilizam açaí em
pelo menos três refeições diárias, incluindo lactente.
Já em Curralinho, cinco casos da mesma família, com idades entre 15 e 75 anos, estão sob tratamento. Eles foram diagnosticados entre 4
e 8 de outubro. Uma jovem de 15 anos estava grávida de nove meses na época e, por este motivo, foi possível ser submetida ao
tratamento específico. "Como a criança já estava formada, não houve perigo. A criança é uma menina, nasceu dia 3 de novembro e passa
bem. Ela também passou pelo primeiro exame parasitológico e sorológico e teve resultado negativo", esclareceu Ana Yecê.
Referente a esse surto, há um suspeito sendo investigado no IEC. "Mas todos os casos dos dois municípios ficarão durante 60 dias de
medicação. E são prognósticos com perspectiva de melhora", garantiu. "A partir de dois casos, consideramos surto. E esses surtos
começam em agosto, quando há safra maior do alimento que geralmente está envolvido no processo de contaminação, o açaí",
acrescentou Ana Yecê.
"Além disso, neste período tem verão, quando os insetos transmissores (barbeiros) se movimentam mais em busca de alimento, que é o
sangue de animais ou de seres humanos. E as regiões do Estado historicamente mais afetadas são Nordeste e Marajó, justamente pela
cultura alimentar do açaí. E o barbeiro está muito disseminado nessas áreas", concluiu a representante do IEC.
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Instituto Evandro Chagas confirma sete surtos de Chagas em 2018

07 NOV 2018 - 05H00

Instituto Evandro Chagas confirma sete surtos de Chagas em 2018


Para a maioria dos paraenses, o verão é a melhor estação do ano, pois é a época da produção de açaí, o que, consequentemente, deixa
os preços mais baixos. No entanto, é necessário cuidado no manuseio do fruto para evitar a proliferação da doença de Chagas. Nos
últimos dias, no nordeste paraense, foram diagnosticadas 13 pessoas infectadas em dois municípios — Curralinho e Limoeiro do Ajuru.
Pode-se caracterizar como surto a partir de duas pessoas diagnosticadas com a doença. No dia 1 de outubro, dois membros da mesma
família (mãe e filho), do município de Limoeiro do Ajuru, na localidade de Rio Mocoões, foram encaminhados para o Instituto Evandro
Chagas (IEC) com sintomas de doença de Chagas. Ambos já estavam em tratamento contra Malária desde o dia 25 de setembro, mas o
quadro febril persistiu. No mesmo dia, o resultado positivo para Chagas saiu e, posteriormente, mais seis pessoas de famílias vizinhas
foram identificadas com a doença.
No dia 4 de outubro, no município de Curralinho, na localidade de Jupatitiba, também no nordeste do Pará, cinco casos da mesma família
foram confirmados pelo IEC. Dentre eles, uma adolescente de 15 anos que estava grávida de nove meses. O bebê nasceu no último dia 3
de novembro e logo foi submetido a exames parasitológicos cujo resultado foi negativo.
Segundo informações do IEC, somente em 2018, ocorreram sete surtos de doença de Chagas no Pará. A maioria no período do verão
paraense. A médica pesquisadora do instituto e chefe do Setor de Atendimento Médico Unificado (Soamu), Ana Yecê das Neves Pinto,
afirma que “os casos aparecem mais a partir de agosto por causa da safra maior do açaí nesse período e aumento da movimentação de
insetos no verão”.
Para conscientizar a população e evitar o surgimento de novos surtos, agentes da Vigilância Sanitária realizam ações nos municípios do
Estado:
“Considerando que a principal transmissão é por via alimentar, a vigilância sanitária tem agido de forma a melhorar a condição do alimento.
Também estão sendo feitas ações de educação nos municípios com os próprios ribeirinhos, onde existe um ciclo parasitário estabelecido
da doença. Então, as pessoas são orientadas para manipular corretamente o alimento”, disse a médica.
Transmissão – A Doença de Chagas é transmitida pelo protozoário Trypanosoma cruzi. O parasita pode ser encontrado nas fezes de
alguns insetos, principalmente um conhecido como barbeiro.
É possível contaminar-se com a doença a partir da ingestão de alimentos crus e infectados com fezes do parasita. Na região Amazônica,
os surtos da doença ocorrem principalmente pela contaminação do açaí, uma das principais fontes de alimento de ribeirinhos, que, se não
passar pelo processo de branqueamento, poderá ser a causa da infecção.
Branqueamento – A técnica do branqueamento é extremamente importante para o combate à doença de Chagas. Além disso, é exigida
pela Vigilância Sanitária como limpeza do fruto do açaí. Para realizar a técnica, deve-se mergulhar o açaí em uma temperatura de 80º C
por 10 segundos. Vale ressaltar que antes de realizar o Branqueamento o processador de alimentos deve fazer a catação dos frutos e as
lavagens em água e solução de Hipoclorito de Sódio. Assim, se houver fezes do barbeiro contaminadas pelo protozoário, esse será extinto
pelo processo do branqueamento.
A médica afirmou que a vigilância sanitária do Estado está trabalhando para que essas informações sejam difundidas entre a população
ribeirinha. “Existe um esforço muito grande em informar a população sobre o devido manuseio do açai. A Vigilância Sanitária está
trabalhando muito nisso, principalmente nas comunidades que tem o açaí como alimento diário”, finalizou a pesquisadora.

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