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DATA – 20/04/2016
AULA- 01
EMENTA:
- Bibliografia;
- Poderes
- Ato Administrativo
-Bibliografia:
Celso Antônio Bandeira de Melo
Hely Lopes
Marinella
Alexandre Maza: Direito Administrativo Esquematizado.
Marcelo Alexandrino e Vicente de Paula: Direito Administrativo Esquematizado.
Rafael Carvalho R. Oliveira: Curso de Direito Administrativo
PODERES:
"Quem quer os fins fornece os meios ". Para todo poder tem um dever correlato
I) Introdução:
Para todo poder há um dever correlato. Os poderes administrativos possuem caráter instrumental.
Poder é um instrumento para de cumprir um dever
II) Deveres:
a) Dever de agir: é a obrigação de atuação do agente público. Todo agente é competente, e tem
que exercer essa competência (conjunto de atribuições disposto em lei).
Juridicamente competência não tem haver com capacidade. Tem atribuições limitadas, devendo
exercê-las. Obrigação do agente público de atuar, pois é competente.
-Competência é irrenunciável: Toda competência atribuída a um indivíduo é irrenunciável. A lei
atribui competências aos indivíduos.
Não se confunde competência com capacidade.
-Responsabilidade extracontratual do Estado: toda relação não contratual do Estado.
b) Dever de Eficiência: visa buscar um resultado ótimo, melhor custo benefício. Eficiente é
aquele que consegue o melhor resultado.
Resultado ótimo ocorre quando se alcança a eficiência.
- EC nº19/98 (princípio da eficiência).O estado sempre foi eficiente, tem que agir de forma
eficiente.
c) Dever de probidade: é o dever de não violar a lei 8429/92 (LIA, lei de improbidade
administrativa).
Probidade é agir de acordo com a norma, não violar as ações tipificadas na lei 8429.
Moralidade administrativa é interpretar a norma e extrair valores morais das normas. É um
conceito jurídico indeterminado.
-Crimes de responsabilidade do Presidente da República (art.85, V, CR/88). Inserido dentro da
ideia de probidade, está o dever, por parte do Presidente de não cometer crime de
responsabilidade.
“Art.37, 4º, CR/88: Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
penal cabível.”
d) Dever de prestar contas: é o dever de ser transparente com a "coisa pública". É manter os
cidadãos informados do uso de bens públicos (em sentido lato).
Ao agir, deve prestar contas, inclusive a os particulares que usam o horário público.
"Art.70, Parágrafo único, CR/88: Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros,
bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta,
assuma obrigações de natureza pecuniária."
V) Poder Disciplinar:
a) Definição: é o dever de APURAR uma infração e APLICAR UMA SANÇÃO em face daqueles
submetidos a uma disciplina interna da administração pública.
Ex: servidores públicos no âmbito do ente político ao qual está subordinado. Segundo,
Contratados pela administração pública (art.58, 4º). Doentes e enfermos no hospital público. Por
fins, estudantes em uma escola pública (tem relação íntima com a administração pública).
b) Fundamento: relação de subordinação específica. Pessoas com obrigação intima, que tenham
relação com a administração pública, pode ser punido por ela.
c) Fases:
1- Apurar infração: A apuração da infração decorre do poder vinculado. A administração não tem
liberdade em apurar ou não uma infração, deve apurar, tem um ato vinculado.
2- Aplicar sanção: Pode ou não ter uma sanção aplicável, pode ou não existir uma sanção
adequada. A discricionariedade pode ou não existir no exercício do poder disciplinar.
d) Meios: os meios mais comuns de se exercer o poder disciplinar junto ao servidor público é o
processo administrativo disciplinar e a sindicância.
Lembrando que sempre será necessário observar os princípios da proporcionalidade, contraditório
e ampla defesa.
Observação 1: A verdade sabida consistente na aplicação de uma pena sem a necessidade de
se respeitar os princípios do contraditório, ampla defesa não existe mais.
Observação 2: "relação de especial sujeição" é o termo traduzido para o português criado por um
alemão, "Marmut Maurer". Este conceito nunca foi aceito de forma transparente no Brasil. No
Brasil, as relações jurídicas são todas regidas pela Constituição, e sempre foram. Inclusive, nas
relações entre indivíduos e a administração pública, em que há um vínculo próximo," íntimo",
aplica-se a constituição (servidores, presos, doentes, alunos de escola pública, contratados pela
administração pública).
ATO ADMINISTRATIVO:
Não existe uma lei geral, uma norma de atos administrativos. É um fato jurídico, (é um evento
natural, ou humano que produz efeito jurídico, criando, extinguindo ou modificando relações
jurídicas).
No direito civil existem fatos, os produzidos pelo ser humano é chamado de ato jurídico “lato
sensu”.
O ato jurídico lato sensu: produz efeito jurídico, realizado pelo homem. A maior característica é a
autonomia da vontade. Pode ser ato jurídico estrito sensu (manifestação de vontade com efeitos
previstos, determinados por lei); ato ilícito (manifestação de vontade que viola o ordenamento
jurídico); negócio jurídico (manifestação de vontade a partir da autonomia pessoal).