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MEMÓRIAS DE

RESISTÊNCIA
Lugares de repressão e
de luta contra a Ditadura Militar
de 1964–1985, em Belo Horizonte.
MINEIROS MORTOS E
DESAPARECIDOS DURANTE
A DITADURA CIVIL-MILITAR
(1964-1985)

Abelardo Rausch Alcântara • Adriano Fonseca


Filho • Alberto Aleixo • Antônio Carlos Bicalho Lana
• Antônio Joaquim de Souza Machado • Antônio
dos Três Reis de Oliveira • Arnaldo Cardoso Rocha
• Augusto Soares da Cunha • Áurea Elisa Pereira
Valadão • Benedito Gonçalves • Carlos Alberto
Soares de Freitas • Carlos Antunes da Silva • Carlos
Schirmer • Ciro Flávio Salazar Oliveira • Daniel
José de Carvalho • David de Souza Meira • Devanir
José de Carvalho • Eduardo Antônio da Fonseca
• Eduardo Collen Leite • Elson Costa • Feliciano
Eugênio Neto • Geraldo Bernardo da Silva • Getúlio
de Oliveira Cabral • Gildo Macedo Lacerda • Guido
Leão • Hamilton Pereira Damasceno • Helber José
Gomes Goulart • Hélcio Pereira Fortes • Idalísio
Soares Aranha Filho • Itair José Veloso • Ivan Mota
Dias • Jeová Assis Gomes • João Batista Franco
Drummond • João Bosco Penido Burnier, Padre •
Joel José de Carvalho • José Carlos Novaes da Mata
Machado • José Júlio de Araújo • José Maximino de
Andrade Netto • José Toledo de Oliveira • Juarez
Guimarães de Brito • Lucimar Brandão Guimarães
• Maria Auxiliadora Lara Barcelos • Nativo
Natividade de Oliveira • Nelson José de Almeida
• Oracílio Martins Gonçalves • Orlando da Silva
Rosa Bomfim Júnior • Osvaldo Orlando da Costa •
Otávio Soares Ferreira da Cunha • Paschoal Souza
Lima • Paulo Costa Ribeiro Bastos • Paulo Roberto
Pereira Marques • Pedro Alexandrino Oliveira
Filho • Raimundo Eduardo da Silva • Raimundo
Gonçalves de Figueiredo • Rodolfo de Carvalho
Troiano • Walquíria Afonso Costa • Walter de
Souza Ribeiro • Zuleika Angel Jones (Zuzu Angel)

Este Guia é dedicado aos estudantes


e militantes mineiros que deram sua juventude
e sua vida em defesa da democracia no Brasil.
Monumento lembra os militantes mineiros
mortos e desaparecidos na Ditadura Militar
(Av. Afonso Pena, em frente ao Dops)

Foto Breno Pataro - Acervo PBH


LUGARES DE
MEMÓRIA
Repressão e resistência à
Ditadura Militar de 1964,
em Belo Horizonte.
 Foto Acervo do Projeto República/UFMG
Tropa da Polícia Militar cerca a
Faculdade de Medicina em 1977:
prisões e “Corredor Polonês” para impedir
o Encontro da UNE em Belo Horizonte

As cidades têm “lugares de memória” determinados A resistência ao regime militar implantado no


pela história dos que a construíram e nela vivem Brasil em março de 1964 durou duas décadas e
e que traçaram sua trajetória histórica. O turismo teve, em Belo Horizonte, vários momentos, fatos e
urbano contemporâneo inclui entre os roteiros de locais onde se desenrolaram atos de resistência e
destinos e atrativos esses lugares, constituídos confronto à ditadura, movimentos de rua, passeatas
por locais, edifícios, monumentos onde ocorreram e concentrações, prisões, torturas e mortes.
fatos significativos da história da cidade e que Relembrar fatos e locais da repressão é importante
merecem ser revisitados ou desvendados por sua não só para a memória e para a pesquisa histórica,
importância na memória de todos. mas também como registro indispensável à difusão
da evolução política. E, ainda, como potenciais
A interpretação histórica não se aplica somente ao roteiros de interesse turístico.
patrimônio edificado portador de exemplaridade
ou singularidade, mas também aos locais de Em Minas Gerais, algumas centenas de pessoas
memória, palco de fatos notáveis, também foram detidas para averiguações nos primeiros
causadores de fruição cultural e de vivências dias após o golpe de 31 de março de 1964, que
sensoriais, estimuladores da memória que depôs o presidente constitucional João Goulart
reconstitui percursos humanos, valores espirituais, e instaurou uma ditadura militar que durou 21
conhecimento e formação de identidades essenciais anos. Estudantes, trabalhadores, intelectuais,
à evolução das sociedades. sindicalistas, parlamentares e lideranças políticas
foram as primeiras vítimas do novo regime.
 Foto Acervo da Polícia Civil

DOPS
Endereço:
Av. Afonso Pena, 2.351 • Funcionários.

Símbolo da repressão política em Minas, o Dops foi


um dos principais locais de violação dos direitos
civis em Belo Horizonte no período militar. Palco
de torturas e prisões, era o braço de atuação da
Polícia Civil contra a oposição ao regime. Criada
em 1927 como Delegacia de Segurança Pessoal
e Ordem Política e Social, foi transformada em
polícia política em 1956, já como Departamento
de Ordem Política e Social de Minas Gerais
(Dops/MG). Foi usada na repressão desde os
primeiros dias do golpe de 1964, em articulação
com os DOI-Codis do Rio e São Paulo. Ao Dops,
viriam juntar-se novos quadros dos serviços de
inteligência das Forças Armadas, das polícias
militares e da Polícia Civil de todo o País. Por suas
celas, passaram lideranças políticas, professores,

LOCAIS DE estudantes e sindicalistas que entravam na lista


de procura da nova ordem que se instalou com o
golpe. Os organismos de defesa das liberdades
REPRESSÃO E civis reivindicam sua transformação em centro
de memória das lutas de resistência contra a

RESISTÊNCIA ditadura no Brasil. Um monumento às vítimas da


repressão foi inaugurado em 2013 em frente ao
prédio, na avenida Afonso Pena. Hoje, ele abriga a
delegacia de repressão ao tráfico de drogas.
Foto Bebel Baldoni - Acervo PBH Foto Breno Pataro - Acervo PBH

EDIFÍCIO ACAIACA QUARTEL DO 12º


REGIMENTO DE
Endereço: Av. Afonso Pena, 867, confluência das
ruas Espírito Santo e Tamoios • Centro

Com sede no 11º andar do Edifício Acaiaca, no


Centro de Belo Horizonte, sob o nome de Instituto
INFANTARIA
de Pesquisas e Estudos Sociais, o Ipes foi o grande
Endereço:
foco de irradiação da oposição ao governo de João Ruas Juiz de Fora e Tenente Brito Melo • Barro Preto
Goulart em Minas Gerais. Mantido com recursos de
empresários conservadores, lideranças patronais,
executivos de empresas norte-americanas e
Levantamentos, pesquisas e depoimentos relativos
dinheiro e técnicas de propaganda de comunicação
ao período ditatorial apontam, entre outros, como
de massa da CIA, a agência de inteligência dos
locais de prisão ilegal e torturas os quartéis do
Estados Unidos, o Ipes foi criado em 1961 e teve
então 12º Regimento de Infantaria e do Centro
como principal executivo o general Golbery do
de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), no
Couto e Silva, fundador e ministro-chefe do Serviço
Barro Preto, e uma unidade do Exército sediada
Nacional de Informação (SNI) e uma das principais
nas instalações do Colégio Militar, no Bairro São
lideranças do governo militar. O Ipes produzia
Francisco. Foram unidades militares utilizadas
material para jornais e revistas, patrocinava edições
como aparatos para prisões ilegais e depoimentos
de livros, mantinha grupos paramilitares e montava
sob tortura de presos políticos, em operações
cenários para manifestações públicas e marchas
policiais integradas com outros órgãos repressores
de donas de casa e de católicos fundamentalistas.
do Estado, do Rio e São Paulo. Passaram por suas
Foi o principal mentor do golpe. Em janeiro de 1964,
prisões vários militantes da resistência ao regime
em reunião na sede de Belo Horizonte, a alta cúpula
militar.
do Ipes entregou ao general Carlos Luís Guedes,
comandante da ID/4 (Quarta Infantaria Divisionária),
líder do golpe que seria consumado dois meses
depois, a coordenação do núcleo militar da
conspiração em Minas. O chamado ‘Grupo Acaiaca’
funcionava no andar-sede do Sindicato da Indústria
de Fiação e Tecelagem de Minas Gerais.
Foto Breno Pataro - Acervo PBH

PANDIÁ DAN MITRIONE/CIA


CALÓGERAS Endereço:
Rua José Carlos da Mata Machado • Bairro das Indústrias
Endereço:
Praça Carlos Chagas • Santo Agostinho

A CIA enviou a Belo Horizonte, nos anos anteriores


A Escola Estadual Pandiá Calógeras, localizada ao golpe de 64, um especialista em interrogatório
na praça em frente à Assembleia Legislativa de e ações repressivas, o agente norte-americano
Minas Gerais, serviu de local para o recrutamento Dan Mitrione, cuja missão era ensinar aos policiais
de voluntários a favor do golpe militar e de centro mineiros, por meio de acordo com a Usaid, as
de distribuição de material anticomunista. Sediou técnicas de pressão psicológica contra presos
também uma milícia civil chefiada pelo general sistematizadas nos manuais Kubark da organização.
José Lopes Bragança, responsável por prisões e Ficou dois anos na capital mineira (1961–1962), ligado
várias ações repressivas nos dias que se seguiram à base da CIA, o chamado Ponto4, que funcionava
ao golpe e que realizou várias ações repressivas. na sede do Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos
Foi transformada em QG dos grupos reacionários (ICBEU), na rua da Bahia, Funcionários. Transferido
católicos e de movimentos de donas de casa, alvos para o Uruguai, Mitrione foi capturado e executado
da campanha ideológica de desestabilização do pela guerrilha dos tupamaros em 10 de agosto
Governo Goulart. de 1970. Deixou em Minas uma teoria da tortura:
“A dor exata, no momento exato, na quantidade
exata, para o efeito desejado”. Homenageado pela
então Câmara dos Vereadores, virou nome de rua
em Belo Horizonte. Com a redemocratização, a
homenagem foi revogada e à rua foi dado o nome do
militante belo-horizontino JOSÉ CARLOS DA MATA
MACHADO, filho do professor Edgar de Godoy da
Matta-Machado e assassinado pela polícia política,
em Recife, em outubro de 1973.
Foto Acervo da Polícia Civil Foto Breno Pataro - Acervo PBH

DELEGACIA DE CENTROS
FURTOS E ROUBOS CLANDESTINOS
Endereço: Rua Pouso Alegre, 417 • Floresta DE TRIAGEM
Prisão com práticas medievais de tortura e prisões
ilegais, a Delegacia de Furtos e Roubos da Polícia Endereço:
Esquina das ruas Sergipe
Civil de Minas, na rua Pouso Alegre, bairro Floresta,
e Santa Rita Durão • Funcionários
era uma das mais temidas unidades policiais do
País. Com a repressão política transformada em
método de obtenção de informações de militantes, Sítios clandestinos no entorno de Belo Horizonte e
presos políticos envolvidos em assaltos a bancos se as penitenciárias de Neves e Dutra Ladeira foram
juntaram aos presos comuns nas salas de tortura. transformados em centros de detenção clandestina
Em 28 de janeiro de 1969, após uma ação da Polícia nos anos de repressão. Os locais foram definidos a
Civil em um aparelho da organização COLINA na partir de relatos de presos políticos, que apontam,
rua ATACARAMBU, 120, no bairro São Geraldo, que entre eles, uma casa no bairro Renascença, nunca
resultou na morte de dois policiais civis e na prisão identificada. Em muitos casos, a localização é
de um grupo de militantes, foi lançada uma caçada imprecisa porque os detidos eram encapuzados.
a integrantes da organização em Belo Horizonte e
Um desses centros de triagem pertencia à Polícia
no Estado. Em busca de informações que levassem a
Militar e funcionava em uma casa anexa ao Palacete
outros integrantes, foi transferido para a unidade o ex-
Dantas, a 30 metros do Palácio da Liberdade.
sargento da Aeronáutica João Lucas Alves, preso em
novembro de 1968 pelo Dops/RJ e levado em seguida
para a Polícia do Exército. Integrante do COLINA, o ex-
militar, expulso das Forças Armadas por envolvimento
no movimento de suboficiais em 1963 e 1964, foi trazido
para interrogatório na Furtos e Roubos, onde morreu
sob tortura. A polícia alegou suicídio. A DFR, instituída
como unidade autônoma em 1964, foi desativada em
1985, após ação do Ministério Público Estadual, e
transferida para a rua Uberaba, no Barro Preto.
Foto Acervo da FMC Foto Breno Pataro/Acervo PBH

TEATRO MARÍLIA/ TEATRO DA AMI


GALERIA GUIGNARD/ Endereço:
STAGE DOOR Rua da Bahia, 1.450, Lourdes (AMI) e
Rua Rio de Janeiro, 1.063, Centro (IO)

Endereço:
Avenida Alfredo Balena, 588 • Santa Efigênia
Cidade com forte tradição cultural e população
jovem, Belo Horizonte teve no circuito de teatros
um importante formador de consciência crítica
O Teatro Marília foi construído pela Cruz Vermelha e de ligação com a produção cultural nacional e
brasileira, ficando sob responsabilidade da internacional de vanguarda e de contracultura. No
instituição durante 15 anos. Concebido como Teatro da Associação Mineira de Imprensa – AMI,
auditório da sua Escola de Enfermagem, foi em Lourdes, seminários de leituras dramáticas
inaugurado em 1964, dando início à história de de peças proibidas pela censura reuniam artistas,
um espaço privado que, tornado público, passou jornalistas, intelectuais e estudantes nos anos
a ter grande importância cultural para a cidade 1970, desafiando as forças policiais que tentavam
e se transformou em um núcleo de resistência impedir apresentações de produções de desafio
intelectual e artística. Nas décadas de 1960 e à ordem política. No mesmo período, o TEATRO
1970, apresentações do Grupo de Teatro Oficina e DA IMPRENSA OFICIAL promovia com frequência
de autores de contestação, como Bertolt Brecht, festivais de cinema do realismo socialista
Gianfrancesco Guarnieri, Augusto Boal e Millôr soviético, theco, polonês e cubano.
Fernandes, colocaram o Marília como referência
no circuito nacional. No local, funcionaram
também a Galeria Guignard e o bar Stage Door,
pontos de encontro de artistas, boêmios e
intelectuais.
Foto Acervo NI Foto Acervo NI

IGREJA SÃO UNIVERSIDADE


FRANCISCO DAS FEDERAL DE MINAS
CHAGAS GERAIS
Endereço:
Endereço:
Praça São Francisco • Carlos Prates
Campus da Avenida Antônio Carlos • Pampulha

A Igreja São Francisco das Chagas, no bairro A Universidade Federal de Minas Gerais sofreu
Carlos Prates, abrigou os estudantes que, após a intervenção militar em julho de 1964 por ordem de
invasão da União Estadual dos Estudantes em Belo uma das principais lideranças militares no Estado,
Horizonte, três dias antes, quando a polícia efetuou o general Carlos Luis Guedes, que, à revelia do
dezenas de prisões, realizaram clandestinamente, Ministério da Educação, destituiu o reitor Aloísio
em 28 julho de 1966, o 28º Congresso da UNE, Pimenta, em quem via posição de esquerda, e
colocada na ilegalidade após o golpe de 1964. O nomeou como interventor o tenente-coronel
congresso, realizado na cripta da igreja, reforçou Expedito Orsi Pimenta. A intervenção durou dois
a linha de resistência e decidiu pela ampliação das dias e, por ordem do Marechal Castello Branco,
manifestações de rua em todo o País. A igreja foi então na Presidência, o ato foi anulado e o cargo
atingida por atentado a bomba em 28 de março de reassumido por Pimenta. A UFMG tornou-se, por
1978. várias de suas escolas, a principal instituição de
resistência ao regime militar.
Foto Acervo Projeto República/UFMG Foto Acervo Projeto República/UFMG

FAFICH FACULDADE DE
Endereço:
MEDICINA/UFMG
Rua Carangola, 288 • Santo Antônio
Endereço:
Avenida Alfredo Balena, 190 • Santa Efigêna
A repressão atuou fortemente contra um dos
principais redutos da resistência em Belo Horizonte,
a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Em 4 de junho de 1977, a realização do III Encontro
UFMG, a Fafich, cujo prédio, na rua Carangola, Nacional dos Estudantes, promovido pela União
abrigava as Faculdades de Psicologia, História, Nacional dos Estudantes (UNE), colocada na
Geografia, Ciências Sociais, Letras, Comunicação ilegalidade, foi violentamente reprimida em Belo
Social, Filosofia, Matemática, Física, Química e Horizonte. O objetivo do encontro, que mobilizou
Biologia. O prédio foi invadido e ocupado pela estudantes de todo o País, era reorganizar a UNE
Polícia Militar em 1968. Os militares levaram uma e discutir novas formas de resistência. O Exército
lista de 12 alunos para serem presos. Havia no impediu a saída de caravanas dos estados e
prédio, no momento, 600 alunos, 90 professores barrou o acesso de estudantes à capital. Um
e funcionários. A direção se recusou a entregar grande aparato policial-militar foi montado. Cerca
os alunos e o diretor, professor Pedro Parafita de de 400 universitários mineiros guardaram vigília
Bessa, recebeu ordem de prisão. O impasse só na noite do dia 3 na Faculdade de Medicina da
seria resolvido horas depois, quando os militares UFMG, onde aconteceria o encontro. A repressão
deixaram o prédio. Nenhum aluno foi preso. Na culminou com o cerco da Faculdade e a condução
Fafich, organizaram-se, em assembleias de alunos, dos confinados para o Parque da Gameleira,
vários movimentos públicos de resistência ao transformado em prisão temporária. O Diretório
regime que prendeu, cassou e processou vários Acadêmico da Faculdade de Medicina já tinha
professores e estudantes. Marco de resistência à sido invadido, pichado e vasculhado, em 11 de
ditadura, a Fafich vai abrigar o Memorial da Anistia maio, por grupos anticomunistas. No ano seguinte,
Política cuja montagem está sob coordenação da uma bomba explodiu no DA, provocando danos ao
UFMG. prédio. O Show Medicina, contestador do regime
militar, sofreu restrições e acabou impedido.
Foto Acervo Projeto República/UFMG Foto Acervo Projeto República/UFMG 

FACULDADE DE DIRETÓRIO CENTRAL


DIREITO/UFMG DOS ESTUDANTES
Endereço: Endereço:
Praça Afonso Arinos • Centro DCE/UFMG – Avenida Afonso Pena • Centro
UEE – Rua Guajajaras, 694 • Centro

A Faculdade de Direito da UFMG promoveu dezenas


de atos políticos contra o regime militar e a favor O DCE/UFMG, na avenida Afonso Pena, a
da anistia e da redemocratização. Processos contra União Estadual dos Estudantes (UEE), na rua
alunos com base na Lei de Segurança Nacional, Guajajaras, 694, a União Municipal dos Estudantes
perseguições contra professores, cercos policiais Secundaristas (Umes), atuantes e organizados, com
e ameaças de bombas não foram suficientes para grande liderança entre os estudantes, lideraram
impedir a reação dos estudantes. A Faculdade foi os movimentos de resistência ao regime militar,
cercada algumas vezes por forças policiais para com diversas e variadas manifestações, passeatas,
impedir manifestações. paralisações e denúncias. Atuaram em sintonia com
a UNE e seus dirigentes e líderes foram os que mais
sofreram com a repressão policial, com prisões,
torturas, mortes, exílios e desaparecimentos,
alguns até hoje não esclarecidos. Após o Ato
Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968,
editado pela Junta Militar que governava o país,
retirando todos os direitos e garantias individuais,
muitos militantes passaram à clandestinidade,
integrando organizações de resistência armada ao
regime militar.
Credito: Foto Acervo IHG Foto Marcelo Prates/Acervo Pessoal

HELENA GRECO PRAÇA DA RODOVIÁRIA


E A ANISTIA Endereço:
Praça Rio Branco, confluência com Avenida
Endereço: Afonso Pena e Rua Caetés • Centro
Rua Juiz de Fora, 849 • Barro Preto Praça da Estação, Praça Rui Barbosa • Centro

Em 24 de fevereiro de 1984, 400 mil pessoas


Uma das mais atuantes miltantes pela anistia e se reuniram na Praça Rio Branco, a Praça da
pela defesa dos Direitos Humanos no País, Helena Rodoviária, no início da avenida Afonso Pena,
Greco presidiu o Movimento Feminino pela Anistia, em Belo Horizonte, em apoio à Emenda Dante
o MFPA/MG, e sofreu atentados e ameaças durante de Oliveira, que pedia Eleições Diretas-Já, na
todo o período da ditadura e nos anos subsequentes maior concentração até então ocorrida na Capital.
à decretação da Lei da Anistia. Sua casa, na Rua Minas diz “Não” à ditadura militar e pede eleições
Juiz de Fora, no Barro Preto, foi transformada em diretas para a Presidência da República. Em Belo
local de resistência à ditadura militar e à violação Horizonte, a Praça Rio Branco, a Praça Sete e a
dos direitos civis. Helena Greco e sua residência Praça da Estação foram os locais históricos de
tornaram-se símbolo e referência nas lutas de manifestações, comícios, reuniões e protestos em
resistência democrática. Em março de 2014, por todos os tempos da cidade.
decisão da Câmara dos Vereadores, o Elevado
Castelo Branco, batizado com o nome do primeiro
presidente do ciclo militar, teve seu nome trocado
para Elevado Helena Greco, ligando a região central
de Belo Horizonte a importantes bairros da região
Noroeste e Pampulha.
Foto Breno Pataro - Acervo PBH Foto Binomio - Acervo José Maria Rabelo

CASA DO JORNALISTA/ O BINÔMIO


SINDICATO DOS Endereços:
O Binômio – Rua Curitiba, 676 • Centro
JORNALISTAS Em Tempo – Rua Bernardo Guimarães, 1.884 • Sto. Agostinho
De Fato – Avenida do Contorno, 2.399 • Floresta
Endereço: Avenida Álvares Cabral, 400 • Centro Jornal Movimento – Rua Rio de Janeiro, 300 • Centro

Entidade com vínculos históricos com a defesa da Fundado em fevereiro de 1952 em Belo Horizonte
liberdade de expressão e das instituições democráticas, e um dos precursores da imprensa alternativa
o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas brasileira, tanto no formato tablóide como no
Gerais teve atuação importante na proteção conteúdo crítico, O BINÔMIO se transformaria em 1964
dos profissionais de imprensa, na denúncia das em trincheira contra o movimento conspiratório que
arbitrariedades policiais e na abertura do espaço levaria ao governo militar, antecedendo a atuação
da Casa do Jornalista, na avenida Álvares Cabral, da chamada imprensa nanica. Jornal satírico, na
para debates que davam voz à oposição e a outras linha que anos depois levou ao surgimento de “O
entidades sindicais ameaçadas pelo regime militar. PASQUIM”, O BINÔMIO fez humor e crítica contra
Alinhou-se a correntes progressistas e a organismos todos os governos anteriores ao golpe. Após a
de defesa dos Direitos Humanos. Cedeu espaço para publicação de uma matéria que apontava o então
reuniões de outras categorias profissionais e teve comandante militar em Minas, João Punaro Bley,
participação ativa na defesa da Anistia e na campanha como simpatizante do Nazifascismo, o jornal foi
por eleições diretas. Atuou na organização de vários invadido por cerca de 200 militares, depredado e
sindicatos em Minas. Foi alvo de atentados a bomba, empastelado. Durou poucos meses em 1964, sendo
ameaças, invasões, violação de correspondência fechado por apoiar as reformas de base de João
e pichações. Em 27 de junho de 1980, véspera da Goulart. Seu editor, José Maria Rabêllo, foi obrigado
visita do Papa João Paulo II a Belo Horizonte, novo a se asilar no Chile e, depois, na França. Muitos
atentado atingiu o sindicato, que meses antes já jornais que surgiram no período pós-golpe, com
tinha sido invadido. A explosão de uma bomba veio linha crítica e de resistência, como MOVIMENTO, EM
em meio a uma escalada de terror contra bancas de TEMPO e DE FATO sofreram ameaças e atentados
jornais, gráficas, editoras, universidades e entidades a bomba em Belo Horizonte. Os jornais comerciais
religiosas. Bombas ainda explodiram na Casa do de grande circulação nacional colaboraram, em sua
Jornalista após a redemocratização. maioria, na desestabilização do governo e apoiaram
o golpe de 64.
Foto Ricardo Laf - Acervo PBH Foto Acervo NI

EDIFÍCIO MALETTA COLÉGIO ESTADUAL


Endereço:
Esquina de Avenida Augusto de Lima e Rua da Bahia
CENTRAL
Endereço:
Rua Fernandes Tourinho, 1.020 • Lourdes
Principal local de encontro de escritores, boêmios,
atores, teatrólogos, jornalistas e intelectuais de O Colégio Estadual Milton Campos, o Estadual
todos os matizes ideológicos de Belo Horizonte, o Central, foi um dos maiores formadores de líderes
Edifício Maletta era ponto obrigatório de debates estudantis mineiras que se opuseram à ditadura
sobre os rumos da política e da conjuntura nacional militar. Foco de resistência ao regime autoritário,
e de assimilação e crítica das novas ideias que foi palco da estruturação do movimento estudantil
surgiram com a explosão libertária dos movimentos secundarista de Belo Horizonte e um dos mais
culturais e políticos que marcaram a década de 1960. ativos formuladores das ações de protesto que
Nos bares e livrarias do Maletta, a efervescência ganharam as ruas da capital. Várias das lideranças
cultural do período propiciou a formação de surgidas no agitado clima de engajamento do
importantes escolas mineiras de arte, literatura e colégio, um conjunto projetado pelo arquiteto
teatro. A proximidade com as redações de jornais, Oscar Niemeyer e frequentado por jovens de classe
com a Faculdade de Direito da UFMG, na avenida média, tiveram papel importante em organizações
Álvares Cabral, com a redação do SUPLEMENTO clandestinas, como o Partido Comunista Brasileiro,
LITERÁRIO, onde surgiu toda uma geração de a Polop (Política Operária) e a AP (Ação Popular), e
escritores, e com redutos frequentados por vínculo com o movimento estudantil universitário.
militantes de esquerda, como os bares BUCHECO, Na fase aguda da guerrilha, com o acirramento da
na rua Guajajaras, e SALOON, na rua Rio de Janeiro, repressão após a instituição do AI-5, várias dessas
fez com que, nas mesas da CANTINA DO LUCAS, do lideranças participaram de ações armadas.
LUA NOVA e do JANGADEIRO se consolidasse um Presas, foram torturadas e condenadas com base
importante reduto de resistência à ditadura militar. na Lei de Segurança Nacional.
Foto Breno Pataro - Acervo PBH

CONVENTO DOS FRADES ALDEIA GLOBAL


DOMINICANOS Endereço:
Edifício Maletta • Centro
Endereço:
Rua dos Dominicanos, 26 • Serra
A Editora e Livraria Aldeia Global, situada no
segundo piso do Edifício Maletta, foi, por três
A Igreja Progressista foi uma das mais atingidas pela
vezes, invadida pela polícia. Ponto de encontro de
repressão: de 1964 a 1979, segundo a Arquidiocese
estudantes e intelectuais, pertencia ao proscrito
de São Paulo, 395 integrantes da Igreja foram
Partido Comunista e editava clandestinamente
presos, sete assassinados, 34 torturados, templos
obras de história e teoria marxista. Criada por
foram invadidos e depredados e nove religiosos
Antônio Bertelli, era um aparelho do partido em
estrangeiros foram expulsos do Brasil. De acordo
Belo Horizonte. Livros apreendidos na editora
com a historiadora e pesquisadora Heloísa Starling,
durante as invasões eram recolhidos ao Dops e
logo após o golpe, a repressão em Minas teve como
incinerados.
um dos alvos principais a Ação Popular (AP). Esta
se inicia com a invasão do Convento dos Frades
Dominicanos, localizado no bairro da Serra, e
atingiu tanto líderes leigos quanto religiosos. Outra
entidade católica que sofreu repressão no pós-
golpe foi a Ação Católica. Em 1º de abril de 1964,
a sede da Juventude Operária Católica (JOC) foi
invadida pelo organismo paramilitar dos “Novos
Inconfidentes”, o núcleo mineiro do Ipes, e o seu
fundador e assistente eclesiástico, padre William
Silva, foi indiciado em um Inquérito Policial Militar.
Lideranças como os freis Betto e Tito se formaram
no pequeno convento da Serra.
Foto Acervo NI Foto: Acervo Jornal Estado de Minas

SECRETARIA DE SAÚDE PRAÇA SETE/


Endereço: Avenida Augusto de Lima, IGREJA SÃO JOSÉ
em frente ao Mercado Municipal
Endereço:
Com a radicalização política impedindo a realização das
Praça Sete de Setembro • Centro
reformas de base, o ex-governador do Rio Grande do Igreja São José • Avenida Afonso Pena com
Sul e então deputado federal Leonel Brizola, líder da ruas Espírito Santo e Tamoios
Frente de Mobilização Popular, apostou na pregação das
reformas por meio de comícios, passeatas, entrevistas
e visitas aos Estados. Em 25 de fevereiro de 1964, Espaço simbólico da cidadania em Belo Horizonte
pouco mais de um mês antes do golpe, tentou reunir os
e palco de manifestações populares que celebram
mineiros para uma palestra no auditório da Secretaria
conquistas e unem movimentos sociais na
de Estado da Saúde, hoje Minascentro, na avenida
Augusto de Lima. Convocada a resistir à passagem de reivindicação de direitos, a Praça Sete, no
Brizola por Belo Horizonte por grupos anticomunistas, hipercentro da capital, foi local de manifestações
que na noite anterior promoveram uma palestra do de estudantes e trabalhadores nos protestos
almirante Silvio Heck, ex-ministro de Janio Quadros, contra a ditadura militar e na campanha das
que condenou o “imperialismo de esquerda” e a Diretas-Já. A 100 metros, a Igreja São José
“comunização russa e cubana” do Brasil, Brizola chegou, abria as portas e dava abrigo aos manifestantes
em um primeiro momento, a ser impedido de entrar no perseguidos pela polícia mineira.
auditório. Grupos que apoiavam o líder trabalhista se
atracaram com a claque anticomunista da Frente de
Mobilização Democrática. O auditório da Secretaria da
Saúde foi invadido por mulheres que, com o terço nas
mãos, gritavam slogans contra “o belzebu vermelho”
e oravam para “exorcizar o anticristo”. O episódio ficou
conhecido como a “Noite das Cadeiradas”. Agredidos
com socos-ingleses e pauladas, os organizadores do
encontro foram expulsos do auditório. Brizola deixou
o local às pressas. Policiais participaram do conflito.
Cinquenta pessoas saíram feridas.
CRONOLOGIA
DE UM GOLPE

SINDICATO
DOS MÉDICOS
Endereço:
Avenida do Contorno, 4.999 • Floresta
1954
O presidente Getúlio Vargas, após uma intensa
campanha de desestabilização liderada pela
A atuação sindical dos médicos de Belo Horizonte direita militar e parlamentar representada pela
se transformou numa militância política de União Democrática Nacional, a UDN, comete
contestação do regime, principalmente a partir suicídio em 24 de agosto nos aposentos
de 1980 quando, em eleição histórica, elegeu-se presidenciais do palácio do Catete, no Rio
para o Sindicato dos Médicos a Chapa Renovação de Janeiro. Assumiu o Vice-Presidente, Café
Médica, encabeçada pelo médico e ex-prefeito Filho, em meio a uma grave crise política e
de Belo Horizonte Célio de Castro, que também militar. Pressionado pelos militares, que
presidiu o Cebrade (Centro Brasil Democrático). ameaçavam um golpe, Café Filho se licencia
A atuação política do Sindicato levou grupos e passa o governo para o presidente da
anticomunistas a praticar dois atentados contra Câmara e sucessor natural, Carlos Luz.
o presidente da entidade, um deles, em abril de
1987, com a explosão de uma bomba na casa
de Célio de Castro, na rua Catete, na Barroca. A
repressão prendeu e processou vários médicos
militantes da resistência.
1955 1964
Sob forte oposição dos militares e da UDN, Em 31 de março, um levante militar iniciado
que o acusavam de ter apoio dos comunistas, em Juiz de Fora recebe apoio das guarnições
Juscelino Kubistchek de Oliveira foi eleito de Rio de Janeiro e São Paulo e resulta
Presidente da República em 3 de outubro no golpe que, com apoio de empresários
de 1955. A posse de Juscelino e do Vice- representantes de empresas estrangeiras,
Presidente eleito João Goulart só foi da imprensa e de fundamentalistas católicos,
garantida com um levante militar liderado derruba o governo constitucional e instaura
pelo ministro da Guerra, general Henrique uma ditadura que dura 21 anos. Em 12 de
Teixeira Lott, que, em 11 de novembro de abril, o marechal Humberto de Alencar
1955, depôs o então presidente interino da Castello Branco, então chefe do Estado-Maior
República Carlos Luz. Suspeitava-se que do Exército, toma posse como presidente de
Carlos Luz, da UDN, não daria posse ao fato da República pelo Congresso Nacional.
presidente eleito. Assumiu a Presidência, Foi o primeiro dos cinco presidentes do
após o golpe de 11 de novembro, o presidente ciclo militar, seguido dos generais Costa e
do Senado Federal, Nereu Ramos. O Brasil Silva, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e
permaneceu em estado de sítio até a posse João Baptista Figueiredo. Nesse período,
de JK em 31 de janeiro de 1956. parlamentares foram cassados, o Congresso
Nacional fechado, a imprensa foi colocada
sob censura, estudantes e professores

1961
expulsos das universidades e os direitos civis
suspensos, instaurando um regime de terror.

Assume a Presidência Jânio Quadros, que

1985
tem como Vice João Goulart. Conservador,
com apoio da UDN e políticas ambíguas,
renuncia em agosto do mesmo ano, com
apenas sete meses de governo, provocando
uma nova mobilização dos militares, que Em 15 de janeiro, o Colégio Eleitoral elege
não aceitam a posse de João Goulart, o que Tancredo Neves. É o fim do regime militar.
provoca uma intensa mobilização popular
liderada pelo governador do Rio Grande do
Sul, Leonel Brizola. Um acordo destinado
a evitar uma guerra civil permite a posse
de Goulart com a implantação do regime
parlamentarista. Em 1963, um plebiscito
restaura o presidencialismo.
OS NÚMEROS DA
DITADURA

Dados da Arquidiocese de São Paulo apontam que denunciados, 6.385 indiciados e 2.183
cerca de 50 mil pessoas foram presas somente testemunhas, perfazendo um total de 17.420
nos primeiros meses de ditadura; milhares de pessoas pessoas atingidas; foram quatro condenações
passaram pelos cárceres por motivos políticos; em à pena de morte – não consumadas; 130 pessoas
torno de 10 mil exilados; 4.862 cassados; foram banidas do território nacional; 6.592
245 estudantes expulsos das universidades militares punidos. Além disso, cerca de 20 mil
por força do decreto 477; foram 707 processos presos foram submetidos a torturas
judiciais por crimes contra a segurança nacional físicas e há um número desconhecido de mortos.
de 1964 a 1979; desses processos, constam 7.367
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Material de pesquisa
Centro de Documentação da UFMG/Projeto
República
Estado de Minas/Hoje em Dia/Movimento/
Texto e pesquisa elaborados pela Empresa
O Binômio/IstoÉ
Municipal de Turismo de Belo Horizonte – Belotur
Polícia Civil de Minas Gerais 31 de março de 2014.
belohorizonte.mg.gov.br

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