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1 ea ITUCIONAL, ADMINISTR. WL Ano IT n, 6 ~ jeneiz0/tevereizo/marco de 2007 FORMAGOES JURIDICAS DE INTERESSE INSTITUCIONAL ATIVO E INSTITUCIONAL 3.1.1 O valor juridico do preimbulo Luciana Teixeira Guimaraes Christofaro Téenica em Direito do Ministério Piiblica/MG Pés-graduada em Controle Externo pela PUC/MG em pareeria com 0 Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. Pés-graduada em Direito Piblico pelo Ceniro Universitirto Metodisia eabeta Hendrix. és, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para stituir um Estado Democritico, destinado a assegurar o exercicio dos di tos sociais ¢ in- dividuais, a liberdade, a seguranga, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiga como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista ¢ sem preconceites, fundada na hharmonia social e comprometida, na ordem interna e intemacional, com a solugo pacifica das controvérsias, promulgamos. sob a protegio de Deus, a seguinte CONSTITUICAO DA REPU- BLICA FEDERATIVA DO BRASIL, E tradigo brasileira introduzir-s o texto Consttucional, com uma carta de intengdes ou declaragao de propésitos em que sfo infonmads os prncipios efundamentos norteadores da nova odem econdmica, trazendo efetvidade e legitimidade & nova Constitui¢ao. O préambulo, do latim praembulu, foi inserido em todas as Constituiges brasileira, sendoo local “que se enconta, over todo caso devria se encontrar, a expresso da conscincia coletiva de uma nado num determinado momento ou ao menos aexpressio das iéias sobre as quis a maior parte dos espiitos estiio de acordo (...)".' 0 predimbulo da nossa Constituigdio em vigor revela iden- ‘dade entre os valores ali consagrados e os principios ¢objetivos ‘enunciados no Titulo I da Carta como fundamentos da Repiblica Federativa do Brasil Questdo interessante que se coloca é sobre o valor juri= dico do predmbulo. Podemos sintetizar a diseussto as seguintes teses: | Tese da irrelevdncia juridica: o preambulo nfo ingressa no mundo juridico, tendo valor meramente politico, literatio ¢ simblico: 2.Tese da eficaicia idéntiea & de qualquer norma cons- titucional: © preémbulo é equiparado as normas constitucionais, inclusive sendo pardmetro para declaragdes de inconsttucionali- ‘dade por violagao dos prineipios nele contidos; 3.Tese da releviincia juridiea especifiea ou ‘embora nfo faga parte das normas juridicas constitucionais, 0 predmbulo possui fungio integrativa e interpretativa, buscando aclarar os demais preceitos constitucionais. A essa iiltima corrente filiam-se constitucionalistas de renome no mundo juridico. Alexandre de Moraes, afirma que “o predmbulo nao é juridicamente irrelevante, uma vez. que deve ser observado como elemento de interpretacdo ¢ intezracao dos diversos artigos que he seguem”, apesar de entender que ele no faz parte do texto constitucional propriamente dito. E conclu © preimbulo, portanto, por no ser norma constitucional, no poder prevalecer contra texto expresso da Consttuigdo Federal, etampouco poderd ser paradigma comparativo para declaragio de inconsttueionalidade, porém, por tragar as dietizespolitcasfiloséficase ideolbaieas da Constitigio, ser uma de suas linhas mestras interpretativas? ‘© Supremo Tribunal Federal decidiu pela auséneia da forga ‘normativa do predimbulo constitucional, adotando a primeira das trés teses citadas acima, a da inrelevancia juridica. Nos termos do voto do Exmo Min, Relator Carlos Velloso, 0 preambulo nao se situa no Ambito do Direito, mas no dominio da politica, reve- lando posigio ideol6gica do Constituinte, nfo sendo norma de reprodugdo obrigatéria pelos Estados-Membros.” [Em que pese & decisio da Suprema Corte, nfo podemos consentir com a idéia de ser 0 preémbulo apenas pega de mero ‘omato. Ora, basta lembrar ser ele eriado ¢ aprovado segundo 0 ‘mesmo processo que as normas juridicas constitucionais; logo, integra, a0 menos materialmente, a Constituigdo.* Como observa Jorge Miranda, adistingao feita entre o predmbulo e os preceitos normativos constitucionais é feita unicamente pela eficicia ou fungo que desempenha na Constituigdo, e nunca pela origem ‘ou pelo instrumento que se insere.* Fazemos de nossas as palavras do Exmo. Professor & Desembargador Kildare de Gongalves Carvatho, que conclu brithantemente, sobre toda essa discussio em tomo daexisténcia do preimbulo nas Constituigdes: Filiamo-nos, pois corrente que considera o predmbulo, formal ¢ materialmente, parte integrante da Constituigdo 8 aque provém do Poder Consttunteorigindro, submete-s¢ a0 ‘mesmo processoconsttunte¢direciona ocontetid material «das normas consttuconss, orientando a atuae0 do levislador a fungZo do juiz. Reduzi-lo a mero enunciado politico ou idcolSgico & transformi-lo em formula vaziae sem conte do, ausente de qualquer ecco que & inconeebivel em se tratando de eusula emanada do Poder Consttuinte?® ® PMBYG eeveces cok icin aoe rt ac ~ deere teverntoa/earen 2307 Notas: * PELLOUX. Revue de Droit Publi et Science Politique. 347. In: CARVALHO, Kildare Goncalves Diteto Consttuclonal 12". Blo Hovizoate: Del Res, 2006, pi. 426. * Direlto Constitulonal 17d Sto Pao: Aes, 2005. pg 15. 2ADIn-2076-AC, Rel. Mi. Caries Vellso, decisdo 15 8.2002 Informativo STF 1°27 “ Lembrando que hi agueles que sistent a dea de que, formalmente, sob 0 poto de vista normative preceptvo, 0 predmbulo nto faz parte do texto const ional do sendo esa.a nossa opinido. MIRANDA. Manual de Direto Constitucional,t 2, p. 210 ln: CARVALHO. Op cit. Pig.431 “CARVALHO. Op. Cit. Pig 432, Publico

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