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HISTÓRIA MEDIEVAL II
Batatais
Claretiano
2013
© Ação Educacional Claretiana, 2010 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
909.01 B781h
ISBN: 978-85-8377-054-1
CDD 909.01
Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cátia Aparecida Ribeiro Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Dandara Louise Vieira Matavelli Rodrigo Ferreira Daverni
Elaine Aparecida de Lima Moraes Sônia Galindo Melo
Josiane Marchiori Martins
Talita Cristina Bartolomeu
Lidiane Maria Magalini
Vanessa Vergani Machado
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza Projeto gráfico, diagramação e capa
Patrícia Alves Veronez Montera Eduardo de Oliveira Azevedo
Rita Cristina Bartolomeu Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Unidade 1 – FEUDALISMO:
UMA ABORDAGEM HISTORIOGRÁFICA
1 OBJETIVOS......................................................................................................... 37
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 37
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 37
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 39
5 CONTROVÉRSIAS EM TORNO DO “FEUDALISMO”.......................................... 40
6 ABORDAGENS JURÍDICO-POLÍTICA E ECONÔMICA SOBRE
O “FEUDALISMO”.............................................................................................. 42
7 DA SOCIEDADE FEUDAL AO SISTEMA FEUDAL............................................... 47
8 QUESTÕES AVALIATIVAS................................................................................... 58
9 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 59
10 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 59
CRC
Ementa––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Feudalismo: uma abordagem historiográfica. Construção da cristandade ociden-
tal: a reforma da Igreja. Expansão da cristandade ocidental: as cruzadas. Reno-
vação urbana e comercial. "Renascimento do século 12". Fim da Idade Média:
crise ou transformação?
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo ao estudo de História Medieval II!
No Caderno de Referência de Conteúdo História Medieval I,
você acompanhou os principais temas referentes ao período his-
tórico que ficou conhecido como Alta Idade Média. Agora, estu-
daremos os temas e as problemáticas pertinentes ao período da
chamada Baixa Idade Média.
Quando falamos em Baixa Idade Média, estamos nos reme-
tendo ao período histórico que se estende do século 11 ao século
15, momento no qual as estruturas antigas perdem a força diante
10 © História Medieval II
Abordagem Geral
Neste tópico, apresentamos uma visão geral do que será es-
tudado neste Caderno de Referência de Conteúdo. Aqui, você en-
trará em contato com os assuntos principais deste conteúdo de
forma breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar essas
questões no estudo de cada unidade. Desse modo, essa Aborda-
gem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário a
partir do qual você possa construir um referencial teórico com
base sólida – científica e cultural – para que, no futuro exercício
de sua profissão, você a exerça com competência cognitiva, éti-
ca e responsabilidade social. Vamos começar nossa aventura pela
apresentação das ideias e dos princípios básicos que fundamen-
tam este Caderno de Referência de Conteúdo.
Com este roteiro, será possível que você inicie seus estudos
tendo um panorama geral do que será discutido no decorrer de
seus estudos. Apresentaremos a seguir um panorama do período
que os historiadores denominaram Baixa Idade Média, compreen-
dido entre os séculos 11 e 15.
Este roteiro contribuirá para a construção de seu conheci-
mento, apresentando as principais temáticas que serão estudadas
durante o curso. Contudo, seu objetivo é, sobretudo, enfatizar que
não devemos assimilar tais conteúdos sem antes analisá-los, le-
vantar questionamentos, criar hipóteses e fazer um exercício de
reflexão.
Propomos que você tenha sempre duas coisas em mente:
em primeiro lugar, tudo o que lhe será apresentado é resultado de
uma construção historiográfica. Portanto, são interpretações que
revelam a linha teórica e metodológica dos estudiosos.
Em segundo, é necessário verificar sempre a argumentação
dos autores estudados, justamente porque estaremos diante de
interpretações. Desse modo, a construção de seu conhecimento
será consequência de um esforço crítico e não apenas da apropria-
ção de conceitos prontos.
Antes de iniciarmos as considerações a respeito de alguns
dos temas mais discutidos pelos estudiosos acerca do período me-
dieval, pedimos sua atenção para as imagens que apresentaremos
a seguir.
A Figura 1 é a representação de uma típica cena medieval.
São nobres passeando em torno do castelo. Essa imagem é uma
miniatura medieval pertencente ao Livro de Horas do Duque de
Berry, que se encontra hoje em Paris, na Biblioteca Nacional.
© Caderno de Referência de Conteúdo 13
Figura 4 A Trindade.
Glossário de conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rá-
pida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um
bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de
conhecimento dos temas tratados no Caderno de Referência de
Conteúdo História Medieval II. Veja, a seguir, a definição dos prin-
cipais conceitos:
1) Adubamento: do francês medieval adoubement. É uma
das denominações para a ordenação de um cavaleiro.
2) Anátema: excomunhão, maldição, reprovação.
3) Conjuratio: termo que denomina as relações entre ha-
bitantes das comunas urbanas na Baixa Idade Média.
Representava o juramento de lealdade, fidelidade e con-
fiança recíprocas entre iguais.
4) Cânones: regras, normas.
5) Consuetudinário: conjunto de normas não escritas con-
sagrado pelo uso e costumes tradicionais.
6) Contraforte: pilar que reforça uma parede para susten-
tar uma abóboda ou um terraço.
7) Êmulo: imitador; aquele que disputa, compete, rivaliza
com outrem.
8) Escolas catedralísticas: escolas fundadas por bispos.
9) Exações: cobranças rigorosas de impostos ou dívidas.
10) Investidura: é o ato de "investir" (nesta acepção, "em-
possar") uma pessoa na posse de algum cargo ou digni-
dade (benefício).
11) Priorado: mosteiro dirigido por um prior.
12) Ortodoxia: doutrina religiosa considerada verdadeira.
13) Simonia: abuso do tráfico de dignidades eclesiásticas.
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser
de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com a prática do ensino de História pode ser uma for-
ma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a reso-
lução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se
preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso,
essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos
e adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Dicas (motivacionais)
O estudo deste Caderno de Referência de Conteúdo
convida você a olhar, de forma mais apurada, a Educação como
processo de emancipação do ser humano. É importante que você
se atente às explicações teóricas, práticas e científicas que estão
presentes nos meios de comunicação, bem como partilhe suas
descobertas com seus colegas, pois, ao compartilhar com outras
pessoas aquilo que você observa, permite-se descobrir algo que
ainda não se conhece, aprendendo a ver e a notar o que não havia
sido percebido antes. Observar é, portanto, uma capacidade que
nos impele à maturidade.
Você, como aluno dos cursos de Graduação na modalidade
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente.
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades
nas datas estipuladas.
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
3. E-REFERÊNCIAS
Figura 1 Livro de horas: agosto. Disponível em:<http://www.cliohistoria.110mb.com/
imagens/horas_arquivos/august.jpg>. Acesso em: 28 fev. 2011.
Figura 2 Bíblia de Toggenburg: peste negra. Disponível em: <http://www.dsc.ufcg.edu.
br/~pet/jornal/maio2009/materias/o_mundo.html>. Acesso em: 30 ago. 2010.
Figura 3 Pedro, o Eremita. Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/6/61/Roman_du_Chevalier_du_Cygne_f176v_Pierre_l’Ermite.jpg>. Acesso
em: 30 ago. 2010.
Figura 4 A Trindade. Disponível em: <http://www.santarita-oar.org.br/imagens/
agostinho/vitral12.gif>. Acesso em: 28 fev. 2011.
Figura 5 Hereges sendo imolados. Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/
wikipedia/commons/0/09/Templars_Burning.jpg>. Acesso em: 30 ago. 2010.
Figura 6 Artur, Guinevere. Disponível em: <http://www.mingaudigital.com.br/
BancoDeImagens/ArthurGuinervere.gif>. Acesso em: 28 fev. 2011.
Figura 7 Artur. Disponível em <http://teatromosca.com.sapo.pt/images/arturmenos.
jpg>. Acesso em: 30 ago. 2010.
© Caderno de Referência de Conteúdo 35
2. CONTEÚDOS
• Tradição político-jurídica do feudalismo.
• Tradição econômica do feudalismo.
• Sociedade feudal.
• Sistema feudal.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Vamos iniciar nossos estudos do Caderno de Referência de
Conteúdo História Medieval II com um dos temas mais estudados
e divulgados sobre a Idade Média: o feudalismo.
Quando se fala em feudalismo, quais são as características
que você concebe como integrantes desta organização social tipi-
camente medieval?
Alguns termos e expressões sobre esse tema são frequente-
mente lembrados pelos estudantes, como por exemplo: “senhor
feudal’, “servo”, “vassalo” e “feudo”.
Você se lembra de quando estudou o feudalismo como um
modo de produção presente em toda a Idade Média? Essa foi uma
das abordagens popularizadas ao longo dos séculos 19 e 20 que
Marc Bloch
O primeiro desses historiadores foi Marc Bloch, que, numa
obra extensa sobre a organização feudal (A sociedade feudal, de
1939), desenvolveu o conceito de "sociedade feudal". Seu objetivo
era analisar e explicar a organização da estrutura social daquele
período, com suas diversas ligações políticas, econômicas e cultu-
rais.
Bloch dividiu a época feudal em dois momentos, chamados
por ele de Primeira Idade Feudal e Segunda Idade Feudal.
A seguir, são apresentadas as principais características da
Primeira Idade Feudal, vigente entre o século 10 e a primeira me-
tade do século 11:
1) Declínio demográfico.
2) Distribuição demográfica desigual.
3) Nomadismo moderado da aristocracia para promover o
controle de seus territórios.
4) Irregularidade do comércio.
5) Processo de encastelamento, que promoveu a fixação ao
solo dos grupos sociais subalternos.
Já na Segunda Idade Feudal, que vigorou aproximadamente
entre 1050 e 1250 (séculos 11 ao 13), a organização ganhou novas
conotações, que em muitos sentidos se opõem às características
da Primeira Idade Feudal. Observemos suas características:
© U1 - Feudalismo: Uma Abordagem Historiográfica 49
Alain Guerreau
O segundo historiador que construiu uma nova visão sobre o
"feudalismo" foi Alain Guerreau. A partir da crítica à boa parte dos
conceitos elaborados sobre o tema, especificamente às conceitua-
ções produzidas entre o início do século 19 e os anos 1980, ele
propôs um novo esquema racional para o "feudalismo", dando-lhe
o nome de “sistema feudal”.
De acordo com Almeida (2002, p. 19), a especificidade da
proposta de Guerreau "deriva de sua forma peculiar de relação
com a herança marxista, de seu respeito ao sentido histórico da
terminologia empregada na documentação e, sobretudo, do lugar
que reconhece à Igreja".
Alain Guerreau soube dar significado e vida ao "feudalismo"
quando propôs pensá-lo em termos de sistema. Essa certamente
foi uma de suas grandes inovações, uma vez que a interpretação
sistêmica permitiu que ele adentrasse o emaranhado organizado
da sociedade que viveu entre os séculos 11 e 13, sem excluir suas
contradições internas e suas pressões externas.
© U1 - Feudalismo: Uma Abordagem Historiográfica 51
Relação de dominium
O primeiro eixo é a relação de dominium, resultante da revi-
são feita por Guerreau da antiga dicotomia senhores/camponeses
presente em boa parte da historiografia acerca do “feudalismo”.
De acordo com o autor (1980, p. 217):
É ridículo e absurdo imaginar as relações feudais como a simples
relação entre honestos camponeses vergando-se sob o jugo e se-
nhores cúpidos e ociosos que extraíam a renda a golpes de coação
extra-econômica. Que tal mito tenha um forte valor ideológico, não
se discordará; mas há que desembaraçar-se dele claramente, se se
pretende fazer trabalho científico.
Ecossistema feudal
O terceiro eixo no qual, segundo Guerreau, se sustentava o
sistema feudal era o chamado ecossistema feudal. Ele determina-
va e articulava as coações materiais do sistema feudal. Vejamos o
que isso significa.
É nesse eixo que Guerreau procura estabelecer as relações
de produção, escoamento e troca dos bens produzidos especial-
mente pela agricultura. Ele vê essas relações como um grande
ecossistema.
A primeira consideração importante feita por Guerreau:
deve ser tomado o senhorio, e não a pequena célula de produção
camponesa, como a base fundiária do sistema. O autor conside-
ra que o senhorio estava ligado ao poder específico de uma base
material bastante móvel e ampla, enquanto a pequena exploração
camponesa era muito restrita.
O termo “senhorio” dizia respeito ao território sobre o qual
o senhor exercia seus direitos de mando, mas também a esse pró-
prio poder de mando. Ou seja, era uma estrutura material e, ao
mesmo tempo, o exercício do poder de controle, punição e gestão
dessa estrutura.
© U1 - Feudalismo: Uma Abordagem Historiográfica 55
Igreja
O quarto eixo de sustentação do sistema feudal diz respeito
à dominação da Igreja, que, segundo Guerreau (1980, p. 237), foi
"a única instituição mais ou menos coextensiva ao feudalismo da
Europa Ocidental; nenhuma dominação foi tão geral e contínua".
Como elemento articulador de todo o sistema feudal, a Igreja
foi a principal “força motora do sistema feudal”. Seu papel central
em todas as relações retratadas até aqui (relação de dominium,
relação de parentesco artificial/espiritual e relações de produção)
demonstra sua função fundamental na determinação dos referen-
ciais simbólicos e materiais do sistema feudal.
Preocupado em apontar os diversos controles exercidos pelo
clero na sociedade feudal, Guerreau destaca que a Igreja, ao vul-
garizar o vocabulário utilizado nas missas (vocabulário litúrgico),
utilizando-o para dar significado às relações feudais, tornou inevi-
tável a identificação de todas as relações do sistema feudal com os
referenciais sagrados professados na missa.
Inicialmente, o autor faz menção às posses materiais da Igre-
ja. Entre um quinto e um terço das terras estavam sob controle
da Igreja durante os séculos 11, 12 e 13. "Esta riqueza fantástica
mantinha-se em boa parte graças à própria estrutura do clero: re-
crutamento relativamente fácil e nenhum problema com heran-
ças" (GUERREAU, 1980, p. 246).
O controle exercido em diversos âmbitos da sociedade da-
quele período transferiu à Igreja o domínio e os mecanismos para
manipular o sistema feudal a seu favor. Vejamos as formas em que
notadamente se manifestava esse controle:
© U1 - Feudalismo: Uma Abordagem Historiográfica 57
8. QUESTÕES AVALIATIVAS
Sugerimos que você procure responder, discutir e comentar
as questões a seguir que tratam da temática desenvolvida nesta
unidade. São questões de caráter geral e específico que lhe aju-
darão a formular uma análise crítica sobre as interpretações do
Medievo.
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se você encontrar dificuldades em
responder a essas questões, procure revisar os conteúdos estuda-
dos para sanar as suas dúvidas. Esse é o momento ideal para que
você faça uma revisão desta unidade. Lembre-se de que, na Edu-
cação a Distância, a construção do conhecimento ocorre de forma
cooperativa e colaborativa; compartilhe, portanto, as suas desco-
bertas com os seus colegas.
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
9. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, você conheceu algumas das principais teo-
rias sobre o “feudalismo”. De uma maneira ou de outra, cada uma
delas nos ajuda a pensar a sociedade feudal não mais como uma
sociedade estática, marcada pela organização estamental e sub-
metida a um sistema de exploração do trabalho campesino, e nos
aproxima de seu dinamismo.
Esse dinamismo foi muito bem representado pelo modelo
de Guerreau, que estabelece categorias para o estudo do sistema
feudal fundamentadas simultaneamente nas relações sociais, nas
relações de produção e na organização institucional eclesiástica.
Na próxima unidade, veremos o desenvolvimento da insti-
tuição eclesiástica e as múltiplas formas que ela adquiriu durante
o período feudal, que lhe possibilitaram exercer um lugar central
na sociedade da Baixa Idade Média e ser protagonista das relações
de poder e autoridade.