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INTERPRETAÇÃO DE
TEXTOS
NOÇÕES BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO
• Ler com a máxima atenção o texto a interpretar. • Reler cuidadosamente cada parágrafo do tex
to, colocando as orações na ordem direta, que reflete a ordem natural do pensamento, isto é:
sujeito, verbo, complementos e adjuntos. • Estabelecer o vocabulário das palavras cujo sig
nificado seja desconhecido. • Atentar para todas as figuras, especialmente
para as metáforas, que, por sua força expressiva, são largamente usadas pelos escritores. Atente-
-se também para as comparações ou analogias. • Estabelecer as condições de causa e efeito para
todas as ideias expostas pelo autor. Atentar para as palavras que sugerem outras (campo semân tico).
• Observar a interação dos sinônimos, antônimos e parônimos usados pelo autor, com o propósito
de conseguir um máximo de eficiência na co municação linguística.
• Procurar mentalizar a ideia central do texto e situá-lo no contexto, logrando, assim, atingir a
temática principal da produção (avalie sempre a conclusão do texto).
PARTES DO TEXTO
O conhecimento da estrutura do parágrafo fa cilita a compreensão das ideias nele expostas.
O parágrafo é a unidade fundamental de uma composição. Constitui-se de um ou mais perío
dos, devendo conter uma ideia central e as ideias secundárias a ela intimamente relacionadas pelo
sentido e logicamente dela decorrentes. Em um parágrafo, a ideia principal está no
tópico frasal, que é constituído, ordinariamente, por um ou dois períodos curtos iniciais. O tópico
frasal vem, normalmente, no início do parágrafo e pode assumir a forma de declaração inicial, de
finição ou divisão. Vejam-se os seguintes exemplos: “A origem da linguagem é questão debatida em
todos os tempos. Pretendem uns que ela tenha sido devido a uma tardia e artificial invenção humana;
afirmam outros que foi revelada totalmente aos pri meiros homens por Deus; há quem a explique por
um instinto e} finalmente, surge a opinião daqueles para quem a linguagem se formou por uma evolu
ção progressiva da linguagem natural ” (Eduardo Pinheiro)
No parágrafo apresentado, a declaração conti da no tópico frasal, constituído pelo primeiro pe
ríodo, vem devidamente justificada nos períodos que se lhe seguem.
O tópico frasal encerra a ideia-núcleo, a ideia principal, em forma de generalização. A ideia
principal (as controvérsias sobre a origem da lin guagem) vem especificada no desenvolvimento
do parágrafo, no qual se expressam, portanto, as ideias secundárias.
Se o tópico frasal vier no início, o parágrafo estará desenvolvido segundo o método dedutivo
(da generalização para as especificações). Se, pelo contrário, vier no fim, o parágrafo estará desen
volvido pelo método indutivo. O parágrafo apre sentado se inicia com a generalização (as contro
vérsias sobre a origem da linguagem) e continua com as especificações que fundamentam a decla
ração que o introduz. Na elaboração do parágrafo, seguiu o autor, portanto, o método dedutivo.
O parágrafo abaixo foi constituído segundo o método indutivo (primeiro as especificações e de
pois a generalização). O tópico frasal vem no fim, o que pode ocorrer, embora menos usual.
“Há nuvens esgarçadas espreguiçando-se pelo céu azul. O vento varre a praça. Folhas dança no
redemoinho, fugindo dela, amontoam-se nas sarje tas dos becos estreitos que ladeiam a Matriz, dando
voltas e reviravoltas loucas na atmosfera translúci da. O inverno vai sumindo aos poucos.”
(Adaptado de Heloísa Assumpção Nascimento) O tópico frasal pode ser também feito a partir
de uma definição, como no exemplo abaixo:
Unidade Consiste a unidade em analisar o parágrafo de maneira que dele só conste uma ideia predomi nante.
Para obtê-la, devem-se observar as seguintes recomendações:
• explicitar, sempre que possível, o tópico frasal. Assim se evitará a inclusão no parágrafo de
ideias que não se reportem àquela expressa no tópico frasal.
• eliminar, na leitura, por menores impertinentes, acumulações e redundâncias.
• analisar, em parágrafos diferentes, ideias igual mente relevantes, relacionando-as por meio de
expressões coesivas presentes no texto. As ideias centrais, muitas vezes, não estão re
lacionadas por expressões adequadas à transição, em prejuízo da coerência e, portanto, da unidade,
já que esta também depende, em grande parte, da quela. Desmembrando o parágrafo em tantos quantos
forem os tópicos frasais que neles se observarem as ideias secundárias e as centrais, ou estas entre si,
palavras de referência e partículas de transição po derão ser interpretadas corretamente. Coerência
Consiste a coerência em ordenar e relacionar clara e logicamente as ideias secundárias de um
parágrafo com a sua ideia central. Para obtê-la, deve-se observar a ordem espacial na descrição, a
ordem cronológica na narração e a ordem lógica na dissertação.
Observa-se a ordem espacial quando se des creve objeto dos detalhes mais próximos para os
mais remotos, ou vice-versa; de cima para baixo, ou vice-versa etc; da direita para a esquerda, ou
vice-versa etc. Observa-se a ordem cronológica quando se narram os fatos segundo a ordem de sucessão no
tempo. Observa-se a ordem lógica quando de dis põem as ideias segundo o processo dedutivo (de
uma generalização para uma especificação) ou o processo indutivo (de uma especificação para
uma generalização). É ainda importante notar no texto a coerência, a partir da propriedade voca
bular, das partículas de transição e das palavras de referência.
• Propriedade vocabular é a aproximação das pa lavras com a palavra central do tema.
• Partículas de transição são os conectivos (pre posições, conjunções e pronomes relativos).
• Palavras de referência são os pronomes em ge ral, certas partículas e, em determinadas situa
ções, os advérbios, as locuções adverbiais e até mesmo orações e períodos.
Devidamente relacionados por partículas de transição e palavras de referência, observe os ele
mentos destacados na “leitura” do parágrafo se guinte: Com o considerável aumento do volume de ne
gócios nesta praça, fomos obrigados a ocupar o úl timo andar do prédio onde esta agência atualmente
funciona. Pelo mesmo motivo, também solicitamos a ampliação do quadro para admitir novos funcio
nários. Por outro lado , a adoção de uma política de incremento da aplicações do Banco nesta região
determinou o oferecimento à praça de várias linhas
de crédito em que antes não operávamos. Em virtude desses fatores, nossas dependências tornaram-se
acanhadas a ponto de já estarem prejudicando a boa marcha dos serviços. Assim, tomamos a liber
dade de sugerir a instalação de uma metropolitana, se não preferir essa sede fazer construir, em terreno
a ser adquirido, um prédio maior para esta agência. Observe que foram destacados, no texto, ele
mentos responsáveis pela produção de sentido e pelo encadeamento das ideias.
1 - Ater-se exclusivamente ao texto. 2 - Ler todas as alternativas (entre duas mais acei
táveis, uma será mais completa). 3 - Proceder por eliminação de hipótese.
4 - Comparar o sentido das palavras (às vezes, uma palavra decide a melhor resposta).
5 - Buscar o tópico frasal (a frase que melhor resu me o sentido básico do texto ou do parágrafo).
6 - Excluir alternativas iguais. As alternativas que devem ser eliminadas apre sentam os seguintes tipos de erro:
• ausência de informações essenciais (carência); • presença de informações contraditórias em re
lação ao texto (inversão); • presença de informações alheias ao texto, não constante do texto (acréscimo).
1NTERTEXTUAL1DADE
A intertextualidade ocorre quando há referên cias a textos de outros autores no texto produzido.
De acordo com vários teóricos atuais, não há texto sem intertextualidade, pois não há um texto com
pletamente isento de referências.
FLÁVIA RITA C0UT1NH0 SARMENTO Entre os principais recursos intertextuais estão
a citação, a paráfrase, a paródia e a alusão. Na citação, trechos de outros textos são utili
zados para desenvolver o texto inicial. As citações são argumentos de autoridade no texto.
Na paráfrase, há uma reescritura do texto. As ideias originais do autor são mantidas; podem,
entretanto, haver inclusões ou supressões. Na paródia, as ideias do texto são reformuladas
de modo a romper com o texto original. Trata-se, portanto, de um novo texto, com outros elemen
tos e outro sentido. A alusão consite em uma referência explícita ou implícita no texto secundário.
A construção de um texto literário não obede ce, com rigor, ao mesmo tipo de organização de
um texto ensaístico (não-literário). Apesar de o autor mostrar uma parte da realidade e defender
ideias, isso se dá de forma encoberta, menos dire ta, mais figurada. A história contada vai revelar,
por meio de sua trama, as ideias e os valores que o autor defende e que nos cabe buscar no texto. Para
tanto, da forma explicada a seguir. Em primeiro lugar, fazemos a leitura emocio
nal, envolvendo-nos com o assunto. Em segundo lugar, é fazer o levantamento do
nível denotativo do texto, isto é, o significado imediato, literal do texto. Para isso, fazemos um
resumo do enredo ou trama do texto, ou seja, con tar, em poucas palavras, a história apresentada no
texto, mantendo apenas os detalhes importantes para que se compreenda a situação e atuação dos
personagens, caso haja. Em terceiro lugar, procedemos e levantamen
to do plano conotativo ou figurativo, do texto: que tema o autor está discutindo, que ideias, va
lores a produção simboliza? Assim, temos mais chances de interpretar adequadamente um texto
não-literário.
qualquer grupo. Basta observar, por exem plo, no Brasil, que, dependendo do tipo de
colonização a que uma determinada região foi exposta, os reflexos dessa colonização es
tarão presentes de maneira indiscutível.
Travaglia (1996), discutindo questões rela tivas ao ensino da gramática no primeiro e se
gundo graus, apresenta, com base em Halliday, Mclntosh e Strevens (1974), um quadro bastante
claro sobre as possibilidades de variação linguís tica, chamando a atenção para o fato de que, ape
sar de reconhecer a existência dessas variedades, a sociedade continua a privilegiar apenas a nor
ma culta, em detrimento das outras. Existem dois tipos de variedades linguísticas:
os dialetos (variedades que ocorrem em função das pessoas que utilizam a língua, ou seja, os emis
sores); os registros (variedades que ocorrem em função do uso que se faz da língua, as quais depen
dem do receptor, da mensagem e da situação). Variação Dialetal • Variação Regional • Variação Social
• Variação Etária • Variação Profissional • Variação Idioletal • Variação de Sexo • Variação Histórica
Variação de Registro • Grau de Formalismo • Modalidade de Uso • Sintonia
GÍRIA