Вы находитесь на странице: 1из 5

14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos da América

Parte da apresentação de Juliane Sousa Régis

A décima quarta emenda contém uma série de conceitos importantes, todos os quais
estão contidos na Seção 1 (define formalmente a cidadania dos Estados Unidos e também
protege vários direitos civis de serem abreviados ou negados por qualquer estado ou ator
estatal). No entanto, essa emenda contém quatro outras seções. A Seção 2 lida com a
repartição de representantes ao Congresso. A Seção 3 proíbe qualquer pessoa que participa de
“insurreição ou rebelião” contra os Estados Unidos. A Seção 4 aborda a dívida federal e
repudia as dívidas acumuladas pela Confederação. A Seção 5 expressamente autoriza o
Congresso a impor a décima quarta emenda por meio de legislação adequada. Os Estados
ratificaram a décima quarta emenda em 1868 no rescaldo da Guerra Civil americana,
juntamente com as outras alterações de reconstrução — o décimo terceiro e décimo quinto.

CASO DRED SCOTT V. SANDFORD

O Caso Dred Scott (também conhecido por Dred Scott v. Sandford ou Decisão Dred
Scott, sob registro 60 U.S. 393) é o nome pelo qual ficou conhecida uma decisão da Suprema
Corte dos Estados Unidos da América de 1857, que sentenciou serem as pessoas de
ascendência africana, importadas para o país e mantidas como escravas, ou os seus
descendentes, quer fossem ou não escravos, não estavam protegidos pela Constituição dos
Estados Unidos e nunca poderiam se tornar cidadãos daquele país. Também decidiu que o
Congresso não tinha autoridade para proibir a escravidão nos territórios federais da União. A
Corte também declarou que, como os escravos não eram cidadãos, não poderiam requerer
seus direitos em tribunais. Finalmente, a decisão estabeleceu que os escravos - assim como os
bens móveis ou propriedade imóvel privada - não poderiam ser retirados de seus donos sem o
devido processo legal. O voto final no caso foi escrito pelo Chefe de Justiça de então, Roger
B. Taney.
Embora a Dred Scott nunca tenha sito revogada pela Corte Suprema diretamente, nos
Casos Slaughterhouse de 1873, estes haviam declarado que, pelo ao menos, em parte, aquela
decisão havia sido revogada em 1868, pela Décima Quarta Emenda: “A primeira observação
que devemos fazer nesta cláusula é que ela deixa de lado todas as questões que dissemos
terem sido objeto de divergência de opinião. Ela declara que as pessoas podem ser cidadãs
dos Estados Unidos independentemente de sua cidadania num determinado estado, e revoga
a decisão Dred Scott ao considerar pessoas todos os nascidos nos Estados Unidos e sujeitos
à sua jurisdição os cidadãos estadunidenses.” A decisão foi atacada, ainda em 16 de junho de
1858, no Discurso da Casa Dividida pelo então candidato Abraham Lincoln.
O caso teve início em fevereiro de 1854, foi recorrido em fevereiro de 1856, obtendo a
decisão a 06 de março de 1857. O nome completo da jurisprudência é “Dred Scott v. John F.
A. Sandford”. Seguiu a tramitação segundo o United States Circuit Court, que então
determinava o sistema de apelações no país.
Atuaram na decisão: Roger B. Taney (Chefe de Justiça, foi o relator final), os juízes
John McLean, James Moore Wayne, John Catron, Peter Vivian Daniel, Samuel Nelson,
Robert Cooper Grier, Benjamin R. Curtis e John A. Campbell. A maioria foi obtida por
Taney, seguido por Wayne, Catron, Daniel, Nelson, Grier e Campbell. Divergiram McLean e
Curtis.
Teve como alegada base legal na 5ª Emenda à Constituição e o chamado
Compromisso de Missouri. Foi revogada pela 13ª e 14ª Emendas.
Portanto, em Dred Scott v. Sanford, 60 EUA 393 (1857), a Suprema Corte americana
afirmou que afro-americanos não eram cidadãos dos EUA, mesmo sendo livres. A décima
quarta emenda, no entanto, havia garantido que todos nascidos ou naturalizados nos Estados
Unidos e sob a sua jurisdição seria um cidadão americano. Ele também garantiu que cidadania
federal também era um direito primário, o que significava que Estados não poderiam impedir
escravos libertos de obtenção de cidadania de um estado e da esfera federal. Como tal, a
décima quarta emenda efetivamente anulou a interpretação preconceituosa advinda de
Sanford v. Scott.

CONTINUAÇÃO – PARTE HISTÓRICA DA 14ª EMENDA

O sul dos Estados Unidos era extremamente escravista e sem “lei”. Portanto, a 14ª
Emenda veio para acabar com a tirania e a falta de respeito com os direitos civis básicos de
todos os americanos, em especial, aos afrodescendentes (ex-escravos e seus descentes).
Lembrando que no pós Guerra Civil americana, os abusos aos direitos individuais ocorriam de
forma escancarada.
A Declaração de Independência dos Estados Unidos trazia uma ideia de governo
baseado nos direitos individuais e nos ideais de esclarecimento do seu povo. A 14ª Emenda
tentava cumprir o que tal Declaração pregava. A escravidão não cabia no que estava pregado
na Declaração de Independência (04 de julho de 1776) e nem na Constituição americana (17
de setembro de 1787).
A aceitação tácita da escravidão na Constituição americana originou um grande debate
nacional, principalmente, pelo norte do país que era a favor da não escravidão. O senador
John C. Calhoun (foi um político e filósofo político da Carolina do Sul, além de ter sido vice-
presidente duas vezes) afirmou que a escravidão foi endossada tacitamente na Constituição de
1787.
Lysander Spooner (filósofo político, empresário, abolicionista, jusnaturalista e
anarquista individualista) afirmou que a Constituição americana presumiu que todos os
homens estavam livres, impossibilitando assim a escravidão (trecho do livro de Spooner,
Inconstitucionalidade da Escravidão). Ele participava de um movimento que buscava a
liberdade de expressão até o direito de controlar o próprio trabalho, além de lutar para que
acabassem os abusos aos direitos no pós Guerra Civil americana.
Negros recém-libertados, no pós Guerra Civil, tinham seus direitos desrespeitados,
torturados, além de outras violências. Em 1866 quando o Congresso se reuniu, os
republicanos antiescravistas dominaram as duas casas, liderados por John Armor Bingham
(representante republicano de Ohio, também o principal conspirador da décima quarta emenda
da Constituição dos Estados Unidos) e os senadores Charles Sumner (foi o líder das forças
anti-escravidão em Massachusetts e um líder dos republicanos radicais no Senado dos EUA
durante a Guerra Civil Americana) e Jacob Howard (foi um representante dos EUA e senador
dos EUA do estado de Michigan durante e após a Guerra Civil Americana). Tal grupo estava
determinado a mudar a Constituição por causa do sul do país no pós Guerra Civil, já que não
havia o respeito aos direitos civis.
No período após a 13ª Emenda, os governos locais e estaduais tentaram privar os
escravos recém-libertados, bem como, os brancos simpatizantes de qualquer liberdade
necessária, especialmente a econômica. Algumas atividades eram proibidas aos negros, além
de só poderem sair da propriedade de seus antigos donos com autorização por escrito.
A 14ª Emenda foi proposta como uma resposta às violações globais dos direitos civis.
Quem propôs essa Emenda foi o advogado e representante de Ohio, John Armor Bingham.
Ele, com base no caso Barron v. Baltimore (é um caso histórico da Suprema Corte em 1833,
que ajudou a definir o conceito de federalismo na lei constitucional dos EUA). Portanto, a
Corte estabeleceu um precedente que a Declaração de Direitos não surtiu efeito algum nos
governos estaduais.
A 14ª Emenda protege 03 interesses distintos: devido processo, igual proteção e
privilégios ou imunidades.
Em 1872, a Suprema Corte americana interpretou pela 1ª vez a cláusula de privilégios
ou imunidades no caso conhecido como “Slaughterhouse” (matadouro - foi um caso crucial
nas primeiras leis de direitos civis e sustentou que a Décima Quarta Emenda protege os
privilégios ou imunidades de cidadania dos Estados Unidos, não privilégios e imunidades de
cidadania de um estado, ou seja, a emenda foi interpretada para transmitir proteção limitada
pertinente a uma pequena minoria de direitos). Samuel Freeman Miller (foi um juiz associado
da Suprema Corte dos Estados Unidos que atuou de 1862 a 1890 - ele era médico e advogado)
afirmou que a emenda não dava ao governo dos EUA o poder de impedir a discriminação
privada contra os negros, em oposição aos patrocinados pelo Estado (interpretação absurda).
Mesmo após a 14ª Emenda, os estados americanos se recusavam a tornar os negros
membros da sociedade e economicamente autossuficientes. Mesmo os estados negando, a
Suprema Corte foi forçada a reconsiderar a sua compreensão diante da 14ª Emenda. Ao
eliminar a cláusula de privilégios ou imunidades, como parte significativa da Constituição dos
EUA, a Suprema Corte começou a tutelar e proteger os direitos individuais, por meio da
doutrina conhecida como “Substantive Due Process” (a doutrina foi empregada em Dred
Scott, mas afirma-se que ela foi empregada incorretamente; é um princípio que permite que os
tribunais protejam certos direitos fundamentais da interferência do governo, mesmo se
proteções processuais estiverem presentes ou se os direitos não forem especificamente
mencionados em outras partes da Constituição dos EUA), que se baseou na Carta Magna
(1215).
Por fim, a 14ª Emenda foi uma promessa de governo limitado e com pleno respeito
pelos direitos individuais, mas tal promessa foi quase quebrada por causa das interpretações
de cunho racista do governo e da Suprema Corte.
Tópicos Juliane:

 Partes da 14ª Emenda.


o Seção 1 - define formalmente a cidadania dos Estados Unidos e também
protege vários direitos civis de serem abreviados ou negados por qualquer
estado ou ator estatal;
o Seção 2 - repartição de representantes ao Congresso;
o Seção 3 - proíbe qualquer pessoa que participa de “insurreição ou rebelião”
contra os Estados Unidos;
o Seção 4 - aborda a dívida federal e repudia as dívidas acumuladas pela
Confederação;
o Seção 5 - autoriza o Congresso a impor a décima quarta emenda por meio de
legislação adequada.
 Ratificação da 14ª Emenda.
 Dred Scott v. John F. A. Sandford (1857).
 Sul dos Estados Unidos – escravidão.
 John C. Calhoun - a escravidão foi endossada tacitamente na Constituição de 1787.
 Lysander Spooner – A Cosntituição americana presumiu que todos os homens eram
livres.
 John Armor Bingham, Charles Sumner e Jacob Howard – mudança na Constituição
americana, pois não havia respeito aos direitos civis.
 Período após a 13ª Emenda.
 Quem propôs a 14ª Emenda?
 A 14ª Emenda protege 03 interesses distintos: devido processo, igual proteção e
privilégios ou imunidades.
 O caso conhecido como “Slaughterhouse”
 Período após a 14ª Emenda - Substantive Due Process.

Вам также может понравиться