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Considerações finais
Analisamos a musica nóis é jeca mais é jóia, de Juraildes da Cruz, a partir dos
pressupostos teóricos e metodológicos da Ecolinguística, a fim de argumentar e
demonstrar a insensatez do preconceito linguístico e a estigmatização de variantes de
menos prestígio do português brasileiro, nesse caso a variante da linguagem caipira. A
partir desse referencial teórico demonstramos a funcionalidade e a relevância da
variante do português caipira na rede de inter-relações e interdependências entre povo,
língua e território, rede essa denominada na Ecolinguística como Ecossistema
Fundamental da Língua.
A partir dessa análise, constatamos, além da funcionalidade e eficiência dessa
linguagem para a sua comunidade de fala, o que por si só já justifica a relevância de
qualquer língua, o caráter de acervo cultural das raízes de formação do português
brasileiro da linguagem caipira. Isso se dá devido a grande manutenção e utilização de
vocábulos de origem indígena presente nessa variante.
Sendo assim, essa pesquisa se alinha a postura filosófica e política da
Ecolinguística, na qual o principio norteador para a análise de variantes e variações em
uma língua e a diversidade. Cuja resposta exigida do analista é sempre a da aceitação da
diferença e da diversidade. Dessa forma, as variações na fala do povo brasileiro da zona
rural jamais serão consideradas erros de português, mas sim mais uma das inúmeras
variáveis possíveis para se expressar em uma língua (Couto, 2007, p. 347).
Referencias bibliográficas
Anexo:
Letra da musica analisada:
Se farinha fosse...
Se farinha fosse...