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São Paulo
2016
Rodrigo Kuttler Raimundi
Orientador:
Prof. Vinícius de Bragança Müller e Oliveira – Insper
São Paulo
2016
Raimundi, Rodrigo Kuttler
pg.28
In the 1920s Germany suffered a very harsh economic crises characterized by high
unemployment and hyperinflation. That cenario wasn’t exclusive of Germany, although the
high level of hyperinflation and the importance of german economy in europe and the world
makes the german case a importante subject in the economic literature. Despite the harsh
conditions, german economy surprisingly recover quickly bringing back the growth and the
inflation level to a healthy stage. Structural reforms, a new currency and the economic team
responsable for the change were crucial for the success. In this way, the present objective is
explain how the measures mentioned were able to anchor the expectations breaking the cycle
of inflationary inertia and the consequeces as unemployment, economic retraction and social
unrest.
Sumário
1 . Introdução 7
2 . Metodologia 10
4. Resultados Esperados 20
5 . Argumentação 21
6. Conclusão 22
7. Cronograma 26
8. Referências Bibligráficas 27
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Introdução
A Alemanha vivera em sua história períodos de grande e acelerado crescimento
econômico. Prova disso, é o amplo crescimento de sua capacidade industrial chegando a ponto
de superar a capacidade de produção de aço de países como Inglaterra que tivera ampla história
e tradição desde o período denominado Revolução Industrial. Tal conquista é reflexo direto da
avançada ligação aduaneira produzida pelo Zollverein possibilitando o livre comércio entre os
Estados germânicos até então. Tal união fora tão forte econômica e culturalmente que culminou
na década de 1870 com a unificação alemã.
O Estado alemão, contudo, ao final do século de XIX fora marcado por uma série de
conflitos. Tais disputas entre Estados europeus tiveram amplos desdobramentos e de tamanha
magnitude que historiador inglês Eric Hobsbawn denominou o período como “O longo século
XIX” devido ao fato de que tal período histórico servira de arcabouço para eventos futuros no
século XX explicando, assim, a nomeação do mesmo historiador do centenário de 1900 como
“O breve século XX”.
O fervor e agitações militares que marcaram a Europa no século XIX levou os Estados
a praticaram intensamente a militarização de suas forças armadas. Tal processo fora
propulsionado pelo período de grandes invenções e descobertas nos mais diversos campos da
ação humana, algo típico do período intitulado Belle Époque. Apesar do frenesi cultural, a
morte do arquiduque do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, provocou o
rompimento da paz velada, tendo tal acontecimento sendo o estopim de um dos mais sangrentos
conflitos da história conhecido como Primeira Guerra Mundial.
Como resultado deste intenso conflito, a união conhecida como Tríplice Aliança -
formada pelo Império Alemão, o Império Austro-Húngaro e o Reino da Itália - saíra derrotada
do conflito. Após a guerra, o grupo derrotado fora obrigado a assinar um acordo com severas
punições sendo, na prática, a Alemanha tendo se responsabilizado quase que sozinha pela
ocorrência da guerra. Como resultado, as punições provocaram danos econômicos profundos e
um forte sentimento de revanchismo e humilhação no povo alemão. Entre as principais
cláusulas, destacam-se: “a) o pagamento de reparações de guerra aos países vencedores, cujo
valor seria posteriormente definido; b) a destruição de todos os armamentos e equipamentos de
guerra alemães; c) a proibição de edificar qualquer espécie de construção militar na região das
margens do rio Reno; d) a perda da região mineradora do Sarre para a França, como
compensação aos prejuízos causados durante o conflito; e) a entrega de oficiais alemães
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Além disso, o caso alemão destaca-se dos demais por apresentar melhora significativa
de modo tão espontâneo quanto o seu surgimento. O sucesso no combate à hiperinflação é
reflexo direto da atuação do economista alemão Hjalmar Schacht que à frente do desafio
imposto a este, soube conduzir e entender as necessidades da economia alemã.
Dessa forma, ressalto que apesar de o presente trabalho focar sua pesquisa e dissertações
com foco claro na economia alemã, o presente trabalho se mostra muito atual e importante para
diversas economias. O primeiro motivo é o fato de economias como o Zimbábue e outras
economias de pequeno porte ainda lidarem com cenários hiperinflacionários. Apesar de causas
distintas, a hiperinflação alemã e a hiperinflação vivenciada no Zimbábue possuem
consequências comuns, tais como, o desarranjo econômico e a desordem social. A cerca de
eventos dessa magnitude, o historiador Adam Fergusson em sua obra publicada em 1975
Quando o Dinheiro Morre relata: “ O fato de que as causas da inflação ocorrida na República
de Weimar, bem como toda a conjuntura da época, dificilmente irão se repetir é o de menos. A
pergunta a ser feita – ou perigo a ser reconhecido – é como a inflação, qualquer que seja a sua
causa, afeta uma nação”. Para fins ilustrativos a Tabela 1 demonstra abaixo a hiperinflação
vivenciada no século XXI no Zimbábue.
Tabela 1
Hiperinflação no Zimbábue
Fonte: Dados fornecidos pelo Banco Central do Zimbábue de Março de 2007 até Julho de 2008
Obervação: Em virtude do fim da divulgação, os dados de Agosto de 2008 até Novembro de 2008 são
projeções da Imara Asset Management Zimbabwe
Metodologia
O presente trabalho busca compreender por meio de uma extensa revisão literária como
as políticas econômicas adotadas e os agentes responsáveis por tais modificações alteraram as
expectativas dos agentes econômicos de modo sanar o cenário hiperinflacionário.
Para tanto, os trabalhos serão utilizados como referência para interpretar aspectos não
tangíveis das reformas no impacto da expectativa dos agentes econômicos como, por exemplo,
o impacto que o viés ideológico do agente responsável pelo ajuste causa na economia.
Além disso, serão coletados dados macroeconômicos alemães do período para que seja
possível verificar e compreender os movimentos econômicos do período refletindo inclusive de
forma direta e/ou indireta o nível de confiança dos agentes frente a economia alemã.
Dessa forma, o presente trabalho não utilizará modelos estatísticos teóricos, mas sim
uma estatística descritiva das variáveis a serem descritas a seguir. Com isto, o propósito destes
dados é identificar temporalmente pontos de inflexão nas variáveis macroeconômicas que
afetam direta e indiretamente a inflação e buscar quais acontecimentos motivaram a alteração
da tendência dos mesmos.
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PIB: Total de riqueza produzida por um país sendo medido como a soma do bens
e serviços por este produzido
Inflação: Variação no nível de preços de uma cesta de bens estabelecida como
base que busca refletir o consumo da população
Base Monetária: A quantia de papel-moeda emitida pelo Banco Central de um
país
Reservas Monetárias: Quantia estocada pelo Banco Central sob a forma de
moedas estrangeiras e ouro com o intuito de garantir liquidez e lastro à economia
nacional
A base de dados composta pelas variáveis citadas foi obtida a partir de dados utilizados
pelos trabalhos citados como referência para a elaboração do presente trabalho. Assim, sendo a
análise do trabalho contemplará o período entre 1919 e 1924. Por fim, vale a ressalva que as
variáveis não apresentam a mesma periodicidade sendo a inflação apurada mensalmente,
enquanto que dados como o PIB, Base Monetária e Reservas Monetária possuem dados anuais.
Outra figura a se opor ao acordo era Hjalmar Schacht. Hjalmar foi um economista de
enorme prestígio e com ampla atuação em cargos econômicos do governo alemão durante as
décadas de 1920 e 1930. Sua carreira foi inicialmente marcada pela participação em cargos de
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diretoria de grandes bancos alemães, contudo as grandes reparações exigidas lhe afligiam
imensamente a ponto de transitar de seu cargo como diretor de uma grande instituição financeira
para participar mais ativamente da vida pública ajudando a trilhar novos horizontes na
economia alemã. Ideologicamente, Hjalmar era descrito como: “Era um liberal, a favor do livre-
comércio e da não-intervenção estatal na economia. No entanto, quando se defrontou com
problemas práticos, abandonou suas convicções e adotou o comércio bilateral e a intervenção
do Estado na economia.” (Couto e Hackel, 2007)
Seu primeiro grande desafio fora corrigir a política econômica de monumental expansão
da base monetária para realizar os pagamentos exigidos como reparação da guerra. Isso fez com
que a inflação tivesse viés explosivo o que resultou no grave cenário de hiperinflação,
especialmente após decretar o fim da capacidade de pagamento em 1923. Como consequência,
as nações vencedoras tomaram a região do Ruhr. Buscando evitar a transferência de riqueza o
governo interviu, como mostra o trecho:
Dessa forma, a inflação apresentou grande evolução mensal como mostra a Tabela 2
abaixo:
Tabela 2
Inflação alemã mensal em porcentagem no período (1919 - 1924)
Apesar de não haver consenso em sua definição, Couto e Hackel se concentram nas
diferenças não somente na magnitude das taxas, mas observam a alteração das funções do
papel-moeda como mostra a passagem: “No entanto, podemos acrescentar outra característica
que diferencia os dois processos: as funções da moeda. Num processo de inflação, a moeda
perde suas funções de reserva de valor e meio de conta, mas ainda é aceita como meio de
pagamento. Já num processo de hiperinflação, a função de meio de pagamento da moeda
também é perdida, pois os agentes passam a adotar uma outra moeda para essa finalidade.”
(Couto e Hackel, 2007, p. 320).
Reichsbank sofrera fortes críticas internas e externas devido a seu posicionamento passivo
diante de tamanha situação, tendo alterado sua postura sob a direção de Schacht.
Originalmente, a ideia de uma nova moeda indexada foi elaborada por Karl Hefferich
um deputado e acadêmico estudioso da economia. A moeda proposta por ele seria indexada no
centeio, porém devido a existência da grande volatilidade do preço do centeio, algo típico de
commodities, impediu a implementação do então “marco-centeio”. A ideia agradou estudiosos
e o parlamento alemão servindo de base para a formulação do rentenmark.
A ideia da criação de uma nova moeda indexada não era novidade na Alemanha. Sobre
tal fato Franco expõem a realidade vivida na Alemanha através da seguinte passagem:
“Diversos tipos de moedas privadas e semi-oficiais existiram durante a hiperinflação alemã.
Em 1922, por exemplo, foi fundado o Roggenrentebank, que emitiu sua primeira letra de
câmbio denominada em centeio em dezembro de 1922. No início de 1923 diversas entidades -
municipais, estaduais e de utilidade pública - começaram a emitir empréstimos denominados
em commodities como o centeio, carvão e outros, mas cotados em marcos de acordo com a
cotação diária dessas commodities.” (Franco, G.H.B , 1988)
Tabela 3
Empréstimos com valores físicos
Cotação de 12-08-1923 (in Frankfurt Gazette)
Série IV 114.000
Banco do Estado de Oldenburg Centeio 220.000
Estado de Mecklenburg Centeio
Série I 50.000
Série II 70.000
Estado da Prússia Centeio
Série I 230.000
Série II 244.000
Estado de Anhalt Centeio 40.000
Município de Berlim Centeio 53.000
Município de Dresden Centeio 32.000
Munícipio de Goettingen Centeio 10.000
Munícipio de Bernburg Centeio 4.900
Estado da Saxônia Centeio 500.000
Distrito de Sandershaausen Centeio 70.000
Igreja evangélica da Turíngia Centeio 30.000
Igreja evangélica de Anhalt Centeio 18.000
Município de Hannover Trigo 30.000
Município de Aschorsleben Trigo 12.000
Badenwerk Carvão
Série I 650.000
Série II 650.000
Grosskrafwerk Mannhein Carvão 420.000
Estado da Westfália Carvão
Série I 490.000
Série II 490.000
Estado de Hessen 240.000
Badenburgische Kreis Elektric Linhita 100.000
Mitteldeutschland-Cassel Elektric Linhita 350.000
Stadtischenlicht Wasserwerk Coque
Série I -
Série II -
Município de Goppingeen Coque -
Estado da Prússia Potássio
Série I 230.000
Série II 520.000
Série III 520.000
Rheniland Main-Donau Ouro 500.000
Neckar Ouro 250.000
Suddeutsche Fesvertband Stutgart Ouro 365.000
Shleswig-Holsteinische Elektrizit Ouro 66.500
Bayer Grosskraftwerke Ouro -
Estado de Hamburgo Libra Esterlina 4.326.500
Município de Lubek Coroas Suecas 530.312
Total 14.741.212
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“Quando a Alemanha intentou em 1923 frear por seus próprios meios a inflação,
mediante a introdução de uma nova moeda, isto não se verificou mediante o Roggenmark
[marco-centeio] proposto por Helfferich [dirigente do partido nacional alemão], porque o
centeio, com suas oscilações de preços a curto prazo, resultava impossível para ser contemplado
como base monetária e, quando em lugar do Roggenmark se propôs o Rentenmark [marco-
renda], que tinha sua cobertura nos bens raízes, não terminou ali essa medida, senão que se
agregou ao Rentenmark um valor ouro, constituído pelo mesmo valor do ouro que tinha o
Reichsmark antes da inflação. Já é tempo de que desapareça de uma vez por todas a lenda do
Rentenmark. O Rentenmark era uma construção impossível desde o ponto de vista monetário.
Nunca tinha constituído tampouco um meio de pagamento total” (Schacht, 1950, p. 33).
A âncora cambial é o mecanismo pelo qual o preço dos bens passa a ser cotado em uma
moeda estrangeira mais forte e estável. Por meio desse processo, a economia passa por um
processo de dolarização. Sobre esse processo Franco argumenta:
dado que todas as transações econômicas são indexadas ou designadas em moedas estrangeiras.
Na verdade, a "dolarização" pode ser vista como "um meio de reduzir a taxa de inflação
economicamente relevante". Mais especificamente, observou-se que "a taxa de inflação em
dólar declinou bem antes de estabilização das taxas em termos de moeda nacional. Nas fases
finais de hiperinflação, a moeda nacional praticamente desapareceu e todas as transações eram
realizadas em moedas estrangeiras. Nesse ponto, provavelmente, a melhor medida efetiva de
taxa de inflação era a taxa de desvalorização cambial”. (Franco, G.H.B 1988)
A âncora cambial por vezes está atrelada à sistemas bimonetários. Tais sistemas são
uma das alternativas para induzir um sistema monetário à dolarização. Para tanto cria-se uma
nova moeda dolarizada em um sistema monetário com uma moeda contaminada pela
hiperinflação. Dessa forma, a nova moeda dolarizada é percebida pelos agentes econômicos
como de melhor qualidade fazendo com que os indivíduos queiram se desfazer da moeda de
pior qualidade em busca da nova moeda. Isso faz com que a nova moeda passe a exercer funções
que a moeda vista como de pior qualidade perdera como, por exemplo, a reserva de valor. Logo,
o intuito é que a nova moeda com o tempo passe a exercer o papel de nova moeda do país com
a aceitação no mercado e assim exercendo as funções de meio de troca, reserva de valor e
unidade de conta.
regime, a moeda nova em nada será diferente da velha, e o esforço terá sido em vão” (Franco,
G.H.B 1993).
“A respeito dos empréstimos-ouro, argumentava que "o público ficou hipnotizado pela
palavra wertbestandiges escrita na nova moeda". Acrescentava ainda que o rentenmark era uma
moeda fiduciária inconversível tanto quanto o marco-papel, apenas com um outro nome; um
ponto que é endossado por Thomas Sargento De acordo com ele, "embora tenha se atribuído'
um extraordinário efeito psicológico a essa mudança de unidade, é difícil atribuir qualquer
efeito substancial ao que nada mais era que uma medida cosmética". Outros autores, mesmo os
não-monetaristas, têm apresentado análises similares: Angell referiu-se ao rentenmark comreo
um "truque de expectativas". Para Stolper era um "artifício psicológico"59 e para Graham "nada
mais que um novo tipo de papel inconversível". Mais recentemente, Karl Hardach ressaltou
novamente que a cobertura para as notas de rentenmark era fictícia, ainda que tivesse produzido
"os efeitos psicológicos desejados". O Steven Webb qualificou o experimento da "fábula". ”
(Franco, G.H.B 1988)
indexados têm "valor estável" no sentido que, para uma taxa de câmbio real dada, títulos
indexados na moeda estrangeira teriam preços em dólar constantes ou ao menos estáveis
independentemente do nível de inflação. Este princípio já era bem conhecido pelo público
alemão antes do rentenmark em função da disseminação anterior de moedas de "valor
constante" ou wertbestandiges. Assim sendo, o governo pode facilmente dar um pequeno passo
à frente, emitindo notas de "valor constante" e em seguida usando-as como substitutos de
moedas estrangeiras nas carteiras do público, conseguindo, desta forma, estabilizar o câmbio.”
(Franco, G.H.B 1988).
Resultados esperados
públicas” contribuiu para acelerar o processo de ancoragem das expectativas dos agentes
racionais.
Argumentação
“O Plano Dawes foi assinado por ambas as partes em agosto de 1924, porém o total das
reparações não foi fixado. O relatório final do Plano tinha os seguintes pontos principais: a)
reforma monetária para estabilizar o marco (já realizada por Schacht); b) criação de novos
impostos, para sanear o déficit público; c) revisão dos valores das reparações (o montante a ser
pago anualmente seria de 1 bilhão de marcos-ouro nos quatro primeiros anos, e depois 2,5
bilhões pelos anos seguintes); d) empréstimos oferecidos pelos Estados Unidos; e) a França
retiraria parte de suas tropas da Alemanha; f) reestruturação do Reichsbank, com a introdução
de um grêmio fiscalizador”.
O projeto visualizado desde seu esboço era ousado. A grave situação alemã demandava
ações coordenadas em âmbitos fiscal e monetário. Em conjunto, as propostas sem sombra de
dúvidas resultaram no sucesso observado pelo plano de Hjalmar, contudo as outras medidas
seriam inócuas caso não houvesse a renegociação dos pagamentos de reparações de guerras.
Tal renegociação permitiu à Alemanha reduzir, aumentar o prazo e, ainda, conseguir um prazo
de carência para quitar as reparações de guerras.
Internacionalmente, a figura de Hjalmar ganhou imenso respaldo, fazendo com que países como
Estados Unidos contribuíssem por meio de empréstimos para a reconstrução alemã.
Índice de renda
real agregada
da população
industrial
alemã: 1913 =
100
Conclusão
continente europeu até então, sendo o embate bélico a explosão da clássica metáfora do “barril
de pólvora” que era o continente europeu.
O resultado final do conflito teve como vencedor a Tríplice Entente. Apesar de vencer,
tais países tiveram grandes cicatrizes socioeconômicas. Do ponto de vista econômico, a guerra
danificou severamente a capacidade industrial e, por conta da expansão monetária para
financiar a atividade bélica, trouxe a inflação como consequência.
Por parte dos países derrotados, as consequências foram, de maneira geral, similares, no
entanto amplificadas. Dentre tais países, destaca-se a Alemanha, país este que é alvo do presente
estudo. Por conta da assinatura do Tratado de Versalhes (1919), pesadas imposições foram
impostas a este país sendo, na prática, responsabilizada praticamente pela totalidade do conflito.
Do ponto de vista social, forte sentimento de revanche e humilhação aflorou no povo alemão.
Economicamente, as pesadas e contestadas indenizações, inclusive por parte dos países
vencedores, resultaram na desordem macroeconômica. Como solução, o governo alemão
expandiu exponencialmente sua base monetária imprimindo papel-moeda o que resultara em
processo hiperinflacionário sem precedentes pelo porte do tamanho e importância da economia
alemã.
tipo de política monetária, o banco central possui uma política monetária passiva já que não
pode expandir ou contrair sua base monetária sem que haja um aumento ou redução das reservas
de ouro deste país. Apesar de não controlar a política monetária, esse sistema permite que
desvios de inflação sejam corrigidos de maneira rápida o que evita a ocorrência de cenários de
inflação elevada vivenciados no pós-guerra.
A figura de Hjalmar Schacht no cenário internacional era de grande respaldo por conta
de sua atuação como importante banqueiro e funcionário de alto escalão em departamentos
econômicos. Essas experiências certamente facilitaram o aumento de reservas internacionais
concedidas por meio de empréstimo obtidos principalmente juntos aos EUA para financiar a
fixação das taxas de câmbio.
Cronograma
Etapas
Mês 1 2 3 4
Janeiro
Fevereiro X
27
Março X X
Abril X X
Maio X X
Junho X X
Julho X X X
Agosto X X X
Setembro X X X
Outubro X X
Novembro X
Dezembro X
Referências bibliográficas
Franco, G.H.B. (1988). O milagre do rentenmark: uma experiência bem sucedida. Introdução,
431–450.
Couto, J. M., & Hackl, G. (1970). Hjalmar Schacht e a economia alemã ( 1920-1950 )
Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 3 (31), p. 311-341, dez. 2007.
Frieden, Jeffry A., 1953- Capitalismo global: história econômica e política do século XX/
Jeffry A. Frieden: tradução Vivian Mannheimer; revisão técnica Arthur Ituassu.- Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.
28
Feinstein, H. Charles, Temin, Peter, Gianni, Toniolo – The european economy between the
wars , Oxford University Press Ed., 1997.