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Era no tornozelo, uma lesão eritematosa, mas não tinha edema, não tinha calor, nem

dor.
Pergunta: Será que é porque pacientes imunossupressos não vão ter os sinais
flogísticos?
Luciano: Podem não ter. Podemos estar diante de uma celulite e, pelo fato do paciente
ser imunossupresso, não ter os sinais. Pode-se ter um paciente severamente
imunossupresso, um paciente com HIV, em tratamento quimioterápico com pneumonia
gravíssima sem nenhuma representação radiológica, sem produção de escarro. Então,
se ele é imunossupresso, pode fazer um quadro infeccioso sem muitos
“comemorativos”.

Ou estou com um diagnóstico errado, ou eu tenho um paciente tão


imunossuprimido que um antibiótico sozinho não está resolvendo, ou a bactéria é
muito virulenta...
Pensando que a explicação seja o diagnóstico errado, temos que pensar em
diagnósticos diferenciais para celulite. Quais seriam?

Importância do Diagnóstico Diferencial


O pensamento em um diagnóstico diferencial abre a possibilidade para um
plano B, se você estiver errado. Quando você vai tomar decisões, você sai de lá com o
diagnóstico, uma suspeita mais provável, que vai depender do nosso conhecimento, se
foi feita uma boa anamnese, exame físico, geralmente vou atuar pensando mais
provável, tanto para pedir exames complementares, se for necessário, quanto para
tomar medidas, como antibióticos, etc. Além disso, temos que ter os menos prováveis à
vista, porque se errarmos em alguma coisa, temos pelo menos para onde correr.
Inclusive às vezes temos que investir tanto em diagnóstico quanto terapêutica
pensando no mais provável e alguns menos prováveis porque às vezes o dano de não
diagnosticarmos ou tratarmos alguma coisa é muito grande, devendo então tratar mais
de uma coisa ao mesmo tempo.
Aí no caso eu só tratei o quadro infeccioso e quero saber de vocês os
diferenciais que poderiam levar a essa situação.

Respostas:
 Faciíte;
 Eritema nodoso (a localização é compatível com o eritema nodoso, mas ele teria
caracteristicamente um nódulo palpável, com zona de eritema ao redor desse
nódulo, uma paniculite com componente autoimune. Mas entra como
diagnóstico diferencial);
 Picada de inseto;
 Púrpura (a lesão da purpura é diferente, não é esmaecente a digitopressão).
Nos livros-texto geralmente tem um quadro de diagnósticos diferenciais, e alguns
são esdrúxulos, que serviriam apenas em circunstâncias muito atípicas. Quem falou
púrpura, pode ser que tenha em algum livro texto, mas para esse caso, não.

Pergunta: Quando fala que uma púrpura ou petéquia é palpável, é porque ela é
esmaecente?
Resposta: Não. As lesões petequiais e purpúricas têm a mesma gênese: o
sangramento. Então na petéquia você tem um sangramento, o sangue passa para o
subcutâneo e isso é visto. Na púrpura, a mesma coisa- houve algum problema nas
plaquetas ou parede do vaso. Como são causadas por sangramento, uma vez que a
sangue sai do vaso, isso aí não é mais esmaecente – quando você aperta, não some.
Quando some, tem normalmente um fenômeno de vasodilatação envolvido, (aperta, o
sangue sai e depois volta).
Então na celulite você pode até ter uma petéquia, ruptura de vasos, mas não é o
quadro geral. O quadro geral é um eritema difuso que tende a esmaecer quando
pressionado.

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