Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia Ambiental 2016/2 (FACTHUS)

ESTUDO DE CASO: GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NAS

AERONAVES E NO TERMINAL DE PASSAGEIROS DO AEROPORTO DE UBERABA
(MG) - MÁRIO DE ALMEIDA FRANCO

Rosan Henrique Gomes Fuentes1; Fabiana de Araújo Lana2.

1
Graduando em Engenharia Ambiental, Faculdade de Talentos Humanos, Uberaba (MG), e-mail:
rosan_henrique@hotmail.com
2
Orientadora, Faculdade de Talentos Humanos, Uberaba (MG), e-mail: fabiana.lana@facthus.edu.br

RESUMO: Os problemas relacionados à gestão de resíduos sólidos no Brasil são frequentes em todos os setores, como é o
caso dos aeroportos que após o crescimento desse setor ocasionou um aumento no número de resíduos gerados nos
complexos aeroportuários em geral. O trabalho consistiu em uma avaliação do gerenciamento dos resíduos sólidos do
Aeroporto de Uberaba (MG) - Mário de Almeida Franco, tendo como propósito apresentar a situação atual da gestão de
resíduos sólidos gerados no terminal de passageiros e no interior das aeronaves. O estudo abrangeu um levantamento
documental, observação direta e caracterização de resíduos sólidos. A identificação das infraestruturas, dos procedimentos
e a entrevista não estruturada com os responsáveis foram realizadas no período de 20/05/2016 a 10/10/2016. Foram feitas
considerações de acordo com a legislação vigente dos processos de gerenciamento executados no momento da realização
deste artigo. A relevância deste estudo enfatiza a importância do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) em
aeroportos e sua correta e efetiva implantação, visando à melhoria contínua nos processos. A reciclagem de materiais gerados
no aeroporto é abordada como fator importante dentro da gestão dos resíduos sólidos, evidenciando neste estudo sua
importância, visto que os resíduos gerados no aeroporto apresentam grande potencial para reciclagem.

PALAVRAS CHAVE: aeroporto; coleta seletiva; controle de resíduos; legislação ambiental.

CASE STUDY: MANAGEMENT OF THE SOLID WASTES GENERATED IN THE AIRCRAFTS AND ON THE
PASSENGER TERMINAL OF THE AIRPORT IN UBERABA (MG) - MÁRIO DE ALMEIDA FRANCO

ABSTRACT: The issues related to the management of solid waste in Brazil are frequent in all sectors, as is the case of
airports that after the growth of this sector has caused an increase in the number of waste generated in the complexes at
airports in general. The work consisted in a diagnosis of the solids waste management from the Uberaba Airport - Mario of
Almeida Franco, with the purpose to present the current situation of the management of solid wastes generated in the
passenger terminal and inside the aircrafts. The study covered a documentary survey, direct observation and characterization
of solid wastes. The identification of the infrastructure, procedures and unstructured interview with those chief people were
held in the period from 05/20/2016 to 10/10/2016. Considerations were made in accordance with the current legislation of
management processes executed at the time of realization this article. The relevance of this study emphasizes the importance
of the Plan of Management of Solid Wastes in airports and its correct and effective implementation, aiming at continuous
improvement of the processes. The recycling of materials generated at the airport is addressed as an important factor in the
management of solid waste, showing in this study its importance, seen the waste generated at the airport have great potential
for recycling.

KEYWORDS: airport; selective collect; waste control; environmental legislation.

INTRODUÇÃO séculos (FIGUEIREDO, 1995). A consequência inicial do

O gerenciamento dos resíduos sólidos no Brasil não
é um problema recente. Atualmente, um grande número de
cidades brasileiras não executa o gerenciamento dos
resíduos sólidos como previsto nas legislações ambientais
vigentes. A ineficiência da gestão dos resíduos sólidos
acarreta graves e preocupantes impactos ambientais, como a
contaminação do solo, ar e dos recursos hídricos, e ainda
leva a complicações na saúde pública (FERREIRA; ANJOS,
2001).
Os problemas ambientais relacionados aos resíduos
sólidos tiveram início na revolução industrial ocorrida no
século XVIII. Esta revolução se fortaleceu globalmente
sendo julgada por inúmeros pesquisadores como uma das
mudanças mais significativas e relevantes dos últimos
amplo desenvolvimento industrial foi à geração de resíduos
sólidos em grande escala, oriundos dos processos industriais
e também dos novos padrões de consumo da população
(MAGERA, 2005).
Como consequência dos novos costumes da
sociedade após a modernização das indústrias, houve grande
dificuldade na gestão dos resíduos sólidos gerados pelos
processos industriais (MAGERA, 2005). Além disso, o
avanço das cidades, a ampliação dos espaços urbanos e o
aumento da população também influenciaram no excesso de
resíduos sólidos impactando o meio ambiente (MUCELIN;
BELLINI, 2008).
Atualmente, os problemas oriundos da geração de
resíduos sólidos no Brasil ocorrem em várias atividades
realizadas. Isso acontece principalmente devido ao pouco

1
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conhecimento das questões ambientais por parte dos
responsáveis (FADINE; FADINE, 2001). A precariedade de
conhecimentos das questões ambientais pode ser observada
quando, em décadas passadas, o governo e os órgãos
responsáveis pela regulamentação e fiscalização não tinham
parâmetros técnicos e legislações que regularizassem para
estabelecer planos a serem executados.
Com o progresso tecnológico da indústria
aeronáutica, a aviação civil no Brasil se desenvolveu
trazendo melhorias na mobilidade de pessoas. Este avanço
ocasionou um crescimento do turismo interno e externo e
por consequência um aumento considerável no número de
voos e de companhias aéreas atuando nos aeroportos
nacionais (INFRAERO, 2016; IBGE, 2013). Os aeroportos
brasileiros surgiram em um contexto propício para
mudanças nos meios de transportes, impulsionado pela
precariedade dos transportes e o aumento do turismo interno
e externo.
O início das operações dos aeroportos brasileiros
com voos comerciais aconteceu na década de 30, com a
concessão do governo para que empresas privadas pudessem
ter o direito de oferecer serviços de transporte aéreo. No
começo das operações dos complexos aeroportuários, o
governo não se atentou em impor nenhuma legislação
ambiental referente aos resíduos sólidos, originados nestes
locais. Essas questões começaram a ser abordadas em
normas e legislações somente após anos de funcionamento
das atividades abrangidas no ramo do transporte aéreo
(MALAGUTTI, 2001).
A falta de interesse dos responsáveis pelos diversos
setores nas questões ambientais resultou na demora da
criação de leis e normas que ajustassem as condições de cada
área. Outro fator crucial para a deficiência na gestão
ambiental dos aeroportos no país foi à ineficácia ou a
inexistência de fiscalizações pelos órgãos responsáveis, o
que ocasionou inúmeros danos ao meio ambiente, afetando
um direito difuso previsto em constituição federal
(BRASIL, 1988).
O crescimento contínuo do setor de transporte aéreo
gerou a necessidade de criação de um órgão para administrá-
lo (PESSOA, 1989). Em 12 de dezembro de 1972, foi criada
a partir da lei nº 5.862 a Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária (INFRAERO) (BRASIL, 1972).
As questões relacionadas aos resíduos sólidos
gerados nos aeroportos nacionais começaram a ser
abordadas apenas no ano de 1993, com a criação da
Resolução 005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA). A partir desta resolução configurou-se
obrigatório o controle de resíduos sólidos originados nos
aeroportos, portos, terminais ferroviários e rodoviários
(CONAMA, 1993).
No entanto, mesmo com uma legislação vigente
sobre o gerenciamento de resíduos em aeroportos, a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) constatou o não
cumprimento da mesma. Exigindo a apresentação de um
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)
(GONÇALVES; MENUCCI, 2004).
Em 1996, a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) elaborou uma norma, ainda vigente, que
2
estabelece os procedimentos adequados para o
gerenciamento de resíduos sólidos em aeroportos: a Norma
Brasileira Regulamentadora (NBR) 8843: Aeroportos -
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, válida a partir de 30 de
agosto de 1996. De acordo com esta NBR, a geração de
resíduos sólidos ficou definida como a alteração de material
utilizável em resíduo, sendo a segregação uma etapa
fundamental para o reaproveitamento em outros processos
produtivos (ABNT, 1996).
Outra importante legislação que envolve também os
aeroportos é o Decreto nº 5.940, criado no ano de 2006. Esse
decreto estabeleceu a obrigação da segregação dos resíduos
recicláveis gerados por órgãos e instituições de
administração pública federal, e a sua destinação às
associações e cooperativas de catadores de materiais
recicláveis (BRASIL, 2006).
Além da legislação supracitada, a ANVISA
complementou a regulamentação sobre o assunto criando as
Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC) - N° 02 de 2002
e N°56 de 2008. Essas resoluções padronizaram os
procedimentos realizados pelos aeroportos do Brasil,
relacionando os fatores de risco à saúde e sendo fundamental
para funcionamento do sistema (ANVISA, 2002; 2008). A
criação da lei 12.305 em 2 agosto de 2010, foi importante,
pois instituiu estratégias para os resíduos sólidos, em todos
os setores do país (BRASIL, 2010).
O objetivo deste trabalho foi avaliar os
procedimentos de gerenciamento dos resíduos sólidos do
Aeroporto de Uberaba (MG) - Mário de Almeida Franco,
comparando com o estabelecido em legislações e normas
vigentes analisando os resultados obtidos.
MATERIAL E MÉTODOS
Segundo Yin (2001), o estudo de caso abrange uma
avaliação intensa de um objeto de modo que possibilite o seu
vasto e minucioso entendimento. Ainda, Prodanov e Freitas
(2009), descrevem que as análises de caráter exploratório
visam fornecer máxima percepção do problema, tornando-o
explícito ou construindo hipóteses sobre ele.
Sendo assim, o presente trabalho trata-se de um
estudo de caso do gerenciamento dos resíduos gerados no
Aeroporto de Uberaba - Mário De Almeida Franco
fundamentado em legislações, decretos e normas vigentes
priorizando os critérios ambientais legais.
Dessa forma, primeiramente realizaram-se visitas
técnicas ao aeroporto, para fins de identificação, em seguida
de entrevistas não estruturadas junto aos funcionários para
conhecer os procedimentos executados pelos mesmos e
registros fotográficos, ilustrando as condições atuais e
infraestrutura existentes.
Conceitua-se entrevista não estruturada um diálogo
no qual é permitido ao entrevistador abordar diversos temas
e de acordo com a resposta pode alterar questões. O
entrevistado pode optar pelo diálogo para estabelecer sua
resposta (LAVILLE; DIONE, 1999).
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Aeroporto Mário de Almeida Franco (Fig. 1), foco
deste estudo, situa-se na Avenida Nenê Sabino n° 2706, na
cidade de Uberaba, estado de Minas Gerais, nas coordenadas
geográficas 19°45'56.01" Sul 47°57'42.01” Oeste
(GOOGLE, 2016).
Figura 1 - Fachada do Aeroporto Mário de Almeida Franco.
Entrada para o terminal de passageiros.
Fonte: Os autores, 2016.
Com uma área total de 1.182.451,39 m², o aeroporto
possui uma pista de 1.759m de comprimento por 45m de
largura e um pátio com capacidade para 20 aeronaves de
pequeno porte que juntos totalizam uma área de 13.450,00
m². O terminal de passageiros possui uma área de 2.030,15
m², com capacidade para atender 1,7 milhões de passageiros
por ano, sendo realizados oito voos diários, operados pelas
companhias aéreas: Flyways Linhas Aéreas LTDA e Azul
Linhas Aéreas Brasileiras S.A. (Fig. 2) (INFRAERO, 2016).
Figura 2 - Localização aérea do Aeroporto de Uberaba
Mário de Almeida Franco. A área demarcada em vermelho
restringe o terreno total do aeroporto de Uberaba (MG).
Fonte: GOOGLE, 2016.
De acordo com as informações obtidas em entrevista
com o responsável pela coleta dos resíduos das aeronaves,
durante os voos são servidos aos passageiros lanches e
bebidas industrializadas, gerando resíduos como latas de
alumínio, copos de plástico, embalagens plásticas, restos de
alimentos e diferentes tipos de papeis, como guardanapos,
papel higiênico e revistas. Os resíduos são acondicionados
3
em sacos pretos sem nenhum tipo de segregação. Após o
pouso, os resíduos são coletados pela empresa responsável
pela limpeza das aeronaves denominada Marcelo Augusto
Camargo Eireli – ME.
No terminal de passageiros, constituído pelo saguão,
lanchonete e banheiros são gerados resíduos como latas de
alumínio, copos plásticos, restos de alimentos, embalagens
plásticas e papeis, como folhas para anotações, guardanapos
e papel higiênico. Com o intuito de facilitar o processo de
segregação definiu-se no PGRS do aeroporto que o
acondicionamento dos resíduos não recicláveis seria
realizado em sacos plásticos de cor preta e os recicláveis na
cor azul (Fig. 3).
Figura 3 – Coletores do saguão principal com os sacos
plásticos de cores já estabelecidas no Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos. (A) coletor de resíduos
recicláveis com o saco plástico azul. (B) coletor de resíduos
não recicláveis com o saco plástico preto.
A B
Fonte: Os autores, 2016.
De acordo com a ABNT NBR 8.843/1996, os
resíduos sólidos devem ser acondicionados em coletores
revestidos internamente com sacos plásticos apropriados
(ABNT, 1996). No aeroporto em questão foi visto que os
sacos utilizados não estão sendo dispostos nos coletores de
acordo com as cores pré-definidas no PGRS (Fig. 4).
O item 3.4 da ABNT NBR 8.843/1996 determina que
a segregação, ou seja, a separação dos resíduos deve ser feita
no momento da geração (ABNT, 1996). Isso, conforme
citado anteriormente, não ocorre nas aeronaves, já o terminal
de passageiros dispõe de coletores seletivos facilitando a
segregação. Porém, a incorreta disposição dos sacos para
acondicionamento compromete a eficiência dos processos.
Vale ressaltar que a segregação feita de forma incorreta
ocasiona uma mistura dos materiais prejudicando o processo
de reciclagem.
A coleta dos resíduos gerados no terminal de
passageiros e a limpeza do local são realizadas pela empresa
Perphil Serviços - Perphil Serviços Especiais Eireli.
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Tanto os resíduos gerados nas aeronaves quanto os
gerados no terminal de passageiros, após a coleta, são
armazenados em um contêiner na área externa do aeroporto
(Fig. 5). A capacidade desse contêiner não atende à
quantidade de resíduos gerados. O excesso acaba sendo
disposto em solo ao ar livre, em desacordo ao item 3.9 da
NBR 8843, que determina o armazenamento dos resíduos
em instalações apropriadas (ABNT, 1996).
Figura 4 – Coletores com os sacos plásticos do saguão e do
banheiro. (A) coletor de resíduos recicláveis com o saco
plástico azul. (B) coletor de resíduos oriundos do banheiro
com o saco plástico azul. (C) coletor de resíduos não
recicláveis com o saco plástico preto. (D) coletor de
resíduos recicláveis com o saco plástico preto.
A B
C D
Fonte: Os autores, 2016.
Após todos os procedimentos descritos, os resíduos
sólidos gerados são coletados pela empresa Limpebras
Engenharia Ambiental Ltda. e destinados ao aterro sanitário
do municipal de Uberaba (MG). A coleta ocorre três vezes
por semana, ou seja, na segunda-feira, quarta-feira e sexta-
feira. Todos os resíduos coletados no aeroporto são
classificados segundo a ABNT NBR 8843/1996 como
grupos D – resíduos sólidos comuns, os quais devem sempre
que possível ser praticada a coleta seletiva (ABNT, 1996).
A legislação municipal Nº 10.697 define grandes
geradores de resíduos: os classificados como Classe 2, de
acordo com a ABNT NBR 10004, e geração maior que 200
4
quilos diários (UBERABA, 2008). Nesse caso se faz
necessário a contratação de uma empresa especializada para
executar a destinação correta. Sendo assim, o município não
tem responsabilidade alguma sobre estes procedimentos.
Não é possível afirmar que o aeroporto se enquadra
nesta classificação, visto que os resíduos gerados não são
pesados ou quantificados diariamente.
Figura 5 – Área externa do Aeroporto de Uberaba Mário De
Almeida Franco onde está localizado o contêiner para
armazenamento temporário dos resíduos descartados. (A)
Imagem do contêiner dia 20/05/2016. (B) Imagem do
contêiner no dia 10/10/2016.
A
B
Fonte: Os autores, 2016.
O decreto nº 5.940 estabelece que os resíduos
recicláveis oriundos de órgãos públicos sejam enviados a
cooperativas de reciclagem (BRASIL, 2006). A
INFRAERO é um órgão de administração pública e, sendo
assim, se enquadra neste decreto. Apesar disso, atualmente
este procedimento não é executado.
Com o intuito de entender o real motivo pelo qual os
resíduos recicláveis não são destinados a Cooperativa de
Recolhedores Autônomos de Resíduos Sólidos e Materiais
Recicláveis de Uberaba (MG) – COOPERU, fez-se
necessário estabelecer contato com o representante da
mesma para obter informações mais detalhadas.
Segundo informações obtidas, o mesmo relatou que
em época pretérita realizava a coleta apenas dos resíduos
recicláveis (papel, plástico, metal e vidro) gerados no
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aeroporto de Uberaba (MG). Porém, observou-se que a
mistura de resíduos recicláveis e não recicláveis ocorria com
certa frequência, sendo esse o motivo responsável pelo
encerramento da parceria.
Este fato pode estar diretamente relacionado à
quantidade atual de resíduos sólidos armazenados no
aeroporto de Uberaba (MG), sobrecarregando o sistema,
como também evidencia a ineficiência dos procedimentos
executados atualmente.
CONCLUSÃO
É fato que a criação de legislações e normas
pertinentes às questões ambientais em aeroportos nacionais
possibilitou ter um maior controle do setor nesse quesito.
Porém, a fiscalização e capacitação dos agentes envolvidos
são insuficientes para que os objetivos estabelecidos nas
legislações sejam concretizados.
O Aeroporto de Uberaba (MG) - Mario de Almeida
Franco tem um plano onde define estratégias para o
gerenciamento dos resíduos. Porém, na pratica esses
procedimentos não são executados de forma correta, como
por exemplo, na etapa de acondicionamento, que ocorre a
troca de cores de sacos plásticos. Problemas como este
podem ser facilmente resolvidos através de programas
contínuos de capacitação dos funcionários.
O problema do armazenamento externo dos resíduos,
cuja capacidade do coletor não atende a demanda, poderia
ser solucionado através do aumento do tamanho do
contêiner ou até mesmo pelo aumento da frequência da
coleta.
Vale ressaltar que a maioria dos resíduos gerados são
recicláveis. Assim, caso o aeroporto praticasse o
determinado no decreto nº 5.940, através de parcerias com
cooperativas, ocorreria uma redução drástica na quantidade
de resíduos a serem encaminhados ao aterro sanitário.
O estudo realizado no aeroporto de Uberaba (MG)
propiciou um entendimento da funcionalidade e execução
do Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos neste
estabelecimento, identificando a necessidade de um
diagnóstico mais detalhado da situação para fins de
adequação dos procedimentos e, consequentemente, um
plano aplicável e eficiente.
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