Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
http://www.fafich.ufmg.br/~psicopol/seer/ojs/viewarticle.php?id=17&layou
t=html&mode=preview
ARTIGO
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Introdução
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Psicologia enquanto Ciência e Profissão no país, tal como ocorre nos trabalhos
de Antunes (1998), Pessotti (1988), Mello (1975), Massimi (1990; 2000),
Massimi & Guedes, 2004), Guedes (1998), Patto (2000a; 2000b), Zuquim
(2000), Rodrigues (2000), Jacó-Vilela (2000) e Bock (1999), entre outros. Tais
produções, com exceção daquela de Bock (1999), pouco discutem o papel das
entidades da classe dos psicólogos brasileiros, a saber, Conselhos e
Sindicatos de Psicologia.
Textos relevantes como os de Bosi (2000), Paiva (2000) e Schimdt & Neves
(2000) de homenagem ao saudoso Dante Moreira Leite, ex-professor de
Psicologia Social da USP, ex-presidente da Sociedade de Psicologia de São
Paulo, conselheiro do primeiro plenário do CRP-06 e um dos articuladores e
elaboradores do texto que resultou na Lei 4.119/62, ignoram a sua importância
no cenário político da Psicologia, limitando-se a enaltecer a sua faceta
acadêmica.
No livro de Bock (1999) consta apenas histórico das entidades da classe dos
psicólogos iniciado em 1980, período em que esta liderança da Psicologia
brasileira iniciou sua participação política nestas entidades. Nesta obra,
encontramos apenas uma rápida referência ao grupo fundador:
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Cumpre ressalvar, ainda, que a aprovação de Lei 4.119 não foi inteiramente
satisfatória, uma vez que não foram automaticamente criadas as instâncias de
regulação, como acontece com a maioria das outras profissões, ou seja, não
se constituíram automaticamente os Conselhos Profissionais de Psicologia.
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Azzi afirma ainda que a Lei era condição necessária, mas não suficiente para
a regulamentação profissional, pois deveriam ser instituídos os Conselhos
Profissionais de Psicologia, a fim de que a categoria dispusesse de força e
legitimidade na relação com outras profissões. Então, a questão que fica é
entender por que a parte relativa à constituição dos conselhos profissionais foi
retirada da Lei. A hipótese de Miranda (2005) e de Cambraia (2005) é de que o
Estado tenha temido a organização dos profissionais liberais e,
conseqüentemente, a organização política dos psicólogos e da sociedade civil,
sendo esta a razão para o veto de preceitos legais relativos aos Conselhos.
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Contudo, mesmo com o deferimento da Lei, quase três anos se passaram até
que os Conselhos Profissionais fossem instalados. De modo que:
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Neste depoimento afirma-se que houve intensa articulação, num ‘pacto entre
irmãos’, para que se escolhessem os integrantes do Conselho Federal de
Psicologia. Planejou-se tudo minuciosamente, num consenso total entre as
sociedades, para que não houvesse falhas perante o Estado e, assim, restasse
afastado o “perigo militar”. Em outras palavras, organizou-se uma grande
articulação nacional dos psicólogos para tomar o poder da nova entidade que
estava sendo criada. Cambraia (2005) considera que se tratou de uma jogada
política conduzida de maneira não inteiramente ética, pois foi a partir de um
conchavo que estabeleceram a primeira chapa do CFP. O depoente faz a
analogia entre jogada política e deslize do ponto de vista ético, como se a ação
política realizada, a ação nos bastidores, fosse anti-ética, pois como se tratou
de uma articulação “fechada” entre um grupo de psicólogos, não aberta a
outros, não teria sido ética. Contudo, ele compreende que tal ação foi
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
sua eleição como uma das mais pacíficas e rápidas que já tivera notícia. E
concluía: ‘Não podia ser de outra forma, em se tratando de Psicólogos’”
(Soares, 1979:36).
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Neste tópico, para discutir a relação das entidades de classe com Estado
ditatorial, encontramos um acontecimento que é analisador8 do funcionamento
do SPESP durante a década de 70: o Caso Wladimir Herzog. Herzog,
jornalista, professor da ECA – Escola de Comunicação e Artes da USP – e
editor do Jornal da Arquidiocese de São Paulo, foi assassinado numa sessão
de tortura nos porões do DOPS – Departamento de Operações Políticas e
Sociais –, a polícia especializada da ditadura militar. E, em face do acontecido,
em 1975, movimentos sociais se organizaram em solidariedade ao jornalista
assassinado pelo regime opressor do Estado.
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Mas nesse tempo a atitude dos órgãos, política, era muito pequena.
A gente não tinha preocupação política, em parte eu até já pensei
porque a revolução9 estava aí nas ruas, eles vigiavam muito, os
sindicatos eram muito vigiados, às vezes tinha reuniões de
presidentes de sindicato e eu sei que sempre tinha olheiro para ver o
que a gente decidia. (...) Bom, então em parte por isso que a gente
não tomava partido, a gente não tinha posições, a gente se limitava
a tratar dos assuntos meramente profissionais, então o sindicato
preocupava-se com atividades próprias de Sindicato, conseguir
melhores condições para os associados e tudo. O Conselho veio
depois e o Conselho também se limitava a agir como órgão de
controle, não é controle, como órgão de regulamentação da
profissão, defesa dos direitos da Psicologia, mas não tomava partido
(Cambraia, 2005:14).
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
4. A fiscalização e os psicotécnicos
5 2- Ética
4,5
4
3- Delegacias
3,5
3
Número de incidência 2,5 4- Publicação/boletins
2
1,5
1 5- Credenc. De
0,5 supervisor
0
2.77 1.78 2.78 1.79 2.79 1.80 2.80 6- Fiscalização
Semestres
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
6
5
4
Número de 1- Funcionalismo
3
incidência 2- Psicotécnicos
2
3- Tabela
1 4- Piso salarial
0
1.77 2.77 1.78 2.78 1.79 2.79
Semestres
A questão dos exames psicotécnicos foi o assunto mais discutido pelo SPESP
em sua segunda gestão (e também na primeira), conforme demonstra o gráfico
2. Recebiam-se, nas reuniões, diversos pedidos para que o valor pago por
exames psicotécnicos fosse aumentado, ao mesmo tempo em que se
recebiam denúncias de corrupção relativas à venda, por parte de institutos
psicotécnicos, de fichas do PMK em branco assinadas pelo psicólogo, ou
relacionadas a um determinado Instituto que aprovava todos os alunos, entre
outras irregularidades. Observa-se, em suma, o empenho pelo cumprimento da
lei no emprego deste instrumento de análise psicológica, assim como pela
ampliação do campo de atuação do psicólogo. No entanto, percebemos, como
explicitado no gráfico 2, que as questões relativas ao funcionalismo público, à
tabela de honorários e ao piso salarial do psicólogo permaneceram pouco
debatidas nesta gestão.
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
5. Considerações Finais
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
MELLO, S.L. (1975) Psicologia e Profissão em São Paulo. São Paulo: Ática.
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
SCHIMDT, M.L.S. & NEVES, T.F.S. (2000) Dante Moreira leite: Ciência
psicológica, interdisciplinaridade e diferença. Psicologia USP, 11 (2) 59-88.
SCHWARCZ, L.M. (1993) O espetáculo das raças.São Paulo: Cia das Letras.
CONTATO
e-mail: domenicoh@usp.br
Recebido em 05/11/2006
Aprovado em 11/06/2007
Endereço: Av. Prof. Mello Moraes, 1721. Bloco A, LAPSO, Cid, Universitária.
São Paulo/SP. CEP: 05508-900. F: (11) 8198-2802.
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”
___________________________________________________ Psicologia Política 13 (1), 2007
7 Hoje é prática comum a eleição aberta aos psicólogos, para a escolha das
gestões do CFP e dos CRPs.
Hur, D. U. “A Psicologia e suas entidades de classe: histórias sobre sua fundação e algumas práticas no Estado
de São Paulo nos anos 70”