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Rodada #7

Direito Administrativo
Professor Fabiano Pereira

a. Questões

01. O princípio da impessoalidade é corolário do princípio da isonomia.

02. Os princípios da administração explicitamente previstos na CF não se aplicam às entidades


paraestatais e às sociedades de economia mista, por serem essas entidades pessoas jurídicas
de direito privado que atuam em atividades do setor econômico, embora sejam criadas por
lei.

03. A supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade, pela


administração, dos interesses públicos, integram o conteúdo do regime jurídico-
administrativo.

04. Viola o princípio da impessoalidade a edição de ato administrativo que objetive a


satisfação de interesse meramente privado.

05. O princípio administrativo da autotutela expressa a capacidade que a administração tem


de rever seus próprios atos, desde que provocada pela parte interessada,
independentemente de decisão judicial.

06. Configura-se abuso de poder por desvio de poder no caso de vício de finalidade do ato
administrativo, e abuso de poder por excesso de poder quando o ato administrativo é
praticado por agente que exorbita a sua competência.
DIREITO ADMINISTRATIVO

07. A administração pública exercerá o poder regulamentar ao multar determinado


contratado que esteja construindo um imóvel público em área urbana e que atrase
sucessivamente etapas da obra.

08. A administração pública exerce seu poder disciplinar quando exige do particular a entrega
de estudo de impacto ambiental para a liberação de determinado empreendimento.

09. A invalidação da conduta abusiva de um agente público pode ocorrer tanto na esfera
administrativa quanto por meio de ação judicial, e, em certas circunstâncias, o abuso de poder
constitui ilícito penal.

10. O poder de polícia, vinculado a prática de ato ilícito de um particular, tem natureza
sancionatória, devendo ser exercido apenas de maneira repressiva.

11. O ordenamento jurídico pode determinar que a competência de certo órgão ou de agente
inferior na escala hierárquica seja exclusiva e, portanto, não possa ser avocada.

12. O poder de polícia é prerrogativa conferida à administração, que pode condicionar e


restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse
público, sendo exercido pela polícia civil no âmbito estadual e pela Polícia Federal no âmbito
da União.

13. O poder hierárquico é o poder de que dispõe a administração para organizar e distribuir
as funções de seus órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do
seu quadro de pessoal.

14. O poder discricionário somente poderá ser exercido, em respeito ao princípio do direito
adquirido, no momento em que o ato for praticado.

15. Caso o presidente da República determine a centralização da administração de


determinado serviço público, esse serviço deverá ser realizado e acompanhado por órgão da
administração direta.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

16. Considere que o órgão responsável pela infraestrutura de transporte de determinada


região repassou para outra pessoa jurídica a atribuição de executar obras nas estradas sob
sua jurisdição. Nessa situação, caracteriza-se a ocorrência de desconcentração.

17. Um órgão (pessoa jurídica) integrante da administração indireta está hierarquicamente


subordinado à pessoa jurídica da administração direta que o instituiu.

18. Ocorre autotutela quando um ministério exerce controle sobre um órgão da


administração indireta.

19. O instituto da desconcentração permite que as atribuições sejam distribuídas entre órgãos
públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na
estrutura organizacional. Assim, concentração refere-se à administração direta; já
desconcentração, à indireta.

20. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, com totalidade de capital
público, cuja criação depende de autorização legislativa, e sua estruturação jurídica pode se
dar em qualquer forma admitida em direito.

21. A autarquia, mesmo sendo integrante da administração pública indireta, tem


personalidade jurídica de direito privado e sua criação depende de lei específica.

22. A conduta de atender ao público com presteza, embora não esteja expressamente
inserida no rol dos deveres do servidor, é uma imposição ética e moral a qualquer servidor
público.

23. As sanções penais, civis e administrativas são independentes entre si, o que justifica a
eventual responsabilização civil e administrativa do servidor, mesmo quando absolvido
criminalmente pela ausência de autoria.

24. Caso a companheira de determinado servidor, também servidora federal, seja deslocada
para desempenhar suas funções em outro estado, o servidor poderá tirar licença para
acompanhá-la por período indeterminado, mas sem perceber remuneração.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

25. A licença por motivo de doença em pessoa da família poderá ser concedida pelo prazo
máximo de seis meses, sendo assegurada ao servidor licenciado a remuneração pelo período
integral.

26. Se for concedida licença sem remuneração ao servidor para ele tratar de assuntos
particulares, será vedado ao órgão concedente interrompê-la antes do prazo fixado.

27. As sanções penais, civis e administrativas não podem ser aplicadas de forma cumulativa
em caso de cometimento de improbidade administrativa, pois haveria a punição em dobro
pelo mesmo fato.

28. O procedimento administrativo cabe à administração pública, mas a Lei de Improbidade


permite ao Ministério Público designar um representante do órgão para acompanhar esse
procedimento.

29. As disposições da Lei n.º 8.429/1992 não são aplicáveis àqueles que, não sendo agentes
públicos, se beneficiarem, de forma direta ou indireta, com o ato de improbidade cometido
por prefeito municipal.

30. As sanções previstas na Lei 8.429/1992 não alcançam o sucessor do agente que causar
ato de improbidade administrativa.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

b. Gabarito

1 2 3 4 5

C E C C E

6 7 8 9 10

C E E C E

11 12 13 14 15

C E C E C

16 17 18 19 20

E E E E C

21 22 23 24 25

E E E C E

26 27 28 29 30

E E C E E

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DIREITO ADMINISTRATIVO

c. Breves comentários às questões

01. O princípio da impessoalidade é corolário do princípio da isonomia.

Correto. O princípio da impessoalidade pode ser estudado como corolário (consequência) do


princípio da isonomia, e a obrigatoriedade de realização de concurso público para ingresso
em cargo ou emprego público (artigo 37, II), bem como a obrigatoriedade de realização de
licitação pela Administração (artigo 37, XXI), são exemplos clássicos de tal princípio, já que
proporcionam igualdade de condições para todos os interessados.

02. Os princípios da administração explicitamente previstos na CF não se aplicam às entidades


paraestatais e às sociedades de economia mista, por serem essas entidades pessoas jurídicas
de direito privado que atuam em atividades do setor econômico, embora sejam criadas por
lei.

Errado. Princípios expressos são aqueles expressamente previstos em norma jurídica de


caráter geral (a exemplo do texto constitucional), obrigatória para todas as entidades políticas
(União, Estados, Municípios, Distrito Federal e seus respectivos órgãos públicos), bem como para
as entidades administrativas (autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades
de economia mista e consórcios públicos de direito público). Ademais, em situações especiais,
também podem ser impostos às entidades paraestatais, principalmente quando firmarem
convênios ou contratos para atuar em nome da Administração Pública.

03. A supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade, pela


administração, dos interesses públicos, integram o conteúdo do regime jurídico-
administrativo.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Correto. O regime jurídico-administrativo foi construído tendo como base dois grandes
princípios jurídicos: a supremacia do interesse público sobre os interesses privados e a
indisponibilidade dos interesses públicos. Esses dois princípios conferem ao citado regime o
caráter de Direito Público e suas especificidades, bem como sua natureza jurídica. .

04. Viola o princípio da impessoalidade a edição de ato administrativo que objetive a


satisfação de interesse meramente privado.

Correto. O professor Celso Antônio Bandeira de Mello nos ensina que o princípio da
impessoalidade “traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados
sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem favoritismos nem perseguições são
toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou ideológicas não podem interferir
na atuação administrativa”. Afirma ainda o professor que “o princípio em causa não é senão o
próprio princípio da igualdade ou isonomia.”

05. O princípio administrativo da autotutela expressa a capacidade que a administração tem


de rever seus próprios atos, desde que provocada pela parte interessada,
independentemente de decisão judicial.

Errado. A anulação e revogação de ato administrativo podem ocorrer tanto de ofício, por
iniciativa da própria administração, quanto por provocação de particulares atingidos pelos
seus efeitos. Entretanto, a possibilidade de a própria administração revisar os seus atos não
afasta eventual controle pelo Poder Judiciário, que possui a prerrogativa de analisar a
legalidade de todos os atos administrativos, sejam eles vinculados ou discricionários.

06. Configura-se abuso de poder por desvio de poder no caso de vício de finalidade do ato
administrativo, e abuso de poder por excesso de poder quando o ato administrativo é
praticado por agente que exorbita a sua competência.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Correto. O abuso de poder configura-se por uma conduta praticada pelo agente público em
desconformidade com a lei e pode se apresentar sob duas formas diferentes: 1ª) quando o
agente público ultrapassa os limites da competência que lhe foi outorgada pela lei (excesso
de poder); 2ª) quando o agente público exerce a competência nos estritos limites legais, mas
para atingir finalidade diferente daquela prevista em lei (desvio de poder ou desvio de
finalidade).

07. A administração pública exercerá o poder regulamentar ao multar determinado


contratado que esteja construindo um imóvel público em área urbana e que atrase
sucessivamente etapas da obra.

Errado. O poder regulamentar, de titularidade dos chefes do Poder Executivo, restringe-se a


explicar e detalhar o texto legal para facilitar a sua fiel execução, portanto, não pode
fundamentar a aplicação de multas.

Se a Administração Pública aplicou multa a determinado contratado (que, portanto, possui


vínculo jurídico com o Poder Público) por atrasos sucessivos em etapas da obra, não restam
dúvidas de que tal conduta está amparada no poder disciplinar. De outro lado, se a multa
tivesse sido aplicada a um particular qualquer (sem qualquer vínculo jurídico com a
Administração Pública), por desrespeito à legislação vigente, o seu fundamento seria o poder
de polícia.

08. A administração pública exerce seu poder disciplinar quando exige do particular a entrega
de estudo de impacto ambiental para a liberação de determinado empreendimento.

Errado. O poder disciplinar assegura à Administração Pública a prerrogativa de investigar e


punir seus servidores, bem como demais pessoas sujeitas à sua disciplina administrativa, que
cometam atos tipificados como infrações administrativas.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Ao exigir a entrega de estudo de impacto ambiental para a liberação de determinado


empreendimento, a Administração não está investigando ou punindo o particular, mas apenas
adotando providências com o intuito de verificar se as normas condicionantes para o exercício
de determinada atividade foram respeitadas.

09. A invalidação da conduta abusiva de um agente público pode ocorrer tanto na esfera
administrativa quanto por meio de ação judicial, e, em certas circunstâncias, o abuso de poder
constitui ilícito penal.

Correto. Ao praticar uma conduta abusiva (excesso de poder, por exemplo), o agente público
pode ser responsabilizado nas três esferas: administrativa, civil e penal.

Ademais, o particular prejudicado pode ainda levar tal fato ao conhecimento da Administração
Pública ou do Poder Judiciário exigindo a sua invalidação.

10. O poder de polícia, vinculado a prática de ato ilícito de um particular, tem natureza
sancionatória, devendo ser exercido apenas de maneira repressiva.

Errado. Para garantir que o particular irá abster-se de ações contrárias ao interesse geral da

sociedade, o poder de polícia poderá ser exercido na forma preventiva ou repressiva.

Na forma repressiva, o poder de polícia é exercido por meio da imposição de sanções aos
particulares que praticarem condutas nocivas ao interesse coletivo, constatadas através da
atividade fiscalizatória. Por outro lado, na forma preventiva é exercido através da edição de
normas condicionadoras do gozo de bens ou do exercício de direitos e atividades individuais,
a exemplo da outorga de alvarás (licenças e autorizações) aos particulares que cumpram as
condições e requisitos para o uso da propriedade e exercício das atividades que devem ser
policiadas.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

11. O ordenamento jurídico pode determinar que a competência de certo órgão ou de agente
inferior na escala hierárquica seja exclusiva e, portanto, não possa ser avocada.

Correto. O art. 15 da Lei 9.784/1999 dispõe que “será permitida, em caráter excepcional e por
motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída
a órgão hierarquicamente inferior”. Todavia, deve ficar claro que as competências exclusivas
não podem ser avocadas.

12. O poder de polícia é prerrogativa conferida à administração, que pode condicionar e


restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse
público, sendo exercido pela polícia civil no âmbito estadual e pela Polícia Federal no âmbito
da União.

Errado. Para responder às questões do CESPE, lembre-se sempre de que o poder de polícia é
exercido pela Administração Pública, através de seus órgãos e entidades administrativas
incumbidos da prerrogativa de fiscalização, a exemplo do IBAMA, ANVISA, ANATEL, Ministério
da Saúde, entre outros. Em regra, a Polícia Civil e Polícia Federal não exercem atividades
administrativas de fiscalização, mas sim atribuições inerentes à segurança pública.

13. O poder hierárquico é o poder de que dispõe a administração para organizar e distribuir
as funções de seus órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do
seu quadro de pessoal.

Correto. O vínculo de hierarquia é essencial a fim de que se possa garantir um efetivo controle
necessário ao cumprimento do princípio da eficiência, mandamento obrigatório assegurado
expressamente no texto constitucional.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

14. O poder discricionário somente poderá ser exercido, em respeito ao princípio do direito
adquirido, no momento em que o ato for praticado.

Errado. Além de ser exercida no momento da edição do ato, a discricionariedade também estará
presente posteriormente, caso a Administração Pública decida revogar o respectivo ato. É o
que ocorre, por exemplo, quando a Administração Pública decide revogar autorização para
fechamento de determinada rua, anteriormente concedida para realização de festa junina.

15. Caso o presidente da República determine a centralização da administração de


determinado serviço público, esse serviço deverá ser realizado e acompanhado por órgão da
administração direta.

Correto. Sob o enfoque do Direito Administrativo, a “centralização” ocorre quando a União,


Estados, Distrito Federal e Municípios exercem diretamente, em face dos beneficiários, as
atividades administrativas que estão em suas respectivas competências, sem interferência de
outras pessoas físicas ou jurídicas.

Nesse caso, além de o ente estatal ser o titular da função administrativa, ainda será o
responsável pela execução de tal atividade, através de seus respectivos órgãos públicos (a
exemplo dos Ministérios).

16. Considere que o órgão responsável pela infraestrutura de transporte de determinada


região repassou para outra pessoa jurídica a atribuição de executar obras nas estradas sob
sua jurisdição. Nessa situação, caracteriza-se a ocorrência de desconcentração.

Errado. A desconcentração ocorre sempre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, dando

origem a órgãos públicos. Dessa forma, como o texto da assertiva afirmou que a execução de
obras foi repassada para “outra pessoa jurídica”, ficou caracterizada a descentralização da
atividade.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

17. Um órgão (pessoa jurídica) integrante da administração indireta está hierarquicamente


subordinado à pessoa jurídica da administração direta que o instituiu.

Errado. De início, é importante esclarecer que os órgãos públicos podem ser criados tanto na
estrutura de uma pessoa jurídica integrante da Administração Pública Direta quanto da
Administração Pública Indireta. O inc. I, do § 2º, do art. 1º, da Lei 9.784/1999, por exemplo,
conceitua órgão público como “a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração
direta e da estrutura da Administração indireta”.

Ademais, todos eles são desprovidos de personalidade jurídica, contrariamente ao que consta
no texto da assertiva.

18. Ocorre autotutela quando um ministério exerce controle sobre um órgão da


administração indireta.

Errado. A prerrogativa assegurada a um ministério para o exercício do controle finalístico em


face das entidades da Administração Indireta encontra fundamento no princípio ou poder de
tutela.

Ao responder às questões de prova, tenha muito cuidado para não confundir as expressões
“autotutela” e “tutela”, já que possuem significados diferentes. Enquanto a primeira assegura à
Administração Pública a prerrogativa de rever os seus próprios atos administrativos, a segunda
permite que a Administração Direta realize um controle (supervisão) dos atos praticados pelas
entidades da Administração Indireta.

19. O instituto da desconcentração permite que as atribuições sejam distribuídas entre órgãos
públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na
estrutura organizacional. Assim, concentração refere-se à administração direta; já
desconcentração, à indireta.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Errado. A desconcentração nada mais é que a distribuição interna de competências dentro de


uma mesma pessoa jurídica. Trata-se da criação de órgãos públicos que fazem parte de uma
mesma estrutura, hierarquizada, criada com o objetivo de tornar mais ágil e eficiente a
execução das finalidades administrativas previstas em lei. De outro lado, a concentração
caracteriza-se pela reunião de competências em único ou menor número possível de órgãos
públicos.

A concentração e desconcentração podem ser efetuadas tanto pelos entes que compõem a
Administração Direta (União, Estados, Municípios ou Distrito Federal), quanto pelos entes que
integram a Administração Indireta (autarquias, fundações públicas, sociedades de economia
mista e empresas públicas).

20. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, com totalidade de capital
público, cuja criação depende de autorização legislativa, e sua estruturação jurídica pode se
dar em qualquer forma admitida em direito.

Correto. Todas as principais características das empresas públicas foram listadas pelo
enunciado da questão. Todavia, destaca-se que em relação ao capital, este deve pertencer
integralmente a entidades da Administração Direta (União, Estados, Municípios e Distrito
Federal) ou Indireta (outras empresas públicas, autarquias, fundações públicas e sociedades de
economia mista), sendo vedada a participação de particulares na integralização do capital.
Deve ficar claro que mesmo sociedades de economia mista ou outras empresas públicas podem
integralizar o capital de empresa pública.

21. A autarquia, mesmo sendo integrante da administração pública indireta, tem


personalidade jurídica de direito privado e sua criação depende de lei específica.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Errado. As autarquias possuem personalidade jurídica de Direito Público e integram a


Administração Indireta e descentralizada, sendo criadas por lei específica para o exercício
de funções administrativas típicas de Estado, tais como previdência e assistência social (INSS),
polícia administrativa (IBAMA), regulação de determinados setores da economia (Banco Central
e Comissão de Valores Mobiliários - CVM), assistência social (INCRA) e até mesmo atuação na
área de saúde, em situações excepcionais.

22. A conduta de atender ao público com presteza, embora não esteja expressamente
inserida no rol dos deveres do servidor, é uma imposição ética e moral a qualquer servidor
público.

Errado. A Lei 8.112/90, em seu art. 116, V, afirma que são deveres do servidor, entre outros,
atender ao público com presteza.

23. As sanções penais, civis e administrativas são independentes entre si, o que justifica a
eventual responsabilização civil e administrativa do servidor, mesmo quando absolvido
criminalmente pela ausência de autoria.

Errado. Em regra, não há vinculação entre as esferas penal, administrativa e civil. Todavia, é
importante que você saiba que existem situações em que a decisão judicial transitada em
julgado, na esfera penal, vincula obrigatoriamente as esferas administrativa e civil:

1ª) absolvição criminal por inexistência do fato: caso a decisão proferida pelo Poder
Judiciário tenha declarado que o fato criminoso imputado ao servidor sequer existiu, ou seja,
que não ocorreu o fato que se queria imputar ao servidor, absolvendo-o na esfera penal, este
deverá ser necessariamente absolvido nas esferas administrativa e civil.

2ª) absolvição criminal por negativa ou ausência de autoria: caso a decisão judicial
absolva o servidor sob a alegação de que ele não foi o autor do fato criminoso, apesar de ter
ocorrido, deverá ser absolvido também nas esferas administrativa e civil.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

24. Caso a companheira de determinado servidor, também servidora federal, seja deslocada
para desempenhar suas funções em outro estado, o servidor poderá tirar licença para
acompanhá-la por período indeterminado, mas sem perceber remuneração.

Correto. Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge ou companheira é uma licença sem

remuneração, por prazo indeterminado, que poderá ser concedida ao servidor para
acompanhar cônjuge ou companheiro deslocado para outro ponto do território nacional, para
o exterior ou para exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

25. A licença por motivo de doença em pessoa da família poderá ser concedida pelo prazo
máximo de seis meses, sendo assegurada ao servidor licenciado a remuneração pelo período
integral.

Errado. Esta licença, incluídas as suas prorrogações, poderá ser concedida sem prejuízo da
remuneração do cargo efetivo, por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, e excedendo este
prazo, sem remuneração, por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, limitando-se ao
total de 150 (cento e cinquenta) dias, a cada período de doze meses, contados a partir da
data da primeira concessão. O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da
data do deferimento da primeira licença concedida.

26. Se for concedida licença sem remuneração ao servidor para ele tratar de assuntos
particulares, será vedado ao órgão concedente interrompê-la antes do prazo fixado.

Errado. A licença para tratar de assuntos particulares poderá ser interrompida, a qualquer
tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço e o seu período não será computado
para qualquer efeito legal.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

27. As sanções penais, civis e administrativas não podem ser aplicadas de forma cumulativa
em caso de cometimento de improbidade administrativa, pois haveria a punição em dobro
pelo mesmo fato.

Errado. O art. 12 da Lei nº 8.429∕1992 dispõe que independentemente das sanções penais, civis

e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade


sujeito às cominações previstas em seu texto, que podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato.

28. O procedimento administrativo cabe à administração pública, mas a Lei de Improbidade


permite ao Ministério Público designar um representante do órgão para acompanhar esse
procedimento.

Correto. O art. 15 da Lei 8.429/1992 afirma que a comissão processante dará conhecimento ao
Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento
administrativo para apurar a prática de ato de improbidade.

Nesse sentido, o Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento,


designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.

29. As disposições da Lei n.º 8.429/1992 não são aplicáveis àqueles que, não sendo agentes
públicos, se beneficiarem, de forma direta ou indireta, com o ato de improbidade cometido
por prefeito municipal.

Errado. O art. 3° da Lei de Improbidade Administrativa afirma que as disposições de seu texto
“são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou
concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta
ou indireta”.

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30. As sanções previstas na Lei 8.429/1992 não alcançam o sucessor do agente que causar
ato de improbidade administrativa.

Errado. O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer


ilicitamente está sujeito às cominações da Lei nº 8.429/1992 até o limite do valor da herança
recebida em razão do falecimento do ímprobo.

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