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Importância dos pilares no comportamento

de uma estrutura
A concepção dos pilares é uma das fases mais importantes de um
projeto estrutural. O mau posicionamento dos pilares, ou mesmo a má
avaliação do dimensionamento destes elementos, pode levar a variados
problemas, como estruturas pouco estáveis do ponto de vista global,
estruturas que não atendem às condições de serviço ou mesmo a um
aumento no custo da estrutura.

Resumidamente, as principais funções dos pilares podem ser definidas como:

1. Transmitir as solicitações da superestrutura aos elementos de fundação;


2. Contribuir de forma significativa na estabilidade global da estrutura;
3. Resistir às solicitações provenientes das ações horizontais na estrutura.

O que torna mais complexa a análise do dimensionamento de pilares em comparação aos


outros elementos que usualmente compõem uma estrutura (lajes e vigas) é a dificuldade que pode
ser obtida em identificar qual é o esforço crítico que atua neste elemento e em qual seção atua este
esforço crítico. Pilares geralmente estão submetidos à flexão composta oblíqua, ou seja, são
solicitados por momentos fletores nas duas direções e por esforço normal de compressão.

Figura 1 – Seção submetida à flexão composta oblíqua (Fusco,1981)


Algumas das principais variáveis que envolvem o cálculo de pilares são:

Taxa de compressão

A taxa de compressão representa a relação entre o esforço normal que atua em um pilar e
seu esforço normal resistente. A taxa de compressão também pode ser chamada força normal
adimensional (?):

Índice de Esbeltez

Estando um pilar submetido à compressão, ele também está sujeito à flambagem, ou seja, está
sujeito a esforços de segunda ordem local.

Figura 2 – Flambagem de um pilar submetido à compressão

Estes esforços de segunda ordem locais são maiores quanto maior for o índice de esbeltez
do pilar. O índice de esbeltez do pilar depende do seu comprimento de esbeltez (le), que nada mais
é do que o comprimento “livre” do pilar, ou seja, o comprimento entre elementos que possam travar
o pilar (como vigas, por exemplo) e depende também das características da seção transversal do
pilar (inércia e área).

De acordo com o índice de esbeltez os pilares podem ser classificados em:

 Pilares curtos (? < ?1): A análise dos efeitos de segunda ordem local pode ser dispensada. ?1 é o
valor-limite definido no item 15.8.2 da NBR6118:2014.
 Pilares medianamente esbeltos (?1 < ? < 90): A análise dos efeitos de segunda ordem local é
obrigatória. Os efeitos de segunda ordem podem tornar-se mais significativos à medida que a taxa
de compressão do pilar é maior.
 Pilares esbeltos (90 < ? < 140): A consideração da fluência na análise passa a ser obrigatória.
 Pilares muito esbeltos (140 < ? < 200): Os efeitos de segunda ordem local somente podem ser
analisados através do método Geral.

Excentricidades

A força normal que atua em um pilar pode estar deslocada de certa distância do seu centro
geométrico, a esta distância dá-se o nome de excentricidade.

Excentricidade relativa é a relação entre a excentricidade do pilar e a dimensão dele na


direção analisada (B ou H).

Veja na figura abaixo a representação das excentricidades de um pilar:

Figura 3 – Excentricidades de um pilar

De modo geral as excentricidades de um pilar podem ser classificadas em:


 Excentricidade inicial (ei): É a razão entre o momento fletor e o esforço normal obtidos da análise
da estrutura.

 Excentricidade de forma (ef): Muitas vezes os eixos de vigas e pilares em projetos não são
coincidentes. À distância entre estes eixos dá-se o nome de excentricidade de forma.

Figura 4 – Excentricidades de forma

 Excentricidade acidental (ea): É a excentricidade decorrente de incertezas na localização da força


normal que atua no pilar ou desvios no eixo da peça que podem ocorrer acidentalmente durante a
construção.

Figura 5 – Excentricidade acidental (Figura 11.2 da NBR6118:2014)


 Excentricidade de segunda ordem (e2): Para simular o efeito causado pela flambagem é admitido
que o esforço normal de compressão atua com certa excentricidade (e2) em relação ao centro do
pilar.
 Excentricidade suplementar (ecc): Decorrente da fluência do concreto. Sua consideração é
obrigatória para pilares com índice de esbeltez superior a 90.

Relação entre as variáveis: Taxa de compressão, Esbeltez e Excentricidade total

De um modo geral é possível analisar o dimensionamento de pilares através da


interpretação conjunta dos resultados obtidos para as 3 variáveis apresentadas nesse artigo. É
possível definir que:

1. Quando um pilar tem valores baixos de taxa de compressão (força normal adimensional(?) menor
que 0.2) e valores elevados de excentricidade, mais crítico tende a ser o seu dimensionamento.
Desse modo explica-se porque um pilar em um pavimento de cobertura submetido a um esforço de
compressão relativamente pequeno pode ser dimensionado com uma quantidade significativa de
armadura.
2. Quanto maior for o valor da excentricidade relativa mais relevante torna-se o momento aplicado em
uma direção do pilar. Através da excentricidade relativa geralmente é possível avaliar qual direção
de momento é a crítica no dimensionamento de um pilar.
3. Pilares mais esbeltos com altas taxas de compressão tendem a ser solicitados por maiores
esforços de segunda ordem local.

Neste artigo apresentou-se as funções que um pilar tem em uma estrutura e os principais
fatores que podem afetar o seu dimensionamento. Nos próximos artigos analisaremos os principais
métodos de cálculo dos efeitos de segunda ordem em pilares, veremos exemplos de como avaliar
os fatores que interferem no dimensionamento destes elementos e o que pode ser feito para
otimizar o consumo de materiais em pilares.
Principais fatores que interferem no
dimensionamento de um pilar
Neste artigo serão apresentados três exemplos de como interpretar os resultados
de dimensionamento de um pilar através destes fatores.

Para saber qual é o esforço crítico de dimensionamento em um pilar, é necessário avaliar


seus esforços em três seções: topo, base e região central do pilar. Com base nestes esforços é
possível identificar qual é a seção crítica de dimensionamento desse elemento.

Figura 1 – Seções críticas no dimensionamento de um pilar

Sabendo em qual das seções você obtém os esforços mais críticos ainda é necessário
avaliar qual direção do pilar — B (base) ou H (altura) — é crítica ao dimensionamento. Todas estas
verificações (quanto à seção e direção críticas de um pilar) envolvem uma série de cálculos que,
aplicados a todos os pilares que podem compor uma estrutura, tornam uma análise “manual”
extremamente demorada.
Atualmente, com o advento dos programas computacionais. estas verificações podem ser feitas
de forma mais precisa que em procedimentos manuais e em tempo consideravelmente reduzido.
Deste modo, o projetista pode focar em uma das partes mais importantes de um projeto, ou seja,
na análise dos resultados emitidos pelo programa.

Exemplos da interpretação dos resultados de dimensionamento de pilares


Todos os exemplos vistos a seguir foram obtidos para pilares em diferentes situações, a
partir do relatório de cálculo detalhado do programa Eberick.

Exemplo 1

Figura 2 – Pilar com seção crítica no TOPO


Legenda do relatório:
 ni = taxa de compressão do pilar;
 Msd(x) = Momento fletor total de cálculo que atua na direção de menor inércia do pilar (menor dimensão
do pilar) já considerando o efeito causado pelos momentos Msd, Mad, M2d e Mcd;
 Msd(y) = Momento fletor total de cálculo que atua na direção de maior inércia do pilar (maior dimensão do
pilar) já considerando o efeito causado pelos momentos Msd, Mad, M2d e Mcd;
 Mrd/Msd = Indica a menor relação que há entre os momentos resistente e solicitante do pilar;
 Msd = São os momentos solicitantes (obtidos a partir da análise dos esforços na estrutura);
 Mad = São os momentos acidentais do pilar, obtidos a partir da excentricidade acidental (ea) e esforço
normal de cálculo (Nsd) dele;
 M2d = São os momentos de segunda ordem local do pilar;
 Mcd = São os momentos decorrentes da fluência que solicitam o pilar.
Em primeiro lugar, com base no relatório visto acima, vê-se que a seção crítica do pilar está
no topo da sua prumada. Neste caso somente os momentos Msdtopo e Madtopo são considerados
na obtenção dos momentos finais de cálculo (Msd(x) e Msd(y)). Os momentos M2d e Mcd somente
teriam influência se a seção crítica do pilar estivesse em seu centro.

Analisando o relatório acima é possível ver que o momento fletor na direção B do pilar (menor
dimensão) é maior que o momento na direção H (maior dimensão), o que faz com que seja
necessário um número maior de barras no pilar pois o braço de alavanca na direção B é menor.
Logo, uma opção de solução nesse caso seria rotacionar a seção do pilar, desse modo o maior
momento fletor passaria a atuar em sua direção de maior inércia (maior braço de alavanca).

Exemplo 2

Figura 3 – Pilar com seção crítica no CENTRO

Com base no relatório visto acima, vê-se que a seção crítica do pilar está no centro da sua
prumada. Neste caso, os momentos Msdcentro, Madcentro, M2d e Mcd são considerados na
obtenção dos momentos finais de cálculo (Msd(x) e Msd(y)).

Através do relatório de cálculo detalhado (visto acima) pode-se observar que o momento
M2d (momento de segunda ordem local) na direção B do pilar (menor dimensão do pilar) é
considerável comparando-o com os demais momentos (Msdcentro, Madcentro e Mcd).
Como o momento de segunda ordem local (M2d) depende do processo de dimensionamento do
pilar pode-se como opção de solução utilizar um processo de análise dos esforços de segunda
ordem mais preciso, como por exemplo o método “Momento curvatura”.

Modificando o método de cálculo dos efeitos de segunda ordem local obtém-se um valor
muito menor para esse esforço, conforme visto abaixo:

Figura 4 – Redução do momento de segunda ordem local (M2d) após modificar o processo de
cálculo do pilar

Obs: Essa redução de M2d pôde ser obtida devido a modificação para um método mais preciso
de análise. Lembre-se que análise dos efeitos de segunda ordem local em pilares leva em conta a
não-linearidade física e geométrica dele, conforme visto no artigo “Principais métodos de cálculo
dos efeitos de 2º ordem local em pilares.”
Além de modificar o processo de cálculo do pilar para um modelo que analise os efeitos de
segunda ordem local com mais precisão outras opções de solução seriam:

 Aumentar a menor dimensão do pilar de modo a reduzir sua esbeltez e consequentemente reduzir o
momento de segunda ordem local (M2d);
 Melhorar o travamento do pilar (através do lançamento de vigas por exemplo).
Exemplo 3

Figura 5 – Pilar com seção crítica na BASE

Com base no relatório visto acima, vê-se que a seção crítica do pilar está na base da sua
prumada. Neste caso somente os momentos Msdbase e Madbase são considerados na obtenção
dos momentos finais de cálculo (Msd(x) e Msd(y)). Os momentos M2d e Mcd somente teriam
influência se a seção crítica do pilar estivesse em seu centro.

Analisando o relatório acima pode-se ver que os momentos acidentais (Mad) nas direções B
e H do pilar são maiores que os momentos solicitantes (Msd). Isso ocorre devido ao considerável
esforço de compressão atuando sobre ele (aproximadamente 240tf). Quanto maior for o valor de
Nsd (esforço normal de cálculo) maior será o valor do momento acidental do pilar (Mad).
Mad(momento acidental)=Nd*ea (excentricidade acidental)

Além disso, note que a força normal adimensional (ni), que indica a taxa de compressão do pilar,
tem valor de 0.90, o que indica que o esforço normal solicitante tem 90% do esforço normal
resistente do pilar.

Em situações semelhantes, caso deseje otimizar o dimensionamento do pilar, pode-se avaliar as


seguintes possibilidades:

 Modificar o modelo da estrutura de modo a reduzir o esforço normal sobre o pilar. Isto pode ser feito por
exemplo adicionando mais apoios à estrutura de modo a distribuir melhor os esforços nos pilares.
 Aumentar as dimensões do pilar, desse modo o braço de alavanca em cada direção aumentaria, o que
contribuiria para a diminuição da armação do pilar.
Saber quais fatores afetam o dimensionamento de um elemento estrutural é fundamental para
escolher qual é a solução mais adequada em um projeto.

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