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Aula 03

Direito Constitucional p/ TJ-SP (Escrevente Judiciário - Interior de São Paulo)


Pós-Edital

Professores: Nádia Carolina, Ricardo Vale, Equipe Ricardo e Nádia

37748111804 - Laiane de jesus costa


DIREITO CONSTITUCIONAL – TJ‑SP 
    Teoria e Questões 
  Aula 03 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale 

!ULA 03 

ADMINISTRAÇÃO!PÚBLICA 

Sumário 

Administração Pública ................................................................................................................... 2 
1‑Conceito de Administração Pública: ..................................................................................... 2 
2‑ Organização da Administração Pública: ............................................................................. 3 
3‑Regime Jurídico da Administração x Regime Jurídico‑Administrativo: ....................... 7 
4‑Princípios Explícitos da Administração Pública: ............................................................... 8 
5‑ Princípios Implícitos da Administração Pública: ............................................................ 14 
6‑ Agentes Públicos: .................................................................................................................. 16 
7‑ Administração Tributária: ................................................................................................... 60 
8‑ Contrato de Gestão: ............................................................................................................... 61 
9‑ Obrigatoriedade de Licitação: ............................................................................................. 62 
10‑ Improbidade Administrativa: ........................................................................................... 63 
11‑ Responsabilidade Civil do Estado: .................................................................................. 64 

Questões Comentadas .................................................................................................................. 66 

Lista de Questões ........................................................................................................................... 91 

Gabarito ......................................................................................................................................... 105 

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Administra•‹o Pœblica

1-Conceito de Administra•‹o Pœblica:

No ordenamento jur’dico brasileiro, vigora o princ’pio da separa•‹o de


poderes. A Constitui•‹o Federal estabelece, logo em seu art. 2¼, que s‹o
poderes da Uni‹o, independentes e harm™nicos entre si, o Executivo, o
Legislativo e o Judici‡rio. Cada um desses Poderes possui fun•›es t’picas e
fun•›es at’picas.

A fun•‹o administrativa, como j‡ se sabe, Ž t’pica do Poder Executivo.


Isso n‹o quer dizer, todavia, que os Poderes Legislativo e Judici‡rio n‹o
exer•am a fun•‹o administrativa. Eles a exercem sim. Quando o Poder
Judici‡rio realiza uma licita•‹o e celebra um contrato, ele est‡ exercendo a
fun•‹o administrativa. Da mesma forma, fica claro o exerc’cio dessa fun•‹o
quando o Poder Legislativo realiza um concurso pœblico e nomeia novos
servidores.

Levando-se isso em considera•‹o, Ž poss’vel concluir que, quando se fala em


ÒAdministra•‹o PœblicaÓ, n‹o estamos nos referindo apenas ao Poder
Executivo, mas a todo o conjunto de —rg‹os e entidades governamentais, dos
tr•s Poderes.

A doutrina ensina que o termo ÒAdministra•‹o PœblicaÓ pode assumir diferentes


sentidos. ƒ poss’vel falar-se em ÒAdministra•‹o Pœblica em sentido amploÓ e
ÒAdministra•‹o Pœblica em sentido estritoÓ. A Administra•‹o Pœblica em
sentido amplo engloba, alŽm dos —rg‹os e entidades que exercem fun•‹o
administrativa, os chamados —rg‹os pol’ticos (que exercem fun•‹o pol’tica).
A Administra•‹o Pœblica em sentido estrito, por sua vez, engloba t‹o
somente os —rg‹os e entidades que exercem fun•‹o administrativa.

Para que n‹o reste nenhuma dœvida, cabe apenas destacar a diferen•a entre
fun•‹o pol’tica e fun•‹o administrativa. A fun•‹o pol’tica Ž aquela que diz
respeito ˆ elabora•‹o de pol’ticas pœblicas e ao estabelecimento de diretrizes
governamentais. A fun•‹o administrativa est‡ relacionada ˆ execu•‹o dos
servi•os pœblicos e ˆ implementa•‹o das pol’ticas pœblicas.

TambŽm pode-se falar em Administra•‹o Pœblica em sentido objetivo (material


ou funcional) e em Administra•‹o Pœblica em sentido subjetivo (formal ou
org‰nico).

A Administra•‹o Pœblica em sentido subjetivo (formal ou org‰nico) diz


respeito aos sujeitos que s‹o considerados pelo ordenamento jur’dico como
integrantes da Administra•‹o. Esse critŽrio, adotado no Brasil, reconhece como
integrantes da Administra•‹o Pœblica os —rg‹os pœblicos (que integram a
chamada Administra•‹o direta) e as entidades da Administra•‹o indireta

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(autarquias, funda•›es, sociedades de economia mista e empresas pœblicas).


Trata-se de uma perspectiva formalista, que n‹o leva em considera•‹o a
fun•‹o desempenhada. Com efeito, h‡ empresas pœblicas e sociedades de
economia mista que exploram atividades econ™micas e, portanto, n‹o exercem
fun•‹o administrativa.

A Administra•‹o Pœblica em sentido objetivo (material ou funcional) diz


respeito ao conjunto de atividades relacionadas ˆ fun•‹o administrativa do
Estado. S‹o consideradas atividades t’picas da Administra•‹o Pœblica: o
fomento (est’mulo ˆ iniciativa privada), a pol’cia administrativa (atividade de
restri•›es aos direitos individuais), o servi•o pœblico (atividades destinadas a
satisfazer as necessidades da coletividade) e a interven•‹o (regula•‹o e
fiscaliza•‹o estatal sobre as atividades econ™micas).  

Por essa l—gica, as sociedades de economia mista e as empresas pœblicas que


exploram atividades econ™micas n‹o integrariam a Administra•‹o Pœblica.1 Por
outro lado, empresas privadas concession‡rias ou permission‡rias de servi•os
pœblicos, por exercerem fun•‹o administrativa, seriam abarcadas pelo conceito
de Administra•‹o Pœblica em sentido objetivo.

Em breve s’ntese, podemos destacar o seguinte:  

a) Administra•‹o Pœblica em sentido amplo: abrange os —rg‹os que


exercem fun•‹o pol’tica e os —rg‹os e entidades que exercem fun•›es
administrativas.

b) Administra•‹o Pœblica em sentido estrito: abrange apenas os


—rg‹os e entidades que exercem fun•›es administrativas.

c) Administra•‹o Pœblica em sentido subjetivo: tem como foco os


sujeitos que integram a Administra•‹o Pœblica. A pergunta que se deve
responder: Òquem s‹o os sujeitos que integram a Administra•‹o
Pœblica?Ó.

d) Administra•‹o Pœblica em sentido objetivo: tem como foco as


atividades relacionadas ˆ fun•‹o administrativa. A pergunta aqui Ž a
seguinte: Òqual fun•‹o desempenhada?Ó.

2- Organiza•‹o da Administra•‹o Pœblica:

O Estado exerce suas tarefas administrativas de duas formas diferentes: i)


centralizadamente ou; ii) descentralizadamente. ƒ disso, inclusive, que
                                                        
1
  Essa Ž a posi•‹o mais segura para concursos pœblicos. No entanto, h‡ doutrinadores que
consideram que quando o Estado atua diretamente no dom’nio econ™mico (por meio de
empresas pœblicas e sociedades de economia mista) ele est‡ exercendo fun•‹o administrativa
e, como tal, estar’amos diante de atividade de administra•‹o pœblica em sentido material.

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resultam as express›es ÒAdministra•‹o DiretaÓ e ÒAdministra•‹o


IndiretaÓ.

Quando o Estado atua centralizadamente, ele n‹o delega compet•ncia a


nenhuma outra entidade. Por exemplo, uma das compet•ncias administrativas
da Uni‹o Ž assegurar a defesa nacional (art. 21, III). A Uni‹o n‹o atribuiu essa
compet•ncia a nenhuma outra pessoa; Ž ela mesma quem exerce essa
compet•ncia, por meio do MinistŽrio da Defesa. ƒ um —rg‹o pœblico o
respons‡vel pela tarefa administrativa. Vale destacar que os —rg‹os pœblicos
s‹o entes despersonalizados: eles n‹o possuem personalidade jur’dica pr—pria.

Os —rg‹os pœblicos comp›em, ent‹o, a denominada Administra•‹o Direta. A


Administra•‹o Direta pode ser conceituada como o conjunto de —rg‹os que
integram os entes pol’ticos (Uni‹o, Estados, Distrito Federal e Munic’pios) e
que t•m a compet•ncia para exercer as tarefas administrativas do Estado, de
forma centralizada.

Por outro lado, quando o Estado atua descentralizadamente, ele atribui a


outra pessoa a compet•ncia para realizar determinada tarefa administrativa.
Surgem, ent‹o, entidades com personalidade jur’dica pr—pria,
respons‡veis por executar atividades administrativas espec’ficas. Essas
entidades comp›em o que denominamos Administra•‹o Indireta. Segundo a
CF/88, a Administra•‹o indireta Ž composta pelas autarquias, funda•›es
pœblicas, empresas pœblicas e sociedades de economia mista. Vale
destacar que essas entidades existem em todas as esferas federativas, ou
seja, existe Administra•‹o Indireta da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Munic’pios.

Se estivŽssemos estudando Direito Administrativo, ir’amos nos aprofundar


bastante nas explica•›es sobre cada uma dessas entidades da Administra•‹o
indireta. No entanto, como esse Ž um curso de Direito Constitucional, vamos
apenas apresentar r‡pidas ideias sobre cada uma dessas entidades.

1) Autarquias: s‹o pessoas jur’dicas de direito pœblico


que exercem atividade t’pica da administra•‹o pœblica. Ex:
INSS, IBAMA, BACEN, ANATEL, ANVISA. S‹o criadas por
lei.

2) Funda•›es Pœblicas: existem funda•›es pœblicas com


personalidade jur’dica de direito pœblico (equiparadas ˆs
autarquias) e funda•›es pœblicas com personalidade jur’dica
de direito privado. As funda•›es pœblicas de direito pœblico
s‹o tambŽm chamadas de funda•›es aut‡rquicas e, por
serem equiparadas ˆs autarquias, devem ser criadas por lei.

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J‡ as funda•›es pœblicas de direito privado t•m sua cria•‹o


autorizada por lei. Ex: FUNAI e FUNASA.

3) Empresas Pœblicas: s‹o pessoas jur’dicas de direito


privado que, em regra, exploram atividades econ™micas.
Dizemos Òem regraÓ porque existem empresas pœblicas que
prestam servi•os pœblicos. Nas empresas pœblicas, o capital
social Ž 100% pœblico. Ex: Caixa Econ™mica Federal (CEF) e
Empresa Brasileira de Correios e TelŽgrafos (ECT). A cria•‹o
de empresas pœblicas Ž autorizada por lei.

4) Sociedades de economia mista: s‹o pessoas jur’dicas


de direito privado que, em regra, exploram atividades
econ™micas. TambŽm existem sociedades de economia mista
que prestam servi•os pœblicos. Diferem, em ess•ncia, das
empresas pœblicas pelos seguintes motivos: i) s‹o
constitu’das sob a forma de sociedade an™nima (as
empresas pœblicas podem assumir qualquer forma jur’dica);
ii) a maioria das a•›es Ž do Estado, mas n‹o h‡
obrigatoriedade de que todo o capital social seja pœblico. Ex:
Banco do Brasil e PETROBRçS. A cria•‹o de sociedades de
economia mista Ž autorizada por lei.

ƒ importante que voc• n‹o confunda centraliza•‹o / descentraliza•‹o com


concentra•‹o / desconcentra•‹o. A descentraliza•‹o envolve, sempre,
mais de uma pessoa jur’dica. A desconcentra•‹o, ao contr‡rio, Ž uma tŽcnica
administrativa de distribui•‹o de compet•ncias dentro de uma œnica pessoa
jur’dica. Por exemplo, dentro da Receita Federal do Brasil (RFB), s‹o criadas
v‡rias Delegacias e Superintend•ncias Regionais. Ou, ainda, dentro da Uni‹o,
s‹o criados v‡rios MinistŽrios, cada um com uma compet•ncia pr—pria
(MinistŽrio da Fazenda, MinistŽrio da Saœde, etc.)

A CF/88 prev• a cria•‹o de entidades da Administra•‹o Indireta. Trata-se


de pessoas jur’dicas vinculadas ˆ Administra•‹o Direta (no caso da
Administra•‹o Federal, a um MinistŽrio) cuja fun•‹o Ž executar tarefas de
interesse pœblico de maneira descentralizada. A descentraliza•‹o consiste na
transfer•ncia da titularidade de determinadas atividades a pessoas jur’dicas
criadas para executarem as mesmas. Veja o que determina o texto
constitucional:

XIX - somente por lei espec’fica poder‡ ser criada autarquia e


autorizada a institui•‹o de empresa pœblica, de sociedade de

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economia mista e de funda•‹o, cabendo ˆ lei complementar, neste


œltimo caso, definir as ‡reas de sua atua•‹o;

XX - depende de autoriza•‹o legislativa, em cada caso, a cria•‹o de


subsidi‡rias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim
como a participa•‹o de qualquer delas em empresa privada;

Observa-se que as autarquias s— podem ser criadas por lei espec’fica.


Isso porque essas entidades s‹o pessoas jur’dicas de direito pœblico, que
realizam atividades t’picas do Estado.

J‡ as sociedades de economia mista e empresas pœblicas precisam de


autoriza•‹o em lei para serem criadas. Essas entidades s‹o pessoas
jur’dicas de direito privado que poder‹o tanto prestar servi•os pœblicos quanto
explorar atividades econ™micas.

Por fim, as funda•›es pœblicas tanto poder‹o ser criadas quanto ter sua
cria•‹o autorizada por lei. No primeiro caso, ter‹o personalidade jur’dica de
direito pœblico, sendo uma espŽcie de autarquia (funda•›es aut‡rquicas). No
segundo, ter‹o personalidade jur’dica de direito privado. Em ambos os casos,
contudo, caber‡ ˆ lei complementar definir as ‡reas de sua atua•‹o.

No que se refere ao art. 37, XX, da CF, observa-se que depende de


autoriza•‹o legislativa, em cada caso, a cria•‹o de subsidi‡rias das
entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participa•‹o de
qualquer delas em empresa privada. N‹o h‡ necessidade de aprova•‹o do
Poder Executivo, uma vez que a autoriza•‹o se d‡ por lei, conforme o texto
constitucional.

(TJDFT Ð 2015) As autarquias s‹o servi•os aut™nomos,


criados por lei, com natureza jur’dica de direito privado e
personalidade jur’dica pr—pria.

Coment‡rios:

As autarquias s‹o pessoas jur’dicas de direito pœblico,


criadas por lei. Quest‹o errada.

(TJDFT Ð 2015) As empresas pœblicas e as sociedades de


economia mista s‹o entidades com natureza jur’dica de
direito privado e capital exclusivo do ente estatal que as
instituir.

Coment‡rios:

Nas empresas pœblicas, o capital Ž 100% pœblico. Nas

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sociedades de economia mista, a maioria das a•›es Ž do


Estado, n‹o havendo obrigatoriedade de que todo o capital
seja pœblico. Quest‹o errada.

3-Regime Jur’dico da Administra•‹o x Regime Jur’dico-Administrativo:

Essas s‹o duas express›es muito parecidas e, por isso, acabam sendo
erroneamente consideradas sin™nimas. No entanto, elas t•m significados
diferentes.

O Regime Jur’dico da Administra•‹o Ž o conjunto de normas (princ’pios e


regras) ˆs quais se submete a Administra•‹o Pœblica, o que engloba o regime
de direito pœblico e o regime de direito privado. Perceba que a
Administra•‹o Pœblica, em suas rela•›es, pode atuar com supremacia perante
os particulares (rela•‹o vertical) ou em pŽ de igualdade com estes (rela•‹o
horizontal). Na primeira situa•‹o, ir‡ vigorar o regime de direito pœblico; na
segunda, o regime de direito privado. Um exemplo de situa•‹o em que a
Administra•‹o est‡ envolvida em uma rela•‹o horizontal Ž quando ela celebra
um contrato de aluguel com um particular.

O Regime jur’dico-administrativo, por sua vez, Ž o regime de direito


pœblico ao qual se submete a Administra•‹o Pœblica. ƒ esse regime que rege
as rela•›es em que a Administra•‹o atua com supremacia perante os
administrados. Trata-se de uma rela•‹o vertical, na qual a Administra•‹o Ž
dotada de prerrogativas especiais.

H‡ 2 (dois) princ’pios que fundamentam o regime jur’dico-administrativo: i) a


supremacia do interesse pœblico e; ii) a indisponibilidade do interesse
pœblico.

O princ’pio da supremacia do interesse pœblico determina que em caso de


conflito entre o interesse pœblico e o de particulares, aquele deve prevalecer.
Em raz‹o da supremacia do interesse pœblico, a Administra•‹o goza de
prerrogativas especiais, das quais decorre a verticalidade nas rela•›es entre
esta e os particulares. Poder‡, por exemplo, determinar a desapropria•‹o de
um im—vel ou, ainda, prever as chamadas cl‡usulas exorbitantes em contratos
administrativos.

J‡ o princ’pio da indisponibilidade do interesse pœblico estabelece que a


Administra•‹o somente pode atuar quando autorizada por lei, nos limites
estipulados pela norma legal. Veda ao administrador a pr‡tica de atos que
implicam renœncia a direitos do Poder Pœblico ou que onerem
injustificadamente a sociedade. Em virtude da indisponibilidade do interesse
pœblico, a Administra•‹o est‡ sujeita a determinadas restri•›es. Ao adquirir
bens, por exemplo, a Administra•‹o dever‡ realizar prŽvia licita•‹o.

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4-Princ’pios Expl’citos da Administra•‹o Pœblica:

A Administra•‹o Pœblica, em todos os seus n’veis, dever‡ observar certos


princ’pios constitucionais em sua atua•‹o. Esses princ’pios est‹o expressos
no art. 37, CF/88:

ÒLIMPE"

LEGALIDADE IMPESSOALIDADE MORALIDADE PUBLICIDADE EFICIæNCIA

Art. 37. A administra•‹o pœblica direta e indireta de qualquer dos Poderes


da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios obedecer‡ aos
princ’pios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia
e, tambŽm, ao seguinte: (...)

S‹o 5 (cinco) os princ’pios constitucionais da Administra•‹o Pœblica:


legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia. Esses
princ’pios vinculam toda a Administra•‹o Pœblica (seja a administra•‹o direta
ou indireta), dos tr•s Poderes (Executivo, Legislativo e Judici‡rio) e de todas as
esferas da federa•‹o (Uni‹o, Estados, Distrito Federal e Munic’pios).

a) Princ’pio da legalidade:

A legalidade Ž princ’pio essencial dentro de um Estado democr‡tico de direito,


representando a submiss‹o do Estado ˆ lei. ƒ por meio da observ‰ncia das
leis que se concretiza a vontade do povo e, assim, Ž atendido o interesse
pœblico. Ressalte-se que, ao falarmos em ÒleiÓ, n‹o estamos nos referindo
apenas ˆ lei formal, elaborada pelo Poder Legislativo. Pelo princ’pio da
legalidade, devem ser observadas as normas em geral, inclusive os atos
infralegais (decretos, portarias e instru•›es normativas).

Segundo o princ’pio da legalidade, a Administra•‹o Pœblica somente pode


fazer o que est‡ expressamente previsto em normas jur’dicas. Assim, a
Administra•‹o s— pode agir segundo a lei (Òsecundum legemÓ), jamais contra a

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lei (Òcontra legemÓ) ou alŽm da lei (Òpraeter legemÓ), com base apenas nos
costumes.

ƒ claro, ˆs vezes, as normas deixam certa liberdade de escolha para o


administrador pœblico; dizemos que, nesse caso, h‡ discricionariedade da
Administra•‹o. Por exemplo, a concess‹o de licen•a a um servidor, para tratar
de interesse particular, Ž discricionariedade da Administra•‹o (que poder‡
decidir por conceder ou n‹o a licen•a).

Para os particulares, o princ’pio da legalidade tem uma conota•‹o diferente: a


eles, Ž l’cito fazer tudo aquilo que a lei n‹o pro’be. Enquanto a
Administra•‹o Pœblica deve agir da maneira que a lei determina, os
particulares t•m maior liberdade de atua•‹o e s— n‹o podem fazer o que a lei
lhes pro’be.

b) Princ’pio da impessoalidade:

O princ’pio da impessoalidade Ž tambŽm conhecido como princ’pio da


finalidade ou, ainda, principio da isonomia. Para compreender o exato
alcance desse princ’pio, Ž necess‡rio analis‡-lo em suas 4 (quatro) diferentes
acep•›es.

Na primeira acep•‹o, de finalidade, o princ’pio da impessoalidade traduz a


ideia de que toda atua•‹o da Administra•‹o deve buscar a satisfa•‹o do
interesse pœblico. Quando um ato Ž praticado com objetivo diverso, Ž nulo,
por desvio de finalidade. O administrador Ž mero executor do ato, que serve
para manifestar a vontade do Estado. Pode-se dizer, portanto, que o princ’pio
da impessoalidade decorre do princ’pio da supremacia do interesse pœblico.

Segundo a doutrina, em sentido amplo, o princ’pio da impessoalidade busca


o atendimento do interesse pœblico, enquanto em sentido estrito, visa
atender a finalidade espec’fica prevista em lei para o ato administrativo.
Ressalta-se que, sempre que o ato administrativo satisfizer sua finalidade
espec’fica, a finalidade em sentido amplo tambŽm ter‡ sido atendida. Nesse
sentido, destaca-se a li•‹o de Hely Lopes Meirelles:

Ò(É) o princ’pio da impessoalidade, referido na Constitui•‹o de


1988 (art. 37, ÒcaputÓ), nada mais Ž que o cl‡ssico princ’pio
da finalidade, o qual imp›e ao administrador pœblico que s—
pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal Ž
unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou
virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoalÓ. 2

                                                        
2
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 21a Edi•‹o, 1995

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Na segunda acep•‹o, o princ’pio da impessoalidade traz a ideia de veda•‹o ˆ


promo•‹o pessoal. O agente pœblico n‹o pode utilizar as realiza•›es da
Administra•‹o Pœblica para promo•‹o pessoal. Fundamenta-se essa l—gica no
art. 37, ¤ 1¼, da CF/88, que disp›e o seguinte:

¤ 1¼ - A publicidade dos atos, programas, obras, servi•os e


campanhas dos —rg‹os pœblicos dever‡ ter car‡ter educativo,
informativo ou de orienta•‹o social, dela n‹o podendo constar
nomes, s’mbolos ou imagens que caracterizem promo•‹o
pessoal de autoridades ou servidores pœblicos.

Uma terceira acep•‹o do princ’pio da impessoalidade Ž aquela que o relaciona


ˆ isonomia. ƒ o que se verifica, por exemplo, na exig•ncia de concurso
pœblico para o acesso aos cargos pœblicos. A oportunidade de se ter acesso a
esses cargos Ž igual para todos. Outro exemplo dessa acep•‹o do princ’pio da
impessoalidade diz respeito ao pagamento das d’vidas do Estado, que
dever‡ observar, em regra, a ordem cronol—gica de apresenta•‹o dos
precat—rios (art. 100, CF/88).

Finalmente, a quarta acep•‹o do princ’pio da impessoalidade Ž a que considera


que os atos praticados pelo agente pœblico n‹o s‹o imput‡veis a ele,
mas ao —rg‹o ou entidade em nome do qual ele age. A a•‹o dos agentes Ž,
portanto, impessoal. Essa regra Ž extra’da do art. 37, ¤ 6¼, da CF/88:

¤ 6¼ - As pessoas jur’dicas de direito pœblico e as de direito


privado prestadoras de servi•os pœblicos responder‹o pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o respons‡vel nos casos de
dolo ou culpa.

Destaca-se, ainda, que uma importante aplica•‹o do princ’pio da


impessoalidade diz respeito ˆ considera•‹o dos atos praticados por agente de
fato (putativo) como v‡lidos. Agente de fato Ž aquele indiv’duo que ingressa
na Administra•‹o Pœblica irregularmente. Devido ˆ teoria da apar•ncia
(o agente parece ser servidor pœblico Òde direitoÓ), seus atos s‹o mantidos
quando atingem terceiros de boa-fŽ, pois a Administra•‹o Ž impessoal.

c) Princ’pio da moralidade:

A moralidade administrativa Ž princ’pio que imp›e aos agentes pœblicos a


atua•‹o Žtica e honesta na gest‹o da coisa pœblica. N‹o basta que o
administrador pœblico atue segundo a Lei; alŽm disso, ele deve agir segundo
os princ’pios da probidade e boa fŽ. Assim, Ž perfeitamente poss’vel que um
ato administrativo esteja em conformidade com a lei, mas contrarie o princ’pio
da moralidade, podendo, ent‹o, ser anulado.

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AlŽm de erigir o princ’pio da moralidade a vetor fundamental de atua•‹o da


Administra•‹o Pœblica, a Constitui•‹o Federal de 1988 buscou concretiz‡-lo em
diversos dispositivos.

Como instrumento de controle da moralidade administrativa, o art. 5¼,


LXXIII, previu a a•‹o popular, que pode ser proposta por qualquer cidad‹o:

LXXIII - qualquer cidad‹o Ž parte leg’tima para propor a•‹o


popular que vise a anular ato lesivo ao patrim™nio pœblico ou de
entidade de que o Estado participe, ˆ moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrim™nio hist—rico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada m‡-fŽ, isento de custas
judiciais e do ™nus da sucumb•ncia.

O art. 37, ¤ 4¼, CF/88, por sua vez, prev• a responsabiliza•‹o por atos de
improbidade administrativa. Os atos de improbidade administrativa
poder‹o ensejar a suspens‹o dos direitos pol’ticos, a perda da fun•‹o
pœblica, a indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao Er‡rio. Tudo
isso sem preju’zo da a•‹o penal cab’vel, que tambŽm poder‡ ser proposta.

¤ 4¼ - Os atos de improbidade administrativa importar‹o a


suspens‹o dos direitos pol’ticos, a perda da fun•‹o pœblica, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao er‡rio, na forma e
grada•‹o previstas em lei, sem preju’zo da a•‹o penal cab’vel.

ƒ bastante comum assertivas como a seguinte:

ÒAtos de improbidade administrativa importar‹o a


perda da fun•‹o pœblica e dos direitos pol’ticosÓ.

Essa assertiva est‡ ERRADA, pois a improbidade


administrativa gera suspens‹o dos direitos pol’ticos.

d) Princ’pio da publicidade:

O princ’pio da publicidade deve ser analisado em duas acep•›es diferentes:

- Exig•ncia de publica•‹o em —rg‹o oficial como requisito de efic‡cia


dos atos administrativos gerais que devam produzir efeitos externos ou
onerem o patrim™nio pœblico;

- Exig•ncia de transpar•ncia da Administra•‹o em sua atua•‹o, de


forma a possibilitar o controle pelos administrados.

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Na primeira acep•‹o, deve ficar claro que a Administra•‹o tem a obriga•‹o de


tornar pœblicos os seus atos. Com efeito, a publicidade dos atos
administrativos Ž requisito de efic‡cia dos atos administrativos gerais e de
efeitos externos ou, ainda, daqueles que onerem o patrim™nio pœblico.
Exemplo de ato geral e de efeito externo Ž a publica•‹o de uma Portaria: esta
somente produzir‡ seus efeitos (ser‡ eficaz) ap—s a publica•‹o no Di‡rio Oficial
da Uni‹o.

Na segunda acep•‹o, a Administra•‹o Pœblica tem a obriga•‹o de dar


conhecimento aos administrados (cidad‹os) da conduta interna de seus
agentes. Segundo o art. 5¼, XXXIII, Òtodos os cidad‹os t•m o direito de
receber dos —rg‹os pœblicos informa•›es de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geralÓ. O princ’pio da publicidade evidencia-se, assim, na
forma de uma obriga•‹o de transpar•ncia.

XXXIII - todos t•m direito a receber dos —rg‹os pœblicos


informa•›es de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
geral, que ser‹o prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado.

A partir da leitura do dispositivo supratranscrito, Ž poss’vel concluir que os


—rg‹os pœblicos n‹o precisam fornecer aos cidad‹os toda e qualquer
informa•‹o de que disponham. As informa•›es cujo sigilo seja
imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado n‹o precisam ser
fornecidas.

Cabe destacar, ainda, que somente com a publicidade dos atos administrativos
Ž que torna-se vi‡vel o exerc’cio do controle da Administra•‹o, seja este
controle realizado pelos pr—prios cidad‹os (controle social) ou pelos chamados
—rg‹os de controle (CGU e TCU).

Com base no princ’pio da publicidade, o STF entendeu ser v‡lida a


divulga•‹o da remunera•‹o bruta, cargos e fun•›es titularizados por
servidores pœblicos, bem como dos —rg‹os de sua formal lota•‹o. Isso
porque, sendo essas informa•›es de interesse coletivo ou geral, est‹o
expostas ˆ divulga•‹o oficial. N‹o cabe, de acordo com a Corte, Òfalar de
intimidade ou de vida privada nesse caso, pois os dados objeto da divulga•‹o
em causa dizem respeito a agentes pœblicos enquanto agentes pœblicos
mesmos; ou, na linguagem da pr—pria Constitui•‹o, agentes estatais agindo
Ònessa qualidadeÓ (¤6¼ do art. 37)Ó. 3

                                                        
3
 Pleno, SS 3902 AgR-segundo / SP - SÌO PAULO, Rel. Min. Ayres Britto, j. 09.06.2011, DJe-189 DIVULG 30-
09-2011 PUBLIC 03-10-2011.  

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e) Princ’pio da efici•ncia:

O princ’pio da efici•ncia passou a estar expresso na Constitui•‹o a partir da


EC n¼ 19/98, que o introduziu com o objetivo de promover uma quebra de
paradigma na Administra•‹o Pœblica, substituindo a antiga administra•‹o
burocr‡tica pelo novo modelo: a administra•‹o gerencial. A administra•‹o
gerencial tem •nfase na obten•‹o de resultados e na participa•‹o do cidad‹o,
que Ž visto como cliente dos servi•os pœblicos.

O art. 37, CF/88 imp›e verdadeiro dever de efici•ncia ˆ Administra•‹o


Pœblica. N‹o basta que os agentes pœblicos atuem em conformidade com os
ditames da legalidade. ƒ necess‡rio que desempenhem suas atribui•›es da
melhor forma poss’vel, a fim de obter os melhores resultados. Deve-se buscar
a melhoria da qualidade dos servi•os pœblicos e a racionalidade dos
gastos pœblicos. A Administra•‹o Pœblica deve observar o princ’pio da
economicidade, que determina que seja avaliado o custo/benef’cio dos
gastos pœblicos.

O princ’pio da efici•ncia se manifesta em diversos dispositivos constitucionais:

- O art. 41, ¤ 4¼, estabelece que a avalia•‹o especial de desempenho


por comiss‹o institu’da com essa finalidade Ž condi•‹o para aquisi•‹o de
estabilidade por servidor publico.

- O art. 41, ¤ 1¼, III, estabelece a possibilidade de perda do cargo por


servidor pœblico mediante procedimento de avalia•‹o peri—dica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

- O art. 37, ¤ 8¼, estabelece a possibilidade de que a Administra•‹o


Pœblica celebre contratos de gest‹o com —rg‹os e entidades da
administra•‹o direta e indireta, fixando metas de desempenho para o
—rg‹o ou entidade.

- O art. 37, ¤ 3¼, prev• que lei disciplinar‡ as formas de participa•‹o


do usu‡rio na administra•‹o pœblica direta e indireta. Esse dispositivo
busca promover a gest‹o participativa.

- O art. 39, ¤ 2¼, disp›e que a Uni‹o, os Estados e o Distrito Federal


manter‹o escolas de governo para a forma•‹o e o aperfei•oamento
dos servidores pœblicos, constituindo-se a participa•‹o nos cursos um
dos requisitos para a promo•‹o na carreira, facultada, para isso, a
celebra•‹o de conv•nios ou contratos entre os entes federados.

Esse dispositivo se destina a garantir a capacita•‹o profissional dos


servidores pœblicos, com o intuito de melhorar a qualidade do servi•o
prestado pela Administra•‹o Pœblica. Observa-se que a celebra•‹o de

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conv•nios ou contratos visando ˆ manuten•‹o de escolas de governo


para forma•‹o e aperfei•oamento dos servidores pœblicos Ž facultativa.

- O art. 39, ¤ 7¼, estabelece que Òlei da Uni‹o, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Munic’pios disciplinar‡ a aplica•‹o de recursos
or•ament‡rios provenientes da economia com despesas correntes
em cada —rg‹o, autarquia e funda•‹o, para aplica•‹o no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, moderniza•‹o, reaparelhamento
e racionaliza•‹o do servi•o pœblico, inclusive sob a forma de
adicional ou pr•mio de produtividade.Ó Essa Ž a previs‹o de adicional ou
pr•mio de produtividade, como forma de estimular a excel•ncia no
servi•o pœblico e dar concretude ao princ’pio da efici•ncia.

- O art. 70, caput, prev• que o controle da Administra•‹o Pœblica


dever‡, dentre outros par‰metros, observar a economicidade.

5- Princ’pios Impl’citos da Administra•‹o Pœblica:

AlŽm dos princ’pios expl’citos no texto constitucional (art. 37), h‡ tambŽm os


princ’pios impl’citos da Administra•‹o Pœblica. N‹o nos aprofundaremos no
estudo de cada um deles, pois a’ estar’amos entrando na seara do Direito
Administrativo. Para fins do estudo do Direito Constitucional, basta que
tenhamos uma breve no•‹o sobre os principais dentre esses princ’pios.

a) Controle judicial dos atos administrativos: No Brasil, adota-se o


sistema ingl•s de jurisdi•‹o œnica, no qual o Poder Judici‡rio pode efetuar
o controle dos atos administrativos. Decorre do princ’pio da inafastabilidade de
jurisdi•‹o, segundo o qual Òa lei n‹o excluir‡ da aprecia•‹o do Poder Judici‡rio
les‹o ou amea•a a direitoÓ (art. 5¼, XXXV). ƒ diferente do sistema franc•s, do
contencioso administrativo, no qual os atos administrativos n‹o s‹o apreciados
pelo Poder Judici‡rio.

b) Princ’pio da autotutela: Segundo esse princ’pio, a Administra•‹o Pœblica


tem compet•ncia para controlar seus pr—prios atos, anulando-os (quando
ilegais) ou revogando-os (por motivo de conv•nio e oportunidade). A Sœmula
n¼ 473, do STF, disp›e que ÒA Administra•‹o pode anular seus pr—prios atos,
quando eivados de v’cios que os tornam ilegais, porque deles n‹o se originam
direitos; ou revog‡-los, por motivo de conveni•ncia ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
aprecia•‹o judicial.Ó

c) Presun•‹o da seguran•a jur’dica: O princ’pio da seguran•a jur’dica Ž um


princ’pio impl’cito que encontra previs‹o no art. 2¼ da Lei n¼ 9.784/99. Esse
princ’pio imp›e que as normas sejam interpretadas de forma a garantir o

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atendimento do fim pœblico a que se dirigem, vedada a aplica•‹o retroativa


de nova interpreta•‹o.

d) Princ’pio da motiva•‹o: Um dos requisitos dos atos administrativos Ž o


motivo, que Ž a situa•‹o de fato ou de direito que autoriza a edi•‹o do ato. A
motiva•‹o consiste na declara•‹o dos motivos que fundamentaram o ato.

e) Princ’pio da razoabilidade e da proporcionalidade: Os princ’pios da


razoabilidade e da proporcionalidade est‹o intimamente relacionados. A
doutrina majorit‡ria considera, inclusive, que o princ’pio da proporcionalidade
est‡ contido no princ’pio da razoabilidade.

O princ’pio da proporcionalidade consiste na adequa•‹o entre os meios e os


fins almejados; caso o ato administrativo n‹o respeite essa rela•‹o, ser‡
desproporcional e, portanto, pass’vel de invalida•‹o pelo Poder Judici‡rio.

O princ’pio da razoabilidade possui tr•s aspectos: i) adequa•‹o; ii)


necessidade e; iii) proporcionalidade em sentido estrito. Assim, esses tr•s
aspectos devem ser observados para a aferi•‹o da razoabilidade de um
determinado ato.

A adequa•‹o consiste em observar se o meio escolhido Ž o mais adequado


para se alcan•ar o fim perseguido. A necessidade, por sua vez, consiste em
analisar se o meio utilizado Ž o melhor ou menos oneroso para alcan•ar o
objetivo do ato. Por œltimo, a proporcionalidade, conforme j‡ comentamos, Ž
a aferi•‹o da rela•‹o entre os meios e os fins almejados.

f) Princ’pio da continuidade do servi•o pœblico: Os servi•os pœblicos n‹o


podem sofrer solu•‹o de continuidade, isto Ž, n‹o podem ser paralisados. ƒ
em raz‹o desse princ’pio que podem ser impostas restri•›es ao direito de
greve dos servidores pœblicos (art. 37, VII). Recorde-se que o direito de greve
dos servidores pœblicos Ž norma constitucional de efic‡cia limitada.

(TRE / GO Ð 2015) O regime jur’dico-administrativo


brasileiro est‡ fundamentado em dois princ’pios dos quais
todos os demais decorrem, a saber: o princ’pio da
supremacia do interesse pœblico sobre o privado e o princ’pio
da indisponibilidade do interesse pœblico.

Coment‡rios:

Esses princ’pios s‹o os pilares do regime jur’dico


administrativo. Quest‹o correta.

(FUB Ð 2015) Apesar de o princ’pio da moralidade exigir


que os atos da administra•‹o pœblica sejam de ampla

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divulga•‹o, veda-se a publicidade de atos que violem a vida


privada do cidad‹o.

Coment‡rios:

ƒ o princ’pio da publicidade que exige ampla divulga•‹o dos


atos da Administra•‹o Pœblica. Quest‹o errada.

(FUB Ð 2015) A pretexto de atuar eficientemente, Ž


poss’vel que a administra•‹o pratique atos n‹o previstos na
legisla•‹o.

Coment‡rios:

N‹o se pode invocar a efici•ncia para descumprir a lei. Pelo


princ’pio da legalidade, a Administra•‹o somente pode fazer
aquilo que est‡ expressamente previsto em normas
jur’dicas. Quest‹o errada.

(IPT / SP Ð 2014) O regime jur’dico administrativo e o


regime jur’dico da Administra•‹o Pœblica s‹o express›es
sin™nimas.

Coment‡rios:

Essas duas express›es t•m significados distintos. O regime


Jur’dico da Administra•‹o Ž o conjunto de normas
(princ’pios e regras) aos quais se submete a Administra•‹o
Pœblica, o que engloba o regime de direito pœblico e o regime
de direito privado. Por outro lado, regime jur’dico-
administrativo Ž o regime de direito pœblico ao qual se
submete a Administra•‹o Pœblica. Quest‹o errada.

6- Agentes Pœblicos:

6.1- Acesso aos cargos, empregos e fun•›es pœblicas:

Segundo o art. 37, inciso I, CF/88, Òos cargos, empregos e fun•›es pœblicas
s‹o acess’veis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em
lei, assim como aos estrangeiros, na forma da leiÓ.

Os brasileiros, para que possam ter acesso aos cargos, empregos e


fun•›es pœblicas, devem cumprir os requisitos definidos em lei. Assim,
somente a lei Ž que pode definir os requisitos para acesso a cargos pœblicos. O
STF j‡ se manifestou v‡rias vezes seguindo esse entendimento:

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a) Sœmula Vinculante n¼ 44 (STF): "S— por lei se pode sujeitar a


exame psicotŽcnico a habilita•‹o de candidato a cargo pœblico." Em
outras palavras, um edital de concurso pœblico s— pode trazer a exig•ncia
de exame psicotŽcnico se a lei que criou o cargo assim o tiver
estabelecido.

b) Sœmula n¼ 14 (STF): ÒN‹o Ž admiss’vel, por ato administrativo,


restringir, em raz‹o da idade, inscri•‹o em concurso para cargo pœblico."

c) ÒA exig•ncia de experi•ncia profissional prevista apenas em edital


importa em ofensa constitucional.Ó 4

d) ÒA fixa•‹o do limite de idade via edital n‹o tem o cond‹o de suprir a


exig•ncia constitucional de que tal requisito seja estabelecido por lei.Ó5

e) ÒEditais de concurso pœblico n‹o podem estabelecer restri•‹o a


pessoas com tatuagem, salvo situa•›es excepcionais em raz‹o de
conteœdo que viole valores constitucionaisÓ.6

Segundo o STF Òo fato de uma pessoa possuir tatuagens, vis’veis ou n‹o,


n‹o poderia ser tratado pelo Estado como par‰metro
discriminat—rio quando do deferimento de participa•‹o em concursos
de provas e t’tulos para ingresso em carreira pœblicaÓ. A op•‹o pela
tatuagem est‡ diretamente relacionada ˆ liberdade de express‹o e de
manifesta•‹o (art. 5¼, IV e IX).

H‡ que se fazer, entretanto, uma ressalva. Algumas tatuagens


possuem conteœdo que viola valores constitucionalmente
protegidos, como aquelas que fazem apologia a ideias terroristas e
racistas ou que preguem a viol•ncia e a criminalidade. Estas podem ser
um obst‡culo para que um cidad‹o ingresse na Administra•‹o Pœblica.

Os estrangeiros tambŽm podem ter acesso a cargos, empregos e fun•›es


pœblicas. No entanto, para eles a regra Ž um pouco diferente. Eles s— podem
ocupar cargos, empregos e fun•›es pœblicas quando a lei assim o autorizar. H‡
necessidade de que exista uma lei definindo as hip—teses em que os
estrangeiros poder‹o ter acesso aos cargos pœblicos.

Destaca-se que essa lei n‹o poder‡ estabelecer distin•›es arbitr‡rias e


abusivas, privilegiando determinados estrangeiros em detrimento de outros,
em fun•‹o do pa’s de origem. Ressalta-se, ainda, que essa previs‹o
                                                        
4
RE 558.833-AgR. Rel. Min. Ellen Gracie. Julgamento em 08.09.2009.
5
RE 559.823-AgR. Rel. Min. Joaquim Barbosa. Julgamento em 27.11.2007.
6
 RE 898450/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 17.8.2016. 

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constitucional se aplica igualmente aos estrangeiros residentes ou n‹o no pa’s,


permitindo, por exemplo, que, ap—s a edi•‹o dessa lei, estes tenham acesso a
cargos, empregos ou fun•›es pœblicas em reparti•›es brasileiras no exterior. A
referida ÒleiÓ n‹o precisa ter car‡ter nacional. Cada ente federativo tem
autonomia para editar lei regulamentando o acesso de estrangeiros a cargos e
empregos pœblicos.

Percebe-se, dessa maneira, que o acesso de brasileiros a cargos pœblicos Ž


norma de efic‡cia contida. Todos os brasileiros t•m direito a ocupar cargos
pœblicos, podendo a lei estabelecer requisitos, restringindo esse acesso. Por
outro lado, o acesso de estrangeiros a cargos pœblicos Ž norma de efic‡cia
limitada. Assim, para que estrangeiros possam ocupar cargos na
Administra•‹o, ser‡ necess‡ria a edi•‹o de lei autorizadora.

BRASILEIROS DEVEM CUMPRIR REQUISITOS LEGAIS
ACESSO AOS 
CARGOS PÚBLICOS
ESTRANGEIROS É NECESSÁRIO LEI AUTORIZADORA

6.2- Concurso Pœblico:

O art. 37, inciso II, CF/88, disp›e que Òa investidura em cargo ou emprego
pœblico depende de aprova•‹o prŽvia em concurso pœblico de provas ou de
provas e t’tulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomea•›es para cargo
em comiss‹o declarado em lei de livre nomea•‹o e exonera•‹oÓ.

Desse dispositivo, podemos extrair v‡rias regras importantes:

a) O acesso aos cargos e empregos pœblicos depende de prŽvia


aprova•‹o em concurso pœblico. Nesse sentido, o STF editou a
Sœmula Vinculante n¼ 43, que diz: ÒŽ inconstitucional toda modalidade de
provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prŽvia aprova•‹o
em concurso pœblico destinado ao seu provimento, em cargo que n‹o
integra a carreira na qual anteriormente investidoÓ.

b) O concurso pœblico deve ser de provas ou de provas e t’tulos.


Assim, n‹o se admite a realiza•‹o de concurso pœblico com base
unicamente em avalia•‹o de t’tulos.

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Cabe destacar que, segundo o STF, o mero exerc’cio de fun•‹o


pœblica n‹o pode ser considerado como t’tulo, uma vez que isso
representaria viola•‹o ao princ’pio da isonomia. 7

c) A exig•ncia de concurso pœblico vale para o provimento de cargos e


empregos na administra•‹o pœblica direta e indireta, inclusive para
empregos em sociedades de economia mista e empresas pœblicas.

d) A exig•ncia de concurso pœblico s— vale para o provimento de


cargos efetivos. A nomea•‹o para cargos em comiss‹o independe de
concurso pœblico.

O prazo de validade do concurso Ž definido pelo edital. Segundo o art. 37,


III, CF/88, o prazo de validade ser‡ de atŽ 2 (dois) anos, prorrog‡vel uma
vez por igual per’odo. A contagem do d prazo de validade Ž feita a partir da
homologa•‹o, que Ž o ato administrativo que atesta a conclus‹o do concurso
pœblico. Dentro do prazo de validade do concurso Ž que poder‹o ser
nomeados ou contratados os aprovados.

H‡ vasta jurisprud•ncia do STF e do STJ acerca do tema Òconcursos pœblicosÓ.


A seguir, reproduziremos os mais importantes entendimentos sobre o assunto:

a) Segundo o STF, a aprova•‹o em concurso dentro do nœmero de


vagas previsto no edital garante direito subjetivo do candidato ˆ
nomea•‹o8. Assim, se o edital prev• 30 vagas para o cargo de Auditor-
Fiscal, os 30 primeiros colocados ter‹o direito subjetivo a serem
nomeados. Em outras palavras, a Administra•‹o n‹o poder‡ deixar de
nome‡-los.

ÒE pode a Administra•‹o nomear um candidato fora da ordem de


classifica•‹o? Nomear o 26¼ antes do 1¼, por exemplo?Ó

N‹o pode. A Administra•‹o dever‡ nomear os candidatos aprovados


observando a ordem de classifica•‹o. Mas isso j‡ aconteceu no
passado... Tanto Ž que o STF chegou a editar a Sœmula n¼ 15 para evitar
que algum candidato melhor classificado fosse preterido: ÒDentro do
prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito ˆ
nomea•‹o, quando o cargo for preenchido sem observ‰ncia da
classifica•‹oÓ. Assim, se o 15¼ colocado de um concurso for nomeado,
por —bvio, todos aqueles que est‹o ˆ sua frente tambŽm o dever‹o ser.

No RE n¼ 598.099 / MS, o STF deixou consignado que Ž poss’vel que, em


situa•‹o excepcional’ssima, a Administra•‹o deixe de nomear os

                                                        
7
ADI 3.443/MA, Rel. Min. Carlos Velloso. 09.09.2005.
8
RE 598.099. Rel. Min. Gilmar Mendes. Julgamento em 10.08.2011.

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candidatos aprovados dentro do nœmero de vagas. No entanto, essa


situa•‹o dever‡ ser caracterizada pela superveni•ncia, imprevisibilidade
e gravidade.

b) O STF considera que, comprovada a necessidade de pessoal e a


exist•ncia de vaga, configura preteri•‹o de candidato aprovado em
concurso pœblico o preenchimento da vaga, ainda que de forma
tempor‡ria9. Suponha, por exemplo, que existam vagas para
determinado cargo pœblico e comprovada necessidade de pessoal. AlŽm
disso, existem candidatos aprovados em concurso pœblico no cadastro de
reserva. Ao invŽs de cham‡-los, todavia, a Administra•‹o faz diversas
contrata•›es tempor‡rias. Claro est‡ que os candidatos que estavam em
cadastro de reserva foram preteridos.

c) Segundo o STJ, Òa aprova•‹o b do candidato dentro do cadastro de


reserva, ainda que fora do nœmero de vagas inicialmente previstas no
edital do concurso pœblico, confere-lhe o direito subjetivo ˆ nomea•‹o
para o respectivo cargo se, durante o prazo de validade do concurso,
demonstrado o interesse da Administra•‹o Pœblica, surgirem novas
vagas, seja em raz‹o da cria•‹o de novos cargos mediante lei, seja em
virtude de vac‰ncia decorrente de exonera•‹o, demiss‹o, aposentadoria,
posse em outro cargo inacumul‡vel ou falecimentoÓ.10

d) Segundo o STF, a elimina•‹o do candidato de concurso pœblico que


esteja respondendo a inquŽrito ou a•‹o penal, sem senten•a penal
condenat—ria transitada em julgado, fere o princ’pio da presun•‹o de
inoc•ncia11. Ora, se n‹o houve senten•a penal condenat—ria transitada
em julgado, o candidato n‹o pode ser considerado culpado (art. 5¼,
LVII).

e) Segundo o STF, n‹o h‡ direito ˆ prova de segunda chamada nos


testes de aptid‹o f’sica, em raz‹o de circunst‰ncias pessoais, ainda que
de car‡ter fisiol—gico ou de for•a maior, salvo disposi•‹o em contr‡rio
no edital.12 Assim, em regra, inexiste direito ˆ remarca•‹o de teste de
aptid‹o f’sica em raz‹o de problema pessoal de saœde.

f) Segundo o STF, o edital de concurso pœblico poder‡ estabelecer que a


classifica•‹o seja feita por unidade da federa•‹o, ainda que disso
resulte que um candidato possa se classificar, em uma delas, com nota
inferior ao que, em outra, n‹o alcance a classifica•‹o respectiva. Assim,
admite-se que a concorr•ncia seja regionalizada. Isto Ž bastante comum.
Pode existir um concurso com 15 vagas para Minas Gerais, 10 vagas
                                                        
9
AI 820065/GO, Rel. Min. Rosa Weber, j. 21.08.2012, p. 05.09.2012. 
10
AgRg no RMS 38117 / BA, Julgamento em 18.12.2012.
11
AI 741.101-AgR, Rel. Min. Eros Grau. Julgamento em 28-4-2009 
12
RE 630.733. Rel. Min. Gilmar Mendes. Julgamento em 15.05.2013.

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para S‹o Paulo e 30 vagas para o Rio de Janeiro. Os candidatos ˆs vagas


de Minas Gerais concorrer‹o apenas entre si, assim como os candidatos
ˆs vagas de S‹o Paulo e do Rio de Janeiro.

g) Segundo o STF, o edital de um concurso pœblico n‹o pode ser


alterado, exceto para corrigir erro material ou em virtude de imposi•‹o
de lei. Nesse sentido, Òem face do princ’pio da legalidade, pode a
Administra•‹o Pœblica, enquanto n‹o conclu’do e homologado o
concurso pœblico, alterar as condi•›es do certame constantes do
respectivo edital, para adapt‡-las ˆ nova legisla•‹o aplic‡vel ˆ espŽcie,
visto que, antes do provimento do cargo, o candidato tem mera
expectativa de direito ˆ nomea•‹o ou, se for o caso, ˆ participa•‹o na
segunda etapa do processo seletivoÓ.

h) O Supremo Tribunal Federal 2 entende que, caso uma quest‹o de


concurso cobre assunto n‹o incluso no edital, Ž poss’vel o controle
jurisdicional, por ser o edital a lei do concurso. Entretanto, Ž bom que
voc• saiba que esse controle n‹o Ž poss’vel, de acordo com o STF,
quando se trata de avaliar os critŽrios de corre•‹o da banca
examinadora, de analisar a formula•‹o de quest›es ou de avaliar as
respostas.

Para complementar, citamos trecho de julgado do STF relacionado a


esse entendimento:

Òo Poder Judici‡rio seria incompetente para substituir-se ˆ banca


examinadora de concurso pœblico no reexame de critŽrios de corre•‹o
das provas e de conteœdo das quest›es formuladas. Assentou-se que,
existente previs‹o de determinado tema, cumpriria ao candidato estudar
e procurar conhecer, de forma global, os elementos que pudessem ser
exigidos nas provas, de modo a abarcar todos os atos normativos e
casos paradigm‡ticos existentes. Do contr‡rio, significaria exigir-se das
bancas examinadoras a previs‹o exaustiva, no edital de qualquer
concurso, de todos os atos normativos e de todos os ÔcasesÕ atinentes a
cada um dos pontos do conteœdo program‡tico do concurso, o que fugiria
ˆ razoabilidadeÓ. 13

i) Segundo o STJ, o candidato aprovado que foi tardiamente nomeado


por for•a de decis‹o judicial n‹o tem direito a ser indenizado pelo
per’odo em que n‹o trabalhou.14 Isso evita que continuem ocorrendo
aquelas Òindeniza•›es milion‡riasÓ de servidores que conseguiram a
nomea•‹o quase vinte anos depois da realiza•‹o do concurso, muitas

                                                        
13
 MS 308060/DF, rel. Min. Luiz Fux, 28.08.2012.
14
 EResp1.117.974/RS, Corte Especial, Rel. Min. Eliana Calmon, Rel.p/Ac—rd‹o Min. Teori Albino
Zavascki, DJE 19.12.2011.

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vezes prestes a se aposentarem. Quem n‹o conhece um caso desses? O


STJ Òacabou com a festaÓ!

j) Segundo o STF, na ocorr•ncia de vaga, a Administra•‹o, ao prov•-la,


deve primeiro oferecer ao servidor classificado em Concurso de
Remo•‹o, para somente ent‹o nomear candidato habilitado em
Concurso Pœblico, ainda que j‡ ocupe cargo de provimento efetivo
pertencente ao Quadro de Pessoal do respectivo —rg‹o.15 Com isso,
impossibilita-se que o Auditor-Fiscal da Receita Federal que ficou durante
anos na fronteira, esperando por uma remo•‹o, veja sua t‹o sonhada
vaga em sua cidade natal ser ofertada a candidatos a novo concurso
pœblico, em detrimento dele. Isso j‡ aconteceu no passado, pode
acreditar!

l) Segundo o STF, a cl‡usula bde barreira em concursos pœblicos (ou


Òcl‡usula de afunilamentoÓ) Ž constitucional16. Essa cl‡usula Ž uma
disposi•‹o edital’cia que limita o nœmero de participantes em fase
posterior do certame. Seria o caso, por exemplo, de edital que prev• que
ser‹o convocados para a 2a fase de um concurso apenas aqueles
candidatos aprovados dentro do dobro do nœmero de vagas. Para a
Corte, a cl‡usula de barreira n‹o viola o princ’pio da isonomia.

Ap—s esse grande repert—rio jurisprudencial, continuamos no estudo do tema


dos concursos pœblicos. Vejamos o que disp›e o art. 37, IV, CF/88:

IV - durante o prazo improrrog‡vel previsto no edital de


convoca•‹o, aquele aprovado em concurso pœblico de provas ou de
provas e t’tulos ser‡ convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

H‡ muita confus‹o quanto ao significado do termo Òprazo improrrog‡velÓ. Ora,


sabemos que o prazo de validade do concurso pœblico Ž de atŽ 2 anos,
prorrog‡vel uma vez por igual per’odo. Devemos considerar que findo esse
per’odo Ž que o prazo se torna improrrog‡vel.

A CF/88 n‹o impede que, no prazo de validade de um concurso, a


Administra•‹o realize novo concurso para o mesmo cargo. No entanto, o art.
37, IV, estabelece a prioridade de nomea•‹o para os aprovados no
concurso anterior sobre os novos aprovados.

O art. 37, VIII, CF/88, assegura um percentual dos cargos e empregos


pœblicos para portadores de defici•ncia:

                                                        
15
 MS 31267 MS, Min. Ricardo Lewandowsky, j. 24.04.2012, p. 27.04.2012 
16
RE 635.739/AL. Rel. Min. Gilmar Mendes. 24.03.2011

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VIII - a lei reservar‡ percentual dos cargos e empregos pœblicos


para as pessoas portadoras de defici•ncia e definir‡ os critŽrios de
sua admiss‹o;

Note que Ž a lei que definir‡ os critŽrios de admiss‹o das pessoas


portadoras de defici•ncia, jamais o administrador pœblico. TambŽm Ž
importante ressaltar que, de acordo com as atribui•›es do cargo, esta poder‡
prever que n‹o haver‡ reserva de vagas a essas pessoas. Nesse sentido, a Lei
8.112/90 prev•, em seu art. 5¼, ¤ 2¼, que:

¤ 2¼ Ës pessoas portadoras de defici•ncia Ž assegurado o direito


de se inscrever em concurso pœblico para provimento de cargo
cujas atribui•›es sejam compat’veis com a defici•ncia de
que s‹o portadoras; para tais pessoas ser‹o reservadas atŽ 20%
(vinte por cento) das vagas
c oferecidas no concurso.
Continuando nossa an‡lise do art. 37 da Constitui•‹o, determina o texto
constitucional que:

IX - a lei estabelecer‡ os casos de contrata•‹o por tempo


determinado para atender a necessidade tempor‡ria de excepcional
interesse pœblico;

Esse dispositivo prev• a contrata•‹o de pessoal sem concurso pœblico,


por tempo determinado. Esse pessoal n‹o ocupa cargo pœblico, n‹o est‡
sujeito ao regime estatut‡rio a que se submetem os servidores pœblicos
titulares de cargo efetivo e em comiss‹o. Em outras palavras, n‹o est‹o
sujeitos ˆ Lei n¼ 8.112/90. TambŽm n‹o est‹o sujeitos ˆ Consolida•‹o das
Leis do Trabalho (CLT), a n‹o ser nos termos em que a lei espec’fica que os
rege define.

Esses agentes pœblicos s‹o estatut‡rios, pois t•m seu pr—prio estatuto de
reg•ncia, que define seu regime jur’dico. Exercem fun•‹o pœblica
remunerada tempor‡ria, tendo v’nculo jur’dico-administrativo com a
Administra•‹o Pœblica. Sujeitam-se ao regime geral de previd•ncia social
(RGPS) e suas lides com o Poder Pœblico contratante s‹o de compet•ncia da
Justi•a comum, federal ou estadual (ou do Distrito Federal), conforme o caso.

Para a utiliza•‹o do instituto da contrata•‹o tempor‡ria, exce•‹o ˆ contrata•‹o


mediante concurso pœblico, Ž necess‡rio o cumprimento de tr•s requisitos:

a) Excepcional interesse pœblico;

b) Temporariedade da contrata•‹o;

c) Hip—teses expressamente previstas em lei.

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A lei mencionada como requisito ser‡ editada pela entidade contratadora,


podendo ser federal, estadual, distrital ou municipal, conforme a respectiva
compet•ncia constitucional. Contudo, n‹o ser‡ poss’vel, segundo o STF, a
contrata•‹o tempor‡ria por lei que fixe Òhip—teses abrangentes e genŽricas
de contrata•‹o, sem definir qual a conting•ncia f‡tica emergencial apta a
ensej‡-laÓ, bem como para Òo exerc’cio de servi•os t’picos de carreira e
de cargos permanentes de Estado, sem concurso ou motiva•‹o de
excepcional relev‰nciaÓ que o justifique (STF, Pleno, ADI 3116/AP, decis‹o
14.02.2011).

(TCE-PE Ð 2017) îrg‹o estatal somente poder‡ exigir, em


edital de concurso pœblico, realiza•‹o de exame psicotŽcnico
para a habilita•‹o de candidatos ao cargo previsto, se
houver previs‹o legal para tal aplica•‹o.

Coment‡rios:

A Sœmula Vinculante n¼ 44 prev• que Òs— por lei se pode


sujeitar a exame psicotŽcnico a habilita•‹o de candidato a
cargo pœblicoÓ. Assim, o edital de concurso n‹o Ž
instrumento suficiente para, sozinho, exigir exame
psicotŽcnico. ƒ necess‡ria previs‹o legal nesse sentido.
Quest‹o correta.

(TRT Ð 3a Regi‹o Ð 2015) Empresa pœblica estadual


pretende contratar advogados para preenchimento de
empregos pœblicos vagos em seu departamento jur’dico.
Considerando que os advogados n‹o exercer‹o a fun•‹o de
dire•‹o, chefia e de assessoramento, a empresa pœblica
dever‡ contrat‡-los mediante concurso pœblico, v‡lido pelo
prazo de dois anos, prorrog‡vel uma vez por igual per’odo,
sendo vedada a livre nomea•‹o pelo dirigente da entidade.

Coment‡rios:

ƒ isso mesmo. A admiss‹o de empregados pœblicos tambŽm


depende da realiza•‹o de concurso pœblico, com prazo de
validade de 2 anos, prorrog‡vel uma vez por igual per’odo.
Quest‹o correta.

(TCU Ð 2015) O prazo de validade de concurso pœblico Ž de


atŽ dois anos, podendo ele ser prorrogado enquanto houver
candidatos aprovados no cadastro de reserva.

Coment‡rios:

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De fato, o prazo de validade do concurso pœblico Ž de 2


(dois) anos. No entanto, ele s— pode ser prorrogado por igual
per’odo (mais 2 anos). Quest‹o errada.

(DPE / PE Ð 2015) Conforme entendimento atual do STF,


Ž dever da administra•‹o pœblica nomear candidato
aprovado em concurso pœblico dentro das vagas previstas
no edital, em raz‹o do princ’pio da boa-fŽ e da prote•‹o da
confian•a, salvo em situa•›es excepcionais caracterizadas
pela necessidade, superveni•ncia e imprevisibilidade.

Coment‡rios:

Os candidatos aprovados dentro do nœmero de vagas


previsto no edital t•m direito subjetivo ˆ nomea•‹o, ou
seja, a Administra•‹o tem o dever de nome‡-los. Essa Ž a
regra geral, que somente pode ser excepcionada em
situa•›es excepcional’ssimas, nas quais fiquem
caracterizadas a necessidade, superveni•ncia e
imprevisibilidade. Quest‹o correta.

(UEG Ð 2015) ƒ constitucional a cria•‹o de cargos


tempor‡rios mesmo para atender situa•›es que n‹o sejam
de necessidade tempor‡ria de excepcional interesse pœblico.

Coment‡rios:

Os cargos tempor‡rios servem, exclusivamente, para


atender a necessidade tempor‡ria de excepcional interesse
pœblico. Quest‹o errada.

(UEG Ð 2015) De acordo com o texto constitucional,


durante o prazo de validade previsto no edital de concurso
pœblico, n‹o Ž poss’vel a abertura de novo concurso para o
mesmo cargo.

Coment‡rios:

A CF/88 n‹o impede que, no prazo de validade de um


concurso, a Administra•‹o realize novo concurso para o
mesmo cargo. No entanto, fica estabelecida a prioridade de
nomea•‹o para os aprovados no concurso anterior sobre os
novos aprovados. Quest‹o errada.

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6.3- Cargos em comiss‹o e fun•›es de confian•a:

No art. 37, inciso V, a Carta da Repœblica trata das fun•›es de confian•a e dos
cargos em comiss‹o:

V - as fun•›es de confian•a, exercidas exclusivamente por


servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comiss‹o, a
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condi•›es
e percentuais m’nimos previstos em lei, destinam-se apenas ˆs
atribui•›es de dire•‹o, chefia e assessoramento;

ƒ importante que voc• n‹o confunda cargos em comiss‹o com fun•›es de


confian•a. S‹o coisas diferentes.

As fun•›es de confian•a s‹o exercidas exclusivamente por servidores


ocupantes de cargo efetivo, regra introduzida pela EC n¼ 19/98. Os cargos
em comiss‹o, por sua vez, s‹o de livre nomea•‹o e exonera•‹o. Todavia,
existe previs‹o em lei de um percentual m’nimo dos cargos em comiss‹o que
devem ser ocupados por servidores de carreira.

Tanto os cargos em comiss‹o quanto as fun•›es de confian•a destinam-se


apenas ˆs atribui•›es de dire•‹o, chefia e assessoramento. Nesse sentido,
o STF j‡ declarou a inconstitucionalidade de lei estadual que criou cargos em
comiss‹o com atribui•›es de natureza tŽcnica.

Esquematizando...

FUNÇÕES DE  EXCLUSIVAS  DE  SERVIDORES  OCUPANTES  DE  CARGO 


CONFIANÇA EFETIVO.

PODEM SER PREENCHIDOS SEM CONCURSO PÚBLICO, MAS A 
CARGOS EM  LEI  DEVE  ESTABELECER  PERCENTUAIS  MÍNIMOS  A  SEREM 
COMISSÃO PREENCHIDOS POR SERVIDORES DE CARREIRA

No que se refere a nomea•›es para cargos em comiss‹o, Ž importante o


entendimento do STF sobre o nepotismo, pr‡tica de nomear parentes para
cargos em comiss‹o e fun•›es de confian•a. A Corte considera ofensiva a
pr‡tica do nepotismo, vedando inclusive o Ònepotismo cruzadoÓ, que
ocorre quando dois agentes pœblicos nomeiam parentes um do outro, para
mascarar a contrata•‹o.

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O STF entende que a pr‡tica do nepotismo ofende os princ’pios da


moralidade e da impessoalidade, devendo a veda•‹o a esta pr‡tica ser
observada por todos os Poderes da Repœblica e por todos os entes da
Federa•‹o, independentemente de lei formal.

Que tal lermos a Sœmula Vinculante no 13 em sua ’ntegra?

ÒA nomea•‹o de c™njuge, companheiro ou parente em linha


reta, colateral ou por afinidade, atŽ o terceiro grau,
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jur’dica, investido em cargo de dire•‹o, chefia ou
assessoramento, para o exerc’cio de cargo em comiss‹o ou
de confian•a, ou, ainda, de fun•‹o gratificada na
administra•‹o pœblica direta e indireta, em qualquer dos
poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios, compreendido o ajuste mediante designa•›es
rec’procas, viola a Constitui•‹o Federal.Ó

ƒ importante destacar que a veda•‹o ao nepotismo n‹o alcan•a a nomea•‹o


para cargos pol’ticos. Assim, o governador de um Estado pode nomear seu
irm‹o para o cargo de secret‡rio estadual, por exemplo.

(UEG Ð 2015) A investidura em qualquer cargo pœblico


exige prŽvia aprova•‹o em concurso pœblico.

Coment‡rios:

A nomea•‹o para cargo em comiss‹o independe de


aprova•‹o em concurso pœblico. Quest‹o errada.

(UFRB Ð 2015) As fun•›es de confian•a, exercidas


exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e
os cargos em comiss‹o, a serem preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condi•›es e percentuais m’nimos
previstos em lei, destinam-se apenas ˆs atribui•›es de
dire•‹o, chefia e assessoramento.

Coment‡rios:

Isso mesmo! As fun•›es de confian•a e os cargos de


comiss‹o se destinam apenas ˆs atribui•›es de dire•‹o,
chefia e assessoramento. Cabe destacar que as fun•›es de
confian•a somente podem ser exercidas por servidores
ocupantes de cargos efetivos. Quest‹o correta.

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6.4- Direitos Sociais dos servidores pœblicos:

Nesse t—pico, estudaremos sobre os direitos sociais dos servidores pœblicos.

Inicialmente, comentamos sobre o direito ˆ associa•‹o sindical, o qual Ž


assegurado pelo art. 37, VI, CF/88:

VI - Ž garantido ao servidor pœblico civil o direito ˆ livre associa•‹o


sindical.

O servidor pœblico tem, portanto, o poder de se associar a um sindicato.


Entretanto, destaca-se que a Sœmula 679 do STF pro’be a conven•‹o
coletiva para fixa•‹o de vencimentos dos servidores pœblicos. Destaca-
se, ainda, que aos militares s‹o vedadas a sindicaliza•‹o e a greve (art.
142, IV, CF), sem exce•‹o.

Os servidores pœblicos civis tambŽm t•m o direito de greve, conforme art.37,


VII:

VII - o direito de greve ser‡ exercido nos termos e nos limites


estabelecidos em lei espec’fica.

Observe que, ao contr‡rio do direito ˆ associa•‹o sindical, que Ž uma norma


constitucional de efic‡cia plena, o direito de greve do servidor pœblico Ž uma
norma constitucional de efic‡cia limitada. Em tese, Ž necess‡ria uma lei
para que os servidores pœblicos possam usufruir do direito de greve.

Como tal lei ainda n‹o foi editada, o STF, no julgamento de tr•s mandados de
injun•‹o, adotando a posi•‹o concretista geral, determinou a aplica•‹o ao
setor pœblico, no que couber, da lei de greve vigente no setor privado
(Lei no 7.783/1989) atŽ a edi•‹o da lei regulamentadora.

Destaca-se, porŽm, que a Corte decidiu pela inaplicabilidade do direito de


greve a determinados servidores pœblicos, como, por exemplo, ˆs for•as
policiais, devido ˆ ’ndole de sua atividade. Segundo o Pret—rio Excelso,
Òservidores pœblicos que exercem atividades relacionadas ˆ manuten•‹o da
ordem pœblica e ˆ seguran•a pœblica, ˆ administra•‹o da Justi•a Ð a’ os
integrados nas chamadas carreiras de Estado, que exercem atividades
indeleg‡veis, inclusive as de exa•‹o tribut‡ria Ð e ˆ saœde pœblicaÓ est‹o
privados do direito de greve (STF, Rcl. 6568-SP, Rel. Min. Eros Grau).

Mais recentemente, tambŽm examinando a problem‡tica do direito de greve, o


STF decidiu que a Administra•‹o Pœblica deve descontar da
remunera•‹o dos servidores pœblicos grevistas os dias de paralisa•‹o. O

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desconto da remunera•‹o somente n‹o ser‡ cab’vel quando ficar demonstrado


que a greve foi provocada por conduta il’cita do Poder Pœblico.17

A Carta Magna assegura, ainda, aos servidores pœblicos, os seguintes


direitos sociais (art. 39, ¤ 3o):

a) Sal‡rio m’nimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de


atender a suas necessidades vitais b‡sicas e ˆs de sua fam’lia com
moradia, alimenta•‹o, educa•‹o, saœde, lazer, vestu‡rio, higiene,
transporte e previd•ncia social, com reajustes peri—dicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vincula•‹o para
qualquer fim;

b) Garantia de sal‡rio, nunca inferior ao m’nimo, para os que percebem


remunera•‹o vari‡vel;

c) DŽcimo terceiro sal‡rio com base na remunera•‹o integral ou no


valor da aposentadoria;

d) Remunera•‹o do trabalho noturno superior ˆ do diurno;

e) Sal‡rio-fam’lia pago em raz‹o do dependente do trabalhador de


baixa renda nos termos da lei;

f) Dura•‹o do trabalho normal n‹o superior a oito horas di‡rias e


quarenta e quatro semanais, facultada a compensa•‹o de hor‡rios e a
redu•‹o da jornada, mediante acordo ou conven•‹o coletiva de trabalho;

g) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

h) Remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio superior, no m’nimo, em


cinquenta por cento ˆ do normal;

i) Gozo de fŽrias anuais remuneradas com, pelo menos, um ter•o a


mais do que o sal‡rio normal;

j) Licen•a ˆ gestante, sem preju’zo do emprego e do sal‡rio;

l) Licen•a-paternidade, nos termos fixados em lei;

m) Prote•‹o do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos


espec’ficos, nos termos da lei;

                                                        
17
RE n¼ 693.456, Rel. Min. Dias Toffoli. Julg: 27.10.2016.

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n) Redu•‹o dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de


saœde, higiene e seguran•a;

o) Proibi•‹o de diferen•a de sal‡rios, de exerc’cio de fun•›es e de


critŽrio de admiss‹o por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.

Embora a CF/88 relacione apenas esses direitos sociais, Ž plenamente poss’vel


que leis espec’ficas de cada ente federativo criem gratifica•›es, adicionais e
outras vantagens. Deve-se considerar que a CF/88 estabelece um n’vel de
prote•‹o m’nima em matŽria de direitos sociais, nada impedindo que leis
espec’ficas aprofundem ainda mais essa prote•‹o.

Nesse sentido, citamos o caso do aux’lio-alimenta•‹o, que foi institu’do no


‰mbito da Uni‹o pela Lei n¼ 8.460/92 e tem o car‡ter de verdadeiro direito
social. Segundo o STF, o aux’lio-alimenta•‹o Ž verba indenizat—ria destinada
a cobrir os custos de refei•‹o devida exclusivamente ao servidor que se
encontrar no exerc’cio de suas fun•›es, n‹o se incorporando ˆ
remunera•‹o nem aos proventos de aposentadoria. Nesse sentido, foi editada
a Sœmula Vinculante no 55, que disp›e que Òo direito ao aux’lio-
alimenta•‹o n‹o se estende aos servidores inativosÓ.

(TRT 3a Regi‹o Ð 2015) Em que pese a Constitui•‹o


Federal assegurar aos servidores pœblicos o direito de greve,
o exerc’cio regular desse direito depende da edi•‹o de lei
federal tratando da matŽria, n‹o podendo ser garantido por
decis‹o proferida pelo Supremo Tribunal Federal em
mandado de injun•‹o.

Coment‡rios:

ƒ poss’vel, sim, que o direito de greve seja assegurado por


meio de mandado de injun•‹o impetrado no STF. O direito de
greve dos servidores pœblicos Ž norma de efic‡cia limitada,
dependente, portanto, da edi•‹o de lei regulamentadora. AtŽ
hoje, essa lei n‹o foi editada. Quest‹o errada.

6.5- Remunera•‹o dos servidores pœblicos:

O artigo 37, inciso X, CF/88 estabelece o seguinte sobre a remunera•‹o dos


servidores pœblicos:

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X - a remunera•‹o dos servidores pœblicos e o subs’dio de que


trata o ¤ 4¼ do art. 39 somente poder‹o ser fixados ou alterados
por lei espec’fica, observada a iniciativa privativa em cada caso,
assegurada revis‹o geral anual, sempre na mesma data e sem
distin•‹o de ’ndices;

Antes de iniciarmos a an‡lise do dispositivo, cumpre fazermos algumas


elucida•›es. A remunera•‹o dos agentes pœblicos pode se dar por meio de
subs’dios, vencimentos ou sal‡rios.

A primeira delas, o subs’dio, Ž uma forma de remunera•‹o fixada em parcela


œnica, sem acrŽscimo de qualquer gratifica•‹o, adicional, abono, pr•mio,
verba de representa•‹o ou outra espŽcie remunerat—ria. ƒ remunera•‹o
obrigat—ria para os agentes pol’ticos e para servidores pœblicos de
determinadas carreiras (Advocacia-Geral da Uni‹o, Defensoria Pœblica,
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, procuradorias dos estados e do DF,
Pol’cia Federal, Pol’cia Rodovi‡ria Federal, pol’cias civis, pol’cias militares e
corpos de bombeiros militares). AlŽm disso, pode ser facultativamente
adotado, a critŽrio do legislador ordin‡rio, para servidores pœblicos organizados
em carreira (art. 39, ¤ 8¼, CF). ƒ o caso dos Auditores-Fiscais da Receita
Federal do Brasil, por exemplo.

Vejamos o que diz o art. 39, ¤ 4¼, CF/88 sobre o subs’dio dos agentes
pol’ticos:

¤ 4¼ - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os


Ministros de Estado e os Secret‡rios Estaduais e Municipais ser‹o
remunerados exclusivamente por subs’dio fixado em parcela œnica,
vedado o acrŽscimo de qualquer gratifica•‹o, adicional, abono,
pr•mio, verba de representa•‹o ou outra espŽcie remunerat—ria,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

J‡ os vencimentos compreendem a remunera•‹o em sentido estrito,


percebida pelos servidores pœblicos. O artigo 41 da Lei 8.112/90 estabelece
que remunera•‹o Ž o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens
pecuni‡rias permanentes estabelecidas em lei.

Finalmente, o sal‡rio Ž a forma remunerat—ria paga aos empregados


pœblicos, contratados sob regime celetista. ƒ o caso do Presidente de uma
empresa pœblica, por exemplo.

A altera•‹o da reda•‹o do dispositivo, promovida pela EC no 19/98 garantiu


expressamente ao servidor pœblico o princ’pio da periodicidade, ou seja, no
m’nimo, uma revis‹o geral anual da remunera•‹o. Nesse sentido,
entendeu o STF que trata-se de Ònorma constitucional que imp›e ao Presidente
da Repœblica o dever de desencadear o processo de elabora•‹o da lei anual de

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revis‹o geral da remunera•‹o dos servidores da Uni‹oÓ, concluindo que Òseu


atraso configurou-se desde junho/1999, quando transcorridos os primeiros
doze meses da data da edi•‹o da referida EC no 19/98Ó.

A iniciativa das leis que fixam a remunera•‹o e o subs’dio dos agentes


pœblicos depende do cargo a que se refiram. As principais est‹o previstas no
esquema a seguir:
INICIATIVA DE LEIS QUE FIXAM REMUNERAÇÃO 

CARGOS DO EXECUTIVO FEDERAL PR

CARGOS DA CÂMARA DOS  CÂMARA DOS DEPUTADOS (ART. 
DEPUTADOS 51, IV, CF)
E SUBSÍDIO

SENADO FEDERAL (ART. 52, XIII, 
CARGOS DO SENADO FEDERAL
CF)

MINISTROS DO STF STF

MEMBROS E JUIZES DE TRIBUNAISE 
TRIBUNAIS RESPECTIVOS
SEUS SERVIÇOS AUXILIARES

DEPUTADOS ESTADUAIS, 
GOVERNADOR, VICE‑GOVERNADOR  ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
E SECRETÁRIOS DE ESTADO

Alguns subs’dios s‹o fixados por decreto legislativo, dispensada a san•‹o do


Presidente da Repœblica (art. 49, CF):

SUBSÍDIOS FIXADOS POR DECRETO LEGISLATIVO

DEPUTADOS E 
PR E VICE‑PR MINISTROS DE ESTADO
SENADORES

O art. 37, XI, CF/88 estabelece o denominado teto constitucional de


remunera•‹o dos servidores pœblicos. Vamos l•-lo na ’ntegra?

XI - a remunera•‹o e o subs’dio dos ocupantes de cargos, fun•›es


e empregos pœblicos da administra•‹o direta, aut‡rquica e

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fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da Uni‹o, dos


Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios, dos detentores de
mandato eletivo e dos demais agentes pol’ticos e os proventos,
pens›es ou outra espŽcie remunerat—ria, percebidos
cumulativamente ou n‹o, inclu’das as vantagens pessoais ou de
qualquer outra natureza, n‹o poder‹o exceder o subs’dio mensal,
em espŽcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-
se como limite, nos Munic’pios, o subs’dio do Prefeito, e nos
Estados e no Distrito Federal, o subs’dio mensal do Governador no
‰mbito do Poder Executivo, o subs’dio dos Deputados Estaduais e
Distritais no ‰mbito do Poder Legislativo e o subs’dio dos
Desembargadores do Tribunal de Justi•a, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centŽsimos por cento do subs’dio mensal,
em espŽcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no ‰mbito
do Poder Judici‡rio, aplic‡vel este limite aos membros do MinistŽrio
Pœblico, aos Procuradores e aos Defensores Pœblicos;

Desse dispositivo, cuja reda•‹o Ž longa e complexa, Ž poss’vel extrair o


seguinte:

a) A remunera•‹o de todos os servidores e empregados pœblicos est‡


sujeita a um teto remunerat—rio geral do funcionalismo pœblico,
que Ž o subs’dio dos Ministros do STF.

b) O texto constitucional prev• a exist•ncia de subtetos


remunerat—rios nos Munic’pios, Estados e Distrito Federal.

c) Nos Munic’pios, a remunera•‹o de todos os servidores e empregados


pœblicos t•m como limite o subs’dio do Prefeito. Esse Ž o subteto
remunerat—rio nos Munic’pios.

d) Nos Estados e no Distrito Federal, o subteto Ž vari‡vel por


Poder. No Poder Executivo, o limite Ž o subs’dio do Governador. No
Poder Legislativo, o limite Ž o subs’dio dos deputados estaduais e
distritais. No Poder Judici‡rio, o limite Ž o subs’dio dos desembargadores
do Tribunal de Justi•a (esse limite tambŽm se aplica aos membros do
MinistŽrio Pœblico, aos Procuradores e aos Defensores Pœblicos).

A literalidade da CF/88 prev• que o subs’dio dos desembargadores do


Tribunal de Justi•a est‡ limitado a 90,25% do subs’dio dos Ministros do
STF. A Associa•‹o dos Magistrados Brasileiros (AMB) ingressou com A•‹o
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF com o objetivo de impedir que os
magistrados estaduais tivessem seu subs’dio limitado a esse montante. Como
consequ•ncia, o STF decidiu que esse limite n‹o se aplica aos membros da
magistratura estadual, mas apenas aos servidores do Poder

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Judici‡rio.18 Isso se deve ao car‡ter nacional e unit‡rio do Poder Judici‡rio,


considerando-se uma viola•‹o ˆ isonomia estabelecer limites remunerat—rios
diferentes entre magistrados federais e estaduais.

A EC n¼ 47/2005 estabeleceu, ainda, a possibilidade de que os Estados e o


Distrito Federal, mediante emenda ˆ Constitui•‹o Estadual, fixem um
subteto œnico, ao invŽs de termos subtetos espec’ficos por Poder (art. 37, ¤
12). Quando isso ocorrer, o subteto œnico dever‡ ser o subs’dio dos
desembargadores do Tribunal de Justi•a. Destaque-se que esse limite n‹o
ser‡ aplic‡vel aos parlamentares (deputados estaduais, deputados distritais e
vereadores).

Novamente, para facilitar a memoriza•‹o do dispositivo, sintetizaremos as


principais regras referentes ao teto constitucional na tabela a seguir:

Teto  Cargos 
Subsídio dos Ministros do STF  Todos, em qualquer esfera da Federação 
Subsídio do Prefeito  Todos os cargos municipais 
Subsídio do Governador  Todos os cargos do Executivo estadual 
Subsídio dos deputados estaduais e  Todos os cargos do Legislativo estadual 
distritais 
Subsídio dos desembargadores do  Teto obrigatório para os servidores do 
Tribunal de Justiça  Judiciário estadual (exceto juízes, por 
determinação do STF*) 
Subsídio dos desembargadores do  Teto facultativo para os Estados e Distrito 
Tribunal de Justiça (até 90,25% do  Federal (não se aplica a deputados 
subsídio dos Ministros do STF)  estaduais e a distritais, nem a vereadores) 

Excetuam-se dos limites remunerat—rios constitucionais as parcelas


indenizat—rias fixadas em lei. Os limites incluem, entretanto, o somat—rio
das remunera•›es, subs’dios, proventos e pens›es percebidos pelos agentes
pœblicos.

No que se refere ao sal‡rio dos empregados pœblicos das empresas


pœblicas e sociedades de economia mista e suas subsidi‡rias, os tetos s— se
aplicam ˆs que receberem recursos da Uni‹o, dos Estados, do Distrito
Federal e dos munic’pios para pagamento de despesas de pessoal ou de
custeio em geral (CF, art. 37, ¤9¼).

Ainda sobre o sistema remunerat—rio dos servidores pœblicos, vejamos o que


disp›e o art. 37, XII:

                                                        
18
ADIN 3.854/DF, Rel. Min. Cezar Peluso. Julgamento em 28.02.2007.

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XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder


Judici‡rio n‹o poder‹o ser superiores aos pagos pelo Poder
Executivo;

Esse dispositivo consagra que os vencimentos pagos aos servidores do


Poder Executivo s‹o um limite aos valores pagos pelos outros Poderes a
seus servidores. ƒ claro que isso vale para cargos cujas atribui•›es sejam
semelhantes.

O art. 37, XIII, CF/88, busca impedir que o legislador ordin‡rio estabele•a
reajustes autom‡ticos de remunera•‹o ou aumentos em cascata:

XIII - Ž vedada a vincula•‹o ou equipara•‹o de quaisquer espŽcies


remunerat—rias para o efeito de remunera•‹o de pessoal do servi•o
pœblico;

Sobre o assunto, o STF j‡ declarou a inconstitucionalidade de lei estadual


que estabelecia vincula•‹o entre o reajuste dos subs’dios do Governador
ao reajuste concedido aos servidores pœblicos estaduais. 19

Destacamos, ainda, o que disp›e a Sœmula Vinculante n¼ 42, do STF: Òƒ


inconstitucional a vincula•‹o do reajuste de vencimentos de servidores
estaduais ou municipais a ’ndices federais de corre•‹o monet‡ria.Ó

O art. 37, XIV, da CF/88 determina que os acrŽscimos pecuni‡rios


percebidos por servidor pœblico n‹o ser‹o computados nem acumulados
para fins de concess‹o de acrŽscimos ulteriores.

XIV - os acrŽscimos pecuni‡rios percebidos por servidor pœblico


n‹o ser‹o computados nem acumulados para fins de concess‹o de
acrŽscimos ulteriores;

Com esse dispositivo, busca-se impedir uma situa•‹o bastante comum no


passado. Depois de exercer durante certo per’odo uma fun•‹o gratificada, o
servidor a incorporava a seu vencimento. Ao assumir uma nova fun•‹o, o
valor desta seria calculado levando-se em considera•‹o o seu vencimento j‡
acrescido da gratifica•‹o anterior. Com essa incid•ncia cumulativa, havia
servidores ganhando valores totais de remunera•‹o bastante elevados.

Assim, atualmente, o entendimento que se tem Ž o de que qualquer


gratifica•‹o ou adicional ter‡ como base de c‡lculo o vencimento b‡sico
do servidor pœblico.

O art. 37, garante a irredutibilidade dos vencimentos dos cargos pœblicos:

                                                        
19
ADI. 3.491/RS, Rel. Min Carlos Ayres Britto. Julgamento em 27.09.2006.

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XV - o subs’dio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e


empregos pœblicos s‹o irredut’veis, ressalvado o disposto nos
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, ¤ 4¼, 150, II, 153, III,
e 153, ¤ 2¼, I;

Segundo o STF, essa garantia n‹o impede a cria•‹o ou majora•‹o de


tributos incidentes sobre os subs’dios, os vencimentos, a aposentadoria e a
pens‹o. AlŽm disso, a forma de c‡lculo dos vencimentos pode ser modificada,
apenas o valor destes Ž que n‹o.

(PGM-Fortaleza Ð 2017) Os reajustes de vencimentos de


servidores municipais podem ser vinculados a ’ndices
federais de corre•‹o monet‡ria.

Coment‡rios:

A Sœmula Vinculante no 42 determina que ÒŽ


inconstitucional a vincula•‹o do reajuste de vencimentos
de servidores estaduais ou municipais a ’ndices federais de
corre•‹o monet‡riaÓ. Quest‹o errada.

(TJ / SP Ð 2015) Os acrŽscimos pecuni‡rios percebidos por


servidor pœblico ser‹o computados e acumulados para fins
de concess‹o de acrŽscimos ulteriores.

Coment‡rios:

Segundo o art. 37, XIV, Òos acrŽscimos pecuni‡rios


percebidos por servidor pœblico n‹o ser‹o computados nem
acumulados para fins de concess‹o de acrŽscimos
ulterioresÓ. Quest‹o errada.

(TJ / SP Ð 2015) Os vencimentos dos cargos do Poder


Legislativo e do Poder Judici‡rio n‹o poder‹o ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo.

Coment‡rios:

ƒ exatamente o que prev• o art. 37. XII, CF/88. Quest‹o


correta

6.6 Ð Acumula•‹o remunerada de cargos, empregos e fun•›es


pœblicas:

A Constitui•‹o Federal prev•, como regra geral, a veda•‹o ˆ acumula•‹o


remunerada de cargos, empregos e fun•›es pœblicas. Essa proibi•‹o de

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acumular tambŽm se estende ˆqueles que ocupam empregos e fun•›es em


autarquias, funda•›es, empresas pœblicas, sociedades de economia
mista, sua subsidi‡rias e sociedades controladas, direta ou indiretamente,
pelo poder pœblico.

A proibi•‹o de acumular Ž ampla, alcan•ando todas as esferas de


governo (Uni‹o, Estados, Distrito Federal e Munic’pios), todos os Poderes
(Legislativo, Executivo e Judici‡rio) e toda a Administra•‹o Pœblica (direta
ou indireta). Assim, uma pessoa que ocupe cargo pœblico federal (qualquer que
seja o Poder) n‹o poder‡, em regra, acumul‡-lo com um cargo pœblico em
outra esfera de governo (federal, estadual ou municipal).

A Constitui•‹o Federal de 1988 estabelece exce•›es ˆ regra geral de


proibi•‹o de acumula•‹o de cargos. Vejamos o que disp›e o art. 37, XVI:

XVI - Ž vedada a acumula•‹o remunerada de cargos pœblicos,


exceto, quando houver compatibilidade de hor‡rios, observado em
qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro tŽcnico ou cient’fico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saœde, com profiss›es regulamentadas;
XVII - a proibi•‹o de acumular estende-se a empregos e fun•›es e
abrange autarquias, funda•›es, empresas pœblicas, sociedades de
economia mista, suas subsidi‡rias, e sociedades controladas, direta
ou indiretamente, pelo poder pœblico;

Assim, Ž poss’vel a acumula•‹o de cargos pœblicos em certos casos, mas


mesmo assim Ž necess‡rio que exista compatibilidade de hor‡rios. S‹o
admiss’veis a acumula•‹o de:

a) 2 cargos de professor. ƒ poss’vel, por exemplo, que uma pessoa


atue como professor em duas universidades pœblicas.

b) 1 cargo de professor com outro tŽcnico ou cient’fico. ƒ poss’vel


que um servidor ocupante de Òcargo tŽcnico ou cient’ficoÓ seja,
simultaneamente, professor em uma universidade pœblica. Aten•‹o! N‹o
se admite a acumula•‹o remunerada de dois Òcargos tŽcnicos ou
cient’ficosÓ.

c) 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saœde. ƒ


poss’vel, por exemplo, que um indiv’duo tenha 2 cargos pœblicos de
mŽdico, em —rg‹os diferentes.

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Uma quest‹o que gera muitas dœvidas Ž a respeito dos conceitos de Òcargo
tŽcnicoÓ e de Òcargo cient’ficoÓ. O STJ considera cargo cient’fico como
sendo o Òconjunto de atribui•›es cuja execu•‹o tem por finalidade investiga•‹o
coordenada e sistematizada de fatos, predominantemente de especula•‹o,
visando a ampliar o conhecimento humanoÓ. Por sua vez, cargo tŽcnico Ž o
Òconjunto de atribui•›es cuja execu•‹o reclama conhecimento espec’fico de
uma ‡rea do saberÓ.

Com base nesses conceitos, h‡ o entendimento de que, em regra, se a lei


exige qualifica•‹o de n’vel superior, o cargo ser‡ ÒtŽcnico ou
cient’ficoÓ. Entretanto, se o cargo de n’vel superior exercer atividade
meramente administrativa, deixar‡ de ser considerado ÒtŽcnico ou cient’ficoÓ.

Essa l—gica tambŽm se aplica aos cargos de n’vel mŽdio. Se o cargo de n’vel
mŽdio exigir conhecimentos tŽcnicos espec’ficos (tŽcnico em contabilidade e
tŽcnico em inform‡tica, por exemplo), ele ser‡ enquadrado como ÒtŽcnico ou
cient’ficoÓ. Por outro lado, se o cargo de n’vel mŽdio envolver atividades
meramente burocr‡ticas, ficar‡ exclu’do do conceito de ÒtŽcnico ou cient’ficoÓ.

A legisla•‹o n‹o enquadra um cargo como sendo ÒtŽcnico ou cient’ficoÓ. Isso


acaba ficando numa Òzona cinzentaÓ, de aprecia•‹o pela pr—pria Administra•‹o
Pœblica e, eventualmente, pelos tribunais do Poder Judici‡rio. Apenas como
exemplo, o STJ j‡ decidiu que o cargo de oficial de pol’cia civil n‹o tem
natureza tŽcnica ou cient’fica.

Segundo o STF, o art. 37, XVI, ÒcÓ, da Constitui•‹o


Federal autoriza a acumula•‹o de dois cargos de mŽdico,
n‹o sendo compat’vel interpreta•‹o ampliativa para
abrigar no conceito o cargo de perito criminal com
especialidade em medicina veterin‡ria.

A veda•‹o ˆ acumula•‹o remunerada de cargos diz respeito apenas a


atribui•›es pœblicas. Ela n‹o alcan•a atividades privadas. O servidor
pœblico poder‡, ent‹o, exercer atividades privadas, desde que n‹o sejam
incompat’veis com o regime jur’dico pr—prio do cargo. Por exemplo, a Lei n¼
8.112/90 pro’be que servidores pœblicos participem da ger•ncia ou
administra•‹o de sociedade privada.

A Constitui•‹o estabelece, ainda, outras possibilidades de acumula•‹o de


cargos. Destaque-se, porŽm, que, em todo e qualquer caso de acumula•‹o,
haver‡ necessidade de compatibilidade de hor‡rios.

Vejamos a tabela abaixo:

Artigo da CF  Permissão 

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Art. 38, III  Acúmulo do cargo de vereador e outro cargo, emprego ou 
função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo 
Art. 95, parágrafo  Permissão para que juízes exerçam o magistério 
único, I 
Art. 125, § 5º, II, “d”  Permissão para que membros do Ministério Público exerçam o 
magistério 

Um tema que sempre gerou controvŽrsias no ‰mbito do Direito Administrativo


era saber se, havendo acumula•‹o de cargos pœblicos, o teto
constitucional deveria ser observado em rela•‹o ˆ soma das remunera•›es
ou se deveria ser considerado para cada cargo, isoladamente.

Por exemplo, suponha que JosŽ seja professor de universidade pœblica e, ao


mesmo tempo, exer•a um cargo tŽcnico ou cient’fico. Para fins de aplica•‹o do
teto constitucional, deve ser observada a soma das remunera•›es desses dois
cargos ou a remunera•‹o de cada cargo, isoladamente?

Esse tema dividiu a doutrina e a jurisprud•ncia durante muito tempo.


No ‰mbito do Poder Judici‡rio, o Conselho Nacional de Justi•a (CNJ) chegou a
editar Resolu•‹o estabelecendo que as verbas permanentes relativas ˆ
remunera•‹o ou provento decorrente do exerc’cio do magistŽrio est‹o
exclu’das da incid•ncia do teto constitucional.

Em 2017, o STF pacificou o entendimento20 a respeito do assunto, fixando


a seguinte tese:

ÒNos casos autorizados, constitucionalmente, de acumula•‹o de cargos,


empregos e fun•›es, a incid•ncia do artigo 37, inciso XI, da Constitui•‹o
Federal, pressup›e considera•‹o de cada um dos v’nculos formalizados,
afastada a observ‰ncia do teto remunerat—rio quanto ao somat—rio dos
ganhos do agente pœblicoÓ

Assim, a Corte entende que, para fins de aplica•‹o do teto constitucional,


deve-se considerar a remunera•‹o de cada cargo, isoladamente. Aplicar
o teto constitucional ˆ soma das remunera•›es dos cargos representaria uma
viola•‹o ˆ irredutibilidade de vencimentos, desrespeito ao princ’pio da
estabilidade, desvaloriza•‹o do valor do trabalho e ferimento ao princ’pio da
igualdade.

...

O art. 37, ¤10, CF/88 estabelece importante regra sobre os proventos de


aposentadoria. Como regra geral, Ž vedada a acumula•‹o de proventos de

                                                        
20
RE 602.043 e RE 612.975. Rel. Min. Marco AurŽlio. 27.04.2017

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aposentadoria pago pelo regime pr—prio de previd•ncia social (RPPS) com a


remunera•‹o do cargo em atividade. Suponha, por exemplo, que Jo‹o se
aposente como Analista Judici‡rio. Depois de aposentado, ele Ž aprovado e
toma posse no cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. Poder‡ ele
acumular a aposentadoria com a remunera•‹o do cargo de Auditor? A resposta
Ž n‹o, nos termos do art. 37, ¤10, CF/88.

¤ 10 - ƒ vedada a percep•‹o simult‰nea de proventos de


aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a
remunera•‹o de cargo, emprego ou fun•‹o pœblica, ressalvados os
cargos acumul‡veis na forma desta Constitui•‹o, os cargos eletivos
e os cargos em comiss‹o declarados em lei de livre nomea•‹o e
exonera•‹o.

H‡ 3 (tr•s) exce•›es ˆ veda•‹o de percep•‹o simult‰nea de proventos de


aposentadoria do RPPS com a remunera•‹o do cargo em atividade:

a) Cargos acumul‡veis: Um Analista Judici‡rio aposentado n‹o pode


receber os proventos de sua aposentadoria com a remunera•‹o do cargo
de Auditor-Fiscal RFB. No entanto, Ž poss’vel que um Analista Judici‡rio
receba os proventos de sua aposentadoria e, alŽm disso, a remunera•‹o
de um cargo pœblico de professor. Isso ser‡ poss’vel porque os dois
cargos (Analista Judici‡rio e professor) s‹o acumul‡veis.

b) Cargos eletivos: Um Analista Judici‡rio aposentado pode receber os


proventos de sua aposentadoria e a remunera•‹o do cargo de Deputado
Federal, para o qual foi eleito.

c) Cargos em comiss‹o: Suponha que um Delegado da Pol’cia Federal


se aposente e, ap—s isso, seja nomeado Diretor-Geral da Ag•ncia
Brasileira de Intelig•ncia (ABIN). Como trata-se de cargo em comiss‹o,
ele poder‡ acumular a remunera•‹o do cargo com os proventos de
aposentadoria no cargo de Delegado da Pol’cia Federal.

(TRT 3a Regi‹o Ð 2015) Servidor pœblico aposentado no


cargo pœblico de engenheiro estadual est‡ em vias de ser
nomeado para o exerc’cio de cargo pœblico em comiss‹o,
privativo de engenheiro, declarado por lei de livre
nomea•‹o e exonera•‹o. Nessa situa•‹o, ˆ luz da
Constitui•‹o Federal, o servidor poder‡ exercer o cargo
pœblico em comiss‹o e perceber a respectiva remunera•‹o
cumulada com os proventos da aposentadoria, tendo em
vista que a veda•‹o constitucional ˆ acumula•‹o desses
valores n‹o se aplica aos cargos em comiss‹o declarados em
lei de livre nomea•‹o e exonera•‹o.

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Coment‡rios:

ƒ plenamente poss’vel que uma pessoa acumule os


proventos de aposentadoria do RPPS com a remunera•‹o de
cargo em comiss‹o. ƒ o que est‡ previsto no art. 37, ¤10,
CF/88. Quest‹o correta.

(TCE / CE Ð 2015) Servidor pœblico estadual ocupante de


cargo de Procurador do Estado teve sua aposentadoria
concedida em 2014, ap—s completar os requisitos
constitucionais. Atualmente, na inatividade, foi aprovado
em concurso pœblico para emprego de advogado em
empresa pœblica estadual, tendo tomado posse. De acordo
com a Constitui•‹o Federal, Ž admiss’vel a percep•‹o
simult‰nea da remunera•‹o do emprego pœblico com os
proventos da aposentadoria anteriormente concedida, tendo
o servidor o direito a uma segunda aposentadoria decorrente
da rela•‹o de emprego, ao completar os requisitos
constitucionais.

Coment‡rios:

Na situa•‹o apresentada, n‹o Ž poss’vel a percep•‹o


simult‰nea dos proventos de aposentadoria do RPPS com a
remunera•‹o de cargo pœblico. Isso porque os cargos
mencionados na quest‹o n‹o s‹o acumul‡veis. Quest‹o
errada.

(DPE / RO Ð 2015) Paulo, servidor pœblico estadual, foi


aprovado em outro concurso pœblico, este œltimo organizado
pela Uni‹o. Ao ser convocado para apresentar os
documentos previstos no edital, visando ˆ posse, teve
dœvida se poderia acumular os cargos. De acordo com a
sistem‡tica constitucional, Ž correto afirmar que Paulo pode
acumular os cargos pœblicos caso haja compatibilidade de
hor‡rios e um deles seja de professor e, o outro, tŽcnico ou
cient’fico.

Coment‡rios:

Isso mesmo! Se um cargo for de professor e outro for um


cargo tŽcnico ou cient’fico, ser‡ poss’vel a acumula•‹o
remunerada. Quest‹o correta.

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6.7- Servidores Pœblicos e Mandato Eletivo:

O art. 38, da Carta Magna traz as regras aplic‡veis aos servidores que
estiverem no exerc’cio de mandato eletivo:

Art. 38. Ao servidor pœblico da administra•‹o direta, aut‡rquica e


fundacional, no exerc’cio de mandato eletivo, aplicam-se as
seguintes disposi•›es:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital,
ficar‡ afastado de seu cargo, emprego ou fun•‹o;
II - investido no mandato de Prefeito, ser‡ afastado do cargo,
emprego ou fun•‹o, sendo-lhe facultado optar pela sua
remunera•‹o;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade
de hor‡rios, perceber‡ as vantagens de seu cargo, emprego ou
fun•‹o, sem preju’zo da remunera•‹o do cargo eletivo, e, n‹o
havendo compatibilidade, ser‡ aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exerc’cio de
mandato eletivo, seu tempo de servi•o ser‡ contado para todos os
efeitos legais, exceto para promo•‹o por merecimento;
V - para efeito de benef’cio previdenci‡rio, no caso de afastamento,
os valores ser‹o determinados como se no exerc’cio estivesse.

Qualquer que seja o mandato eletivo federal, estadual ou distrital, o servidor


ficar‡ afastado do seu cargo, emprego ou fun•‹o (art.38, I). N‹o importa se
ele est‡ ocupando um cargo no Poder Executivo (Presidente ou Governador)
ou no Poder Legislativo (Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual ou
Deputado Distrital). Se ele estiver exercendo mandato eletivo federal,
estadual ou distrital, ocorrer‡ o afastamento do cargo. Destaque-se que
essa regra de afastamento vale tanto para os servidores ocupantes de cargo
efetivo quanto para os ocupantes de cargo em comiss‹o.

E qual remunera•‹o ser‡ recebida pelo servidor afastado para exercer


mandato eletivo federal, estadual ou distrital?

Essa Ž uma boa pergunta. Ele receber‡ a remunera•‹o do mandato eletivo,


obrigatoriamente.

E se o servidor pœblico for investido em mandato eletivo municipal?

Nessa caso, temos regras diferentes. O servidor que for investido no mandato
de Prefeito, ser‡ afastado do cargo e poder‡ optar pela remunera•‹o do
seu cargo ou pela remunera•‹o do mandato eletivo.

Por outro lado, o servidor investido no mandato de Vereador poder‡


acumular os dois cargos (mandato eletivo e cargo pœblico), desde que haja

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compatibilidade de hor‡rios. Receber‡, nesse caso, as duas remunera•›es.


Se n‹o houver compatibilidade de hor‡rios, o servidor investido no
mandato de Vereador ser‡ afastado do cargo, podendo optar pela
remunera•‹o.

Todas essas regras s‹o sintetizadas a seguir:

Cargo Eletivo  Regra 
Cargos do Executivo ou do  Afastamento do cargo efetivo ou em comissão, função ou 
Legislativo Federal,  emprego  público.  A  remuneração  percebida  será  a  do 
Estadual ou Distrital  cargo eletivo. 
Prefeito  Afastamento do cargo efetivo ou em comissão, função ou 
emprego  público.  A  remuneração  poderá  ser  a  do  cargo 
eletivo ou a do cargo efetivo ou em comissão, função ou 
emprego público, de acordo com a opção do servidor. 
Vereador  Poderá,  caso  haja  compatibilidade  de  horários,  acumular 
o  cargo  político  com  o  cargo  efetivo  ou  em  comissão, 
função ou emprego público. Nesse caso, receberá as duas 
remunerações.  Caso  não  haja  compatibilidade,  será 
afastado  do  cargo  efetivo  ou  em  comissão,  função  ou 
emprego  público,  podendo  optar  pela  remuneração  de 
qualquer um deles. 

O art. 38, IV, da CF/88 determina, ainda, que nos casos de afastamento do
servidor, seu tempo de exerc’cio no mandato eletivo ser‡ contado como
tempo de servi•o para todos os efeitos legais, exceto para promo•‹o por
merecimento. Para efeito de benef’cio previdenci‡rio, no caso de
afastamento, os valores ser‹o determinados como se no exerc’cio estivesse.

(TRE-BA Ð 2017) Ao ocupante de cargo pœblico federal


efetivo eleito vereador ser‡ garantida a investidura no
mandato eletivo, n‹o havendo necessidade de afastamento
do cargo que exerce nem preju’zo de sua remunera•‹o,
desde que haja compatibilidade de hor‡rios.

Coment‡rios:

Havendo compatibilidade de hor‡rios, Ž poss’vel a


acumula•‹o do cargo efetivo com o mandato de Vereador.
Nesse caso, receber‡ as duas remunera•›es. Quest‹o
correta.

(DPE / RO Ð 2015) Renan, servidor pœblico estadual


ocupante do cargo efetivo de Analista Jur’dico da Defensoria

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Pœblica de Rond™nia, elegeu-se Deputado Estadual. Com


base na Constitui•‹o da Repœblica, Renan se houver
compatibilidade de hor‡rio, poder‡ acumular ambos os
cargos, mas ter‡ que escolher a remunera•‹o de um deles.

Coment‡rios:

O servidor pœblico investido em mandato eletivo federal,


estadual ou distrital, ficar‡ afastado de seu cargo, emprego
ou fun•‹o. Sua remunera•‹o ser‡ a do cargo eletivo.
Quest‹o errada.

6.8- Regime Jur’dico dos Servidores Pœblicos:

O art. 39, da CF/88 estabelece que cada um dos entes federativos dever‡
instituir regime jur’dico œnico e planos de carreira para os servidores da
administra•‹o direta, das autarquias e das funda•›es pœblicas. No ‰mbito
federal, o regime jur’dico dos servidores pœblicos Ž a Lei n¼ 8.112/90. Diz-se
que os servidores pœblicos est‹o submetidos a um regime estatut‡rio.

Art. 39. A Uni‹o, os Estados, o Distrito Federal e os Munic’pios


instituir‹o, no ‰mbito de sua compet•ncia, regime jur’dico œnico e
planos de carreira para os servidores da administra•‹o pœblica
direta, das autarquias e das funda•›es pœblicas.
¤ 1¼ A fixa•‹o dos padr›es de vencimento e dos demais
componentes do sistema remunerat—rio observar‡:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos
cargos componentes de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.

Assim, em cada n’vel federativo, os servidores pœblicos dever‹o ter sua vida
funcional disciplinas pelas mesmas regras, contidas em lei. Destaque-se que
essa lei dever‡ ser de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo.

O art. 39, ¤ 1¼, CF/88, determina os aspectos a serem observados quando


da fixa•‹o da remunera•‹o dos servidores pœblicos. S‹o eles:

a) A natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos


componentes de cada carreira;

b) Os requisitos para a investidura;

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c) As peculiaridades dos cargos.

Institu’do pela Reforma do Aparelho do Estado, que pretendeu implantar o


modelo Gerencial de Administra•‹o Pœblica no Brasil, esse dispositivo visa a
garantir uma maior remunera•‹o aos cargos de maior complexidade e
responsabilidade, bem como ˆqueles que exigem maior especializa•‹o
como requisito para a investidura. Busca-se, com isso, garantir a isonomia
na remunera•‹o dos servidores pœblicos, tratando-se desigualmente os
desiguais.

O art. 41, da CF/88 traz regras acerca da estabilidade dos servidores


pœblicos e sobre hip—teses de perda do cargo.

Art. 41. S‹o est‡veis ap—s tr•s anos de efetivo exerc’cio os


servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude
de concurso pœblico.
¤ 1¼ O servidor pœblico est‡vel s— perder‡ o cargo:
I - em virtude de senten•a judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa;
III - mediante procedimento de avalia•‹o peri—dica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla
defesa.
¤ 2¼ Invalidada por senten•a judicial a demiss‹o do servidor
est‡vel, ser‡ ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se
est‡vel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indeniza•‹o, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remunera•‹o proporcional ao tempo de
servi•o.
¤ 3¼ Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor
est‡vel ficar‡ em disponibilidade, com remunera•‹o proporcional
ao tempo de servi•o, atŽ seu adequado aproveitamento em outro
cargo.
¤ 4¼ Como condi•‹o para a aquisi•‹o da estabilidade, Ž obrigat—ria
a avalia•‹o especial de desempenho por comiss‹o institu’da para
essa finalidade.

A estabilidade se aplica aos servidores pœblicos estatut‡rios ocupantes de


cargos efetivos. N‹o cabe falar em estabilidade para servidores ocupantes de
cargos em comiss‹o. Para aquisi•‹o da estabilidade, s‹o necess‡rios quatro
requisitos:

a) Aprova•‹o em concurso pœblico

b) Nomea•‹o para cargo pœblico efetivo.

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c) 3 (tr•s) anos de efetivo exerc’cio do cargo.

d) Avalia•‹o especial de desempenho por comiss‹o institu’da para esse


fim (art. 41, ¤ 4¼).
ESTABILIDADE

CONCURSO PÚBLICO

NOMEAÇÃO PARA CARGO PÚBLICO EFETIVO

TRÊS ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO DO CARGO

AVALIAÇÃO ESPECIAL DE DESEMPENHO POR COMISSÃO INSTITUÍDA 
PARA ESSE FIM

O servidor est‡vel somente poder‡ perder o cargo nas hip—teses do art. 41, ¤
1¼ e do art. 169, ¤ 3¼:

a) Senten•a judicial transitada em julgado. Suponha que uma


decis‹o judicial transitada em julgado condene o servidor por
improbidade administrativa. Uma das consequ•ncias ser‡ a perda do
cargo pœblico.

b) Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.


Ap—s um processo administrativo regular, o servidor pœblico que cometeu
alguma falta grave poder‡ ser demitido, perdendo o cargo pœblico.

c) Procedimento de avalia•‹o peri—dica de desempenho, na forma


de lei complementar, assegurada ampla defesa. O servidor tambŽm
poder‡ perder o cargo por insufici•ncia de desempenho.

d) Excesso de despesa com pessoal (art. 169, ¤ 3¼). As despesas


com pessoal est‹o limitadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n¼
101/2000). Caso esses limites sejam descumpridos, o Poder
Executivo dever‡ adotar certas medidas: i) redu•‹o em pelo menos 20%
das despesas com cargos em comiss‹o e fun•›es de confian•a; ii)
exonera•‹o de servidores n‹o-est‡veis. Se essas medidas n‹o forem
suficientes, o servidor est‡vel pode vir a perder o cargo.

O artigo 41, ¤ 2¼ trata, ainda, dos institutos da reintegra•‹o, recondu•‹o,


disponibilidade e aproveitamento, aplic‡veis unicamente a servidores est‡veis.

A reintegra•‹o Ž forma de provimento que se aplica quando um servidor


est‡vel Ž demitido e, depois, retorna ao cargo anteriormente ocupado, por
ter sua demiss‹o invalidada por senten•a judicial. Suponha, por exemplo, que

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M‡rio, servidor est‡vel do INSS, Ž demitido atravŽs de processo


administrativo. Ap—s isso, ele ingressa com a•‹o judicial e sobrevŽm senten•a
que invalida a demiss‹o. M‡rio ir‡ retornar ao seu cargo no INSS: ocorrer‡
reintegra•‹o.

Vamos a outra situa•‹o...

M‡rio, servidor est‡vel do INSS, Ž demitido por meio de processo


administrativo no qual lhe Ž assegurada ampla defesa. Pedro, servidor do
IBAMA, Ž aprovado no concurso do INSS e nomeado para o cargo antes
ocupado por M‡rio. Ap—s ingressar com a•‹o judicial e passados alguns anos,
M‡rio Ž reintegrado ao seu cargo no INSS, em virtude de senten•a que cancela
sua demiss‹o. E o que acontece com Pedro? Pedro, se est‡vel, ser‡
reconduzido ao seu cargo de origem (o IBAMA).

A recondu•‹o Ž, assim, forma de provimento caracterizado pelo retorno de


servidor est‡vel ao seu cargo de origem em raz‹o de reintegra•‹o de
servidor que anteriormente ocupava o cargo21. Destaque-se que n‹o haver‡
qualquer indeniza•‹o a Pedro.

H‡ 2 (duas) outras possibilidades de se resolver a situa•‹o de Pedro. A


reintegra•‹o de M‡rio poder‡ ensejar: i) o aproveitamento de Pedro em
outro cargo ou; ii) coloca•‹o de Pedro em disponibilidade, com remunera•‹o
proporcional ao tempo de servi•o.

Para fixar nosso entendimento, transcrevo novamente o art. 41, ¤ 2¼:

¤ 2¼ Invalidada por senten•a judicial a demiss‹o do servidor


est‡vel, ser‡ ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se
est‡vel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indeniza•‹o, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remunera•‹o proporcional ao tempo de
servi•o.

O art. 41, ¤ 3¼, trata de outra hip—tese de disponibilidade de servidor pœblico:

¤ 3¼ Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor


est‡vel ficar‡ em disponibilidade, com remunera•‹o proporcional
ao tempo de servi•o, atŽ seu adequado aproveitamento em outro
cargo.

A extin•‹o de cargo pœblico ou declara•‹o de sua desnecessidade


ensejar‡ a coloca•‹o do servidor est‡vel em disponibilidade, atŽ seu adequado

                                                        
21
Essa Ž a œnica hip—tese constitucional de recondu•‹o. A Lei n¼ 8.112/90 estabelece que
outra hip—tese de recondu•‹o Ž a inabilita•‹o em est‡gio probat—rio relativa a outro cargo.

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aproveitamento em outro cargo. Isso ocorrer‡, por exemplo, quando um —rg‹o


pœblico ou mesmo uma entidade da administra•‹o indireta for extinta. O
servidor est‡vel ficar‡ em disponibilidade atŽ que seja aproveitado em
outro —rg‹o. Cabe enfatizar que a coloca•‹o em disponibilidade Ž sempre feita
com remunera•‹o proporcional ao tempo de servi•o.

Reintegração  Provimento que ocorre quando o servidor estável DEMITIDO 
retorna ao cargo anteriormente ocupado, por ter sua demissão 
invalidada por sentença judicial. 
Recondução,   Se a vaga do reintegrado estiver ocupada por servidor ESTÁVEL, 
aproveitamento e  este será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, 
disponibilidade  aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade, com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço 
Disponibilidade  Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor 
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional 
ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro 
cargo. 

(TRE-BA Ð 2017) Ap—s o est‡gio probat—rio, o servidor


pœblico somente perder‡ seu cargo em raz‹o de processo
administrativo disciplinar ou de decis‹o judicial condenat—ria
transitada em julgado.

Coment‡rios:

O servidor pœblico est‡vel poder‡ perder o cargo nas


seguintes hip—teses: i) senten•a judicial transitada em
julgado; ii) processo administrativo no qual lhe seja
assegurada ampla defesa; iii) avalia•‹o peri—dica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa e; iv) excesso de despesas com pessoal, na
forma do art. 169, ¤ 3¼. Quest‹o errada.

(TRT 2a Regi‹o Ð 2015) Invalidada por senten•a judicial a


demiss‹o de servidor est‡vel, ser‡ ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se est‡vel, reconduzido ao cargo
de origem, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remunera•‹o proporcional ao tempo de
servi•o, alŽm de ser devida indeniza•‹o equivalente pelo
exerc’cio do cargo do servidor reintegrado.

Coment‡rios:

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N‹o ser‡ devida indeniza•‹o. Quest‹o errada.

(TRE / RR Ð 2015) Em rela•‹o aos servidores pœblicos, a


Constitui•‹o estabelece que, uma vez est‡veis, somente
podem perder o cargo em virtude de senten•a judicial e de
processo administrativo, assegurada ampla defesa.

Coment‡rios:

O servidor pœblico est‡vel tambŽm poder‡ perder o cargo


mediante procedimento de avalia•‹o peri—dica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.
Quest‹o errada.

6.9 Ð Estabilidade Extraordin‡ria:

Para maior aprofundamento no tema ÒestabilidadeÓ, faz-se necess‡rio o estudo


do art. 19 do ADCT da Constitui•‹o. Segundo o dispositivo, os servidores
pœblicos civis da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios, da
administra•‹o direta, aut‡rquica e das funda•›es pœblicas, em exerc’cio na
data da promulga•‹o da Constitui•‹o, h‡ pelo menos cinco anos
continuados, e que n‹o tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37,
da Constitui•‹o (ou seja, via concurso pœblico!), s‹o considerados est‡veis
no servi•o pœblico. Trata-se da chamada estabilidade extraordin‡ria ou
excepcional.

Essa estabilidade Ž diferente daquela prevista no art. 41 da Carta Magna, a


chamada estabilidade ordin‡ria. Na ordin‡ria, a estabilidade se d‡ para
servidores investidos em cargos mediante concurso pœblico. Na extraordin‡ria,
garante-se aos servidores o exerc’cio das fun•›es pœblicas que
desempenhavam quando da promulga•‹o da CF/88. Esses servidores, para
que possam se efetivar, dever‹o, de qualquer maneira, se submeter a
concurso pœblico.

O concurso pœblico Ž, afinal, a œnica forma de investidura em cargo


pœblico de provimento efetivo prevista no ordenamento jur’dico brasileiro.
Nesse sentido, entende o STF que s‹o inconstitucionais todas as demais
formas de admiss‹o, investidura em cargos pœblicos ou inser•‹o em carreira
daqueles servidores estabilizados na forma do art. 19 do ADCT22. Por seu
car‡ter did‡tico, vale a leitura da li•‹o da Ministra Carmem Lœcia:

                                                        
22
STF, ADI n¼ 180/RS; RE n¼ 157214/PA.

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DIREITO CONSTITUCIONAL – TJ‑SP 
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A norma do art. 19 do ADCT da Constitui•‹o brasileira possibilita o


surgimento das seguintes situa•›es: a) o servidor Ž est‡vel por
for•a do art. 19 do ADCT e n‹o ocupa cargo de provimento efetivo;
b) o servidor que se tornou est‡vel nos termos do art. 19 do ADCT
ocupa cargo de provimento efetivo ap—s ter sido aprovado em
concurso pœblico para o provimento deste cargo; c) o servidor
ocupa cargo de provimento efetivo em raz‹o de aprova•‹o em
concurso pœblico e Ž est‡vel nos termos do art. 41 da CR. O STF j‡
se manifestou sobre essas hip—teses e, quanto ˆs listadas nos
itens a e b, firmou o entendimento de que, independentemente da
estabilidade, a efetividade no cargo ser‡ obtida pela imprescind’vel
observ‰ncia do art. 37, II, da CR23.

TambŽm Ž elucidativa a li•‹o do Ministro Maur’cio Corr•a:

Efetividade e estabilidade. N‹o h‡ que confundir efetividade com


estabilidade. Aquela Ž atributo do cargo, designando o funcion‡rio
desde o instante da nomea•‹o; a estabilidade Ž ader•ncia, Ž
integra•‹o no servi•o pœblico, depois de preenchidas determinadas
condi•›es fixadas em lei, e adquirida pelo decurso de tempo.
Estabilidade: art. 41 da CF e art. 19 do ADCT. A vigente
Constitui•‹o estipulou duas modalidades de estabilidade no servi•o
pœblico: a primeira, prevista no art. 41 (...). A nomea•‹o em
car‡ter efetivo constitui-se em condi•‹o primordial para a aquisi•‹o
da estabilidade, que Ž conferida ao funcion‡rio pœblico investido em
cargo, para o qual foi nomeado em virtude de concurso pœblico. A
segunda, prevista no art. 19 do ADCT, Ž um favor constitucional
conferido ˆquele servidor admitido sem concurso pœblico h‡ pelo
menos cinco anos da promulga•‹o da Constitui•‹o. Preenchidas as
condi•›es insertas no preceito transit—rio, o servidor Ž est‡vel, mas
n‹o Ž efetivo, e possui somente o direito de perman•ncia no
servi•o pœblico no cargo em que fora admitido, todavia sem
incorpora•‹o na carreira, n‹o tendo direito ˆ progress‹o funcional
nela, ou a desfrutar de benef’cios que sejam privativos de seus
integrantes. O servidor que preenchera as condi•›es exigidas pelo
art. 19 do ADCT-CF/1988 Ž est‡vel no cargo para o qual fora
contratado pela administra•‹o pœblica, mas n‹o Ž efetivo. N‹o Ž
titular do cargo que ocupa, n‹o integra a carreira e goza apenas de
uma estabilidade especial no servi•o pœblico, que n‹o se confunde
com aquela estabilidade regular disciplinada pelo art. 41 da CF.
N‹o tem direito a efetiva•‹o, a n‹o ser que se submeta a concurso
pœblico, quando, aprovado e nomeado, far‡ jus ˆ contagem do

                                                        
23
 ADI 114, voto da Rel. Min. C‡rmen Lœcia, julgamento em 26-11-2009, Plen‡rio, DJE de 3-10-
2011.

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tempo de servi•o prestado no per’odo de estabilidade excepcional,


como t’tulo.24

No que se refere ˆ contagem do prazo m’nimo de cinco anos de exerc’cio


da fun•‹o antes da promulga•‹o da CF/88 para a aquisi•‹o da estabilidade,
entende o STF que, no caso dos professores, breves intervalos nas
contrata•›es, decorrentes mesmo da natureza do servi•o (magistŽrio), n‹o
descaracterizam o direito do servidor.

TambŽm eventuais faltas ao servi•o n‹o obstam a aquisi•‹o da


estabilidade extraordin‡ria. Para o STF, a assiduidade absoluta n‹o foi erigida
em requisito essencial de estabilidade do art. 19 das Disposi•›es
Transit—rias25.

A estabilidade extraordin‡ria n‹o se aplica aos ocupantes de cargos,


fun•›es e empregos de confian•a ou em comiss‹o, nem aos que a lei
declare de livre exonera•‹o (demiss’veis Òad nutumÓ), conforme disposi•‹o do
¤ 2¼ do art. 19 do ADCT. TambŽm n‹o se aplica aos professores de n’vel
superior (ou seja, aos docentes das universidades), nos termos da lei (art.
19, ¤ 3¼, ADCT).

6.10 Ð Regime Previdenci‡rio dos Servidores Pœblicos:

O artigo 40 da CF/88 trata do regime previdenci‡rio aplic‡vel aos


servidores titulares de cargos efetivos da Uni‹o, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Munic’pios, inclu’das suas autarquias e funda•›es. Esse regime
previdenci‡rio Ž denominado RPPS (Regime Pr—prio de Previd•ncia Social) e
difere do RGPS (Regime Geral de Previd•ncia Social).

Enquanto o RPPS se aplica aos servidores pœblicos efetivos, o RGPS se


aplica:

a) aos trabalhadores celetistas;

b) aos agentes pœblicos ocupantes exclusivamente de cargos em


comiss‹o;

c) aos ocupantes de empregos pœblicos e;

d) aos ocupantes de fun•›es tempor‡rias.


                                                        
24
RE 167.635, Rel. Min. Maur’cio Corr•a, julgamento em 17-9-1996, Segunda Turma, DJde 7-
2-1997.
25
RE 187.955, Rel. Min. Sepœlveda Pertence, julgamento em 15-10-1999, Primeira
Turma,DJ de 5-11-1999. 

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Nesse t—pico da aula, iremos tratar do RPPS, que Ž aplic‡vel aos servidores
pœblicos titulares de cargos efetivos. Cabe destacar, desde j‡, que cada um
dos entes federativos ir‡ instituir regime de previd•ncia aplic‡vel a seus
servidores. Entretanto, esses regimes de previd•ncia dever‹o seguir as
diretrizes estabelecidas pelo art. 40, da Constitui•‹o Federal de 1988, que Ž
norma que vincula toda a Administra•‹o Pœblica, de todas as esferas da
federa•‹o.

Que tal lermos, juntos, o ÒcaputÓ do art. 40?

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da Uni‹o, dos


Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios, inclu’das suas
autarquias e funda•›es, Ž assegurado regime de previd•ncia de
car‡ter contributivo e solid‡rio, mediante contribui•‹o do respectivo
ente pœblico, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados critŽrios que preservem o equil’brio financeiro e atuarial
e o disposto neste artigo.

Depreende-se da leitura do ÒcaputÓ que o regime tem car‡ter contributivo e


solid‡rio. ƒ contributivo porque contribuem para o financiamento do sistema
(por meio de tributos) o ente pœblico, os servidores ativos e inativos e os
pensionistas. E Ž, tambŽm, solid‡rio, pois busca minimizar a
desigualdade social e garantir a todos os segurados condi•›es dignas de
vida por meio de tributa•‹o daqueles que podem arcar com esse ™nus,
inclusive de aposentados e pensionistas.

No art. 40, ¤ 1o, est‹o previstas as hip—teses de concess‹o de


aposentadoria pelo regime pr—prio dos servidores pœblicos estatut‡rios.
Vamos l•-lo na ’ntegra?

¤ 1¼ Os servidores abrangidos pelo regime de previd•ncia de que


trata este artigo ser‹o aposentados, calculados os seus proventos a
partir dos valores fixados na forma dos ¤¤ 3¼ e 17:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao
tempo de contribui•‹o, exceto se decorrente de acidente em
servi•o, molŽstia profissional ou doen•a grave, contagiosa ou
incur‡vel, na forma da lei;
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de
contribui•‹o, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e
cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo m’nimo de dez
anos de efetivo exerc’cio no servi•o pœblico e cinco anos no cargo
efetivo em que se dar‡ a aposentadoria, observadas as seguintes
condi•›es:

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a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribui•‹o, se


homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribui•‹o,
se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de
idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de
contribui•‹o.

Existem as seguintes formas de aposentadoria para os servidores pœblicos


estatut‡rios:

a) Aposentadoria por invalidez permanente: O servidor com


invalidez permanente ir‡ se aposentar com proventos proporcionais
ao tempo de contribui•‹o. Caso a invalidez seja decorrente de acidente
em servi•o, molŽstia profissional ou doen•a grave, contagiosa ou
incur‡vel, a lei definir‡ a forma de c‡lculo dos proventos. Em
‰mbito federal, a Lei n¼ 8.112/90 prev• que a aposentadoria por
invalidez decorrente de Òacidente em servi•o, molŽstia profissional ou
doen•a grave, contagiosa ou incur‡velÓ se dar‡ com proventos
integrais.

b) Aposentadoria compuls—ria: AtŽ a edi•‹o da EC n¼ 88/2015


(conhecida como ÒPEC da BengalaÓ), os servidores pœblicos federais,
estaduais e municipais deveriam se aposentar compulsoriamente aos 70
anos. Chegando aos 70 anos, n‹o havia outra alternativa sen‹o a
aposentadoria compuls—ria.

Com a EC n¼ 88/2015, a reda•‹o do art. 40, ¤ 1¼, II, foi modificada e


passou a prever que os servidores pœblicos ser‹o aposentados
compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75
(setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar.

Como se v•, trata-se de norma de efic‡cia limitada, dependente de


regulamenta•‹o para produzir todos os seus efeitos. AtŽ que fosse
editada a mencionada lei complementar, os servidores pœblicos
continuariam se aposentando compulsoriamente aos 70 anos de idade.

Todavia, a lei regulamentadora j‡ foi editada. ƒ a Lei Complementar n¼


152/2015, aplic‡vel aos servidores pœblicos de todas as esferas
federativas, bem como aos membros do Poder Judici‡rio, MinistŽrio
Pœblico, Defensorias Pœblicas e Tribunais de Contas. Assim, hoje, a
aposentadoria compuls—ria de servidores pœblicos j‡ se d‡ aos 75
(setenta e cinco) anos.

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A EC n¼ 88/2015 tambŽm inseriu um dispositivo no Ato das


Disposi•›es Constitucionais Transit—rias (ADCT), o qual
trata da aposentadoria compuls—ria dos Ministros do STF,
Ministros dos Tribunais Superiores e Ministros do TCU.

Segundo o art. 100, ADCT, enquanto n‹o entrar em vigor


a lei complementar mencionada no art. 40, , ¤ 1¼, II, os
Ministros do STF, Ministros dos Tribunais Superiores e
Ministros do TCU ir‹o se aposentar compulsoriamente
aos 75 (setenta e cinco) anos de idade. Trata-se de regra
de aplica•‹o autom‡tica, independente de edi•‹o de
qualquer norma regulamentadora.

ƒ relevante destacar que o art. 100, ADCT, estabelece que a


aposentadoria compuls—ria desses Ministros deve ser
realizada Ònas condi•›es do artigo 52, da Constitui•‹o
FederalÓ. Essa regra foi interpretada no sentido de que os
Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e do TCU, caso
desejem se aposentar ap—s os 70 (setenta) anos, devem se
submeter a uma nova sabatina pelo Senado Federal.

No ‰mbito da ADI n¼ 5316, que questiona a


constitucionalidade da Emenda Constitucional n¼ 88/2015, o
STF decidiu que Òa exig•ncia de nova sabatina para
perman•ncia de ministros no cargo viola o princ’pio da
separa•‹o dos Poderes, cl‡usula pŽtrea da Constitui•‹o
Federal, e compromete a independ•ncia e a liberdade dos
magistrados, que n‹o podem ter sua atua•‹o avaliada por
outro Poder, depois de anos de investidura no cargoÓ. Assim,
em medida cautelar na ADI n¼ 5316, o STF suspendeu os
efeitos da express‹o Ònas condi•›es do artigo 52 da
Constitui•‹o FederalÓ, que consta da reda•‹o da EC n¼
88/2015.

c) Aposentadoria volunt‡ria: O servidor poder‡ se aposentar


voluntariamente. Mas para isso dever‡ possuir tempo m’nimo de 10
(dez) anos de efetivo exerc’cio no servi•o pœblico e 5 (cinco) anos
de exerc’cio no cargo efetivo e, ainda, cumprir os seguintes
requisitos:

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- 60 anos de idade e 35 anos de contribui•‹o, se homem, e 55 anos de


idade e 30 anos de contribui•‹o, se mulher, com proventos calculados
com base nas contribui•›es do servidor, atualizadas 26; ou

- 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com


proventos proporcionais ao tempo de contribui•‹o.27

Vale destacar que, os requisitos de idade e tempo de contribui•‹o


ser‹o reduzidos em 5 (cinco) anos para o professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exerc’cio das fun•›es de magistŽrio na
educa•‹o infantil e no ensino fundamental e mŽdio. (art. 40, ¤ 5¼).

Segundo o STF, essa Òaposentadoria especialÓ deve ser concedida aos


professores ainda que esses n‹o desenvolvam a atividade de
magistŽrio exclusivamente em sala de aula. Assim, o tempo de
atividade como diretor ou coordenador pedag—gico tambŽm Ž computado
para fins de aposentadoria especial do professor.

Vale a pena observar que a lei n‹o poder‡ estabelecer qualquer forma de
contagem de tempo de contribui•‹o fict’cio (art. 40, ¤ 10).

Aposentadoria  Com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, em todos os 
por invalidez  casos, EXCETO quando a invalidez decorrer de acidente em serviço, 
permanente  moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, NA 
FORMA DA LEI 
Aposentadoria  Aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de 
compulsória  idade, na forma de lei complementar; 
Voluntária, após  60 anos de idade e 35 anos de contribuição, se homem; 
o tempo mínimo  55 anos de idade e 30 anos de contribuição, se mulher; 
de dez anos de   Proventos calculados com base nas contribuições do servidor, 
efetivo exercício  atualizadas 
no serviço   Professor ou professora que comprove exclusivamente tempo 
                                                        
26 O art. 1¼, da Lei n¼ 10.887/2004, ao regulamentar esse dispositivo, prev• que , no

c‡lculo dos proventos de aposentadoria, ser‡ considerada a mŽdia aritmŽtica


simples das maiores remunera•›es, utilizadas como base para as contribui•›es do
servidor aos regimes de previd•ncia a que esteve vinculado, correspondentes a 80%
(oitenta por cento) de todo o per’odo contributivo desde a compet•ncia julho de
1994 ou desde a do in’cio da contribui•‹o, se posterior ˆquela compet•ncia.
27
Na aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de contribui•‹o, sobre o
valor obtido nos termos do art. 1¼, da Lei n¼ 10.887/2004, h‡ a aplica•‹o de fra•‹o
que tem no numerador o tempo de contribui•‹o efetivo e no denominador o tempo de
contribui•‹o total exigido. Por exemplo, se um homem contribui 20 anos para o RPPS,
dever‡ ser multiplicada a fra•‹o 20/35 pelo valor obtido nos termos do art. 1¼, da Lei
n¼ 10.887/2004.

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público e cinco  de efetivo exercício das funções de magistério na educação 
anos no cargo  infantil e no ensino fundamental e médio: tempo de 
efetivo em que  contribuição e idade reduzidos em cinco anos (CF, art. 40, § 5º) 
se dará a  65 anos de idade, se homem; 
aposentadoria  60 anos de idade, se mulher; 
   Proventos proporcionais ao tempo de contribuição 

O art. 40, ¤ 2¼, CF/88 reza que os proventos de aposentadoria e as pens›es,


por ocasi‹o de sua concess‹o, n‹o poder‹o exceder a remunera•‹o do
respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou
que serviu de refer•ncia para a concess‹o da pens‹o. Note que essa veda•‹o
se restringe aos cargos efetivos. As regras previdenci‡rias para os
comissionados s‹o diferentes, estando estes submetidos ao regime geral de
previd•ncia social.

Por sua vez, o art. 40, ¤ 3¼, determina que para o c‡lculo dos proventos de
aposentadoria, por ocasi‹o da sua concess‹o, ser‹o consideradas as
remunera•›es utilizadas como base para as contribui•›es do servidor
aos regimes de previd•ncia pr—prios dos servidores titulares de cargo efetivo e
o art. 201, na forma da lei.

Esse dispositivo foi inserido pela EC n¼ 41/2003, que eliminou a


aposentadoria com proventos integrais (salvo no caso de invalidez
permanente que decorra de acidente em servi•o, molŽstia profissional ou
doen•a grave, contagiosa ou incur‡vel) para os servidores que ingressarem no
servi•o pœblico ap—s a sua promulga•‹o. Assim, para os servidores que
ingressaram no servi•o pœblico ap—s a EC n¼ 41/2003, n‹o cabe mais falar
em aposentadoria com proventos integrais; para eles, o valor da
aposentadoria ser‡ baseado na mŽdia das remunera•›es sobre as quais o
servidor contribuiu.28 Os valores dessas remunera•›es, de acordo com o ¤ 17
do mesmo artigo, ser‹o devidamente atualizados, na forma da lei.

Mesmo com o fim da aposentadoria com proventos integrais, continua v‡lida a


regra segundo a qual os proventos de aposentadoria e as pens›es, por ocasi‹o
de sua concess‹o, n‹o poder‹o exceder a remunera•‹o do respectivo servidor,
no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de refer•ncia
para a concess‹o da pens‹o.

O art. 40, ¤ 4¼, da Carta Magna veda a ado•‹o de requisitos e critŽrios


diferenciados para a concess‹o de aposentadoria aos abrangidos pelo regime
pr—prio dos servidores titulares de cargo efetivo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores portadores de
defici•ncia; que exer•am atividades de risco e cujas atividades sejam
                                                        
28
O c‡lculo exato se d‡ pela aplica•‹o da regra do art. 1¼, da Lei n¼ 10.887/2004.

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exercidas sob condi•›es especiais que prejudiquem a saœde ou a


integridade f’sica.

Assim, nessas tr•s situa•›es (servidores portadores de defici•ncia,


servidores que exer•am atividades de risco e servidores cujas atividades sejam
exercidas sob condi•›es especiais que prejudiquem a saœde ou a integridade
f’sica) admite-se a ado•‹o de requisitos e critŽrios diferenciados para a
concess‹o de aposentadoria aos servidores abrangidos pelo RPPS. Esses
requisitos e critŽrios diferenciados devem ser regulados, todavia, por lei
complementar, a qual ainda n‹o foi editada pelo Congresso Nacional.

Tendo em vista a omiss‹o do Congresso Nacional, foram muitos os mandados


de injun•‹o impetrados no STF, nos quais servidores pœblicos, por exercerem
atividades sob condi•›es especiais prejudiciais ˆ saœde ou ˆ integridade f’sica,
pleitearam a concess‹o de aposentadoria especial. O STF, em inœmeros
julgados, decidiu que, para viabilizar o exerc’cio do direito, a autoridade
administrativa respons‡vel pela concess‹o de aposentadoria deveria, por
analogia, aplicar o art. 57, da Lei n¼ 8.213/91 (Regime Geral de Previd•ncia
Social), que trata da aposentadoria especial.

Como os casos eram reiterados, o STF formulou a Sœmula Vinculante n¼ 33,


cujo enunciado deve cair bastante nos pr—ximos concursos:

ÒAplicam-se ao servidor pœblico, no que couber, as regras do regime


geral da previd•ncia social sobre aposentadoria especial de que
trata o artigo 40, ¤ 4¼, inciso III da Constitui•‹o Federal, atŽ a edi•‹o
de lei complementar espec’fica.Ó

Em outras palavras, enquanto n‹o for editada lei complementar versando


sobre concess‹o de aposentadoria especial a servidores pœblicos, a
Administra•‹o dever‡ aplicar, por analogia, as regras do RGPS acerca da
aposentadoria especial.

O art. 40, ¤ 7¼, CF/88, trata da concess‹o do benef’cio de pens‹o por morte:

¤ 7¼ Lei dispor‡ sobre a concess‹o do benef’cio de pens‹o por


morte, que ser‡ igual:
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, atŽ o
limite m‡ximo estabelecido para os benef’cios do regime geral de
previd•ncia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por
cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado ˆ data
do —bito; ou
II - ao valor da totalidade da remunera•‹o do servidor no cargo
efetivo em que se deu o falecimento, atŽ o limite m‡ximo
estabelecido para os benef’cios do regime geral de previd•ncia
social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da

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parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do


—bito.

A pergunta Ž a seguinte: qual o valor do benef’cio de pens‹o por morte?

Depende. Se o servidor que faleceu j‡ estivesse aposentado, o valor da


pens‹o por morte ser‡ a totalidade dos proventos do servidor falecido, atŽ o
teto estabelecido para os benef’cios do RGPS, acrescido de 70% da parcela
excedente a esse limite. Se o servidor que faleceu estivesse em atividade,
o valor da pens‹o por morte ser‡ a totalidade da remunera•‹o do servidor no
cargo efetivo em que se deu o falecimento, atŽ o limite estabelecido para os
benef’cios do RGPS, acrescido de 70% da parcela excedente a esse limite.

SERVIDOR  • TOTALIDADE  DOS  PROVENTOS  DO  SERVIDOR  FALECIDO, 


APOSENTADO  ATÉ  O  TETO  ESTABELECIDO  PARA  OS  BENEFÍCIOS  DO 
QUANDO DO  REGIME  GERAL,  ACRESCIDO  DE  70%  DA  PARCELA 
ÓBITO EXCEDENTE A ESSE LIMITE

SERVIDOR EM  • T OTALIDADE  DA  REMUNERAÇÃO  DO  SERVIDOR 


ATIVIDADE  FALECIDO,  ATÉ  O  TETO  ESTABELECIDO  PARA  OS 
QUANDO DO  BENEFÍCIOS  DO  REGIME  GERAL,  ACRESCIDO  DE  70%  DA 
ÓBITO  PARCELA EXCEDENTE A ESSE LIMITE

O art. 40, ¤¤ 8¼, CF/88 garante o reajustamento dos benef’cios


(aposentadoria e pens‹o por morte) para preservar-lhes, em car‡ter
permanente, o valor real, conforme critŽrios estabelecidos em lei. A Lei
8.213/91 disp›e sobre esse reajuste.

Sobre os proventos de aposentadoria e pens›es concedidos pelo RPPS (Regime


Pr—prio de Previd•ncia Social) que excederem o limite m‡ximo
estabelecido pelo RGPS (Regime Geral de Previd•ncia Social), haver‡ a
incid•ncia de contribui•‹o previdenci‡ria (art. 40, ¤18). Em outras
palavras, atŽ o teto do RGPS, n‹o h‡ incid•ncia de contribui•‹o previdenci‡ria;
ultrapassado esse valor, haver‡ incid•ncia da contribui•‹o.

Quando o benefici‡rio de aposentadoria ou pens‹o for portador de doen•a


incapacitante, a contribui•‹o previdenci‡ria incidir‡ somente sobre as
parcelas dos proventos de aposentadoria e pens‹o que superem o dobro do
limite m‡ximo estabelecido para o RGPS (art. 40, ¤ 21).

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TambŽm Ž relevante comentar sobre a ado•‹o de regime de previd•ncia


complementar, que Ž facultativa para cada ente federativo. Destaque-se
que o regime de previd•ncia complementar Ž institu’do por lei de iniciativa
privativa do Chefe do Poder Executivo. No ‰mbito federal, a Lei n¼
12.618/2012 instituiu o regime de previd•ncia complementar dos
servidores pœblicos federais.

¤ 14 - A Uni‹o, os Estados, o Distrito Federal e os Munic’pios, desde


que instituam regime de previd•ncia complementar para os seus
respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poder‹o fixar, para
o valor das aposentadorias e pens›es a serem concedidas pelo
regime de que trata este artigo, o limite m‡ximo estabelecido para
os benef’cios do regime geral de previd•ncia social de que trata o
art. 201.
¤ 15. O regime de previd•ncia complementar de que trata o ¤ 14
ser‡ institu’do por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo,
observado o disposto no art. 202 e seus par‡grafos, no que couber,
por intermŽdio de entidades fechadas de previd•ncia complementar,
de natureza pœblica, que oferecer‹o aos respectivos participantes
planos de benef’cios somente na modalidade de contribui•‹o
definida.
¤ 16 - Somente mediante sua prŽvia e expressa op•‹o, o disposto
nos ¤¤ 14 e 15 poder‡ ser aplicado ao servidor que tiver ingressado
no servi•o pœblico atŽ a data da publica•‹o do ato de institui•‹o do
correspondente regime de previd•ncia complementar.

O ¤14 estabelece que os entes federativos que instituam regime de


previd•ncia complementar poder‹o fixar, para o valor das aposentadorias e
pens›es, o limite m‡ximo do RGPS. O ¤16 garante que a ades‹o ao regime
de previd•ncia complementar ser‡ facultativa para os servidores que tenham
ingressado no servi•o pœblico antes da institui•‹o do regime.

Existe, ainda, o chamado abono de perman•ncia, regulado pelo art. 40, ¤19.
Esse benef’cio ser‡ concedido aos servidores que tenham cumprido os
requisitos para aposentadoria volunt‡ria e optado por permanecer em
atividade. O abono de perman•ncia Ž equivalente ao valor da sua
contribui•‹o previdenci‡ria atŽ completar as exig•ncias para aposentadoria
compuls—ria.

¤ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as


exig•ncias para aposentadoria volunt‡ria estabelecidas no ¤ 1¼, III,
ÒaÓ, e que opte por permanecer em atividade far‡ jus a um abono
de perman•ncia equivalente ao valor da sua contribui•‹o
previdenci‡ria atŽ completar as exig•ncias para aposentadoria
compuls—ria contidas no ¤ 1¼, II.

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Por fim, o art. 40, ¤ 20, da CF/88, veda a exist•ncia de mais de um


regime pr—prio de previd•ncia social para os servidores titulares de cargos
efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada
ente estatal. Essa regra visa a evitar a cria•‹o de regimes pr—prios
favorecidos para determinados cargos, garantindo a isonomia.

(UEG Ð 2015) A aposentadoria por invalidez, em regra,


ser‡ proporcional, mas, quando decorrente de acidente em
servi•o, molŽstia profissional ou doen•a grave, contagiosa ou
incur‡vel, na forma da lei, ser‡ integral.

Coment‡rios:

Em ‰mbito federal, a Lei n¼ 8.112/90 prev• que a


aposentadoria por invalidez decorrente de Òacidente em
servi•o, molŽstia profissional ou doen•a grave, contagiosa ou
incur‡velÓ se dar‡ com proventos integrais. Quest‹o
correta.

(UEG Ð 2015) ƒ assegurado, aos servidores pœblicos


titulares de cargos efetivos e em comiss‹o, regime pr—prio
de previd•ncia social, de car‡ter contributivo e solid‡rio,
mediante contribui•‹o social dos servidores ativos e inativos.

Coment‡rios:

Os servidores pœblicas ocupantes, exclusivamente, de cargos


em comiss‹o n‹o se sujeitam ao RPPS, mas sim ao RGPS.
Quest‹o errada.

7- Administra•‹o Tribut‡ria:

O artigo 37, XVIII, da Constitui•‹o, estabelece que a administra•‹o


fazend‡ria e seus servidores fiscais ter‹o, dentro de suas ‡reas de
compet•ncia e jurisdi•‹o, preced•ncia sobre os demais setores
administrativos, na forma da lei.

Esse artigo ressalta a import‰ncia da Administra•‹o Tribut‡ria e de seus


servidores para o Estado brasileiro, por serem eles os respons‡veis pela
arrecada•‹o de recursos indispens‡veis ˆ sua manuten•‹o. No inciso XXII s‹o
assegurados, inclusive, recursos priorit‡rios para a Administra•‹o

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tribut‡ria, podendo ser assegurados atŽ mesmo por vincula•‹o de receitas de


impostos:

XXII - as administra•›es tribut‡rias da Uni‹o, dos Estados, do


Distrito Federal e dos Munic’pios, atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras
espec’ficas, ter‹o recursos priorit‡rios para a realiza•‹o de suas
atividades e atuar‹o de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informa•›es fiscais, na forma
da lei ou conv•nio.

(TJ / SP Ð 2015) A Administra•‹o fazend‡ria e os


servidores que exercerem o controle interno ter‹o, dentro de
suas ‡reas de compet•ncia e jurisdi•‹o, preced•ncia sobre
os demais setores administrativos, na forma da lei.

Coment‡rios:

Os servidores que exercem o controle interno n‹o t•m a


prerrogativa de preced•ncia sobre os demais setores
administrativos. Essa prerrogativa Ž somente das
Administra•›es Tribut‡rias. Quest‹o errada.

8- Contrato de Gest‹o:

O contrato de gest‹o, tambŽm denominado acordo-programa, foi uma das


inova•›es trazida pela EC n¼ 19/98, que buscou implementar no Brasil a
denominada administra•‹o gerencial. Est‡ intimamente relacionado ao
princ’pio da efici•ncia na Administra•‹o Pœblica.

O contrato de gest‹o Ž um ajuste firmado entre —rg‹os da Administra•‹o


direta, entre um —rg‹o e entidade da Administra•‹o indireta ou entre
um —rg‹o e entidade paraestatal, qualificada como organiza•‹o social. Por
meio do contrato de gest‹o, o Poder Pœblico fixa metas de desempenho
para o —rg‹o ou entidade com quem foi celebrado o ajuste.

Vejamos, agora, o que disp›e o art. 37, ¤ 8¼, CF/88 sobre o contrato de
gest‹o:

¤ 8¼ A autonomia gerencial, or•ament‡ria e financeira dos —rg‹os e


entidades da administra•‹o direta e indireta poder‡ ser ampliada
mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder
pœblico, que tenha por objeto a fixa•‹o de metas de desempenho para o
—rg‹o ou entidade, cabendo ˆ lei dispor sobre:
I - o prazo de dura•‹o do contrato;

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II - os controles e critŽrios de avalia•‹o de desempenho, direitos,


obriga•›es e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remunera•‹o do pessoal.

Os objetivos do contrato de gest‹o variam, conforme se trate de pacto


firmado no ‰mbito da Administra•‹o ou entre a Administra•‹o e as
entidades paraestatais (organiza•›es sociais).

No primeiro caso, objetiva-se aumentar a autonomia gerencial, operacional


e financeira do —rg‹o ou entidade da Administra•‹o, de modo a permitir-lhe
atingir as metas estabelecidas no acordo. Cabe destacar que as autarquias ou
funda•›es pœblicas que celebrarem contrato de gest‹o com o Poder Pœblico
ser‹o qualificadas como ag•ncias executivas, cumpridos os requisitos legais.

No segundo caso, o efeito Ž contr‡rio: visa-se aumentar o controle sobre as


entidades paraestatais, que passam a obedecer a algumas regras de regime
jur’dico pœblico. Assim, restringe-se a autonomia da entidade privada. Por
meio do contrato de gest‹o celebrado com entidades paraestatais, o Poder
Pœblico transfere a presta•‹o de determinados servi•os pœblicos, n‹o
exclusivos de Estado.

A doutrina faz algumas cr’ticas ao instituto do acordo-programa. A principal


delas se refere ˆ impossibilidade de celebra•‹o de contrato pela Administra•‹o
Direta com seus pr—prios —rg‹os, por serem estes desprovidos de
personalidade jur’dica. Outra cr’tica importante Ž que o contrato n‹o Ž lei e,
portanto n‹o seria instrumento h‡bil para ampliar a autonomia financeira e
or•ament‡ria dos —rg‹os ou entidades que o firmarem.

9- Obrigatoriedade de Licita•‹o:

A Constitui•‹o, como forma de proteger os princ’pios da legalidade,


impessoalidade, moralidade e probidade, determinou a obrigatoriedade de
licita•‹o. Trata-se de procedimento formal, disciplinado em lei, de
observ‰ncia obrigat—ria para as aquisi•›es do Poder Pœblico (obras,
servi•os, compras). O art. 37, XXI, da Constitui•‹o Federal, determina que:

XXI - ressalvados os casos especificados na legisla•‹o, as obras,


servi•os, compras e aliena•›es ser‹o contratados mediante processo
de licita•‹o pœblica que assegure igualdade de condi•›es a todos os
concorrentes, com cl‡usulas que estabele•am obriga•›es de
pagamento, mantidas as condi•›es efetivas da proposta, nos termos
da lei, o qual somente permitir‡ as exig•ncias de qualifica•‹o
tŽcnica e econ™mica indispens‡veis ˆ garantia do cumprimento das
obriga•›es.

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A obrigatoriedade da licita•‹o, decorrente do princ’pio da indisponibilidade


do interesse pœblico, visa garantir ˆ Administra•‹o a proposta mais
vantajosa, possibilitando que todos ofere•am seus bens e servi•os aos —rg‹os
estatais. Busca-se, com isso, impedir conluios entre agentes pœblicos e
terceiros, que acarretam neg—cios desfavor‡veis para a Administra•‹o, ou,
ainda, favoritismos ou persegui•›es, que n‹o se coadunam com o princ’pio da
igualdade. Destaca-se, porŽm, que a Carta Magna permite que alguns casos
excepcionais sofram ressalva na legisla•‹o. Como se trata de situa•›es
excepcionais, as hip—teses em que a licita•‹o Ž afastada comp›em um rol
taxativo na legisla•‹o, em respeito ao car‡ter final’stico da norma
constitucional.

10- Improbidade Administrativa:

Os atos de improbidade administrativa possuem natureza civil e s‹o


tipificados em lei federal (Lei no 8.429/92). Caracterizam-se por ferirem,
direta ou indiretamente, os princ’pios da administra•‹o pœblica, por uma
conduta imoral do agente pœblico, que visa ou obter vantagens materiais
indevidas ou gerar preju’zos ao patrim™nio pœblico. Vejamos o que determina a
Carta da Repœblica, no art. 37:

¤ 4o Os atos de improbidade administrativa importar‹o a suspens‹o


dos direitos pol’ticos, a perda da fun•‹o pœblica, a indisponibilidade
dos bens e o ressarcimento ao er‡rio, na forma e grada•‹o previstas
em lei, sem preju’zo da a•‹o penal cab’vel.

Segundo a Lei n¼ 8.429/92, os atos de improbidade administrativa podem


ser de tr•s tipos: i) atos que importam enriquecimento il’cito; ii) atos que
causam preju’zo ao Er‡rio; iii) atos que atentam contra os princ’pios da
Administra•‹o Pœblica e; iv) atos de improbidade decorrentes de
concess‹o ou aplica•‹o indevida de benef’cio financeiro ou tribut‡rio.

No que se refere a esse tema, a cobran•a mais comum Ž o tipo de penalidade


a eles aplic‡vel:

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ADMINISTRATIVA
SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
IMPROBIDADE 
SANÇÕES À 

PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA

INDISPONIBILIDADE DOS BENS

RESSARCIMENTO AO ERÁRIO

(TRE / RR Ð 2015) Nos termos da Constitui•‹o Federal, os


atos de improbidade administrativa sujeitam o agente
’mprobo ˆs san•›es de perda da fun•‹o pœblica, suspens‹o
dos direitos pol’ticos, perda dos valores indevidamente
acrescidos a seu patrim™nio e multa civil.

Coment‡rios:

A CF/88 n‹o prev• multa civil como san•‹o ˆ improbidade


administrativa. Quest‹o errada.

11- Responsabilidade Civil do Estado:

A responsabilidade do Estado Ž extracontratual e de natureza civil. ƒ


extracontratual porque n‹o tem amparo em um contrato; Ž civil porque
consiste em uma obriga•‹o de indenizar por um dano causado.

A responsabilidade civil do Estado Ž objetiva, o que quer dizer que este ter‡ a
obriga•‹o de indenizar os danos que seus agentes, atuando nessa qualidade,
produzirem independentemente de terem agido com dolo ou culpa. ƒ
exatamente isso o que disp›e o art. 37, ¤ 6¼, CF/88:

¤ 6¼ - As pessoas jur’dicas de direito pœblico e as de direito


privado prestadoras de servi•os pœblicos responder‹o pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o respons‡vel nos casos de
dolo ou culpa.

A regra da responsabilidade civil objetiva Ž bastante abrangente,


alcan•ando:

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a) as pessoas jur’dicas de direito pœblico (—rg‹os pœblicos,


autarquias e funda•›es de direito pœblico).

b) as pessoas jur’dicas de direito privado prestadoras de servi•os


pœblicos (como exemplo, as empresas pœblicas e as sociedades de
economia mista prestadoras de servi•o pœblico). Observe que a
responsabilidade civil objetiva n‹o alcan•a as empresas pœblicas e
sociedades de economia mista que exploram atividades econ™micas.

c) as pessoas jur’dicas de direito privado que n‹o integram a


Administra•‹o Pœblica, mas que prestam servi•os pœblicos. ƒ o
caso das concession‡rias e permission‡rias de servi•os pœblicos.

Adota-se, no Brasil, a chamada teoria do risco administrativo. As pessoas


jur’dicas de direito pœblico e as pessoas jur’dicas de direito privado prestadoras
de servi•os pœblicos ter‹o a obriga•‹o de reparar os danos que seus
agentes, atuando nessa qualidade, produzirem a terceiros,
independentemente de dolo ou culpa.

A responsabilidade civil objetiva da Administra•‹o alcan•a os danos produzidos


a terceiros usu‡rios e n‹o usu‡rios do servi•o pœblico. Sobre o tema, j‡
decidiu o STF o seguinte:

ÒA responsabilidade civil das pessoas jur’dicas de direito privado


prestadoras de servi•o pœblico Ž objetiva relativamente a terceiros
usu‡rios, e n‹o usu‡rios do servi•o, segundo decorre do art. 37, ¤ 6¼, da
CFÓ. 29

O princ’pio da responsabilidade objetiva n‹o tem car‡ter absoluto, podendo


haver atenua•‹o ou atŽ mesmo exclus‹o da responsabilidade civil do Estado
em algumas situa•›es.

Segundo a teoria do risco administrativo, a obriga•‹o do Estado de indenizar


estar‡ afastada diante de excludentes de responsabilidade, quais sejam: i)
culpa exclusiva da v’tima; ii) caso fortuito ou for•a maior e; iii) fato
exclusivo de terceiros. Cabe destacar que, quando a culpa da v’tima for
concorrente com a do agente pœblico, a responsabilidade do Estado ser‡
mitigada, repartindo-se o ÒquantumÓ da indeniza•‹o.

ƒ relevante assinalar que o art. 37, ¤ 6¼, faz men•‹o ao Òdireito de


regressoÓ do Estado. O direito de regresso Ž exercido pela Administra•‹o
Pœblica mediante a•‹o judicial (denominada a•‹o regressiva) contra o agente
pœblico que deu causa ao dano, caso este tenha agido com dolo ou culpa.

                                                        
29
 RE 591.874. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. Julgamento: 26.08.2009. 

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Suponha, por exemplo, que um motorista de ™nibus de passageiros


(funcion‡rio de uma concession‡ria de servi•o pœblico) esteja trafegando em
velocidade superior ˆ m‡xima permitida para a via. Em raz‹o disso, ocorre um
acidente e o ™nibus colide com 2 (dois) autom—veis, causando-lhes grandes
preju’zos. A empresa de transporte (concession‡ria de servi•o pœblico) ter‡
que indenizar os particulares em virtude da responsabilidade civil objetiva do
Estado. Todavia, caber‡ a•‹o regressiva contra o motorista, em raz‹o de
este ter agido com imprud•ncia (ou seja, ter tido culpa).

Como regra geral, o Estado n‹o pode ser responsabilizado em virtude de


atos judiciais. Entretanto, h‡ uma exce•‹o: o Estado dever‡ indenizar o
condenado por erro judici‡rio, assim como aquele que ficar preso alŽm do
tempo fixado na senten•a (art. 5¼, LXXV). Observe que a responsabiliza•‹o do
Estado em virtude de erro judici‡rio se restringe ˆ esfera penal.

(Instituto Rio Branco Ð 2015) A regra da responsabilidade


civil objetiva aplica-se indistintamente ˆ administra•‹o direta e
ˆs entidades que comp›em a administra•‹o indireta da Uni‹o,
dos estados, do Distrito Federal e dos munic’pios.

Coment‡rios:

A regra da responsabilidade civil objetiva n‹o alcan•a as


empresas pœblicas e sociedades de economia mista que
exploram atividade econ™mica. Quest‹o errada.

(TJDFT Ð 2015) Caso ™nibus de empresa privada


concession‡ria de servi•o pœblico de transporte atropele
alguŽm, a responsabiliza•‹o da empresa ser‡ subjetiva pelo
fato de a v’tima n‹o estar na condi•‹o de usu‡ria do servi•o
pœblico no momento do acidente.

Coment‡rios:

A responsabilidade das concession‡rias de servi•o pœblico Ž


objetiva, seja em rela•‹o aos usu‡rios ou aos n‹o-usu‡rios do
servi•o pœblico. Quest‹o errada.

Quest›es Comentadas

1. (VUNESP / TCE-SP Ð 2017) Narciso Ž Procurador do Munic’pio


e, recentemente, assumiu um segundo cargo remunerado, com
hor‡rio compat’vel com o do seu primeiro cargo, em uma sociedade
de economia mista. Nessa situa•‹o, segundo o disposto na
Constitui•‹o Federal, Ž correto afirmar que Narciso:

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a) n‹o est‡ violando qualquer norma legal ou constitucional, uma vez que o
segundo cargo por ele assumido Ž em uma sociedade de direito privado.

b) incidiu na hip—tese de acumula•‹o ilegal de cargos.

c) n‹o est‡ violando a Constitui•‹o, uma vez que seu cargo no Munic’pio
permite a acumula•‹o com esse outro tipo de cargo.

d) estaria incorrendo em acumula•‹o proibida de cargos apenas se a lei que


regulamenta sua carreira contemple dispositivo que exija dedica•‹o exclusiva
ao cargo de Procurador.

e) n‹o estar‡ contrariando a Carta Magna ao ter assumido o segundo cargo,


desde que esse seja tŽcnico ou cient’fico.

Coment‡rios:

A acumula•‹o remunerada de cargos pœblicos Ž admitida nas hip—teses


elencadas no art. 37, XVI, CF/88:

Art. 37 (É)

XVI Ð Ž vedada a acumula•‹o remunerada de cargos pœblicos,


exceto, quando houver compatibilidade de hor‡rios, observado em
qualquer caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro tŽcnico ou cient’fico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saœde,


com profiss›es regulamentadas (...).

Na situa•‹o apresentada, Narciso est‡ incidindo em acumula•‹o ilegal de


cargos pœblicos. O cargo de Procurador e o emprego pœblico em sociedade de
economia mista n‹o s‹o acumul‡veis.

O gabarito Ž a letra B.

2. (VUNESP / TJ-SP Ð 2017) Luiz ocupa cargo em comiss‹o como


assessor em um —rg‹o pœblico federal para o qual foi nomeado sem
se submeter ˆ aprova•‹o prŽvia em concurso pœblico de provas ou
de provas e t’tulos. Descontente em rela•‹o ao seu vencimento, Luiz
entrou em greve, seguindo orienta•‹o do sindicato ao qual Ž
associado. Sobre essa situa•‹o, e levando-se em conta o que
estabelece a Constitui•‹o Federal, Ž correto afirmar que:

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a) Luiz, por ser servidor pœblico, goza do direito ˆ greve nos termos e nos
limites definidos em lei espec’fica.

b) Luiz, por ocupar cargo em comiss‹o, n‹o goza do direito ˆ greve.

c) a investidura de Luiz ao cargo n‹o obedece aos preceitos constitucionais.

d) Luiz, por ocupar cargo em comiss‹o, n‹o goza do direito ˆ livre associa•‹o
sindical.

e) Luiz, por ser servidor pœblico, n‹o goza do direito ˆ livre associa•‹o sindical.

Coment‡rios:

Letra A: correta. O direito de greve dos servidores pœblicos ser‡ exercido nos
termos e nos limites definidos em lei espec’fica (art. 37, VII, CF/88).

Letra B: errada. O direito de greve tambŽm Ž facultado aos ocupantes de


cargo em comiss‹o.

Letra C: errada. Os cargos em comiss‹o s‹o declarados em lei de livre


nomea•‹o e exonera•‹o e, portanto, independem de prŽvia aprova•‹o em
concurso pœblico.

Letra D e E: erradas. ƒ garantido ao servidor pœblico civil o direito ˆ livre


associa•‹o sindical (art. 37, VI, CF/88). Essa norma se aplica tanto aos
servidores ocupantes de cargo efetivo quanto ˆqueles que ocupam cargo em
comiss‹o.

O gabarito Ž a letra A.

3. (VUNESP / TJ-SP Ð 2017) Nos termos da Constitui•‹o Federal,


extinto o cargo, o servidor pœblico est‡vel ficar‡ em disponibilidade

a) com remunera•‹o proporcional ao tempo de servi•o, atŽ serem preenchidas


as condi•›es necess‡rias para sua aposentadoria.

b) com remunera•‹o integral, atŽ serem preenchidas as condi•›es necess‡rias


para sua aposentadoria.

c) com remunera•‹o integral, atŽ seu adequado aproveitamento em outro


cargo.

d) sem remunera•‹o, atŽ seu adequado aproveitamento em outro cargo.

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e) com remunera•‹o proporcional ao tempo de servi•o, atŽ seu adequado


aproveitamento em outro cargo.

Coment‡rios:

Segundo o art. 41, ¤ 3¼, CF/88, Òextinto o cargo ou declarada a sua


desnecessidade, o servidor est‡vel ficar‡ em disponibilidade, com
remunera•‹o proporcional ao tempo de servi•o, atŽ seu adequado
aproveitamento em outro cargoÓ.

O gabarito Ž a letra E.

4. (VUNESP / TJ-SP Ð 2017) Sobre os servidores pœblicos, a


Constitui•‹o Federal estabelece expressamente que:

a) lei da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios disciplinar‡ a


aplica•‹o de recursos or•ament‡rios provenientes da economia com despesas
correntes em cada —rg‹o, autarquia e funda•‹o, para aplica•‹o no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade.

b) os Poderes Executivo, Legislativo e Judici‡rio publicar‹o semestralmente os


valores do subs’dio e da remunera•‹o dos cargos e empregos pœblicos.

c) a Uni‹o, os Estados e o Distrito Federal manter‹o escolas de governo para a


forma•‹o e o aperfei•oamento dos servidores pœblicos, constituindo-se a
participa•‹o nos cursos um dos requisitos para a manuten•‹o do servidor na
carreira.

d) ato do chefe do Poder Executivo da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e


dos Munic’pios poder‡ estabelecer a rela•‹o entre a maior e a menor
remunera•‹o dos servidores pœblicos.

e) os detentores de mandato eletivo n‹o poder‹o ser remunerados


exclusivamente por subs’dio fixado em parcela œnica.

Coment‡rios:

Letra A: correta. Segundo o art. 39, ¤ 7¼, CF/88, Òlei da Uni‹o, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Munic’pios disciplinar‡ a aplica•‹o de recursos
or•ament‡rios provenientes da economia com despesas correntes em cada
—rg‹o, autarquia e funda•‹o, para aplica•‹o no desenvolvimento de programas
de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, moderniza•‹o,
reaparelhamento e racionaliza•‹o do servi•o pœblico, inclusive sob a forma de
adicional ou pr•mio de produtividadeÓ.

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Letra B: errada. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judici‡rio publicar‹o


anualmente os valores do subs’dio e da remunera•‹o dos cargos e empregos
pœblicos (art. 39, ¤ 7¼, CF/88).

Letra C: errada. Segundo o art. 39, ¤ 2¼, CF/88, Òa Uni‹o, os Estados e o


Distrito Federal manter‹o escolas de governo para a forma•‹o e o
aperfei•oamento dos servidores pœblicos, constituindo-se a participa•‹o nos
cursos um dos requisitos para a promo•‹o na carreira, facultada, para isso,
a celebra•‹o de conv•nios ou contratos entre os entes federadosÓ.

Letra D: errada. Segundo o art. 39, ¤ 5¼, CF/88, Òlei da Uni‹o, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Munic’pios poder‡ estabelecer a rela•‹o entre a maior e
a menor remunera•‹o dos servidores pœblicosÓ.

Letra E: errada. Os detentores de mandato eletivo ser‹o remunerados


==db2bc==

exclusivamente por subs’dio fixado em parcela œnica.

O gabarito Ž a letra A.

5. (VUNESP/ Prefeitura de Porto Ferreira Ð 2017) De acordo com


a Constitui•‹o Federal, ao servidor pœblico da Administra•‹o direta,
aut‡rquica e fundacional, no exerc’cio de mandato eletivo, aplica-se,
em regra, a seguinte disposi•‹o:

a) em qualquer caso que exija o afastamento para o exerc’cio de mandato


eletivo, seu tempo de servi•o ser‡ contado para todos os efeitos legais, exceto
para promo•‹o por merecimento.

b) em qualquer caso que exija o afastamento para o exerc’cio de mandato


eletivo, seu tempo de servi•o ser‡ contado para todos os efeitos legais, exceto
para benef’cio previdenci‡rio.

c) em qualquer caso que exija o afastamento para o exerc’cio de mandato


eletivo, seu tempo de servi•o n‹o ser‡ contado para todos os efeitos legais.

d) se investido no cargo de Prefeito, e havendo compatibilidade de hor‡rios,


perceber‡ as vantagens de seu cargo, emprego ou fun•‹o, sem preju’zo da
remunera•‹o do cargo eletivo.

e) tratando-se de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal,


ficar‡ afastado de seu cargo, emprego ou fun•‹o.

Coment‡rios:

Letra A: correta. ƒ o que determina o art. 38, IV, da Constitui•‹o.

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Letra B: errada. O tempo de servi•o do servidor pœblico no exerc’cio de


mandato eletivo, em qualquer caso que exija seu afastamento, ser‡ contado
para todos os efeitos legais, exceto para promo•‹o por merecimento.

Letra C: errada. Seu tempo de servi•o ser‡, sim, contado para todos os efeitos
legais, exceto para promo•‹o por merecimento.

Letra D: errada. Se investido no mandato de Prefeito, ser‡ afastado do


cargo, emprego ou fun•‹o, sendo-lhe facultado optar pela sua
remunera•‹o (art. 38, II, CF).

Letra E: errada. O mandato municipal n‹o significa, por si s—, o afastamento


de seu cargo, emprego ou fun•‹o. Isso porque se o servidor for investido no
mandato de Vereador, havendo compatibilidade de hor‡rios, perceber‡ as
vantagens de seu cargo, emprego ou fun•‹o, sem preju’zo da remunera•‹o do
cargo eletivo (art. 38, III, CF).

O gabarito Ž a letra A.

6. (VUNESP / TJM-SP Ð 2017) O servidor pœblico est‡vel s— perder‡


o cargo:

a) se preso em flagrante por crime inafian•‡vel.

b) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla


defesa.

c) no caso de extin•‹o do cargo.

d) quando posto em disponibilidade h‡ mais de cinco anos.

Coment‡rios:

A Carta Magna prev•, em seu artigo 41, ¤ 1o, que o servidor pœblico est‡vel
s— perder‡ o cargo:

I - em virtude de senten•a judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada


ampla defesa;

III - mediante procedimento de avalia•‹o peri—dica de desempenho,


na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

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No caso de extin•‹o do cargo, o servidor est‡vel fica em disponibilidade,


com remunera•‹o proporcional ao tempo de servi•o, atŽ seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

O gabarito Ž a letra B.

7. (VUNESP / CGM-SP Ð 2015) A empresa de direito privado ÒXÓ foi


regularmente contratada pelo Munic’pio para prestar determinado
servi•o pœblico. Durante a execu•‹o do servi•o, a empresa ÒXÓ, por
uma a•‹o do seu funcion‡rio, veio a causar preju’zo financeiro ˆ
empresa ÒYÓ, n‹o usu‡ria do referido servi•o. Nessa situa•‹o, segundo
o disposto na Constitui•‹o Federal e o entendimento do STF, a respeito
da eventual responsabilidade da empresa ÒXÓ, Ž correto afirmar que

a) n‹o responde diretamente pelo preju’zo causado, vez que essa


responsabilidade Ž do Munic’pio que a contratou.

b) responde por responsabilidade objetiva, mesmo a empresa ÒYÓ n‹o sendo


usu‡ria do servi•o.

c) responde por responsabilidade subjetiva, tendo em vista que a prejudicada


n‹o Ž usu‡ria do servi•o.

d) tem responsabilidade subsidi‡ria e o Munic’pio contratante responsabilidade


objetiva.

e) tem responsabilidade subjetiva e solid‡ria com o Munic’pio contratante.

Coment‡rios:

A quest‹o Ž baseada no art. 37, ¤ 6¼, CF/88, que disp›e o seguinte:

Art. 37 (...)

¤ 6¼ As pessoas jur’dicas de direito pœblico e as de direito privado


prestadoras de servi•os pœblicos responder‹o pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o respons‡vel nos casos de dolo ou culpa.

Sobre o tema, j‡ decidiu o STF que:

ÒA responsabilidade civil das pessoas jur’dicas de direito privado prestadoras


de servi•o pœblico Ž objetiva relativamente a terceiros usu‡rios, e n‹o
usu‡rios do servi•o, segundo decorre do art. 37, ¤ 6¼, da CFÓ.

O gabarito, portanto, Ž a letra B.

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8. (VUNESP / TJ-SP Ð 2014) O artigo 37, caput, da Constitui•‹o


Federal, dentre outros, estabelece como princ’pio da Administra•‹o
Pœblica a moralidade. Com lastro em tal princ’pio, Ž poss’vel o
reconhecimento da invalidade de um ato formalmente aperfei•oado de
acordo com a lei, mas comprovadamente ofensivo ˆ moralidade
administrativa. O racioc’nio ora exposto est‡:

a) parcialmente correto, na medida em que a anula•‹o s— ocorrer‡ se


caracterizado efetivo preju’zo financeiro ao er‡rio.

b) totalmente correto.

c) totalmente incorreto, visto ser imposs’vel a anula•‹o de ato produzido


formalmente de acordo com a lei.

d) parcialmente correto, na medida em que o princ’pio da moralidade


administrativa depende de lei complementar para sua aplica•‹o, a ser
elaborada.

Coment‡rios:

N‹o basta que o administrador pœblico atue conforme a lei; ele deve, para
alŽm disso, agir segundo os princ’pios da probidade e da boa fŽ, em respeito ˆ
moralidade administrativa. Dessa forma, um ato administrativo que esteja
de acordo com a lei, mas que seja ofensivo ˆ moralidade administrativa,
poder‡ ser anulado. O gabarito Ž a letra B.

9. (VUNESP/TJ SP Ð 2013) S‹o princ’pios constitucionais expressos


voltados ˆ administra•‹o pœblica direta e indireta:

a) celeridade e transpar•ncia.

b) isonomia e pessoalidade.

c) legalidade e imparcialidade.

d) moralidade e proporcionalidade.

e) legalidade e efici•ncia.

Coment‡rios:

A quest‹o cobra o conhecimento do ÒcaputÓ do art. 37, segundo o qual Òa


administra•‹o pœblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uni‹o, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios obedecer‡ aos princ’pios de

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legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•nciaÓ. O gabarito Ž


a letra E.

10. (VUNESP/PC SP Ð 2014) Prev• o art. 37 da Constitui•‹o Federal,


de forma expressa, que a administra•‹o pœblica direta e indireta de
qualquer dos Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios obedecer‡ aos princ’pios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e:

a) razoabilidade.

b) efici•ncia.

c) proporcionalidade.

d) unidade.

e) economicidade.

Coment‡rios:

Novamente, cobra-se o conhecimento dos princ’pios expressos da


administra•‹o pœblica previstos no ÒcaputÓ do art. 37 da Constitui•‹o:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia. O gabarito Ž a
letra B.

11. (VUNESP / PC-CE Ð 2015) ƒ vedada a acumula•‹o remunerada de


cargos pœblicos, exceto, quando houver compatibilidade de hor‡rios, a
de:

a) dois cargos cient’ficos com outro de professor.

b) um cargo de professor com outro tŽcnico ou cient’fico.

c) dois cargos tŽcnicos com outro de professor.

d) dois cargos de professor com outro tŽcnico, em autarquias ou funda•›es.

e) um cargo tŽcnico com outro cient’fico.

Coment‡rios:

ƒ poss’vel a acumula•‹o remunerada de um cargo de professor com outro


tŽcnico ou cient’fico, desde que haja compatibilidade de hor‡rios. A resposta
Ž a letra B.

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12. (VUNESP / TJ-SP Ð 2014) Paulo j‡ era titular de cargo efetivo de


professor na rede estadual de ensino quando foi aprovado em
concurso pœblico, para outro cargo de professor, em uma autarquia
federal. Tendo em vista o que estabelece a Constitui•‹o Federal acerca
da veda•‹o de acumula•‹o remunerada de cargos pœblicos, Paulo:

a) pode acumular os dois cargos de professor, desde que haja expressa


concord‰ncia dos —rg‹os pœblicos envolvidos aos quais estar‡ vinculado.

b) pode acumular os dois cargos de professor, desde que observe jornada de


trabalho n‹o superior a quatro horas di‡rias em cada —rg‹o pœblico a que
estar‡ vinculado.

c) pode acumular os dois cargos de professor, desde que haja compatibilidade


de hor‡rios.

d) n‹o pode acumular os dois cargos de professor.

e) pode acumular os dois cargos de professor, independentemente de haver


compatibilidade de hor‡rios, uma vez que a proibi•‹o de acumular n‹o se
estende a autarquias.

Coment‡rios:

ƒ poss’vel a acumula•‹o de dois cargos de professor, desde que haja


compatibilidade de hor‡rios. A resposta Ž a letra C.

13. (VUNESP/TJ SP Ð 2014) Com rela•‹o ˆs disposi•›es gerais


atinentes ˆ Administra•‹o Pœblica, sob o enfoque da Constitui•‹o
Federal, pode-se afirmar corretamente que:

a) Ž poss’vel, na forma da lei, a vincula•‹o ou equipara•‹o de quaisquer


espŽcies remunerat—rias para efeito de remunera•‹o de pessoal do servi•o
pœblico.

b) o prazo de validade do concurso pœblico ser‡ de atŽ dois anos, prorrog‡vel


sempre que necess‡rio, no m‡ximo duas vezes, na forma da lei.

c) a investidura em cargo ou emprego pœblico sempre depende de aprova•‹o


prŽvia em concurso pœblico exclusivamente de provas, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomea•›es para cargo em comiss‹o declarado em lei de livre
nomea•‹o e exonera•‹o.

d) o direito de greve ser‡ exercido nos termos e nos limites definidos em lei
espec’fica.

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Coment‡rios:

Letra A: errada. A Constitui•‹o veda, em seu art. 37, XIII, a vincula•‹o ou


equipara•‹o de quaisquer espŽcies remunerat—rias para o efeito de
remunera•‹o de pessoal do servi•o pœblico.

Letra B: errada. O prazo de validade do concurso pœblico ser‡ de atŽ dois


anos, prorrog‡vel uma vez, por igual per’odo (art. 37, III, CF).

Letra C: errada. A investidura em cargo ou emprego pœblico depende de


aprova•‹o prŽvia em concurso pœblico de provas ou de provas e t’tulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomea•›es para cargo em comiss‹o
declarado em lei de livre nomea•‹o e exonera•‹o. Para os cargos em
comiss‹o, n‹o h‡ necessidade, portanto, de prŽvia aprova•‹o em concurso.

Letra D: correta. ƒ o que determina o inciso VII do art. 37 da Constitui•‹o.

O gabarito Ž a letra D.

14. (VUNESP / TJ-PA Ð 2014) De acordo com a Constitui•‹o Federal,


desde que haja compatibilidade de hor‡rios, Ž permitida a acumula•‹o
de dois cargos pœblicos da mesma categoria para

a) enfermeiros e professores.

b) mŽdicos e policiais.

c) professores e ju’zes.

d) ju’zes e promotores.

e) policiais e professores

Coment‡rios:

ƒ poss’vel a acumula•‹o remunerada de 2 (dois) cargos de professores e,


tambŽm, de 2 (cargos) privativos de profissionais de saœde, com
profiss›es regulamentadas. A resposta Ž a letra A.

15. (VUNESP / TJ-PA Ð 2014) Para fins de aposentadoria, segundo a


Constitui•‹o Federal, s‹o exemplos de cargos pœblicos regidos pelo
regime geral da previd•ncia social:

a) de provimento efetivo.

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b) em comiss‹o.

c) de carreira.

d) estatut‡rios.

e) do Poder Judici‡rio.

Coment‡rios:

Os servidores ocupantes de cargo pœblico de provimento efetivo s‹o regidos


pelo RPPS (Regime Pr—prio de Previd•ncia Social). Por sua vez, os ocupantes
de empregos pœblicos, cargos em comiss‹o e de fun•›es tempor‡rias
s‹o regidos pelo RGPS (Regime Geral de Previd•ncia Social). A resposta Ž a
letra B.

16. (VUNESP / PM-SP Ð 2014) A Constitui•‹o Federal determina que


os servidores titulares de cargos efetivos abrangidos pelo regime da
previd•ncia ser‹o aposentados

a) compulsoriamente, aos setenta e cinco anos de idade, com proventos


proporcionais ao tempo de contribui•‹o.

b) compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos integrais.

c) voluntariamente, aos sessenta e cinco anos de idade, se homem; e sessenta


anos de idade, se mulher, com proventos integrais.

d) voluntariamente, aos sessenta anos de idade e trinta de contribui•‹o, se


homem; e cinquenta e cinco anos de idade e vinte e cinco de contribui•‹o, se
mulher.

e) por invalidez permanente decorrente de acidente em servi•o, com proventos


proporcionais ao tempo de contribui•‹o.

Coment‡rios:

Letra A: correta. A aposentadoria compuls—ria se d‡ aos 75 anos, com


proventos proporcionais ao tempo de contribui•‹o.

Letra B: errada. N‹o cabe falar em proventos integrais para a aposentadoria


de servidor pœblico.

Letra C e D: erradas. A aposentadoria volunt‡ria se d‡ aos 60 anos de idade


e 35 de contribui•‹o, se homem; e 55 anos de idade e 30 de
contribui•‹o, se mulher. N‹o cabe falar em aposentadoria com proventos

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integrais. Os proventos s‹o calculados com base nas contribui•›es do servidor,


atualizadas.

Letra E: errada. A aposentadoria por invalidez decorrente de acidente em


servi•o n‹o se d‡ com proventos proporcionais, mas sim com proventos
calculados com base nas contribui•›es do servidor, atualizadas.

O gabarito Ž a letra A.

17. (VUNESP / CETESB Ð 2013) Baldur Teseu, funcion‡rio est‡vel da


Administra•‹o Pœblica estadual, foi eleito para exercer o cargo de
Vereador Municipal. Considerando o disposto na Constitui•‹o Federal,
Ž correto afirmar que, investido no mandato de Vereador, Baldur:

a) ser‡ obrigado a afastar-se do seu cargo pœblico para exercer a verean•a e


n‹o poder‡ optar pela remunera•‹o.

b) ser‡ afastado do cargo, mesmo havendo compatibilidade de hor‡rios,


sendo-lhe facultado optar pela sua remunera•‹o.

c) n‹o poder‡ acumular os cargos, em virtude de proibi•‹o expressa da


Constitui•‹o, mesmo que haja compatibilidade de hor‡rios.

d) ter‡ que pedir demiss‹o do cargo que ocupa na Administra•‹o para assumir
a verean•a.

e) perceber‡ as vantagens de seu cargo, havendo compatibilidade de hor‡rios,


sem preju’zo da remunera•‹o do cargo eletivo.

Coment‡rios:

O servidor pœblico investido no mandato de Vereador poder‡ acumular os


dois cargos, desde que haja compatibilidade de hor‡rios. Se for o caso,
ele perceber‡ as vantagens de seu cargo, sem preju’zo da remunera•‹o do
cargo eletivo. A resposta, portanto, Ž a letra E.

18. (VUNESP / PC-SP Ð 2013) Considerando o disposto na


Constitui•‹o Federal, Ž correto afirmar que o servidor pœblico nomeado
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pœblico
adquire estabilidade

a) ap—s dois anos contados da sua nomea•‹o para o cargo e mediante a


avalia•‹o especial de desempenho por comiss‹o institu’da para essa finalidade.

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b) ap—s tr•s anos de efetivo exerc’cio no cargo e mediante a avalia•‹o tŽcnica


da sua chefia imediata que dever‡ ser ratificada pelo Secret‡rio de Estado da
respectiva Pasta.

c) ap—s dois anos de efetivo exerc’cio no cargo e mediante a avalia•‹o especial


de desempenho por comiss‹o institu’da para essa finalidade.

d) ap—s tr•s anos contados da sua nomea•‹o para o cargo e mediante a


avalia•‹o tŽcnica da sua chefia imediata que dever‡ ser ratificada pelo
Governador do Estado.

e) ap—s tr•s anos de efetivo exerc’cio no cargo e mediante a avalia•‹o especial


de desempenho por comiss‹o institu’da para essa finalidade.

Coment‡rios:

Segundo o art. 41, CF/88, s‹o est‡veis ap—s 3 (tr•s) anos de efetivo
exerc’cio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso pœblico. A estabilidade depende, ainda, de avalia•‹o
especial de desempenho por comiss‹o institu’da para essa finalidade. A
resposta Ž a letra E.

19. (VUNESP / PC-SP Ð 2013) Considerando o disposto na Carta


Magna brasileira, Ž correto afirmar sobre a estabilidade do servidor
pœblico:

a) o servidor pœblico est‡vel somente poder‡ perder o cargo por senten•a


judicial.

b) extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor est‡vel n‹o


poder‡ ser colocado em disponibilidade.

c) como condi•‹o para a aquisi•‹o da estabilidade, Ž obrigat—ria a avalia•‹o


especial de desempenho por comiss‹o institu’da para essa finalidade.

d) invalidada por senten•a judicial a demiss‹o do servidor est‡vel, ele n‹o


poder‡ ser reintegrado se o seu cargo j‡ estiver ocupado.

e) os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de


concurso pœblico s‹o est‡veis ap—s tr•s anos, contados da sua nomea•‹o.

Coment‡rios:

Letra A: errada. O servidor pœblico est‡vel poder‡ perder o cargo em


diversas situa•›es: i) em virtude de senten•a judicial transitada em julgado;
ii) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla

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defesa; e iii) mediante avalia•‹o peri—dica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

Letra B: errada. Uma vez que seja extinto o cargo ou declarada a sua
desnecessidade, o servidor est‡vel ficar‡ em disponibilidade, com
remunera•‹o proporcional ao tempo de servi•o, atŽ seu adequado
aproveitamento em outro cargo (art. 41, ¤ 3¼).

Letra C: correta. A aquisi•‹o de estabilidade depende de avalia•‹o especial


de desempenho por comiss‹o institu’da para essa finalidade.

Letra D: errada. Sendo invalidada por senten•a judicial a demiss‹o se servidor


est‡vel, ele ser‡ reintegrado. O eventual ocupante do cargo, se est‡vel, ser‡
reconduzido ao cargo de origem, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remunera•‹o proporcional ao tempo de servi•o (art. 41, ¤
2¼).

Letra E: errada. A estabilidade se d‡ ap—s 3 (tr•s) anos de efetivo exerc’cio.


N‹o se pode dizer, portanto, que esse per’odo come•a a contar da data da
nomea•‹o. O termo inicial Ž a entrada em exerc’cio.

O gabarito Ž a letra C.

20. (VUNESP / TJ-SP Ð 2013) Os servidores titulares de cargos


efetivos da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios
ser‹o aposentados voluntariamente, desde que cumprido tempo
m’nimo de dez anos de efetivo exerc’cio no servi•o pœblico e de cinco
anos no cargo efetivo em que se dar‡ a aposentadoria, observadas as
seguintes condi•›es, conforme estabelecido na Constitui•‹o Federal:

a) setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de


contribui•‹o.

b) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribui•‹o, se homem.

c) sessenta e cinco anos de idade, se homem, com proventos proporcionais ao


tempo de servi•o.

d) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribui•‹o, se mulher.

e) sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo


de servi•o.

Coment‡rios:

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A quest‹o pergunta acerca da aposentadoria volunt‡ria. Quais requisitos


precisam ser cumpridos?

A aposentadoria volunt‡ria se dar‡ com 60 anos de idade e 35 de


contribui•‹o, se homem; e 55 anos de idade e 30 de contribui•‹o, se
mulher. AlŽm disso, s‹o necess‡rios 10 anos de efetivo exerc’cio no servi•o
pœblico e 5 anos no cargo efetivo em que se dar‡ a aposentadoria. A resposta
Ž a letra B.

21. (VUNESP/MPE ES Ð 2013) A Constitui•‹o Federal veda a ado•‹o


de requisitos e critŽrios diferenciados para a concess‹o de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime pr—prio de previd•ncia dos
servidores pœblicos, ressalvados, nos termos definidos em leis
complementares, os casos, entre outros, de servidores:

a) que exer•am o magistŽrio na educa•‹o b‡sica e no ensino superior.

b) da administra•‹o fazend‡ria e seus servidores fiscais.

c) de carreira do Estado.

d) pertencentes aos quadros do MinistŽrio Pœblico e da Magistratura.

e) portadores de defici•ncia.

Coment‡rios:

A CF/88 (art. 40, ¤ 4¼) veda a ado•‹o de requisitos e critŽrios


diferenciados para a concess‹o de aposentadoria aos abrangidos pelo
regime pr—prio de previd•ncia dos servidores pœblicos, ressalvados, nos
termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

- portadores de defici•ncia;

- que exer•am atividades de risco;

- cujas atividades sejam exercidas sob condi•›es especiais que prejudiquem a


saœde ou a integridade f’sica.

A letra E Ž o gabarito da quest‹o.

22. (VUNESP/TJ SP Ð 2013) Sobre os cargos e fun•›es pœblicas, Ž


poss’vel afirmar que a Constitui•‹o Federal:

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a) imp›e ˆ administra•‹o pœblica indireta as mesmas regras proibitivas sobre a


acumula•‹o remunerada de cargos pœblicos voltadas ˆ administra•‹o pœblica
direta.

b) veda a defini•‹o de critŽrios de admiss‹o de pessoas portadoras de


defici•ncia a cargos e empregos pœblicos.

c) condiciona a nomea•‹o em cargos em comiss‹o ˆ aprova•‹o prŽvia em


concurso pœblico de provas ou de provas e t’tulos.

d) restringe o exerc’cio das fun•›es de confian•a exclusivamente aos


servidores ocupantes de cargo efetivo com atribui•›es de natureza gerencial,
or•ament‡ria e financeira.

e) permite a acumula•‹o remunerada de dois cargos ou empregos privativos


profissionais de saœde, ainda que a profiss‹o n‹o esteja regulamentada.

Coment‡rios:

Letra A: correta. Segundo o art. 37, XVII, Òa proibi•‹o de acumular estende-


se a empregos e fun•›es e abrange autarquias, funda•›es, empresas pœblicas,
sociedades de economia mista, suas subsidi‡rias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo poder publicoÓ.

Letra B: errada. Segundo o art. 37, VIII, Òa lei reservar‡ percentual dos cargos
e empregos pœblicos para as pessoas portadoras de defici•ncia e definir‡
os critŽrios de sua admiss‹oÓ.

Letra C: errada. No caso de nomea•‹o para cargos em comiss‹o, n‹o se exige


aprova•‹o em concurso pœblico (art. 37, II, CF).

Letra D: errada. A CF/88 restringe o exerc’cio das fun•›es de confian•a


exclusivamente aos servidores de cargo efetivo (art. 37, V, CF). Mas n‹o h‡
necessidade de que esses servidores ocupem cargos com atribui•›es de
natureza gerencial, or•ament‡ria e financeira.

Letra E: errada. Para que seja permitida a acumula•‹o, Ž necess‡rio que essas
profiss›es sejam regulamentadas (art. 37, XVI, ÒcÓ, CF).

O gabarito Ž a letra A.

23. (VUNESP / TJ-SP Ð 2012) Os servidores nomeados para cargo de


provimento efetivo, em virtude de concurso pœblico, adquirem
estabilidade ap—s

a) 03 (tr•s) anos de efetivo exerc’cio.

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b) 03 (tr•s) anos da data da sua nomea•‹o no Di‡rio Oficial.

c) 02 (dois) anos da data da nomea•‹o no Di‡rio Oficial.

d) 02 (dois) anos da data da posse.

e) 02 (dois) anos de efetivo exerc’cio.

Coment‡rios:

Essa era uma quest‹o bastante simples! A aquisi•‹o de estabilidade depende


de 3 anos de efetivo exerc’cio e de avalia•‹o especial de desempenho por
comiss‹o institu’da para essa finalidade. A resposta Ž a letra A.

24. (VUNESP / TJ-SP Ð 2012) TŽrcio Romano Ž empregado na ‡rea


administrativa de uma sociedade de economia mista e foi convidado
para ser assessor de um Vereador do Munic’pio onde Ž domiciliado.
TŽrcio tem dœvida se pode, legalmente, aceitar a indica•‹o para este
cargo em comiss‹o remunerado.

Nessa situa•‹o, com base no que disp›e a Constitui•‹o Federal sobre a


acumula•‹o de cargos pœblicos, Ž correto afirmar que TŽrcio

a) est‡ autorizado a acumular o cargo pœblico com o emprego, uma vez que,
em ambos, TŽrcio exercer‡ fun•›es tŽcnicas, que admitem a acumula•‹o.

b) poder‡ acumular o cargo pœblico com o seu empre-go, uma vez que este Ž
vinculado a uma sociedade de economia mista, o que n‹o impede a
acumula•‹o de cargos no servi•o pœblico.

c) n‹o poder‡ acumular o cargo de assessor de Vereador com o seu emprego,


por veda•‹o Constitucional, ex-ceto se for exercer fun•‹o tŽcnica ou na ‡rea
da saœde.

d) n‹o poder‡ aceitar o cargo de assessor do Vereador, sob pena de violar a


Constitui•‹o, que n‹o permite tal acumula•‹o.

e) poder‡ acumular o cargo pœblico com o seu emprego, apenas se houver


compatibilidade de hor‡rios.

Coment‡rios:

A CF/88 autoriza a acumula•‹o remunerada de cargos pœblicos nas


seguintes situa•›es: i) 2 cargos de professor; ii) 1 cargo de professor com 1
cargo tŽcnico ou cient’fico e; iii) 2 cargos privativos de profissionais de saœde,
com profiss›es regulamentadas.

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A situa•‹o apresentada no enunciado n‹o se enquadra em nenhuma dessas


hip—teses. TŽrcio n‹o poder‡ acumular o cargo de empregado na sociedade de
economia mista com o cargo de assessor. Portanto, a resposta Ž a letra D.

25. (VUNESP / Unesp - 2012) Os cargos, empregos e fun•›es


pœblicas s‹o acess’veis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, sendo o acesso vedado aos estrangeiros.

Coment‡rios:

O acesso a cargos pœblicos n‹o Ž vedado aos estrangeiros. A CF/88 apenas


exige lei autorizadora. Quest‹o incorreta.

26. (VUNESP / Unesp - 2012) O prazo de validade do concurso


pœblico ser‡ de atŽ tr•s anos, prorrog‡vel uma vez, por igual per’odo.

Coment‡rios:

O prazo de validade do concurso Ž de atŽ dois anos (e n‹o tr•s!), prorrog‡vel


uma vez, por igual per’odo (art. 37, III, CF). Quest‹o incorreta.

27. (VUNESP / TJ-MS - 2009) As fun•›es de confian•a, exercidas


exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos
em comiss‹o, a serem preenchidos por servidores de carreira,
destinam-se apenas aos cargos tŽcnicos.

Coment‡rios:

As fun•›es de confian•a, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes


de cargo efetivo, e os cargos em comiss‹o, a serem preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condi•›es e percentuais m’nimos previstos
em lei, destinam-se apenas ˆs atribui•›es de dire•‹o, chefia e
assessoramento. Quest‹o incorreta.

28. (VUNESP/PC SP Ð 2014) Nos termos da Constitui•‹o Federal, os


cargos em comiss‹o, a serem preenchidos por servidores de carreira
nos casos, condi•›es e percentuais m’nimos previstos em lei,
destinam-se, entre outras hip—teses, apenas ˆs atribui•›es:

a) Pol’ticas.

b) TŽcnicas.

c) Burocr‡ticas.

d) De dire•‹o.

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e) Administrativas.

Coment‡rios:

Os cargos em comiss‹o destinam-se apenas ˆs atribui•›es de dire•‹o, chefia


e assessoramento (art. 37, V, CF). O gabarito Ž a letra D.

29. (VUNESP/PC SP Ð 2014) Assinale a alternativa que contempla um


tipo de cargo pœblico que admite acumula•‹o com outro do mesmo
tipo, quando houver compatibilidade de hor‡rios.

a) Professor.

b) Delegado de Pol’cia.

c) Defensor pœblico.

d) Procurador pœblico.

e) Oficial administrativo.

Coment‡rios:

A Carta Magna (art. 37, XVI) permite a acumula•‹o dos seguintes cargos
pœblicos, quando houver compatibilidade de hor‡rios:

- Dois cargos de professor;

- Um cargo de professor com outro tŽcnico ou cient’fico;

- Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saœde, com profiss›es


regulamentadas.

A letra A Ž o gabarito.

30. (VUNESP / Unesp - 2012) ƒ garantido ao servidor pœblico civil o


direito ˆ livre associa•‹o sindical.

Coment‡rios:

Segundo o art. 37, VI, CF/88, Ž garantido ao servidor pœblico civil o direito ˆ
livre associa•‹o sindical. Quest‹o correta.

31. (VUNESP / TJ-SP - 2002) A proibi•‹o de acumula•‹o remunerada


de cargos pœblicos estende-se a empregos e fun•›es e abrange a

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administra•‹o direta e a indireta, excetuadas as sociedades de


economia mista, que est‹o submetidas a regime jur’dico pr—prio.

Coment‡rios:

Determina o inciso XVII da Constitui•‹o Federal que a proibi•‹o de acumular


estende-se a empregos e fun•›es e abrange autarquias, funda•›es, empresas
pœblicas, sociedades de economia mista, suas subsidi‡rias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pœblico. Quest‹o errada.

32. (VUNESP / TJ-SP - 2010) Somente por decreto do chefe do Poder


Executivo poder‹o ser criadas autarquias e funda•›es pœblicas, bem
como de suas subsidi‡rias ou coligadas.

Coment‡rios:

Somente por lei espec’fica poder‡ ser criada autarquia e autorizada a


institui•‹o de empresa pœblica, de sociedade de economia mista e de
funda•‹o. A cria•‹o de suas subsidi‡rias depende de autoriza•‹o legislativa,
assim como a sua participa•‹o em empresa privada. Fundamento: art. 37, XIX
e XX, CF. Quest‹o errada.

33. (VUNESP / PC-CE Ð 2015) Na forma do que prev• expressamente


a Constitui•‹o Federal, os atos de improbidade administrativa
importar‹o, entre outras san•›es, a

a) cassa•‹o dos direitos pol’ticos.

b) pagamento de cestas b‡sicas

c) deten•‹o.

d) presta•‹o de servi•os ˆ comunidade

e) indisponibilidade de bens.

Coment‡rios:

Os atos de improbidade administrativa resultam na suspens‹o dos direitos


pol’ticos, perda da fun•‹o pœblica, indisponibilidade dos bens e
ressarcimento ao er‡rio. A resposta Ž a letra E.

34. (VUNESP/PC SP Ð 2014) Para quem comete ato de improbidade


administrativa, a Constitui•‹o Federal prev•, entre outras, a seguinte
pena:

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a) jubila•‹o.

b) trabalhos for•ados.

c) cassa•‹o dos direitos pol’ticos.

d) indisponibilidade dos bens.

e) pris‹o perpŽtua.

Coment‡rios:

Cobra-se o par‡grafo 4o do art. 37 da Constitui•‹o, segundo o qual Òos atos de


improbidade administrativa importar‹o a suspens‹o dos direitos pol’ticos,
a perda da fun•‹o pœblica, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao er‡rio, na forma e grada•‹o previstas em lei, sem preju’zo
da a•‹o penal cab’velÓ. Vale a pena lembrar que as penas de trabalhos
for•ados, cassa•‹o dos direitos pol’ticos e pris‹o perpŽtua s‹o vedadas pela
Constitui•‹o. A letra D Ž o gabarito.

35. (VUNESP/PC SP Ð 2014) Os atos de improbidade administrativa


importar‹o, nos termos da Constitui•‹o Federal, dentre outros,

a) a pris‹o provis—ria, sem direito ˆ fian•a.

b) a indisponibilidade dos bens.

c) a impossibilidade de deixar o pa’s.

d) a suspens‹o dos direitos civis.

e) o pagamento de multa ao Fundo de Prote•‹o Social.

Coment‡rios:

A quest‹o cobra o conhecimento do par‡grafo 4o do art. 37 da Constitui•‹o,


segundo o qual Òos atos de improbidade administrativa importar‹o a
suspens‹o dos direitos pol’ticos, a perda da fun•‹o pœblica, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao er‡rio, na forma e
grada•‹o previstas em lei, sem preju’zo da a•‹o penal cab’velÓ. A letra B Ž o
gabarito.

36. (VUNESP / PC-SP Ð 2013) Assinale a alternativa correta a


respeito da Administra•‹o Pœblica.

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a) As pessoas jur’dicas de direito pœblico e as de direito privado prestadoras de


servi•os pœblicos responder‹o pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, sendo vedado o regresso contra o agente respons‡vel
nos casos de dolo ou culpa.

b) Os acrŽscimos pecuni‡rios percebidos por servidor pœblico dever‹o ser


computados ou acumulados para fins de concess‹o de acrŽscimos ulteriores,
na forma da lei.

c) A investidura em cargo ou emprego pœblico depende de aprova•‹o prŽvia


em concurso pœblico de provas ou de provas e t’tulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
incluindo as nomea•›es para cargo em comiss‹o declarado em lei de livre
nomea•‹o e exonera•‹o.

d) As fun•›es de confian•a, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes


de cargo efetivo, e os cargos em comiss‹o, a serem preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condi•›es e percentuais m’nimos previstos
em lei, destinam-se apenas ˆs atribui•›es de dire•‹o, chefia e
assessoramento.

e) O prazo de validade do concurso pœblico ser‡ de atŽ tr•s anos, prorrog‡vel


uma vez, por igual per’odo.

Coment‡rios:

Letra A: errada. ƒ assegurado o direito de regresso contra o agente


respons‡vel no caso de dolo ou culpa.

Letra B: errada. Segundo o art. 37, XIV, Òos acrŽscimos pecuni‡rios percebidos
por servidor pœblico n‹o ser‹o computados nem acumulados para fins de
concess‹o de acrŽscimos ulterioresÓ.

Letra C: errada. As nomea•›es para cargos em comiss‹o declarados em lei de


livre nomea•‹o e exonera•‹o independem de prŽvia aprova•‹o em
concurso pœblico.

Letra D: correta. ƒ isso mesmo. As fun•›es de confian•a e os cargos em


comiss‹o destinam-se apenas ˆs fun•›es de dire•‹o, chefia e assessoramento.

Letra E: errada. O prazo de validade do concurso pœblico ser‡ de atŽ 2 (dois)


anos, prorrog‡vel uma vez, por igual per’odo.

O gabarito Ž a letra D.

37. (VUNESP / SPTrans Ð 2012) Assinale a alternativa correta.

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a) Somente por lei complementar espec’fica poder‡ ser criada autarquia e


autorizada a institui•‹o de empresa pœblica, de sociedade de economia mista e
de funda•‹o.

b) Os atos de improbidade administrativa importar‹o a suspens‹o dos direitos


pol’ticos, a perda da fun•‹o pœblica, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao er‡rio, na forma e grada•‹o previstas em lei, impedindo a
propositura de a•‹o penal.

c) Os Poderes Executivo, Legislativo e Judici‡rio publicar‹o semestralmente os


valores do subs’dio e da remunera•‹o dos cargos e empregos pœblicos.

d) Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comiss‹o declarado em


lei de livre nomea•‹o e exonera•‹o, aplica-se o regime estatut‡rio.

e) A administra•‹o fazend‡ria e seus servidores fiscais ter‹o, dentro de suas


‡reas de compet•ncia e jurisdi•‹o, preced•ncia sobre os demais setores
administrativos, na forma da lei.

Coment‡rios:

Letra A: errada. N‹o h‡ necessidade de lei complementar. Uma lei ordin‡ria


pode criar autarquia e autorizar a institui•‹o de empresa pœblica, sociedade de
economia mista e funda•‹o.

Letra B: errada. N‹o h‡ impedimento ˆ propositura de a•‹o penal. Todas as


penalidade elencadas como consequ•ncia de um ato de improbidade
administrativa (suspens‹o dos direitos pol’ticos, perda da fun•‹o pœblica,
indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao er‡rio) s‹o aplicadas sem
preju’zo da a•‹o penal cab’vel.

Letra C: errada. Segundo o art. 39, ¤ 6¼ Os Poderes Executivo, Legislativo e


Judici‡rio publicar‹o anualmente os valores do subs’dio e da remunera•‹o
dos cargos e empregos pœblicos.

Letra D: errada. O regime estatut‡rio aplica-se apenas aos servidores


ocupantes de cargos de provimento efetivo.

Letra E: correta. Segundo o artigo 37, XVIII, CF/88, a administra•‹o


fazend‡ria e seus servidores fiscais ter‹o, dentro de suas ‡reas de
compet•ncia e jurisdi•‹o, preced•ncia sobre os demais setores
administrativos, na forma da lei.

O gabarito Ž a letra E.

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38. (VUNESP / TJ-MS - 2009) A autonomia gerencial e financeira dos


—rg‹os e entidades da administra•‹o direta e indireta n‹o poder‡ ser
ampliada mediante contrato, cabendo exclusivamente ˆ lei dispor
sobre a matŽria.

Coment‡rios:

A autonomia gerencial e financeira dos —rg‹os e entidades da


administra•‹o direta e indireta pode, sim, ser ampliada por meio do contrato
de gest‹o (art. 37, ¤ 8¼, CF). Quest‹o incorreta.

39. (VUNESP / OAB-RN - 2003) N‹o influi no julgamento acerca da


responsabilidade civil da Administra•‹o o fato de a v’tima ter
concorrido para o evento danoso.

Coment‡rios:

Quando a culpa Ž exclusiva da v’tima, exclui-se a responsabilidade do Estado;


quando Ž concorrente, esta Ž mitigada. Assim, o fato de a v’tima ter concorrido
para o evento danoso influencia no julgamento acerca da responsabilidade civil
do Estado. Quest‹o incorreta.

40. (VUNESP / OAB-RN - 2003) As pessoas jur’dicas de direito


pœblico e as de direito privado prestadoras de servi•os pœblicos
responder‹o pelos danos que seus agentes, em qualquer circunst‰ncia,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
respons‡vel nos casos de dolo ou culpa.

Coment‡rios:

A responsabilidade civil do Estado s— se aplica quando os agentes pœblicos


causarem o dano agindo nessa qualidade (e n‹o em qualquer
circunst‰ncia!). Quest‹o errada.

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Lista de Quest›es

1. (VUNESP / TCE-SP Ð 2017) Narciso Ž Procurador do Munic’pio


e, recentemente, assumiu um segundo cargo remunerado, com
hor‡rio compat’vel com o do seu primeiro cargo, em uma sociedade
de economia mista. Nessa situa•‹o, segundo o disposto na
Constitui•‹o Federal, Ž correto afirmar que Narciso:

a) n‹o est‡ violando qualquer norma legal ou constitucional, uma vez que o
segundo cargo por ele assumido Ž em uma sociedade de direito privado.

b) incidiu na hip—tese de acumula•‹o ilegal de cargos.

c) n‹o est‡ violando a Constitui•‹o, uma vez que seu cargo no Munic’pio
permite a acumula•‹o com esse outro tipo de cargo.

d) estaria incorrendo em acumula•‹o proibida de cargos apenas se a lei que


regulamenta sua carreira contemple dispositivo que exija dedica•‹o exclusiva
ao cargo de Procurador.

e) n‹o estar‡ contrariando a Carta Magna ao ter assumido o segundo cargo,


desde que esse seja tŽcnico ou cient’fico.

2. (VUNESP / TJ-SP Ð 2017) Luiz ocupa cargo em comiss‹o como


assessor em um —rg‹o pœblico federal para o qual foi nomeado sem
se submeter ˆ aprova•‹o prŽvia em concurso pœblico de provas ou
de provas e t’tulos. Descontente em rela•‹o ao seu vencimento, Luiz
entrou em greve, seguindo orienta•‹o do sindicato ao qual Ž
associado. Sobre essa situa•‹o, e levando-se em conta o que
estabelece a Constitui•‹o Federal, Ž correto afirmar que:

a) Luiz, por ser servidor pœblico, goza do direito ˆ greve nos termos e nos
limites definidos em lei espec’fica.

b) Luiz, por ocupar cargo em comiss‹o, n‹o goza do direito ˆ greve.

c) a investidura de Luiz ao cargo n‹o obedece aos preceitos constitucionais.

d) Luiz, por ocupar cargo em comiss‹o, n‹o goza do direito ˆ livre associa•‹o
sindical.

e) Luiz, por ser servidor pœblico, n‹o goza do direito ˆ livre associa•‹o sindical.

3. (VUNESP / TJ-SP Ð 2017) Nos termos da Constitui•‹o Federal,


extinto o cargo, o servidor pœblico est‡vel ficar‡ em disponibilidade

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a) com remunera•‹o proporcional ao tempo de servi•o, atŽ serem preenchidas


as condi•›es necess‡rias para sua aposentadoria.

b) com remunera•‹o integral, atŽ serem preenchidas as condi•›es necess‡rias


para sua aposentadoria.

c) com remunera•‹o integral, atŽ seu adequado aproveitamento em outro


cargo.

d) sem remunera•‹o, atŽ seu adequado aproveitamento em outro cargo.

e) com remunera•‹o proporcional ao tempo de servi•o, atŽ seu adequado


aproveitamento em outro cargo.

4. (VUNESP / TJ-SP Ð 2017) Sobre os servidores pœblicos, a


Constitui•‹o Federal estabelece expressamente que:

a) lei da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios disciplinar‡ a


aplica•‹o de recursos or•ament‡rios provenientes da economia com despesas
correntes em cada —rg‹o, autarquia e funda•‹o, para aplica•‹o no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade.

b) os Poderes Executivo, Legislativo e Judici‡rio publicar‹o semestralmente os


valores do subs’dio e da remunera•‹o dos cargos e empregos pœblicos.

c) a Uni‹o, os Estados e o Distrito Federal manter‹o escolas de governo para a


forma•‹o e o aperfei•oamento dos servidores pœblicos, constituindo-se a
participa•‹o nos cursos um dos requisitos para a manuten•‹o do servidor na
carreira.

d) ato do chefe do Poder Executivo da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e


dos Munic’pios poder‡ estabelecer a rela•‹o entre a maior e a menor
remunera•‹o dos servidores pœblicos.

e) os detentores de mandato eletivo n‹o poder‹o ser remunerados


exclusivamente por subs’dio fixado em parcela œnica.

5. (VUNESP/ Prefeitura de Porto Ferreira Ð 2017) De acordo com


a Constitui•‹o Federal, ao servidor pœblico da Administra•‹o direta,
aut‡rquica e fundacional, no exerc’cio de mandato eletivo, aplica-se,
em regra, a seguinte disposi•‹o:

a) em qualquer caso que exija o afastamento para o exerc’cio de mandato


eletivo, seu tempo de servi•o ser‡ contado para todos os efeitos legais, exceto
para promo•‹o por merecimento.

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b) em qualquer caso que exija o afastamento para o exerc’cio de mandato


eletivo, seu tempo de servi•o ser‡ contado para todos os efeitos legais, exceto
para benef’cio previdenci‡rio.

c) em qualquer caso que exija o afastamento para o exerc’cio de mandato


eletivo, seu tempo de servi•o n‹o ser‡ contado para todos os efeitos legais.

d) se investido no cargo de Prefeito, e havendo compatibilidade de hor‡rios,


perceber‡ as vantagens de seu cargo, emprego ou fun•‹o, sem preju’zo da
remunera•‹o do cargo eletivo.

e) tratando-se de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal,


ficar‡ afastado de seu cargo, emprego ou fun•‹o.

6. (VUNESP / TJM-SP Ð 2017) O servidor pœblico est‡vel s— perder‡


o cargo:

a) se preso em flagrante por crime inafian•‡vel.

b) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla


defesa.

c) no caso de extin•‹o do cargo.

d) quando posto em disponibilidade h‡ mais de cinco anos.

7. (VUNESP / CGM-SP Ð 2015) A empresa de direito privado ÒXÓ foi


regularmente contratada pelo Munic’pio para prestar determinado
servi•o pœblico. Durante a execu•‹o do servi•o, a empresa ÒXÓ, por
uma a•‹o do seu funcion‡rio, veio a causar preju’zo financeiro ˆ
empresa ÒYÓ, n‹o usu‡ria do referido servi•o. Nessa situa•‹o, segundo
o disposto na Constitui•‹o Federal e o entendimento do STF, a respeito
da eventual responsabilidade da empresa ÒXÓ, Ž correto afirmar que

a) n‹o responde diretamente pelo preju’zo causado, vez que essa


responsabilidade Ž do Munic’pio que a contratou.

b) responde por responsabilidade objetiva, mesmo a empresa ÒYÓ n‹o sendo


usu‡ria do servi•o.

c) responde por responsabilidade subjetiva, tendo em vista que a prejudicada


n‹o Ž usu‡ria do servi•o.

d) tem responsabilidade subsidi‡ria e o Munic’pio contratante responsabilidade


objetiva.

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e) tem responsabilidade subjetiva e solid‡ria com o Munic’pio contratante.

8. (VUNESP / TJ-SP Ð 2014) O artigo 37, caput, da Constitui•‹o


Federal, dentre outros, estabelece como princ’pio da Administra•‹o
Pœblica a moralidade. Com lastro em tal princ’pio, Ž poss’vel o
reconhecimento da invalidade de um ato formalmente aperfei•oado de
acordo com a lei, mas comprovadamente ofensivo ˆ moralidade
administrativa. O racioc’nio ora exposto est‡:

a) parcialmente correto, na medida em que a anula•‹o s— ocorrer‡ se


caracterizado efetivo preju’zo financeiro ao er‡rio.

b) totalmente correto.

c) totalmente incorreto, visto ser imposs’vel a anula•‹o de ato produzido


formalmente de acordo com a lei.

d) parcialmente correto, na medida em que o princ’pio da moralidade


administrativa depende de lei complementar para sua aplica•‹o, a ser
elaborada.

9. (VUNESP/TJ SP Ð 2013) S‹o princ’pios constitucionais expressos


voltados ˆ administra•‹o pœblica direta e indireta:

a) celeridade e transpar•ncia.

b) isonomia e pessoalidade.

c) legalidade e imparcialidade.

d) moralidade e proporcionalidade.

e) legalidade e efici•ncia.

10. (VUNESP/PC SP Ð 2014) Prev• o art. 37 da Constitui•‹o Federal,


de forma expressa, que a administra•‹o pœblica direta e indireta de
qualquer dos Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios obedecer‡ aos princ’pios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e:

a) razoabilidade.

b) efici•ncia.

c) proporcionalidade.

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d) unidade.

e) economicidade.

11. (VUNESP / PC-CE Ð 2015) ƒ vedada a acumula•‹o remunerada de


cargos pœblicos, exceto, quando houver compatibilidade de hor‡rios, a
de:

a) dois cargos cient’ficos com outro de professor.

b) um cargo de professor com outro tŽcnico ou cient’fico.

c) dois cargos tŽcnicos com outro de professor.

d) dois cargos de professor com outro tŽcnico, em autarquias ou funda•›es.

e) um cargo tŽcnico com outro cient’fico.

12. (VUNESP / TJ-SP Ð 2014) Paulo j‡ era titular de cargo efetivo de


professor na rede estadual de ensino quando foi aprovado em
concurso pœblico, para outro cargo de professor, em uma autarquia
federal. Tendo em vista o que estabelece a Constitui•‹o Federal acerca
da veda•‹o de acumula•‹o remunerada de cargos pœblicos, Paulo:

a) pode acumular os dois cargos de professor, desde que haja expressa


concord‰ncia dos —rg‹os pœblicos envolvidos aos quais estar‡ vinculado.

b) pode acumular os dois cargos de professor, desde que observe jornada de


trabalho n‹o superior a quatro horas di‡rias em cada —rg‹o pœblico a que
estar‡ vinculado.

c) pode acumular os dois cargos de professor, desde que haja compatibilidade


de hor‡rios.

d) n‹o pode acumular os dois cargos de professor.

e) pode acumular os dois cargos de professor, independentemente de haver


compatibilidade de hor‡rios, uma vez que a proibi•‹o de acumular n‹o se
estende a autarquias.

13. (VUNESP/TJ SP Ð 2014) Com rela•‹o ˆs disposi•›es gerais


atinentes ˆ Administra•‹o Pœblica, sob o enfoque da Constitui•‹o
Federal, pode-se afirmar corretamente que:

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a) Ž poss’vel, na forma da lei, a vincula•‹o ou equipara•‹o de quaisquer


espŽcies remunerat—rias para efeito de remunera•‹o de pessoal do servi•o
pœblico.

b) o prazo de validade do concurso pœblico ser‡ de atŽ dois anos, prorrog‡vel


sempre que necess‡rio, no m‡ximo duas vezes, na forma da lei.

c) a investidura em cargo ou emprego pœblico sempre depende de aprova•‹o


prŽvia em concurso pœblico exclusivamente de provas, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomea•›es para cargo em comiss‹o declarado em lei de livre
nomea•‹o e exonera•‹o.

d) o direito de greve ser‡ exercido nos termos e nos limites definidos em lei
espec’fica.

14. (VUNESP / TJ-PA Ð 2014) De acordo com a Constitui•‹o Federal,


desde que haja compatibilidade de hor‡rios, Ž permitida a acumula•‹o
de dois cargos pœblicos da mesma categoria para

a) enfermeiros e professores.

b) mŽdicos e policiais.

c) professores e ju’zes.

d) ju’zes e promotores.

e) policiais e professores

15. (VUNESP / TJ-PA Ð 2014) Para fins de aposentadoria, segundo a


Constitui•‹o Federal, s‹o exemplos de cargos pœblicos regidos pelo
regime geral da previd•ncia social:

a) de provimento efetivo.

b) em comiss‹o.

c) de carreira.

d) estatut‡rios.

e) do Poder Judici‡rio.

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16. (VUNESP / PM-SP Ð 2014) A Constitui•‹o Federal determina que


os servidores titulares de cargos efetivos abrangidos pelo regime da
previd•ncia ser‹o aposentados

a) compulsoriamente, aos setenta e cinco anos de idade, com proventos


proporcionais ao tempo de contribui•‹o.

b) compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos integrais.

c) voluntariamente, aos sessenta e cinco anos de idade, se homem; e sessenta


anos de idade, se mulher, com proventos integrais.

d) voluntariamente, aos sessenta anos de idade e trinta de contribui•‹o, se


homem; e cinquenta e cinco anos de idade e vinte e cinco de contribui•‹o, se
mulher.

e) por invalidez permanente decorrente de acidente em servi•o, com proventos


proporcionais ao tempo de contribui•‹o.

17. (VUNESP / CETESB Ð 2013) Baldur Teseu, funcion‡rio est‡vel da


Administra•‹o Pœblica estadual, foi eleito para exercer o cargo de
Vereador Municipal. Considerando o disposto na Constitui•‹o Federal,
Ž correto afirmar que, investido no mandato de Vereador, Baldur:

a) ser‡ obrigado a afastar-se do seu cargo pœblico para exercer a verean•a e


n‹o poder‡ optar pela remunera•‹o.

b) ser‡ afastado do cargo, mesmo havendo compatibilidade de hor‡rios,


sendo-lhe facultado optar pela sua remunera•‹o.

c) n‹o poder‡ acumular os cargos, em virtude de proibi•‹o expressa da


Constitui•‹o, mesmo que haja compatibilidade de hor‡rios.

d) ter‡ que pedir demiss‹o do cargo que ocupa na Administra•‹o para assumir
a verean•a.

e) perceber‡ as vantagens de seu cargo, havendo compatibilidade de hor‡rios,


sem preju’zo da remunera•‹o do cargo eletivo.

18. (VUNESP / PC-SP Ð 2013) Considerando o disposto na


Constitui•‹o Federal, Ž correto afirmar que o servidor pœblico nomeado
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pœblico
adquire estabilidade

a) ap—s dois anos contados da sua nomea•‹o para o cargo e mediante a


avalia•‹o especial de desempenho por comiss‹o institu’da para essa finalidade.

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b) ap—s tr•s anos de efetivo exerc’cio no cargo e mediante a avalia•‹o tŽcnica


da sua chefia imediata que dever‡ ser ratificada pelo Secret‡rio de Estado da
respectiva Pasta.

c) ap—s dois anos de efetivo exerc’cio no cargo e mediante a avalia•‹o especial


de desempenho por comiss‹o institu’da para essa finalidade.

d) ap—s tr•s anos contados da sua nomea•‹o para o cargo e mediante a


avalia•‹o tŽcnica da sua chefia imediata que dever‡ ser ratificada pelo
Governador do Estado.

e) ap—s tr•s anos de efetivo exerc’cio no cargo e mediante a avalia•‹o especial


de desempenho por comiss‹o institu’da para essa finalidade.

19. (VUNESP / PC-SP Ð 2013) Considerando o disposto na Carta


Magna brasileira, Ž correto afirmar sobre a estabilidade do servidor
pœblico:

a) o servidor pœblico est‡vel somente poder‡ perder o cargo por senten•a


judicial.

b) extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor est‡vel n‹o


poder‡ ser colocado em disponibilidade.

c) como condi•‹o para a aquisi•‹o da estabilidade, Ž obrigat—ria a avalia•‹o


especial de desempenho por comiss‹o institu’da para essa finalidade.

d) invalidada por senten•a judicial a demiss‹o do servidor est‡vel, ele n‹o


poder‡ ser reintegrado se o seu cargo j‡ estiver ocupado.

e) os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de


concurso pœblico s‹o est‡veis ap—s tr•s anos, contados da sua nomea•‹o.

20. (VUNESP / TJ-SP Ð 2013) Os servidores titulares de cargos


efetivos da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios
ser‹o aposentados voluntariamente, desde que cumprido tempo
m’nimo de dez anos de efetivo exerc’cio no servi•o pœblico e de cinco
anos no cargo efetivo em que se dar‡ a aposentadoria, observadas as
seguintes condi•›es, conforme estabelecido na Constitui•‹o Federal:

a) setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de


contribui•‹o.

b) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribui•‹o, se homem.

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c) sessenta e cinco anos de idade, se homem, com proventos proporcionais ao


tempo de servi•o.

d) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribui•‹o, se mulher.

e) sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo


de servi•o.

21. (VUNESP/MPE ES Ð 2013) A Constitui•‹o Federal veda a ado•‹o


de requisitos e critŽrios diferenciados para a concess‹o de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime pr—prio de previd•ncia dos
servidores pœblicos, ressalvados, nos termos definidos em leis
complementares, os casos, entre outros, de servidores:

a) que exer•am o magistŽrio na educa•‹o b‡sica e no ensino superior.

b) da administra•‹o fazend‡ria e seus servidores fiscais.

c) de carreira do Estado.

d) pertencentes aos quadros do MinistŽrio Pœblico e da Magistratura.

e) portadores de defici•ncia.

22. (VUNESP/TJ SP Ð 2013) Sobre os cargos e fun•›es pœblicas, Ž


poss’vel afirmar que a Constitui•‹o Federal:

a) imp›e ˆ administra•‹o pœblica indireta as mesmas regras proibitivas sobre a


acumula•‹o remunerada de cargos pœblicos voltadas ˆ administra•‹o pœblica
direta.

b) veda a defini•‹o de critŽrios de admiss‹o de pessoas portadoras de


defici•ncia a cargos e empregos pœblicos.

c) condiciona a nomea•‹o em cargos em comiss‹o ˆ aprova•‹o prŽvia em


concurso pœblico de provas ou de provas e t’tulos.

d) restringe o exerc’cio das fun•›es de confian•a exclusivamente aos


servidores ocupantes de cargo efetivo com atribui•›es de natureza gerencial,
or•ament‡ria e financeira.

e) permite a acumula•‹o remunerada de dois cargos ou empregos privativos


profissionais de saœde, ainda que a profiss‹o n‹o esteja regulamentada.

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23. (VUNESP / TJ-SP Ð 2012) Os servidores nomeados para cargo de


provimento efetivo, em virtude de concurso pœblico, adquirem
estabilidade ap—s

a) 03 (tr•s) anos de efetivo exerc’cio.

b) 03 (tr•s) anos da data da sua nomea•‹o no Di‡rio Oficial.

c) 02 (dois) anos da data da nomea•‹o no Di‡rio Oficial.

d) 02 (dois) anos da data da posse.

e) 02 (dois) anos de efetivo exerc’cio.

24. (VUNESP / TJ-SP Ð 2012) TŽrcio Romano Ž empregado na ‡rea


administrativa de uma sociedade de economia mista e foi convidado
para ser assessor de um Vereador do Munic’pio onde Ž domiciliado.
TŽrcio tem dœvida se pode, legalmente, aceitar a indica•‹o para este
cargo em comiss‹o remunerado.

Nessa situa•‹o, com base no que disp›e a Constitui•‹o Federal sobre a


acumula•‹o de cargos pœblicos, Ž correto afirmar que TŽrcio

a) est‡ autorizado a acumular o cargo pœblico com o emprego, uma vez que,
em ambos, TŽrcio exercer‡ fun•›es tŽcnicas, que admitem a acumula•‹o.

b) poder‡ acumular o cargo pœblico com o seu empre-go, uma vez que este Ž
vinculado a uma sociedade de economia mista, o que n‹o impede a
acumula•‹o de cargos no servi•o pœblico.

c) n‹o poder‡ acumular o cargo de assessor de Vereador com o seu emprego,


por veda•‹o Constitucional, ex-ceto se for exercer fun•‹o tŽcnica ou na ‡rea
da saœde.

d) n‹o poder‡ aceitar o cargo de assessor do Vereador, sob pena de violar a


Constitui•‹o, que n‹o permite tal acumula•‹o.

e) poder‡ acumular o cargo pœblico com o seu emprego, apenas se houver


compatibilidade de hor‡rios.

25. (VUNESP / Unesp - 2012) Os cargos, empregos e fun•›es


pœblicas s‹o acess’veis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, sendo o acesso vedado aos estrangeiros.

26. (VUNESP / Unesp - 2012) O prazo de validade do concurso


pœblico ser‡ de atŽ tr•s anos, prorrog‡vel uma vez, por igual per’odo.

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27. (VUNESP / TJ-MS - 2009) As fun•›es de confian•a, exercidas


exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos
em comiss‹o, a serem preenchidos por servidores de carreira,
destinam-se apenas aos cargos tŽcnicos.

28. (VUNESP/PC SP Ð 2014) Nos termos da Constitui•‹o Federal, os


cargos em comiss‹o, a serem preenchidos por servidores de carreira
nos casos, condi•›es e percentuais m’nimos previstos em lei,
destinam-se, entre outras hip—teses, apenas ˆs atribui•›es:

a) Pol’ticas.

b) TŽcnicas.

c) Burocr‡ticas.

d) De dire•‹o.

e) Administrativas.

29. (VUNESP/PC SP Ð 2014) Assinale a alternativa que contempla um


tipo de cargo pœblico que admite acumula•‹o com outro do mesmo
tipo, quando houver compatibilidade de hor‡rios.

a) Professor.

b) Delegado de Pol’cia.

c) Defensor pœblico.

d) Procurador pœblico.

e) Oficial administrativo.

30. (VUNESP / Unesp - 2012) ƒ garantido ao servidor pœblico civil o


direito ˆ livre associa•‹o sindical.

31. (VUNESP / TJ-SP - 2002) A proibi•‹o de acumula•‹o remunerada


de cargos pœblicos estende-se a empregos e fun•›es e abrange a
administra•‹o direta e a indireta, excetuadas as sociedades de
economia mista, que est‹o submetidas a regime jur’dico pr—prio.

32. (VUNESP / TJ-SP - 2010) Somente por decreto do chefe do Poder


Executivo poder‹o ser criadas autarquias e funda•›es pœblicas, bem
como de suas subsidi‡rias ou coligadas.

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33. (VUNESP / PC-CE Ð 2015) Na forma do que prev• expressamente


a Constitui•‹o Federal, os atos de improbidade administrativa
importar‹o, entre outras san•›es, a

a) cassa•‹o dos direitos pol’ticos.

b) pagamento de cestas b‡sicas

c) deten•‹o.

d) presta•‹o de servi•os ˆ comunidade

e) indisponibilidade de bens.

34. (VUNESP/PC SP Ð 2014) Para quem comete ato de improbidade


administrativa, a Constitui•‹o Federal prev•, entre outras, a seguinte
pena:

a) jubila•‹o.

b) trabalhos for•ados.

c) cassa•‹o dos direitos pol’ticos.

d) indisponibilidade dos bens.

e) pris‹o perpŽtua.

35. (VUNESP/PC SP Ð 2014) Os atos de improbidade administrativa


importar‹o, nos termos da Constitui•‹o Federal, dentre outros,

a) a pris‹o provis—ria, sem direito ˆ fian•a.

b) a indisponibilidade dos bens.

c) a impossibilidade de deixar o pa’s.

d) a suspens‹o dos direitos civis.

e) o pagamento de multa ao Fundo de Prote•‹o Social.

36. (VUNESP / PC-SP Ð 2013) Assinale a alternativa correta a


respeito da Administra•‹o Pœblica.

a) As pessoas jur’dicas de direito pœblico e as de direito privado prestadoras de


servi•os pœblicos responder‹o pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,

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causarem a terceiros, sendo vedado o regresso contra o agente respons‡vel


nos casos de dolo ou culpa.

b) Os acrŽscimos pecuni‡rios percebidos por servidor pœblico dever‹o ser


computados ou acumulados para fins de concess‹o de acrŽscimos ulteriores,
na forma da lei.

c) A investidura em cargo ou emprego pœblico depende de aprova•‹o prŽvia


em concurso pœblico de provas ou de provas e t’tulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
incluindo as nomea•›es para cargo em comiss‹o declarado em lei de livre
nomea•‹o e exonera•‹o.

d) As fun•›es de confian•a, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes


de cargo efetivo, e os cargos em comiss‹o, a serem preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condi•›es e percentuais m’nimos previstos
em lei, destinam-se apenas ˆs atribui•›es de dire•‹o, chefia e
assessoramento.

e) O prazo de validade do concurso pœblico ser‡ de atŽ tr•s anos, prorrog‡vel


uma vez, por igual per’odo.

37. (VUNESP / SPTrans Ð 2012) Assinale a alternativa correta.

a) Somente por lei complementar espec’fica poder‡ ser criada autarquia e


autorizada a institui•‹o de empresa pœblica, de sociedade de economia mista e
de funda•‹o.

b) Os atos de improbidade administrativa importar‹o a suspens‹o dos direitos


pol’ticos, a perda da fun•‹o pœblica, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao er‡rio, na forma e grada•‹o previstas em lei, impedindo a
propositura de a•‹o penal.

c) Os Poderes Executivo, Legislativo e Judici‡rio publicar‹o semestralmente os


valores do subs’dio e da remunera•‹o dos cargos e empregos pœblicos.

d) Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comiss‹o declarado em


lei de livre nomea•‹o e exonera•‹o, aplica-se o regime estatut‡rio.

e) A administra•‹o fazend‡ria e seus servidores fiscais ter‹o, dentro de suas


‡reas de compet•ncia e jurisdi•‹o, preced•ncia sobre os demais setores
administrativos, na forma da lei.

38. (VUNESP / TJ-MS - 2009) A autonomia gerencial e financeira dos


—rg‹os e entidades da administra•‹o direta e indireta n‹o poder‡ ser

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ampliada mediante contrato, cabendo exclusivamente ˆ lei dispor


sobre a matŽria.
39. (VUNESP / OAB-RN - 2003) N‹o influi no julgamento acerca da
responsabilidade civil da Administra•‹o o fato de a v’tima ter
concorrido para o evento danoso.
40. (VUNESP / OAB-RN - 2003) As pessoas jur’dicas de direito
pœblico e as de direito privado prestadoras de servi•os pœblicos
responder‹o pelos danos que seus agentes, em qualquer circunst‰ncia,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
respons‡vel nos casos de dolo ou culpa.

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DIREITO CONSTITUCIONAL – TJ‑SP 
    Teoria e Questões 
  Aula 03 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale 

Gabarito

1. LETRA B
2. LETRA A
3. LETRA E
4. LETRA A
5. LETRA A
6. LETRA B
7. LETRA B
8. LETRA B
9. LETRA E
10. LETRA B
11. LETRA B
12. LETRA C
13. LETRA D
14. LETRA A
15. LETRA B
16. LETRA A
17. LETRA E
18. LETRA E
19. LETRA C
20. LETRA B
21. LETRA E
22. LETRA A
23. LETRA A
24. LETRA D
25. ERRADA
26. ERRADA
27. ERRADA
28. LETRA D
29. LETRA A
30. CERTA
31. ERRADA
32. ERRADA
33. LETRA E
34. LETRA D
35. LETRA B
36. LETRA D
37. LETRA E
38. ERRADA
39. ERRADA
40. ERRADA

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