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1 – A vacuidade habitual
Para o efeito têm uma relação estreita com a imprensa, vocacionada para os
fait-divers, necessitada de preencher os espaços mediáticos. Assim, lá surgem
as vacuidades e o wrestling verbal, com a forte presença da classe política,
todos os dias, à hora da sopa dos bravos lusitanos, que não prescindem de ter
um televisor na sala, outro na cozinha, um terceiro no quarto, para além do
smartphone de que não se separam sequer, quando se sentam na sanita.
grazia.tanta@gmail.com 11/11/2018 1
Adelino Maltez acha que não deve haver controlo dos deputados uma vez que
isso os torna “reduzidos a funcionariozecos”. Bonito nas intenções mas falho no
objeto.
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a. Os eleitores votam em listas, preenchidas pelos partidos e não têm
ninguém a quem possam apontar como o seu representante para
apresentar propostas ou críticas – os eleitos de um distrito1 pertencem a
vários partidos e nenhum desses eleitos pode ser designado
individualmente como representante de um cidadão;
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A bagunça é tanta que desde 1975 se prevê que “Enquanto as regiões administrativas não estiverem
concretamente instituídas, subsistirá a divisão distrital no espaço por elas não abrangido” (artº 291º nº
1 da CRP). Entretanto, foram criadas em 2013 (Lei 75/2013), as Áreas Metropolitanas e as Comunidades
Intermunicipais, com gente dos partidos, sem qualquer escrutínio democrático por parte da população.
O governo Costa deu seguimento à iniciativa de Passos Coelho ao promover uma burla antidemocrática
- “descentralização”- que não passa da infestação do território de competências e mandarins, às ordens
e sob controlo do governo, sediado em Lisboa.
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Os independentes, na realidade, habituam-se tanto à boa vida de “funcionariozeco” que rapidamente
se incluem no partido promotor como membros de corpo inteiro. A regra é a da obediência, a ausência
de iniciativas fora do quadro da disciplina do partido e a de participar no coro de “apoiados”, na gritaria
dos que não apoiam uma qualquer afirmação e, eventualmente, como participante em pateadas.
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