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Encontro Estadual de Gestores de

Comunicação do Estado de São Paulo

RECOMENDAÇÕES SOBRE TEMINOLOGIA INCLUSIVA


Na produção de documentos e ofícios ou em matérias e reportagens contendo terminologia
enfocando pessoas com deficiência, deve-se atentar para que as expressões ou termos
utilizados não reforcem a segregação ou contribuam para legitimar a discriminação e os
preconceitos que envolvem as pessoas com deficiência. Muitos termos e expressões
utilizados em meios de comunicação e materiais distribuídos em atendimentos ou eventos
estão incorretos, evidenciando a exclusão social. Propomos a adoção de atitudes com
comunicação mais inclusiva! Considere:

- “Especial”, “excepcional”, “dito-normal” e “anormal” não devem ser utilizados, pois as


deficiências são uma manifestação inserida na diversidade humana. Se todos somos
diferentes e se a diversidade é uma marca da sociedade, como designar os “especiais”?

- A expressão “pessoa com necessidades especiais” tem origem em necessidades


educacionais especiais (dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no
processo de aprendizagem; dificuldades de comunicação e/ou concentração). Saiu do
campo do ensino e passou a ser usada incorretamente para designar todas as pessoas
com deficiência, uma vez que absolutamente todas as pessoas, com e sem deficiência,
podem ter “necessidades especiais” em dado momento.

- Equivocadamente, atribui-se ao termo deficiência o antônimo de eficiência, acarretando


o falso conceito de que as pessoas com deficiência são menos capazes, sem eficiência.

- Algumas pessoas ainda relutam em utilizar o termo “deficiência” acreditando ser algum
tipo de ofensa, quando é apenas uma característica da pessoa, sendo o correto a ser
utilizado, simplesmente, pessoa com deficiência.

- Deficiência intelectual não é sinônimo de doença mental. A deficiência se refere a um


comprometimento intelectual com inúmeras origens e associado à capacidade da
pessoa responder às demandas da sociedade. Não há cura para a deficiência intelectual
e nem mesmo pode ser controlada com medicamentos. Na doença mental, a pessoa
tem sofrimento psíquico, como depressão, síndrome do pânico ou esquizofrenia,
configurando-se como um quadro psiquiátrico, passível de controle ou cura por meio de
remédios e terapias.

- Da mesma maneira, deficiência não é doença e, muito menos, “transmissível”. A


comparação entre as duas traduz na imagem de que para inserir uma pessoa com
deficiência na sociedade é necessário antes “curá-la”, quando as pessoas com
deficiência são titulares de direitos, estando reabilitadas, não sendo necessariamente
passíveis de cura.

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- Deficiência não é doença, mas algumas podem ter sido causadas por doenças. Por não
se tratarem de doenças e não serem contagiosas, não podem ganhar contornos de
epidemia. Diabetes não é deficiência e sim doença, mas pode ser a causa de
amputações e cegueira, essas sim, deficiências física e visual, respectivamente.

- Ao se abordar pessoas com deficiência não se pode generalizá-las com o termo


“deficiência física” englobando qualquer tipo de deficiência (física, auditiva, visual,
intelectual ou múltipla).

Não existe surdo-mudo, mas apenas surdo. A pessoa que nasce surda tem a
capacidade de aprender uma linguagem oral, mas é comum que tenha na Língua
Brasileira de Sinais – Libras uma opção de comunicação. Há, ainda, surdos oralizados
que se comunicam pela leitura labial ou são implantados – implante coclear – e não
utilizam a Libras como forma de comunicação.

- Nem todo cego sabe ler braile. Nem todo surdo sabe Libras. Nem toda pessoa com
deficiência é “coitadinha” nem é “super esforçada e eficiente”. Generalizações não
podem ser empregadas às pessoas com deficiência, assim como não se deve
generalizar as demais pessoas. Pessoas, com ou sem deficiência, têm suas habilidades,
vocações, falhas e defeitos por simplesmente tratar-se de humanos.

- A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência e a Convenção sobre os Direitos


das Pessoas com Deficiência apresentam a definição de pessoa com deficiência: “são
aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os
quais (impedimentos), em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas”.

- Para se referir a uma pessoa com deficiência não utilize palavras como “defeituoso”,
“incapacitado” ou “inválido”. Da mesma forma, pessoas sem deficiência podem ser
chamadas de “comuns” ou “sem deficiência”, mas não “normais”, afinal, este é um
conceito muito relativo e polêmico. Embora o poeta diga que “ninguém é normal quando
se visto bem de perto”, o conceito de pessoas “normais” para as que não têm deficiência
pode depreciar as que têm deficiência.

- As expressões “anomalia genética” ou “doença genética” devem ser evitadas. Utilize


“síndrome genética”, “alteração genética” ou “condição genética”.

- Existem critérios muito rígidos para definir uma deficiência, portanto, uma pessoa com
alto grau de miopia, por exemplo, não é uma pessoa com deficiência visual. Pelo mesmo
motivo, não é recomendável dizer “somos todos deficientes”.

- Atenção, jornalista: apurar uma matéria que envolva uma pessoa com deficiência exige
o mesmo olhar crítico do que qualquer outra matéria. A má informação não se justifica
pelo fato de ter sido passada por uma pessoa com ou sem deficiência.

- Como em qualquer outra matéria, evite generalizações para se referir às pessoas com
deficiência, por exemplo, dizer que todas as pessoas com síndrome de Down têm
talento artístico ou toda pessoa com deficiência visual tem audição apurada. As pessoas
com deficiência são, acima de tudo, pessoas, com falhas de caráter, talentos e aptidões,
como qualquer outra.

- Evite supervalorizar a pessoa com deficiência bem sucedida e que supera as limitações.
Nem todos seguem o mesmo caminho e quem não conseguiu superar as próprias
limitações pode se sentir minimizado. Sociedade inclusiva é aquela onde o “herói” é
apenas uma entre muitas possibilidades.

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- Procure tratar da deficiência também em eventos ou encontros que não abordem o tema
explicitamente, e considere a participação direta de pessoas com deficiência, na
contribuição do conteúdo, formato e execução do projeto.

- Habilitação e reabilitação são serviços que têm por objetivo reduzir as limitações
existentes e promover a qualidade de vida e os meios para a pessoa mudar a própria
vida. Incluem as áreas de Medicina, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Terapia
Ocupacional, Psicologia, entre outras. Também se inclui na reabilitação recursos que
favoreçam a estabilidade clínica e funcional e no controle das lesões que geram
incapacidades.

- O adjetivo “inclusivo” se refere a quaisquer ambientes e situações abertos à diversidade


humana e não somente quando se trata de pessoas com deficiência. Desta forma,
ambientes inclusivos são aqueles que oferecem condições plenas, em desenho
universal, para qualquer pessoa desenvolver seu potencial com dignidade.

Principais Diferenças entre Inclusão e Integração


Inclusão Integração
Inserção total e incondicional. Pessoa com Inserção parcial e condicional. Pessoas com deficiência
deficiência e sociedade simultaneamente “se preparam” para a sociedade que “concorda” em
procuram se adequar para plena participação. Mão recebê-la. Mão única.
dupla.
Mudanças que beneficiam toda e qualquer pessoa Mudanças visando prioritariamente a pessoa com
(não se sabe quem “ganha” mais; TODAS deficiência (consolida a ideia de que elas “ganham”
ganham) mais).
Exige transformações profundas. Consente transformações superficiais
Sociedade se adapta para atender às Pessoas com deficiência se adaptam às necessidades
necessidades das pessoas com deficiência e, com dos modelos existentes na sociedade, que faz apenas
isso, se torna mais atenta às necessidades de ajustes.
TODOS
Defende o direito de TODAS as pessoas, com e Defende e protege pessoas com deficiência.
sem deficiência.
Traz para dentro dos sistemas os grupos de Insere nos sistemas os grupos de “excluídos que
“excluídos” e, paralelamente, transforma esses provarem estar aptos”.
sistemas para que sejam para TODOS.
Valoriza a individualidade de pessoas com Há a tendência de tratar pessoas com deficiência como
deficiência, que podem ou não ser bons um bloco homogêneo, ex.: surdos se concentram
funcionários; podem ou não ser carinhosas, podem melhor, cegos são excelentes massagistas, as crianças
ou não ser “boazinhas”. e jovens com síndrome de Down são dóceis, etc.
Não disfarça as limitações, porque elas são reais. Tende a disfarçar as limitações para aumentar a
possibilidade de inserção.
A partir da certeza de que TODOS somos Quem não tem deficiência se apresenta como um bloco
diferentes, não existem “os especiais”, “os majoritário e homogêneo de pessoas rodeadas pelas
normais”, “os excepcionais”, o que existe são que apresentam deficiência, com destaque para suas
pessoas com e sem deficiência. limitações.

Conteúdo adaptado do Manual da Mídia Legal, desenvolvido pela ONG Escola de Gente (RJ)
Material distribuído pela Assessoria de Comunicação Institucional da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com
Deficiência do Governo do Estado de São Paulo – www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br
Redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram: @InclusaoSP | Youtube: SEDPCD

Responsável: Maria Isabel da Silva, Jornalista, Gestora da Assessoria de Comunicação Institucional, Coordenadora do Encontro Estadual
de Gestores de Comunicação - Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo - (11) 5212.3701 –
isabel@sedpcd.sp.gov.br - Secretária de Estado: Profª Drª Linamara Rizzo Battistella - Governo do Estado de São Paulo
São Paulo, 09 de Novembro de 2015

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