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5.2 DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE

5.2.1 O BJETIVOS

Apresentar duas técnicas experimentais para a determinação da viscosidade de


líquidos. A primeira baseia-se num balanço de forças num capilar por onde escoa um
fluido de densidade conhecida e será aqui chamada de método do viscosímetro capilar
(frasco de Mariotte). A segunda se baseia na queda livre de uma esfera que se move em
condição de escoamento laminar com velocidade constante v, a qual possibilita a utilização
da lei de Stokes para determinação da viscosidade num viscosímetro de bolas.

5.2.2 M ÉTODO DO VISCOSÍMETRO CAPILAR

5.2.2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A viscosidade pode ser definida como uma propriedade capaz de medir a


resistência do fluido à deformação provocada por forças tangenciais, ou seja, a resistência
ao cisalhamento (GOMIDE, 1993).
Será analisada aqui somente a classe de fluidos a qual pode ser aplicada a Lei de
Newton da Viscosidade, eq. ( 1 ), ou seja, fluidos para os quais o tensor densidade de fluxo
de quantidade de movimento τ é proporcional à taxa de deformação. Tal cla sse
compreende todos os gases e líquidos homogêneos não-poliméricos, que são chamados
fluidos "newtonianos". A Figura 6 apresenta curvas reológicas para diversos tipos de
fluidos.
.

Figura 6 - Curvas Reol ógicas para diversos tipos de fluidos


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Para um fluido newtoniano escoando em estado estacionário e regime laminar num


duto de seção circular, a equação de Newton da viscosidade se reduz a:

dvz
τ rz = − µ ( 1)
dr

onde τrz é a tensão de cisalhamento (ou densidade de fluxo de quantidade de


movimento) em r, vz a velocidade do fluido na direção do escoamento e µ a viscosidade do
fluido.
O método do viscosímetro capilar baseia-se na aplicação da Lei de Newton da
Viscosidade na parede do duto (em r = R), logo:

dvz
τ rz R
=−µ ( 2)
dr R

τ rz = τ 0 ( 3)

Para a determinação de µ é, portanto, necessário expressar τrz e dvz/dr em termos de


grandezas mensuráveis. A tensão de cisalhamento, τrz, é facilmente determinada em r = R
a partir de um balanço de forças ao longo de um comprimento L do duto (ver Figura 7).
Neste caso:

∆P πR 2 = 2πRL τ 0
( 4)

(força de pressão) (força de atrito na parede)

onde ∆P é a diferença de pressão piezométrica em L e τo a tensão na parede.


Portanto:

∆PR
τ0 = ( 5)
2L

Figura 7 - Balanço de forças em um duto de seção circular


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dvz
O gradiente de velocidades, − , pode ser calculado a partir do perfil de
dr r =R
velocidades do fluido em regime laminar (capítulo 2, BIRD, 1960).

2Q   r 
vZ = 1 −  R 2  ( 6)
πR2   

onde Q é a vazão volumétrica do fluido. Nesse caso:

dvz 4Q
− = ( 7)
dr r= R πR 3

Portanto, a partir da razão entre as equações ( 5 ) e ( 7 ), obtém-se a viscosidade do


fluido. Do ponto de vista experimental e didático, é preferível plotar-se a equação ( 5 )
versus a equação ( 7 ) para vários valores de ∆P e Q, obtendo-se a curva reológica do
fluido em questão. Uma reta passando pela origem confirmará que o fluido testado é
realmente newtoniano, cuja viscosidade é dada pela sua tangente (ver Figura 8). Caso a
curva reológica não seja uma reta, o fluido é não-newtoniano e para o mesmo não tem
sentido físico o termo viscosidade. Esta classe de fluidos não será tratada aqui.

∆PR
τ0 =
2L

tan α = µ
dv z 4Q
− =
dr r= R πR 3

Figura 8 - Curva reológica de um fluido newtoniano

5.2.2.2 MATERIAIS E M ÉT ODOS

a) Materiais

Este arranjo experimental (esquematizado na Figura 9), de fácil construção para


determinação do comportamento reológico, foi proposto por MASSARANI (1981) e
consiste basicamente de um frasco de Mariotte ao qual se acopla um tubo plástico flexível
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pelo qual se faz escoar o fluido. Variando-se a altura da posição de saída do tubo e
medindo-se a vazão volumétrica e a queda de pressão correspondente, obtém-se o
diagrama reológico.

Figura 9 - Esquema experimental: viscosímetro capilar

Além do Frasco de Mariotte serão utilizados béquers, cronômetro, balança


analítica, água e uma solução com viscosidade desconhecida.

b) Métodos

A preparação desta prática é feita na seguinte seqüência:


1. Colocar água destilada no frasco em quantidade suficiente para cobrir a espiral
de capilar. Ex: para 10 medidas de 15 mL cada necessitam o mínimo de 150
mL.
2. Inverter o frasco observando possíveis vazamentos.
3. Com o auxílio de uma seringa colocada na saída do capilar, retirar o ar do
recipiente deixando-o com pressão 0 (zero) atm.
4. Ajustar a altura manométrica no ponto 0 (zero), isto é, onde se consegue
estabelecer o equilíbrio “vazão/não vazão”.
5. Ajustar o ponto 0 (zero) na escala milimétrica para referencial do ponto inicial
das medidas das alturas.
6. Definir o ∆h fixo que será usado para coleta do volume. Obs: pode-se também
definir com parâmetro fixo o tempo t e medir-se o volume. Este volume deve
ser pesado em balança de precisão.
7. Coletar 8 pontos e anotar na Tabela 5.
8. Para determinação da viscosidade da amostra desconhecida, repetir os passos
de 1 a 7 e anotar na Tabela 6.
9. Determinar a densidade da amostra desconhecida, utilizando-se um
picnômetro.
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Tabela 5 - Dados Experimentais para água destilada.

Béquer ∆h (cm) Massa (g) Massa (g) Tempo (s)


(béquer) (béquer+água)

Tabela 6 - Dados Experimentais para a solução de viscosidade desconhecida.

Béquer ∆ h (cm) Massa (g) Massa (g) Tempo (s)


(béquer) (béquer+sac.)

Como primeiro passo, determina-se o diâmetro do capilar utilizando um fluido de


densidade e viscosidade conhecidas (água). Para este caso, da equação de Hagen-
Pouseville, eq. ( 8 ), vem:

1
 128µLQ  4
D =  ( 8)
 π∆P 
onde: D = 2R

Reescrevendo a eq. ( 8 ) em termos da vazão mássica,


20

m = ρQ e de ∆P = ρg∆h

1
 128µLm  4
D =  2  ( 9)
 πρ g∆h 

O diâmetro do capilar é, portanto, determinado como a média dos valores obtidos


para as vazões m medidas para várias alturas ∆ h.

A partir do cálculo de D, é determinada a curva reológica, τo × − dVz , para a


dr r = R
solução com viscosidade desconhecida e calcula-se µ a partir do coeficiente angular da
reta.
Neste caso:
ρgD
τ0 = ∆h ( 10 )
4L

dvz 32
− = m ( 11 )
dr r= R πD 3 ρ

O comprimento do capilar é de 200 cm.

5.2.3 M ÉTODO DO VISCOSÍMETRO DE B OLA

A viscosidade é analisada a partir da medida do tempo t necessário para que uma


pequena esfera percorra uma certa distância entre duas marcas indicadas no tubo do
viscosímetro preenchido com o líquido.
O princípio de funcionamento deste viscosímetro baseia-se num balanço de forças
efetuado sobre uma esfera em queda livre (velocidade constante) num meio fluido,
conforme indicado na Figura 10.

E D

Figura 10 - Balanço das forças que atuam na esfera no viscosímetro


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De acordo com a Lei de Stokes, eq. ( 12 ), a força de arraste D sobre uma esfera de
diâmetro d, movendo-se em condições laminares (Re ≤ 0,1) com velocidade constante v
através de um líquido se estendendo ao infinito, é dada por:

D = 3πµvd ( 12 )

O peso da esfera em função de seu peso específico e tamanho é dado por


πd 3 ρ s g πd 3 ρ l g πd 3 ρ l
W= , e sua força de empuxo é dada pela relação E = E=
6 6 6

Depois que a esfera atingir a velocidade constante, estas forças se equilibram,


donde resulta (já simplificando):

d 3ρs g d 3 ρl g
D − W + E = 0 ⇒ 3µvd − + =0 ( 13 )
6 6

Isolando µ, obtém-se:

d 2 g (ρ s − ρ l )
µ= ( 14 )
18 v

Verifica-se que a viscosidade pode ser determinada por meio de medidas simples
do diâmetro, densidade e velocidade (v = h/t), onde h é o espaço percorrido pela esfera e t
o tempo de queda.
Na prática, esta equação normalmente necessita de grande correção, porque a
extensão do fluido no recipiente não é infinita, e o “efeito de parede” produzido pelas
paredes do recipiente é surpreendentemente grande.
Verifica-se experimentalmente que o efeito de parede depende da razão entre o
diâmetro da esfera e o diâmetro do tubo e será considerada através da utilização de uma
constante de calibração.

5.2.3.1 MATERIAIS E M ÉTODOS

a) Materiais

Estojo com esferas de diferentes tamanhos e densidades, viscosímetro de Bola,


paquímetro, cronômetro, balança analítica, picnômetro, água e solução a ser determinada.
Para a determinação da viscosidade, baseada na queda de uma esfera se utiliza o
arranjo mostrado na Figura 11, o qual contém um estojo com esferas de diferentes
tamanhos e densidades.
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Figura 11 - Viscosímetro de bolas

b) Métodos

Esta prática é feita na seguinte seqüência:


1. Escolhe-se a esfera a ser utilizada, mede -se seu diâmetro e massa.
2. Encher o viscosímetro com água destilada sem que fique nenhuma bolha de ar.
3. Colocar a esfera no viscosímetro e fechar.
4. Determinar o tempo de queda da esfera na distância h. Repetir 4 vezes e tomar
a média.
5. Determina-se o K da esfera, conforme eq. ( 16 ).
6. Para determinação da viscosidade da solução, repete-se os itens 1 a 4,
preenchendo-se o viscosímetro com a solução de viscosidade desconhecida.
7. Determina-se o µ utilizando-se a equação ( 15 )

A equação para o cálculo da viscosidade é baseada nas equações ( 14 ) e ( 15 )


modificada, resultando na equação (dada pela referência 2).

µ = t (ρ s − ρ l )K ( 15 )

Onde:
µ - a viscosidade dinâmica em cP
ρ s - a densidade da esfera (g/cm3)
ρ l - a densidade do líquido sob temperatura de medição (g/cm3)
t - tempo de queda da esfera em segundos (s)
K - a constante conexão da esfera (cm2/s2)

A distância de medição percorrida pela esfera é 100mm entre as marcas anulares


inferior e superior e de 50mm entre as marcas superior e central. A constante K de cada
esfera deve ser determinada com base nos tempos de queda medidas conforme a equação:

µ
K= ( 16 )
(ρ s − ρ l ) t
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Para fluidos de viscosidade conhecida, é necessário que se determine com exatidão


a temperatura a fim de usar a viscosidade correta na fórmula K.
Determinada a constante K para cada esfera, através da determinação precisa do
tempo de queda, deve-se calcular a viscosidade dinâmica ou absoluta a partir da eq. ( 15 ).

5.2.4 R EFERÊNCIAS

1. BIRD, R.B.; STEWART, W.E.; LIGHTFOOT, E.N. “Transport Phenomena”. Wiley


N.Y., 1960.
2. Catálogo do Viscosímetro Tipo B3.; MLW.
3. GOMIDE, R. “Fluidos na Indústria – Operações Unitárias (Vol. II)”, Edição do autor,
1993.
4. MASSARANI, G. Revista do Ensino de Física, 3 (2): 39-48, 1981.
5. VENNARD J. K. e STREET, R.L.; “Elementos da Mecânica dos Fluidos”, Guanabara
Dois. 1978.

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