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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

INTRODUÇÃO

O uso do frio como recurso terapêutico remonta de longa data. Na medicina física e
reabilitação a crioterapia é bastante difundida para tratar processos infamatórios e aliviar a
dor1. Na dermatologia, o uso de técnicas de congelamento não seletivo de tecidos com
nitrogênio líquido (-196°C) é amplamente utilizado o tratamento de queratoses actínicas,
verrugas e tumores superficiais2. No entanto, o frio pode afetar diferentes estruturas corporais
de forma seletiva, incluindo o tecido adiposo. Os adipócitos são as únicas células
especializadas no armazenamento de lipídios na forma de triglicerídeos em seu citoplasma,
sem que isto seja nocivo para sua integridade funcional3. Nos mamíferos, existem dois tipos de
tecido adiposo: o branco e o marrom. O adipócito branco maduro armazena os triacilgliceróis
em uma única e grande gota lipídica que ocupa de 85-90% do citoplasma e empurra o núcleo e
uma fina camada de citosol para a periferia da célula. O tecido branco se distribui em diversos
depósitos no organismo, anatomicamente classificados como tecido adiposo subcutâneo e
tecido adiposo visceral. O tecido adiposo subcutâneo é principalmente representado pelos
depósitos abaixo da pele nas regiões abdominal, flancos, glútea e femoral3.

De acordo com Jalian e Avram (2013)2, o primeiro artigo a descrever a sensibilidade do tecido
adiposo ao frio foi publicado por Hochsinger em 1902, que relatou a formação de nódulos sub
a mandíbula em crianças que denominou como “reação aguda ao congelamento”. Em 1941,
Haxthausen publicou uma série de casos envolvendo quatro crianças e uma adolescente com
lesões que ocorreram após a exposição ao frio extremo durante o inverno que denominou
“adiponecre e frigore”. Outros relatos publicados entre 1940 a 1970 descrevem paniculite
induzida pelo frio com formação de nódulos tanto em crianças quanto em adultos. Em 1970,
Epsteian e Oren cunham o termo paniculite do picolé (popsicle panniculitis) depois de
averiguar a presença de um nódulo endurecido e avermelhado seguido de necrose transitória
do tecido adiposo local na bochecha de uma criança causada por chupar picolé. A aplicação de
cubos de gelo nas nádegas dessa criança causou efeito semelhante. Essas observações
culminaram com a seguinte observação: o tecido adiposo rico em lipídeos é mais suscetível ao
frio que tecidos ricos em água. Estes achados confirmam a bioquímica que observamos
diretamente na nossa cozinha, gorduras saturadas como a gordura animal são sólidos à
temperatura ambiente e as não-saturadas, como o azeite e óleos vegetais são líquidos à
mesma temperatura. A análise dos efeitos do frio sobre o tecido adiposo subcutâneo dos
mamíferos deu subsídio para o desenvolvimento de um dispositivo de resfriamento controlado
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cujo objetivo é induzir uma possível atrofia terapêutica no tecido adiposo subcutâneo. Hoje
vários descritores são usados para descrever a técnica que usa a extração de calor do tecido
adiposo tais como: Fat Freezing4, Cryolysis, Selective Cryolisis5, Lipocryolysis6, Ice-Shock
Lipolysis (uso associado com terapia por ondas de choque)7, sendo o descritor mais conhecido,
Criolipólise8.

Ensaios pré-clínicos

Em 2008, Manstein et al.5 publicaram um estudo realizado em seis porcas Yucatan que, sob
anestesia e usando um protótipo de um protótipo de dispositivo criogênico, trataram 15
diferentes locais (flancos, abdômen e glúteos dos animais) foram expostos a um processo de
resfriamento com diferentes temperaturas (20, -1, -3, -5, e -7°C) e tempo de aplicação (10
min). Nesta configuração de protótipo, duas configurações de aplicadores foram utilizadas:
uma plana com uma placa de resfriamento e outra dobrável em forma de copo com duas
placas de resfriamento e uso de vácuo para favorecer o contato da pele com as placas (Figura
1).

Figura 1. Imagem esquemática das diferentes configurações de aplicadores para resfriamento


seletivo da área a ser tratada, sendo A, aplicador plano com uma placa de resfriamento e B,
aplicador em forma de copo com vácuo para sucção da pele e camada subcutânea e dois
elementos de resfriamento de ação simultânea (extraído de Manstein et al.5)

Cada ponto demarcado foi tratado em duplicata e os locais mapeados para avaliação aos 28
dias, 14 dias, 7 dias, 2 dias 1 dia e imediatamente ao tratamento. Entre o dispositivo e a pele
do local tratado foi aplicado uma loção de glicerol/água foi aplicada para melhorar o contato
do dispositivo com a pele. Imediatamente após cada exposição, o local tratado era
massageado por 1 minuto com um vibromassageador comercial. A espessura do tecido
adiposo foi avaliada por ultrassom diagnóstico e amostras de sangue para a avaliação do perfil
lipídico foram realizadas. Após a eutanásia, amostras de tecido adiposo subcutâneo foram
coletadas, processadas e coradas com HE. As análises por ultrassom diagnóstico demostraram
diminuição de aproximadamente 50% da espessura do tecido adiposo. A paniculite lobular
apresentou pico de aumento aos 14 dias, conforme demostrado na Figura 2. Os níveis séricos
de lipídeos não apresentaram diferenças estatisticamente significativas.

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Figura 2. Graus de paniculite induzida pelo frio avaliada por análise histológica. A extensão da
inflamação se relaciona ao tempo de análise pós-tratamento e à temperatura utilizada.
Observar resultados mais intensos com temperatura de -7°C. Média e erro padrão da média
Eextraído de Manstein et al.5.

Em 2009, Zelickson et al.9 conduziram um estudo usando três porcos Yucatan (animal A, B, e C)
e um porco Yorkshire (animal D). Todos os animais foram tratados com um protótipo para
resfriamento controlado da área (Zeltiq, Pleasanton, CA). Neste estudo a temperatura de
tratamento foi transcrita para taxa de extração de calor em mW/cm2 e foi denominada Fator
de intensidade de resfriamento (CIF = cooling intensity factor). Diferentes taxas foram
aplicadas: animal A, CIF=24,5 (-43,8mW/cm2) por 60 min seguidos de 5 min de massagem
vibratória; animal B, CIF=24,5 (-43,8mW/cm2) por 60 min em duas áreas e outras áreas
tratadas por 45 min seguidos de 5 min de massagem vibratória; o animal C foi tratado com
mesmo CIF, porém todos os locais foram tratados por 45 min seguidos de 5 min de massagem
e o animal D foi tratado com CIF de 21,5 (-36,8 mW/cm2) e cada local foi tratado por 15 min.
Os animais A, B e C receberam um único tratamento e passaram por eutanásia 90 dias depois.
O animal D foi tratado em diferentes áreas 90, 60, 30, 14, 7, 3 dias e 30 min antes da
eutanásia. Foram realizadas fotografias padronizadas, avaliações por ultrassom diagnóstico
antes e 3 meses depois do tratamento. Após a eutanásia, foram coletadas amostras de tecido
subcutâneo para análises histológicas. Amostras de sangue foram coletas (12 horas de jejum)
antes do tratamento, um dia, uma semana e um, dois e três meses após o tratamento. As
fotografias de corte transversal demostraram alteração da superfície no local tratado e
diminuição da camada superficial 90 dias após o tratamento (Figura 3). As medidas de
espessura foram realizadas por ultrassom diagnóstico confirmam o resultado observado por
fotografias.

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Figura 3. Fotografia de corte transversal mostrando a redução da gordura subcutânea
superficial 90 dias após o tratamento (extraído de Zelickson et al.9).

As análises histológicas demostraram um ciclo de paniculite lobular similar ao proposto por


Manstein et al.5 e uma perda seletiva de células de gordura, sem danos na pele e estruturas ao
redor. Este resultado parece refletir o fato de os adipócitos serem mais sensíveis ao frio. Outro
ponto interessante é que, durante a reperfusão que ocorre após o resfriamento, induz a
formação de espécies reativas de oxigênio que podem resultar peroxidação lipídica e redução
dos níveis de glutadiona, o que pode resultar no aumento dos níveis de morte celular
adipocitária. Os autores concluíram que a técnica, denominada como Criolipólise, poderia ser
usada para tratamentos estéticos em humanos desde que avaliados por estudos sequenciais.

Com estes estudos pré-clínicos foi possível concluir que todos os locais tratados com
exposição ao frio inferior a -1°C desenvolveram inflamação perivascular e paniculite. A partir
destes sinais clínicos houve significativa redução da camada de gordura, mais visível após 90
dias de tratamento. Os resultados mais significativos em relação à diminuição da camada de
gordura foram obtidos com temperaturas mais baixas e maior tempo de tratamento.

Ensaios clínicos

Os primeiros ensaios clínicos sobre criolipólise foram publicados em 2009. Nelson et al.10
compilaram resultados sobre estudos pré-clínicos publicados previamente e junto à descrição
de estudos clínicos apresentados na Reunião Anual da Sociedade Americana de Laser para
Medicina e Cirurgia (Annual Meeting of the American Society for Laser Medicine and Surgery)
em abril de 2009. Relataram que os médicos Dover J, Burns J, Coleman S, et al. avaliaram o
uso da criolipólise para a redução da gordura localizada em flancos e costas de 32 pacientes.
demostraram através de fotografias, avaliação clínica e satisfação dos pacientes. Destes, um

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subgrupo de 10 pacientes foi avaliado por ultrassom diagnóstico antes e 4 meses após o
tratamento os pacientes apresentaram espessura de camada adiposa 22,4% menor.
Descreveram também, outro estudo apresentado neste mesmo evento por Kaminer M, Weiss
R, Newman J, et al. que tratou com criolipólise 50 pacientes, todos avaliados por fotografias
comparativas realizadas antes e 4 meses após a sessão. Destes, 89% dos casos obtiveram
diminuição da gordura localizada esteticamente importantes.

Correlacionados aos resultados apresentados, foram desenvolvidos estudos adicionais para


investigar a eficácia e possíveis reações adversas tais como lesão de tecidos adjacentes e
avaliação dos níveis séricos de lipídeos circulantes e função hepática. Coleman et al. (2009)11
realizaram um estudo que envolveu 10 sujeitos tratados com um protótipo do sistema de
resfriamento (Zeltiq, Pleasanton, CA). Uma loção anticongelante foi usada para facilitar o
acoplamento da pele no dispositivo. A região selecionada foram os flancos, o lado direito
recebeu o tratamento e o lado contralateral (esquerdo) foi usado como controle. Do total de
sujeitos participantes do estudo, 10 foram fotografados e avaliados por ultrassom diagnóstico
(7,5 MHz e transdutor linear) antes do tratamento e após 2 e 6 meses do tratamento; 9
passaram por avalição sensorial neurológica antes e 7 dias após o tratamento e 1 sujeito se
submeteu a uma biopsia 6 semanas após o tratamento para avaliar a integridade e densidade
das fibras nervosas sensoriais e a morfologia da pele e tecido subcutâneo. Dos 9 sujeitos
avaliados nos testes sensoriais, 6 apresentaram redução transitória da sensibilidade avaliada
por testes neurológicos, contudo, todos apresentaram resolução espontânea em média 3,6
semanas após o tratamento. As analises da biopsia por imunohistoquímica sugerem que a
criolipólise não causa alterações estruturais ou funcionais nos nervos nas condições deste
estudo. Os pesquisadores concluíram que o tratamento de criolipólise em humanos
apresentou substancial redução do volume de gordura subcutânea e melhora do contorno
corporal na região de flancos tratada sem apresentar danos na pele.

Klein et al. (2009)12 realizaram um estudo no qual trataram 40 indivíduos (32 mulheres e 8
homens) com gordura localizada nos flancos. Critérios de inclusão e exclusão foram aplicados e
o tratamento foi realizado bilateralmente. O número de áreas tratadas por sessão variou de 2
a 4, de acordo com a necessidade terapêutica, cada sessão durou 30 min. Amostras de sangue
foram coletadas em todos os sujeitos pré-tratamento e após 1 dia de tratamento e ainda 1, 4,
8 e 12 semanas após a sessão de tratamento. Todos os pacientes obedeceram ao jejum de 12
horas prévio à coleta. As amostras de sangue coletadas foram enviadas para análise
laboratorial para avalição dos níveis de lipídeos: colesterol total, triglicerídeos, VLDL, LDL e HDL
colesterol. Também foi avaliada a função hepática através dos exames séricos laboratoriais:
AST, ALT, fosfatase alcalina, bilirrubina total e albumina. Sujeitos com níveis séricos alterados
foram excluídos do estudo. Análises estatísticas foram realizadas e os resultados não
apresentaram diferenças significativas e os autores concluíram que o tratamento não está
associado a alterações dos níveis séricos de lipídeos ou de função hepática.

Avram & Harry 13 uma revisão de literatura baseados nos achados pré-clínicos histológicos
descreveram os possíveis mecanismos de ação da criolipólise na indução de apoptose dos
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adipócitos no local tratado. A sequência de eventos é relatada de forma temporal.
Imediatamente ao tratamento não são visíveis alterações no tecido subcutâneo, não há
presença de células inflamatórias e as membranas celulares permanecem íntegras. No terceiro
dia pós-tratamento existem evidências de que o processo inflamatório foi estimulado e alguns
adipócitos iniciam o processo de apoptose. O pico do processo inflamatório se estabelece
próximo do 14° dia. À microscopia, ao redor dos adipócitos, são visíveis histiócitos, neutrófilos
linfócitos e outras células mononucleadas. Entre 14 e 30 dias após o tratamento a fogocitose
dos lipídios é aparente. Macrófagos e neutrófilos envelopam e digerem conteúdos e resíduos
dos adipócitos em apoptose. Esse mecanismo é similar ao processo natural de reparo e
regeneração tecidual de outras regiões corporais. Após 60 dias, o processo inflamatório
diminui consideravelmente e os septos interlobulares aparecem espessos à microscopia. Aos
90 dias pós-tratamento não são visíveis sinais de característicos de inflamação. É possível
observar ao corte histológico, uma clara diminuição do tecido adiposo. Os autores concluíram
que a criolipólise é um métodos seletivo e gradual de diminuição da espessura da gordura
subcutânea, porém os mecanismos de morte celular e eliminação dos adipócitos não estavam
muito claros. Reações adversas transitórias foram observadas após o tratamento e geralmente
se resolveram espontaneamente após horas, dias ou semanas. São elas, desconforto
moderado, eritema, equimoses e/ou diestesia. Os autores ressaltam que a criolopolise pode
aprestar riso para pessoa com doenças raras como a crioglobulinemia tais como:
hemoglobinúria ao frio ou urticaria ao frio. Coleman et al. (2009)11 investigaram os efeitos da
técnica poderia causar diminuição da sensibilidade na área tratada (flancos) em 10 pacientes
usando um protótipo Zeltiq System por 45 min. A função sensorial foi realizada por avaliação
neurológica (n=9) e por biopsia (n=1). O tratamento resultou em perda transitória da
sensibilidade em 6 dos 9 pacientes que receberam avaliação neurológica. Os resultados que a
normalidade da área voltou em média 3,6 semanas após o tratamento. A análise histológica da
biópsia demostrou alterações ou danos na pele e nervos do local tratado.

Estudos clínicos

O sistema de criolipólise CoolSculpting (Zeltiq, Pleasanton, California) foi aprovado pelo FDA ,
para o tratamento de flancos em 2010 e para o tratamento de abdome em 2012 e em 2013,
Stevens et al.14 realizaram um estudo retrosprospectivo clínico e comercial que envolveu 528
pacientes (403 mulheres e 125 homens) tratados com criolipólise de janeiro de 2010 a
dezembro de 2012. Os tratamentos foram realizados em 2 ciclos com intervalos de 2 meses
entre os ciclos. Cada sessão de tratamento durou 60 min e após as sessões os pacientes
apresentavam no local tratado eritema, edema, equimoses que se resolveram
espontaneamente em algumas horas ou dias. Durante o período estudado, 1785 locais
anatômicos foram tratados com 2729 sessões, principalmente no abdômen inferior (28%,
n=490 ciclos), abdômen superior (11%, n=189), flanco esquerdo (19%, n=333), flanco direito
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(19%, n=333), coxa interna (6%, n=111), parte externa da coxa (5%, n=87), e na parte posterior
da coxa (6%, n=99). Apenas 3 pacientes relataram dor e/ou neuralgia leve ou moderada que
foram resolvidos em 4 ou menos dias. A figura 4 mostra resultado do tratamento com
criolipólise na região inferior do abdome em mulher de 27 anos.

Figura 4. Resultado do tratamento com criolipólise na região inferior do abdome em mulher de


27 anos sendo A, antes do tratamento e B, 3 meses depois apresentando diminuição
significativa da gordura localizada (extraído de Stevens et al., 201314).

Os autores concluíram que a criolipólise é um método não cirúrgico seguro e eficaz no


tratamento da gordura localizada. Corroborando com estes resultados, Dierickx et al. (2013)15
também publicaram um estudo restrospectivo realizado em clínicas da Bélgica e da França que
investigou a segurança, tolerância e satisfação com o tratamento com criolipólise
(CoolSculpting, Zeltiq, Pleasanton, CA). Foram estudados 518 pacientes que receberam o
tratamento entre julho de 2009 e fevereiro de 2012. Os estudo demostrou que não houveram
efeitos colaterais significativos ou relato de eventos adversos. A figura 5 mostra o aspecto da
pele da região de flancos antes do tratamento e imediatamente após a sessão com criolipólise
e a figura 6 mostra fotografias do abdome imediatamente após o tratamento.

Figura 5. Fotografia de flancos: A, pré-tratamento e B, aspecto da pele imediatamente após o


tratamento com criolipólise.

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Figura 6. Fotografias sequenciais do abdome imediatamente após o tratamento. Observar o
aspecto da área tratada em relação ao tempo pós-procedimento.

Do total de pacientes tratados, 73% relataram satisfação com os resultados do tratamento e


82% recomendariam o procedimento a um amigo. As medições da espessura do tecido
adiposo demonstraram uma redução de 23% após 3 meses do tratamento. Abdômen, costas e
flancos foram locais de tratamento com melhores resultados e 86% dos indivíduos que
mostram melhora pela avaliação clínica. Os autores concluíram que, quando a seleção do
paciente é adequada a criolipólise é um método de tratamento seguro, bem tolerado e eficaz
para a redução da gordura subcutânea. Outros estudos relativos à avaliação eficácia,
segurança e satisfação com o tratamento foram produzidos e os resultados corroboram com
os estudos anteriormente descritos4,16,8,17,18,19,.

Em 2012, Shek et al.20 realizaram um estudo para avaliar a eficácia e a satisfação dos pacientes
chineses com uma ou duas sessões de criolipólise (protótipo Zeltiq Breeze Sistem®) nas regiões
de flancos e abdome em ambiente comercial. O estudo envolveu 33 sujeitos divididos em dois
grupos: A, com 21 sujeitos que receberam uma sessão de tratamento (2-4 locais tratados de
acordo com a necessidade) e B, com 12 sujeitos que receberam duas sessões de tratamento
(2-4 áreas por sessão, com ~3 meses de intervalo entre as sessões). Foram realizadas avaliação
médica (cego independente), pesagem corporal, fotos padronizadas e medidas por
adipometria (compasso de dobras) antes e 2 meses após a sessão de tratamento.
Questionários avaliativos relativos à tolerância e satisfação com o tratamento. O tempo de
resfriamento foi estabelecido em 60 min e o CIF estabelecido foi de 41,6 (-73 mW/cm2). As
áreas tratadas foram dividas em locais tratados (n=66) e locais controle (n=45). A análise
estatística das medidas de adipometria revelou diferenças significativas entre os locais
tratados e locais-controle (P<0,001). Os sujeitos tratados com duas sessões apresentaram
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resultados mais significativos, porém o maior índice de melhora ocorre no primeiro
tratamento. Todos os locais tratados apresentaram eritema, dor transitória e formigamento,
porém os sintomas foram transitórios. Sinais como equimoses e alterações de sensibilidade
foram resolvidos espontaneamente. Sobre a satisfação com o tratamento, 81% dos pacientes
consideram-se satisfeito a muito satisfeito. Os autores consideraram a técnica efetiva para a
redução da camada de gordura dos locais tratados.

Outras áreas podem ser tratadas com a técnica, em 2015 Kilmer et al.21 trataram 60 sujeitos
com gordura localizada submentoniana com um protótipo de um aplicador (CoolMini
applicator, CoolSculpting System, ZELTIQ Aesthetics). A temperatura de tratamento foi de -
10°C e a duração da sessão foi de 60 min. Fotografias padronizadas e medições da espessura
da camada de gordura foram realizadas por ultrassom diagnóstico pré-tratamento e 12
semanas após a sessão. Os resultaram demonstraram uma redução média de 20 mm na
espessura e o tratamento foi bem tolerado. Efeitos adversos transitórios tais como, eritema,
edema e equimoses se resolveram espontaneamente. Efeitos adversos graves não foram
observados.

Criolipólise de Reperfusão

O uso associado da criolipólise com técnicas de massagem para favorecer a reperfusão tem
sido proposto desde os estudos experimentais realizados em porcos5,9, além de ser citada
como parte do procedimento em estudos clínicos e de revisão2,4. Baseados na dinâmica:
resfriamento tecidual, constrição vascular induzida pelo frio e reperfusão que ocorrem durante
o tratamento com criolipólise (ciclo de congelamento/descongelamento). Sasaki et al. (2014)22
realizaram um estudo cujo objetivo foi registrar as variações de temperatura durante o ciclo de
resfriamento e reperfusão/recuperação do tecido com e sem massagem pós-tratamento. O
estudo foi desenvolvido em duas partes: um grupo piloto que envolveu 6 pacientes e avaliou a
temperatura subdérmica e um grupo clínico que envolveu 112 pacientes e avaliação da
temperatura da pele e a temperatura oral . As medidas de temperatura foram coletadas a cada
15 min e a temperatura da sala foi mantida estável. Todos os pacientes foram avaliados
previamente e foram realizadas medições do: peso, altura, IMC (índice de massa corporal),
avaliação do percentual de gordura por bioimpedância, adipometria e ultrassom diagnóstico.
Fotografias padronizadas também foram realizadas. Diferentes áreas foram tratadas no estudo
clínico, incluindo abdome, flancos, dorso, e regoes mediais e posteriores de coxas. O ciclo
completo de registro da temperatura de constou de 60 min referente ao tratamento de
criolipólise e 60 min de registro para avaliar a temperatura durante o tempo de
reperfusão/recuperação. No grupo piloto, após a administração de anestesia local, um
termômetro (ThermaGuide, Cynosure, Inc, Westford, Massachusetts) foi inserido com uma
cânula abaixo da pele no local onde o aplicador seria posicionado (porção inferior do abdome).

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Um ultrassom diagnóstico foi usado para avaliar se o termômetro esta na profundidade
adequada (~1,5 cm). A figura 7 demonstra o registro da média de temperatura subdérmica
durante o procedimento realizado no grupo piloto e a figura 8 demostra a média da
temperatura da pele e oral dos pacientes do grupo clínico.

Figura 7. Média da temperatura subdérmica e oral dos pacientes do grupo piloto, cujas coletas
foram realizadas a cada 15 min, tanto na durante as fases de resfriamento (60 min) quanto na
fase de reperfusão/recuperação (60 min). Observar que a temperatura média mínima
subdérmica obtida na medição foi de 9,5°C. A região abdominal foi tratada e um paciente
(sujeito 4) recebeu 5 min de massagem mecânica imediatamente após a retirada do aplicador.

Figura 8. Média da temperatura da pele e oral dos pacientes do grupo clínico, cujas coletas
foram realizadas a cada 15 min, tanto na durante as fases de resfriamento (60 min) quanto na
fase de reperfusão/recuperação (60 min). Observar que a temperatura média mínima
subdérmica obtida na medição foi de 10,7°C. Diferentes áreas foram tratadas e parte das
áreas tratadas receberam 5 minutos de massagem mecânica imediatamente após a retirada do
aplicador.

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As análises dos resultados demostram que nos primeiros 30 min da fase de resfriamento, as
temperaturas subcutâneas registradas nos pacientes do grupo piloto caíram rapidamente em
relação aos níveis pré-tratamento e permaneceram baixas até o fim do tratamento quando
comparadas com medições da superfície da pele. Durante a fase de reperfusão/recuperação, a
temperatura a subcutânea do sujeito 4, que recebeu massagem, voltou a níveis mais altos mais
rapidamente do que as temperaturas de indivíduos que não receberam massagem. Dos 112
pacientes do grupo clínico, 85 voltaram para a reavaliação 6 meses após o tratamento. Destes,
21,5% apresentaram redução média de gordura nas medidas de adipometria. A média de
diminuição na região de abdome e flancos foi de 25% e 27%, respectivamente. A avaliação das
fotografias por 2 avaliadores independentes demostram melhora do contorno corporal.
Efeitos colaterais mínimos foram observados e se resolveram espontaneamente. Os autores
concluíram que o mecanismo de ação exato da criolipólise ainda não foi completamente
elucidado, porém o retorno a temperaturas próximas ao pré-tratamento, mais rapidamente
promovidas pela massagem podem resultar em maior morte celular pela produção de espécies
reativas de oxigênio e outros efeitos deletérios que acompanham a reperfusão e com isso
melhoras os resultados clínicos.

Importante ressaltar que a proposta do uso do calor imediato ao tratamento convencional


pode se sustentar também pela hipótese da formação de espécies reativas de oxigênio, pois
favorece a reperfusão/recuperação de forma possivelmente mais acentuada que a massagem
sugerida por Sasaki et al. (2014)22 com potencial melhora de resultados por indução de danos
adicionais aos adipócitos do local tratado. O aquecimento do Peltier por reversão da ação de
extração de temperatura induz a uma reperfusão significativa, o que poderá melhorar os
resultados clínicos.

Criolipólise de contraste

Os efeitos da extração de temperatura sobre os adipócitos com objetivos estéticos foi objeto
de estudo de outro grupo de pesquisas que isolaram células do coxim intraperitoneal de ratos
para observar os efeitos do frio temperatura/tempo dependente na cristalização do conteúdo
de gordura intracelular. O tecido extraído foi processado em solução enzimática e
posteriormente os adipócitos foram isolados e expostos à temperatura de 8°C por 0, 10 ou 25
min. A presença de cristais foi avaliada por microscopia de luz polarizada. A Figura 9 demostra
os efeitos da extração de temperatura em diferentes tempos e aumentos das imagens à
microscopia de luz polarizada. Os autores relatam que os efeitos da cristalização foram
irreversíveis neste modelo de estudo23.

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Figura 9. Imagens microscópicas de adipócitos resfriados, observe a formação de cristais
dentro das células. A e B, adipócitos controle e não expostos à cristalização; C e D, adipócitos
expostos a 8°C por 10 minutos; E e F adipócitos expostos a 8°C por 25 minutos (aumento de
100 vezes); G, adipócitos expostos a 8°C por 10 minutos; H, adipócitos expostos a 8°C por 25
minutos; I e J, adipócitos pós cristalização mantidos a temperatura ambiente (22°C) por 2 h
(aumento de 400 vezes); K e L adipócitos pós cristalização mantidos a temperatura ambiente
(22°C) por 45 min (aumento de 40 vezes). Modificado de Pinto et al., 201323.

Outros dispositivos, além do equipamento produzido pela Zeltiq (CA, USA), foram
desenvolvidos. Importante ressaltar a Criolipólise (Convencional), que prevê tratamento de
resfriamento prolongado (~60 min) seguido de breve massagem (~5min) para favorecer a
reperfusão está bem estabelecido na literatura, porém um grupo de pesquisadores, baseados
numa técnica temperagem utilizada na indústria alimentícia para induzir a cristalização de
lipídeos24,25, desenvolverem uma série de estudos para avaliar sua aplicabilidade associado a
tratamentos para diminuição da gordura localizada que usam a extração de calor para indução
de apoptose nos adipócitos de regiões com gordura localizada26,27,28. A técnica foi
recentemente descrita como Lipocriólise de Contraste (Contrast lipocryolysis)28.

Estudos clínicos iniciais prévios que utilizaram somente resfriamento do tecido adiposo foram
realizados por Pinto et al. (2012)6. Eles trataram 16 mulheres (18 a 65 anos; IMC 25-30) com
um dispositivo Lipocryo® (Clinipro S.L., Sant Cugat del Vallés, Spain) para o tratamento da
gordura localizada. Os pacientes foram divididas randomicamente em 2 grupos: G1 (recebeu
uma única sessão), G2 (recebeu duas sessões com intervalo de 45 dias entre elas). Após
avaliação clínica, medições antropométricas e medidas de espessura do tecido adiposo por
dobras cutâneas (G1, antes, 40 dias após a primeira sessão e G2, antes, 40 dias após a primeira
sessão e 40 dias após a segunda sessão). Este estudo usou uma taxa de extração de
temperatura de 140 mW/cm2 e a pele se manteve com temperatura ~3,1°C por 25-30 min. Os

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resultados demostram que ambos os grupos tiveram redução estatisticamente significativas
sendo G1 P= 0,04 e G2 P=0,046. Os autores consideraram o tratamento efetivo e não houve
diferença estatisticamente significativa entre os grupos.

A proposta do uso de técnica de temperagem (calor/frio/calor) para favorecer a cristalização


dos adipócitos da gordura localizada foi incialmente estudada em animais. Tecido adiposo
branco de 7 ratos (Sprague-Dawley, 56 dias de idade e 300g de peso) foram extraídos após
eutanásia e processados por enzimas para digestão do estroma. Em seguida os adipócitos
foram filtrados e incubados em soro bovino. As células foram divididas em amostras e foram
submetidas a diferentes e sequência de temperaturas, conforme demostrado na Figura 10.
Algumas amostras forma mantidas resfriadas a 8°C por 30 min, outras forma mantidas a 37°C
(controle). Análises estatísticas foram realizadas Os autores concluíram que o efeito térmico
promovido pelo aquecimento pré e pós a extração de temperatura promoveram maior
destruição celular e que essa poderia ser a chave para melhorar resultados clínicos27.

Figura 10. Aquecimento (linha vermelha), extração de temperatura (linha azul) e temperatura
estabilizada (linha preta). MBT, tratamento Basal modificado = 8°C por 30 min; Post38 e
Post40 = 38°C 40°C respectivamente por 10 min após MTB; Pre0 = 40°C por 5 min e Pre38 e
Pre40 = 38°C 40°C respectivamente por 5 min antes do MTB. Grupos controle (temperatura
ambiente constante = 37°C) não foram mostrados. Extraído de Pinto et al., 201427.

Seguindo o raciocínio proposto por Pinto et al.,27 e comparando com resultados obtidos em
estudos anteriores publicados por Pinto et al. 6, Pinto e Melamed (2014)28 realizaram um
estudo que usou a técnica de temperarem (calor/frio/calor) em comparação com a técnica
convencional (somente resfriamento). O tratamento foi realizado em 10 pacientes, com média
de idade de 48,1±9,73 anos e IMC entre 22 e 27. O equipamento utilizado foi o Lipocontrast®
(Clinipro S.L., Sant Cugat del Vallés, Spain) que aplica a técnica de contraste automaticamente
e área tratada foi a abdominal. Todas as pacientes foram avaliadas clinicamente, medições
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antropométricas e medidas de espessura do tecido adiposo por dobras cutâneas foram
realizadas (M1, antes do tratamento; M2, 15 dias após a sessão e M3, 30 dias após a sessão). O
tempo de sessão seguiu o seguinte modelo: Convencional, somente resfriamento (= 8°C) ou
Contraste, aquecimento (40°C/5 min), resfriamento (8°C/30 min) e aquecimento (38°C/10
min), totalizando 45 min de sessão26,28.

Figura 11. Imagem representativa de técnica convencional (somente extração de temperatura)


e de contrate (aquecimento/extração de temperatura/aquecimento), sendo aquecimento
(linha vermelha), extração de temperatura (linha azul) e temperatura estabilizada (linha preta).
Extraído de Pinto e Melamed (2014) 26,28.

Figura 12. Medidas da dobra cutânea, sendo M1, azul; M2, vermelho e M3, verde. Extraído de
Pinto e Melamed (2014)28.

Os autores relataram a média de diminuição das medidas de espessura do tecido adiposo por
dobras cutâneas foi estatisticamente significativa (P=0,01 entre M1 e M2). A redução da
espessura da dobra cutânea este estudo28 foi de 42,45% quando comparada ao estudo
realizado pelo mesmo grupo que usou somente a técnica convencional6. Os efeitos adversos
causados pela técnica forma considerados moderados e reversíveis29.

CONCLUSÃO
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O POLARYS é um equipamento microcontrolado de terapia por criolipólise desenvolvido para
utilização nas áreas de estética, fisioterapia dermatofuncional, biomedicina estética e medicina
estética, promovendo lipólise induzida através do resfriamento (por extração de temperatura)
em conjunto a um sistema de sucção a vácuo assistido, gerando cristalização e subsequente
apoptose das células do tecido adiposo.

A tecnologia POLARYS foi desenvolvida para atender tanto a técnica de Criolipólise


Convencional, Criolipólise de Reperfusão e a de Contraste e teve seu desenvolvimento
pautado em estudos previamente publicados. Além das variações da técnica já citadas o
POLARYS permite ainda a técnica de Preparo, usada para favorecer o acoplamento no
aplicador e evitar equimoses por aumentar a maleabilidade do tecido por aquecimento.

O sistema de temperatura (resfriamento e aquecimento) do aplicador é baseado no efeito


Peltier, onde duas pastilhas semicondutoras, uma de cada lado do aplicador, transferem calor
de um lado para o outro quando submetidas à passagem da corrente elétrica. A troca de calor
da pastilha é realizada por um sistema de refrigeração a água, que possui um tanque de
armazenamento, uma bomba de água e um radiador de calor com ventilação forçada, esses
fatores produzem uma extração gradativa de temperatura do tecido, absorvendo o calor nele
presente até que a temperatura selecionada seja atingida, para o processo de aquecimento
ocorre o inverso, liberando o calor para o tecido extraindo sua baixa temperatura, também de
forma gradativa, sendo todo esse processo controlado por um termostato. Para o
funcionamento da sucção o aplicador é ligado a uma bomba de vácuo controlado por uma
válvula proporcional. O equipamento conta com 9 valores de temperatura de resfriamento
para uso, que vão de 8 °C até -8°C com incrementos de 2°C (8°C, 6°C, 4°C, 2°C, 0°C, -2°C, -4°C, -
6°C e -8°C) e a temperatura de aquecimento fixa em 40°C. Além disso, trabalha com o modo
contínuo de sucção e mais 3 opções de modos pulsados (P1, P2 e P3), sendo o valor máximo de
pressão do vácuo de -550 mmHg podendo ser ajustado em passos de 10% até atingir o valor
total de 100%.

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