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No romance clássico brasileiro "Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, a imagem

da deficiência é diminuída na personagem Eugênia, recusada pelo protagonista que dá nome à obra.
Ainda hoje, ser deficiente é sinônimo de não ser produtivo em sociedade. Por conta disso, é
importante construir uma nova representação para garantir cidadania a este grupo. Frente a isso, esse
panorama suscita dois dilemas: os desafios quanto à busca de novos espaços para este público e
alternativas que representariam mudanças sociais efetivas para os portadores de deficiência.

Em primeira análise, não é difícil enumerar a quantidade dilatada de desafios que enfrentam os
portadores de deficiência no Brasil. Eles partem do mais básico, como ausência de piso tácteis, aos
mais complexos, como a ausência de estruturas nas escolas para receber este público. No entanto,
apesar da facilidade em se perceber o despreparo pelo qual estes cidadãos passam, os desafios apenas
multiplicam-se por conta da inoperância do Estado. No livro de nome "Inquebrável", Fernando
Fernandes, autor e ex- participante do reality show "Big Brother Brasil", afirma o quanto é difícil e
inviabilizante ser deficiente no Brasil, pois a estrutura paraolímpica aqui inexiste, além da
impossibilidade de disputar competições do seguimento. Fernando mostra as inúmeras dificuldades,
até dentro de um contexto no qual socialmente existe relevância, como o esporte.

No que diz respeito às inúmeras alternativas, entretanto, existem inúmeras possibilidades que ficam
presas à idealização popular e a ausência de política. O primeiro ponto relevante seria
incrementar a educação de forma a estabelecer o acesso efetivo de deficientes à escola. Ademais, é
importante salientar que estabelecer cidadania perpassa, sim, por educação, mas também pela
possibilidade de viabilizar concorrência ao mercado de trabalho. Nesse caso, o estatuto do portador
de deficiência não é suficiente e precisa ser mais produtivo, principalmente no que tange à garantia
de vagas para acesso aos postos de trabalho. Analogamente, quando Brás, do romance machadiano
supracitado, resolve não se casar com Eugênia , a menina "coxa", se isenta de responsabilidade,
dizendo que não é culpa dele., Mas numa sociedade organizada não: quem paga impostos, precisa de
contrapartida do estado.

Impende, pois, que o descaso com o deficiente seja combatido no Brasil. Para isso, é necessária uma
avaliação do seu estatuto – por partes dos legisladores responsáveis-, ampliando seus artigos. Assim,
por meio de fiscalização e multas é possível punir as empresas que contratarem menos que o previsto
em lei, por exemplo, além da divulgação dos seus nomes para conhecimento social. Com isso,
momentos mais justos podem ser previstos para este grupo social.

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