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1. FATOS
Ocorre que, átentándo áos documentos lávrádos nos áutos, observá-se que á Requerente, de
fáto, vive em umá situáçáã o de risco e vulnerabilidade social, motivo que ensejá o presente
processo.
2. FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A pretensáã o dá Autorá vem ámpárádá no árt. 203, inciso V, dá Constituiçáã o Federál de 1988, ná
Lei 8.742/93 e demáis normás áplicáá veis. Táis normás dispoã em que párá fázer jus áo Benefíácio
Assistenciál, á Requerente deve estár possuir deficieê nciá ou ser pessoá com máis de 65 ános de
idáde, áleá m de comprovár á impossibilidáde de ter seu sustento provido pelo seu nuá cleo fámiliár.
De outrá bándá, instá sálientár que á rendá fámiliár eá constituíádá, UNICAMENTE, pelo
benefíácio de áposentádoriá por tempo de contribuiçáã o no válor de um sáláá rio míánimo áuferido pelo
márido dá Demándánte. Tál válor tem de ser divido entre á Autorá e suá compánheirá.
Diánte disto, cumpre sálientár que eá entendimento uníssono dá jurisprudeê nciá páá triá que o
benefíácio de válor míánimo recebido por idoso deve ser excluíádo do coê mputo dá rendá mensál
fámiliár:
Nesse sentido, no que se refere áo criteá rio econoê mico párá concessáã o do benefíácio, o Supremo
Tribunál Federál decidiu pelá inconstitucionálidáde do pátámár entábuládo no ártigo 20 §3º dá Lei
8.742/93, de modo que a análise da vulnerabilidade social experimentada pelo requerente
deve ser observada individualmente. Vejá-se:
BENEFÍÍCÍO ASSÍSTENCÍAL DE PRESTAÇAÃ O CONTÍNUADA – RENDA FAMÍLÍAR PER CAPÍTA
– CRÍTEÍ RÍO DE AFERÍÇAÃ O DE MÍSERABÍLÍDADE – CÍRCUNSTAÂ NCÍAS DO CASO CONCRETO
– AFASTAMENTO – DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 20, § 3º,
DA LEI Nº 8.742/93 SEM PRONUÍ NCÍA DE NULÍDADE – AGRAVO DESPROVÍDO. 1. O
Colegiádo de origem ássentou á comprováçáã o dos pressupostos necessáá rios áà concessáã o
do benefíácio ássistenciál de prestáçáã o continuádá – LOAS. O recorrente insiste no
processámento no extráordináá rio, áfirmándo violádos os ártigos 203, inciso V, e 229,
cábeçá, dá Constituiçáã o Federál, ápontándo náã o preenchido o requisito dá miserábilidáde.
2. O Tribunál, no Recurso Extráordináá rio nº 567.985/MT, de minhá relátoriá, tendo sido
designádo párá redigir o ácoá rdáã o o ministro Gilmár Mendes, declarou incidentalmente a
inconstitucionalidade, por omissão parcial, do artigo 20, § 3º, da Lei nº 8.742/93,
sem pronuá nciá de nulidáde, ásseverándo o critério de renda familiar por cabeça nele
previsto como parâmetro ordinário de aferição da miserabilidade do indivíduo para
fins de deferimento do benefício de prestação continuada. Permitiu, contudo, ao
Juiz, no caso concreto, afastá-lo, para assentar a referida vulnerabilidade com base
em outros elementos. 3. Em fáce do precedente, ressálvándo á oá pticá pessoál, desprovejo
este ágrávo. 4. Publiquem. Brásíáliá, 30 de márço de 2016. Ministro MARCO AUREÍ LÍO
Relátor (STF - ARE: 937070 PE - PERNAMBUCO, Relátor: Min. MARCO AUREÍ LÍO, Dátá de
Julgámento: 30/03/2016, Dátá de Publicáçáã o: DJe-063 07/04/2016) (grifo nosso)
Aleá m disso, o Superior Tribunál de Justiçá possui entendimento uníássono sobre á questáã o:
Dito isso, tem-se que á Requerente vive em situáçáã o de vulnerabilidade social, onde á rendá
totál do grupo fámiliár eá insuficiente párá gárántir seu sustento com dignidáde. Tál situáçáã o eá
ináceitáá vel, tendo em vistá que á Dignidáde humáná – fundámento dá Repuá blicá insculpido no árt.
1º, ÍÍÍ dá Constituiçáã o Federál – dá Párte Autorá estáá sendo feridá. Assim, prudente seja concedido
o benefício de prestação continuada à Demandante, pois, náã o somente elá sejá pessoá idosá nos
termos dá legisláçáã o relácionádá áà máteá riá, também vive em estado de profunda e lastimável
pobreza, cárecendo do devido ámpáro estátál.
Assim, áo longo dá instruçáã o processuál (por meio dá eláboráçáã o dás provás pertinentes áo
cáso) á párte Autorá pretende tornár incontroverso o direito áo benefíácio de prestáçáã o continuádá,
vindo o Poder Judiciáá rio á repárár á lesáã o sofridá quándo do indeferimento áo pedido eláborádo ná
esferá ádministrátivá.
DO IMEDIATO CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
Conforme inteligeê nciá do ártigo 43 dá Lei 9.099/95 c/c ártigo 1º dá Lei 10.259/01, no
áê mbito dos Juizádos Especiáis Federáis o recurso inominádo interposto, viá de regrá, náã o possui
efeito suspensivo. Por este motivo, eventuál deferimento do presente petitoá rio compele o ÍNSS á
cumprir de formá imediátá á decisáã o de primeiro gráu, párá o efeito de conceder e implántár o
benefíácio postuládo em fávor dá Párte Autorá.
4. PEDIDO
2) A citáçáã o do Ínstituto Nácionál do Seguro Sociál - ÍNSS, párá, querendo, ápresentár defesá;
5) O julgámento dá demándá com totál procedeê nciá, condenándo o ÍNSS á conceder o benefíácio
ássistenciál áà Autorá, págándo ás párcelás vencidás (á pártir do requerimento ádministrátivo) e
vincendás, monetáriámente corrigidás desde o respectivo vencimento e ácrescidás de juros
legáis e morátoá rios, incidentes áteá á dátá do efetivo págámento.
6) O págámento de honoráá rios ádvocátíácios, ná hipoá tese de recurso, eis que cábíáveis em segundo
gráu de jurisdiçáã o, com fulcro no árt. 55 dá lei 9.099/95 c/c o árt. 1º dá Lei 10.259/01.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Local, data.
Nome do advogado
OAB/UF xx.xxx
1
Valor da causa = 12 parcelas vincendas (R$ XX.XXX,XX) + parcelas vencidas (R$ XX.XXX,XX) = R$ XX.XXX,XX.
Vem á párte Autorá, com fulcro no ártigo 465, § 1º, ÍÍÍ, do CPC, bem como ártigo 12, § 2º, dá
Lei 10.259/01, ápresentár quesitos proá prios, á serem respondidos pelo Assistente Social ná
presente áçáã o:
1) A pártir dá ánáá lise do contexto socioeconoê mico do grupo fámiliár, e considerándo que á
áposentádoriá de válor míánimo do márido dá Demándánte náã o pode ser considerádo párá
fins de áferiçáã o dá situáçáã o socioeconoê micá (5009459-40.2011.404.7102, TURMA
REGÍONAL DE UNÍFORMÍZAÇAÃ O DA 4ª REGÍAÃ O, Relátor Juiz Federál DANÍEL MACHADO DA
ROCHA, juntádo áos áutos em 19/04/2017). Escláreçá o(á) Sr.(á) Assistente Sociál se elá
possui todos os recursos indispensáá veis áà umá VIDA DIGNA e áà efetiva párticipáçáã o sociál?
Se possíável, explique seu párecer.
2) Os moá veis, eletrodomeá sticos e demáis bens máteriáis que guárnecem á resideê nciá AFASTAM
á condiçáã o de vulnerábilidáde sociál em que inseridá á fámíáliá dá Autorá?