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Morfodinâmica Litoral 2018/2019

Tarefa 2 – Granulometria de Areias


Daniel Pais (47966), Marta Garcia (47954) & Vasco Silva (47978 )

Metodologia

Começámos por quartear a amostra para obter aproximadamente 100g (no nosso caso 88g) e ordenámos a
série de crivos por ordem decrescente de dimensão (-2φ no topo e "fundo" na base). De seguida inserimos a areia nos
crivos, colocámos a tampa e ligámos o agitador durante 15 minutos. Identificámos os sacos de plástico
correspondentes a cada dimensão de areia. Decorridos 15 minutos, o conteúdo de cada um dos crivos foi primeiro
vertido para uma folha de papel, sendo o crivo limpo com uma escova, e de seguida colocado no goblet respetivo.
Pesou-se cada conjunto "goblets + areia" e registaram-se os pesos, colocando-se, de seguida, o conteúdo de cada
goblet no saco respetivo com a ajuda de um pincel. Fechámos os sacos com o auxílio de uma máquina de vácuo.

Resultados

Face de Face de Praia Face de praia


Berma PL12 Berma PL11 Duna PL12 Duna PL11
praia 30-40cm 70-80cm
Média (φ) 2,10 2,01 1,99 2,02 2,01 2,13 1,28
Desvio
0,56 0,52 0,49 0,47 0,46 0,55 0,43
Padrão (φ)
Assimetria -0,13 -0,14 -0,14 -0,08 -0,04 -0,11 0,06
Curtose 1,09 1,08 1,09 1,05 1,03 1,07 1,23
Média Areia fina Areia fina Areia média Areia fina Areia fina Areia fina Areia média
Desvio Mod. bem Mod. bem Bem Bem Bem Mod. bem Bem
Padrão calibrada calibrada calibrada calibrada calibrada calibrada calibrada
Assimetria Negativa Negativa Negativa Simétrica Simétrica Negativa Simétrica
Curtose Mesocurtica Mesocurtica Mesocurtica Mesocurtica Mesocurtica Mesocurtica Leptocurtica

Depois de pesadas as amostras foram calculados os erros através da diferença entre o peso final e o inicial. Na
seguinte tabela, apresentam-se os resultados de cada grupo (sendo que o erro deverá ser inferior a 1%).

Face de Face de Praia Face de praia


Berma PL12 Berma PL11 Duna PL12 Duna PL11
praia 30-40cm 70-80cm
Peso
120,6 90,55 89,4 95,16 109,8 86,07 112,06
final (g)
Peso
124,1 88 93,4 95 111,0 86 112,3
inicial (g)
Erro (%) 2,8 -2,9 4,3 -0,2 1,1 -0,1 0,2

Conclusão

O facto de na berma o erro ter sido superior a 1% deveu-se ao facto de termos limpo os crivos em demasia.

Na análise estatística de qualquer ambiente é necessário olhar também para os valores e não só para a classificação.
Utilizando o método gráfico e olhando apenas para as areias superficiais (Face de Praia, Berma e Duna) recolhidas a
26 de setembro de 2016, o que significa final do Verão, podemos concluir que:
▪ É sempre areia fina, no limite da areia média a fina, o que significa que não há diferenciação granulométrica
dos 3 ambientes, porque se trata de um espaço relativamente estreito (a largura não é suficiente para termos
um sedimento com características granulométricas diferentes na berma e na duna, porque a duna é
alimentada a partir da berma).
▪ O parâmetro que nos dá as principais diferenças entre estes 3 ambientes é o desvio padrão. A areia de duna
encontra-se ligeiramente melhor calibrada do que os outros dois ambientes, porque se trata de um ambiente
de transporte e de deposição mais seletivo devido ao vento.
▪ A Duna destaca-se também pela sua distribuição simétrica. Na face de praia e na berma a assimetria é
negativa. Essa assimetria negativa poderá dever-se a conchas ou pequenos calhaus que fazem a cauda para o
lado dos mais grosseiros.
▪ Em termos de curtose não há grandes diferenças.

Em termos de análise de Visher na face de praia temos duas populações de saltação, o que não acontece em
nenhum dos outros ambientes, sendo a primeira pior calibrada que a segunda (sendo que a população de saltação
corresponde a 97,5%, ou seja, praticamente toda a distribuição). Na berma temos uma única população de saltação
que corresponde a 96,5% e na duna a 99,8% (praticamente só uma população).

Pelo gráfico de probabilidades o método de transporte é maioritariamente saltação.

Figura 1- Gráfico de Visher relativo à areia de berma da PL12

A fonte de alimentação destas areias poderá ser a ribeira ou a deriva litoral. Por estes parâmetros não
conseguimos saber ao certo qual é a fonte principal, no entanto, existem elementos presentes nestas areias que
podiam ser utilizados para saber a fonte, nomeadamente a morfoscopia de areia ou pela análise do conteúdo dos
minerais pesados. Nestas areias temos essencialmente quartzo e bioclastos, sendo que esses bioclastos correspondem
a bivalves de água salgada que provêm de uma plataforma marinha próxima (fonte). As conchas encontravam-se
partidas, portanto, são organismos que já sofreram alguns ciclos sedimentares.

Na face de praia a areia superficial e a que foi colhida a 30-40cm têm características muito semelhantes. A
diferença está essencialmente nas areias colhidas a 70-80cm. Quando se depositaram essas areias o regime de
agitação seria diferente, ou seja, a energia das ondas seria um pouco mais elevada. Este metro de sedimento é muito
recente, porque se encontra num ambiente muito dinâmico, pelo que bastaria uma tempestade para o remover.

Comparando os nossos resultados com a bibliografia disponível, Oliveira (1967), podemos perceber que aquela
zona junto ao Rio Jamor corresponde a um M2 (apresenta sedimentos com medianas compreendias entre 390μ e os
240 μ), quer isto dizer que se encontra no limite da areia média a fina, portanto, um ambiente com pouca energia em
que a ação das vagas e das correntes não se faz sentir muito acentuadamente. Através de uma análise ao diagrama
das populações M1 e M2, podemos perceber que a população de saltação da população M2 é dominante. Deste modo,
os nossos resultados vão de encontro aos resultados da bibliografia para a mesma zona.

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