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1 Introdução
O diagrama esquemático mostrado na Figura 1 mostra o caminho percorrido para a
formação e manuseio de uma imagem radiológica.
Como mostra o diagrama da Figura 2, a imagem radiológica pode ser formada pelo
sistema écran filme, sistema computadorizado e sistema digital. Enquanto o primeiro
1 Física Médica do Instituto de Física da Universidade de São Paulo. Doutora em Tecnologia Nuclear -‐
Aplicações
(Instituto
de
Pesquisas
Energéticas
e
Nucleares
-‐
SP),
Mestre
em
Biofísica
(Instituto
de
Física
da
USP),
Especialista
em
Radiologia
Diagnóstica
(Associação
Brasileira
de
Física
Médica)
1
sistema produz imagens em filmes radiológicos, os dois últimos produzem imagens
digitais, as quais podem ser visualizadas em um monitor.
Figura 2 O diagrama ilustra alguns tipos de sistemas que formam as imagens radiológicas
Figura 3 Diagrama representando os sistemas que produzem imagens digitais, com a subdivisão da radiologia
digital, em função da conversão de raios X em luz
2
1.1 Sistemas
Computadorizados
Em 1975, George Luckey, um pesquisador da Kodak teve aprovada a patente de um
meio de armazenamento temporário que liberava imagem após estímulo por luz, os
fósforos. Essa patente chamava-se “Apparatus and Method for Producing Images
Corresponding to Patterns of High Energy Radiation” (Aparato e método para
produção de imagens correspondents a padrões de radiação em alta energia).
Nesse mesmo ano, a Kodak patenteou o primeiro sistema de varredura de ponto a
ponto para estes fósforos, o que deu nascimento ao sistema de radiologia
computadorizada. Em 19811, a Fuji começou comercializar o primeiro sistema
completo para radiologia, seguida de várias outras empresas como 3M, Agfa,
Fujistu, Siemens, Toshiba e Kodak.
Esses sistemas de radiologia computadorizada utilizam um chassi similar ao sistema
écran filme, e dentro dele, o detector utilizado é a placa de imagem, PI (ou Imaging
Plate, IP). Estas PIs são chamados fósforos fotoestimuláveis (Figura 4) uma vez que
possuem a propriedade de emitirem luz ao serem estimulados por fótons de luz, com
comprimentos de onda específicos, que é chamada de luminescência
fotoestimulável.
Figura 5 Chassis contendo a placa de imagem em três tamahos distintos. Percebe-se que há uma
região com código de barras onde as imagens são identificadas e podem ser associados aos dados do paciente
3
Os materiais utilizados nas placas de imagem utilizadas em radiologia
computadorizada em geral são os haletos de flúor bário dopado com európio
(BaFX:Eu, onde X pode ser Br ou I). A função do európio (Eu) é servir de ativador no
cristal para que haja a luminescência fotoestimulável2.
Eu 2+ → Eu 3+
Equação 1
A. B.
4
Figura 6 Exemplos de leitores de placa de imagem A. Agfa, com leitura de um chassi, com o
monitor de verificação da imagem e, B. Philips, com leitura para múltiplos chassis.
Eu 3+ → Eu 2+
Equação 2
Os sistemas digitais indiretos são assim chamados por utilizar um material cintilador
que converte os fótons de raios X incidentes em luz antes que sejam convertidos em
cargas elétricas e formem a imagem, como mostra o esquema da Figura 7.
6
Figura 7 Diagrama ilustrando o processo de conversão de energia dos raios X em cargas
elétricas do sistema de detecção indireta.
7
Raios X
Raios X
Luz Lu
z
Sinal analógico
Sinal analógico
Sinal Digital
Sinal Digital
A. B.
Figura 8 Esquema de dois tipos de detectores digitais indiretos utilizando: A. câmaras CCD e B.
Fotodiodos com transistor de filmes finos
Neste caso, o componente que recebe a luz que é produzida pelo material cintilador
(CsI:Tl ou Gd2O2S) é o fotodiodo com transistor de filme fino (thin-film transistor –
TFF).
O fotodiodo, de silício amorfo (a-Si), transforma a luz em cargas elétricas que são
capturadas pelo arranjo de TFFs, capacitores de armazenamento e eletrônica
associada3. Esses TFFs são relativamente simples de produzir e são fixos. A
proposta dos capacitores é coletar as cargas e armazená-las. Um ADC converte
essas cargas em sinal digital, como mostra a Figura 8B.
8
1.2.2 Sistemas digitais diretos
9
Raios X
Sinal analógico
Sinal Digital
Figura 10 Esquema de detectores digitais diretos utilizando fotocondutor
10
Uma característica importante neste tipo de detector é o fator de preenchimento,
que considera a área total do pixel e a área sensível. Esse fator determina o quanto
da informação pode ser perdida (equação 3).
Referências:
1
SCHAETZING, R. Computad Radiography Technology. In: Advances in Digital Radiography: RSNA
Cathegorical Course in Diagnostic Radiology Physics, Chicago, 2003
2
BUSHONG, S. C. Ciência, Radiológica para Tecnólogos: Física, Biologia e Proteção. Tradução
da 9ª. edição, Elsevier Editora Ltda., São Paulo, 2010.
3
SEERAM, E. Digital Radiography: An Introduction. Delmar, New York, 2011.
4
FURQUIM, T.A.C., COSTA, P. C. Garantia de Qualidade em Radiologia Diagnóstica. Revista
Brasileira de Física Médica, v. 3 (1), p. 91-99, 2009.
5
SIEBERT, J. A., MORIN, R. L. The standardized exposure index for digital radiography: an
opportunity for optimization of radiation dose to the pediatric population. Pediatr. Radiol., v. 41, p. 573-
581, 2011.
6
YAFFE, M. J. Detectors for Digital Mammography. In: DIEKMANN, F., BICK, U. Digital
Mammography. Springer, Berlin, 2010.
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