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RESUMO: Enquanto gênero literário, o ensaio filosófico está originariamente vinculado ao processo de
mudança conceitual que se efetivou durante o Renascimento e que encontra um dos seus representantes
exemplares e legítimos em Michel de Montaigne. Diante da cristalização dos modelos escolásticos, o ensaio
representa não somente o anseio de transformação da forma, mas a possibilidade de efetivação de uma nova e
radical experiência do pensar e a instauração de uma nova visão de mundo. Fazendo-se acompanhar por uma
crítica mordaz do pedantismo, o ensaio permite assim a instauração do sentido através de uma prática vital de
auto-apresentação do autor-leitor, de cujo processo reflexivo não emergem resultados definitivos, mas
propostas interpretativas elaboradas a partir da leitura dos textos clássicos e da reflexão sobre a experiência
vivida. Situado epistemologicamente nas fronteiras da arte e da ciência, com que de modo diverso
compartilha sua natureza, o ensaio filosófico revela o espírito vivo de uma época em transformação que
poderia ser descrita com o lema: escrever a vida, viver a filosofia.
RESUMEN: El ensayo filosófico surge en la filosofía del renascimento e encuentra su representante legítimo
em los Essays de Michel de Montaigne. Representa una crítica a los modelos escolásticos e instaura una
nueva forma de expressión de la experiencia del pensar. Situado epistemologicamente en los limites del arte y
de la ciencia, el ensayo revela el espírito vivo de una era de cambios radicales, donde confluyen el vivir, la
escritura e el filosofar.
Referências bibliográficas