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INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

Área Departamental de Engenharia Mecânica

Projeto de Órgãos de Máquinas

Diferencial Traseiro de um automóvel

Semestre de Verão 2016-2017


40628 – Pedro Saraiva
40670 – Paulo Renato

Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Órgãos de máquinas da


Licenciatura em Engenharia Mecânica

Docente:
Engenheira Inês Barbosa

7 de Junho de 2017
Índice

1 Resumo ...................................................................................................................... 3

2 Introdução................................................................................................................... 4

3 Objetivo ...................................................................................................................... 5

4 Fundamentos teóricos ................................................................................................ 6

4.1 Tipos de engrenagens ......................................................................................... 6

4.2 Rolamentos ......................................................................................................... 7

5 Dados ......................................................................................................................... 9

5.1 Pinhão de ataque .............................................................................................. 10

5.2 Planetários ........................................................................................................ 10

6 Resultados................................................................................................................ 11

6.1 Análise das engrenagens .................................................................................. 11

6.2 Análise de forças nas engrenagens ................................................................... 12

6.3 Análise dos esforços nos veios .......................................................................... 12

6.4 Análise das forças aplicadas no veio ................................................................. 12

6.5 Análise à cedência............................................................................................. 14

6.6 Análise à deformação ........................................................................................ 17

6.7 Análise à Torção ................................................................................................ 19

6.8 Análise à fadiga ................................................................................................. 19

6.9 Verificação à ressonância .................................................................................. 19

7 Rolamentos .............................................................................................................. 22

8 Dimensionamento de elementos de ligação.............................................................. 22

9 Dimensionamento do Cardan ................................................................................... 23

10 Conclusão ............................................................................................................. 25

11 Bibliografia ............................................................................................................ 26

1
11.1 Referências ....................................................................................................... 26

11.2 Catálogos .......................................................................................................... 26

2
1 Resumo

Este trabalho tem como base o estudo do funcionamento de um diferencial traseiro


de um automóvel. Pretende-se com base em dados reais e arbitrados, projetar um
diferencial, capaz de suportar as condições iniciais, impostas por um possível cliente.

Para este projeto serão fornecidos o binário máximo do motor, as rotações à qual
este ocorre e a relação de transmissão da caixa. Com estes dados pretende-se dimensionar
o veio, que leva a potência da caixa ao diferencial, os rolamentos, os elementos de ligação
e as engrenagens constituintes do diferencial. As engrenagens serão separadas em dois
grupos, o grupo planetários - satélites e o grupo pinhão de ataque – coroa, no primeiro
grupo não serão analisadas forças, visto que este grupo destina-se a distribuir o movimento
em situação de curva e não acrescentaria nada ao trabalho, optou-se por não incorporar
essa análise.

Serão analisadas as situações críticas para os elementos em cima referidos, deste


modo assegura-se o bom funcionamento do sistema.

Será ainda feita uma análise cedência de um cardan.

3
2 Introdução

Este projeto tem como principal objetivo, melhorar os conhecimentos adquiridos na


unidade curricular de Órgãos de máquinas e ainda pôr em prática esses mesmos
conhecimentos. Neste projeto de estudo recorre-se ao estudo estático de um conjunto
dinâmico, constituído por diferentes órgãos que permitem a propagação de movimento.
Mais concretamente, esse estudo recai sobre o dimensionamento de um diferencial traseiro
de um automóvel citadino, cuja função é distribuir o movimento da caixa de velocidade às
rodas. Essa transmissão é feita através de veios e engrenagens.

Na realização do trabalho é preciso recorrer a alguns dados de um modelo


automóvel, porém por falta de alguma informação foi necessário arbitrar alguns valores.
Como base de estudo, o modelo automóvel utilizado foi o Bentley Continental GT V8 de
2013. Esses dados foram retirados do Web site da Bentley.

4
3 Objetivo

Como objetivos para a realização deste trabalho serão analisados os seguintes


componentes:

• Veio (ligação da caixa de velocidades ao diferencial)


• Elementos de ligação
• Rolamentos (suporte do veio)
• Engrenagens (pinhão de ataque, coroa, planetários e satélites)
• Cardan (faz a ligação entre o veio e a caixa de velocidades)

De forma a tornar o dimensionamento mais simples serão consideradas


engrenagens de dentes retos. No caso do veio, serão realizada todas as análises estudadas
na unidade curricular, como por exemplo: análise à cedência, análise à fadiga, análise à
flexão, análise à torção e verificação à ressonância.

5
4 Fundamentos teóricos

4.1 Tipos de engrenagens

➢ Engrenagens de dentes retos – Este tipo de engrenagens tem os dentes


paralelos ao eixo de rotação e são usadas para transmitirem movimento de
um veio para outro, paralelo a este. Estas engrenagens são as mais
simples.

Figura 1 - Engrenagem de dentes retos

➢ Engrenagens helicoidais – Neste tipo de engrenagens os dentes estão


inclinados em relação ao eixo de rotação. Estas podem ser usadas nas
mesmas aplicações que as engrenagens de dentes retos, e quando são
usadas o ruído é menor. Permitem ainda engrenamentos sujeitos a maior
carga devido ao engrenamento dos dentes.

Figura 2 - Engrenagem helicoidal

6
➢ Engrenagens cónicas – Estas engrenagens têm dentes inscritos numa
superfície cónica, estas são usadas para transmitirem movimento a veios
com eixos concorrentes. Podem ter dentes retos ou dentes inclinados para
transmitir o movimento.

Figura 3 - Engrenagem cónicas

4.2 Rolamentos

Os rolamentos têm como função transmitir uma carga, por meio de contacto rolante
e não por um contacto deslizante, aplicação num veio. A eficiência do rolamento está
associada as perdas causadas pelo atrito gerado pelos componentes do mesmo. Mas
comparando com o atrito gerado entre o veio e uma manga, o atrito do rolamento é cerca
de 2x inferior ao atrito da entre o veio e a manga. Porém existem perdas mecânicas do
rolamento que estão associadas à carga, à velocidade e à lubrificação.

Os rolamentos são desenhados e construídos para suportar cargas puramente


radiais, puramente axiais, ou uma combinação de ambas.

7
Os rolamentos de esferas são vastamente utilizados, quando existe uma combinação
de esforços. Visto que, estes permitem devido à geometria suportar cargas em várias
direções.

Figura 4 - Nomenclatura Rolamentos

Por outro lado existem os rolamentos cilíndricos e cónicos (Straight roller bearings),
estes rolamentos permitem suportar cargas radiais mais intensas, devido a terem uma
maior superfície de contacto. Contudo eles têm a desvantagem de requerer apenas
esforços radiais.

Figura 5 - Tipos de Straight roller bearings

8
5 Dados

O cliente forneceu os seguintes parâmetros gerais, para o projeto. Binário máximo do


motor 680 N.m @ 1700 rpm e a relação de transmissão mais desfavorável da caixa é de
3,2.

• Relação de transmissão Satélites – Planetários: 15/22


• Relação de transmissão Pinhão - Coroa: 2/5
Ambas as relações de transmissão em cima referidas foram arbitradas.

9
5.1 Pinhão de ataque

Módulo: 5 (arbitrado)

Número de dentes: 20

Material: Aço inoxidável, ferrítico, AISI 444, forjado

5.2 Planetários

Módulo: 5 (arbitrado)
Número de dentes: 22 Requisitos do veio 1

O veio 1 é o veio que transmite potência da caixa de velocidades ao pinhão de


ataque.

O objetivo neste ponto é obter um valor do diâmetro do veio que verificará as


condições de esforços exigidas.

Comprimento: 1600 mm

Material: Aço AISI 1095

10
6 Resultados
6.1 Análise das engrenagens

Para análise das engrenagens foram realizados diversos cálculos numéricos, com base no
estudo da mecânica dos materiais. Esse estudo foi realizado em maple.

Os dados obtidos para as engrenagens são apresentados na seguinte tabela:

Características Coroa Pinhão de ataque Planetários Satélites

Z 50 20 22 15

Módulo 5 5 5 5

Diâmetro [mm] 250 100 100 75

Ângulo do cone primitivo [ᴼ] 68.20 21.80 34.30 55.71

Geratriz primitiva [mm] 134.63 134.63 97.6 45.39

Passo 5π 5π 5π 5π

Altura do cone [mm] 11.25 11.25 11.25 11.25

Espessura do dente [mm] 7.85398 7.85398 7.85398 7.85398

Tabela 1 - Características das engrenagens

Deste modo considera-se que as engrenagens serão contruídas com as


características acima indicadas. Sendo a potência transmitida pelo pinhão de ataque à
coroa de 121kW.

11
6.2 Análise de forças nas engrenagens

Segundo a análise de forças ao pinhão de ataque e à coroa obteve-se os seguintes


resultados:

Forças Pinhão de ataque Coroa

Força tangencial -44.828 44.828

Força Radial -26.81 26.81

Força axial -23.08 23.08

Tabela 2 - Forças presentes nas engrenagens

6.3 Análise dos esforços nos veios

Numa análise dos esforços nos veios, os resultados obtidos foram calculados em
maple. Nesta análise geral foram realizadas várias análises de forma a verificar o veio em
diferentes tipos de solicitação. Dessa análise foram obtidos os diâmetros mínimos para o
veio.

6.4 Análise das forças aplicadas no veio

Através da mecânica estática realizou-se o diagrama de corpo livre (DCL) para o veio,
com as respetivas forças presentes e orientações da mesma. Dessa forma, essas forças
foram calculadas e dois diferentes planos, plano horizontal e plano vertical.

12
Figura 6 - DCL plano vertical

Figura 7 - DCL plano horizontal

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No ficheiro de maple estão indicados todos os cálculos referentes aos esforços nos
veios.

Em relação às forças verticais, FV1 e FV2, estas referem-se aos esforços nos
rolamentos 1 e 2, respetivamente, no plano vertical. Quanto às forças horizontais, FH1 e
FH2, referem-se aos esforços nos rolamentos 1 e 2, respetivamente, no plano horizontal.

Os resultados obtidos foram:

Esforços nos Veios

FV1 -2214.37

FV2 15859.19

FH1 -2235.39

FH2 15862.20

6.5 Análise à cedência

Na análise à cedência foram elaborados os gráficos de esforço transverso e do


momento fletor, para ambos os planos em análise.

14
Figura 8 - Esforço transverso (Plano vertical)

Figura 9 - Momento Fletor (Plano vertical)

Ao analisar o gráfico do momento fletor, o momento fletor máximo, no plano vertical,


ocorre no ponto 1.4, com o valor de 2720.0 N.m.

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Figura 10 - Esforço transverso (Plano horizontal)

Figura 11 - Momento Fletor (Plano horizontal)

Em relação ao plano horizontal, o momento fletor máximo ocorre no ponto 1.4, com
o valor de 2720.0 N.m.

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Como os momentos fletores máximos, horizontal e vertical, ocorrem no mesmo
ponto (1.4), podemos somar geometricamente esse valor e desse modo obter o valor do
momento fletor combinado, tendo este o valor de 3846.66 N.m.

Comparação de tensões

σ adm [MPa] 350

σced [MPa 525

CS 1.5

Diâmetro mínio do veio [m] 0.05

6.6 Análise à deformação

No caso da análise à deformação, para o cálculo do diâmetro mínimo, foram


calculados e apresentados os gráficos da deformação do veio em dois planos, o horizontal
e o vertical:

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Figura 12 - Gráfico da deformada (Plano horizontal)

Figura 13 - Gráfico da deformada (Plano vertical)

Através da soma geométrica das deformadas nos diferentes planos obteve-se a


deformada máxima. Essa deformada máxima de valor 0.00556 m, com uma tensão
∆𝑙
admissível 200 de 0.006 m. Este caso refere-se a um diâmetro mínimo do veio de 0.05 m.

18
6.7 Análise à Torção

A análise à torção teve como base o momento torsor máximo que ocorre no veio.
Deste modo foi calculado o diâmetro mínimo do veio que verificasse o ângulo de torção
máximo admissível. Através desse ângulo de torção máximo (0.25ᴼ/m),o valor obtido de
diâmetro mínimo foi dt = 0.038 m. Esses cálculos estão demonstrados no maple.

6.8 Análise à fadiga

Através do software CES obteve-se os dados necessários para a análise de fadiga para
o material escolhido (aço AISI 5140). Foram considerados os seguintes fatores de correção
de fadiga:

• Acabamento superficial
• Fator de tamanho
• Fator de fiabilidade

A partir destes fatores corretivos foi calculada a tensão limite de fadiga, seguidamente
a tensão de Von Mises. Numa última análise verificou-se que a tensão de Von Mises está
abaixo do valor da tensão limite de fadiga.

Na verificação do diâmetro do veio às solicitações por fadiga, após algumas iterações


foi estabelecido um diâmetro mínimo de 0.06 m.

6.9 Verificação à ressonância

No ficheiro maple estão demonstrados os cálculos relativos da análise do veio à


ressonância. Esta análise é bastante importante devido às implicações catastróficas que

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poderá surgir daí. Para tal é necessário conhecer a frequência natural do veio para as
condições de velocidade angular e forças, num determinado modo de funcionamento. Por
fim, para a relação de transmissão da caixa conhecida realizou-se a análise à ressonância.

Para este caso é apresentado o gráfico que relaciona a velocidade angular do motor
com a frequência de ressonância do veio:

Relação de transmissão
5000

4500

4000

3500
vel. ang. do veio [rpm]

3000

2500

2000

1500

1000

500

0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000
vel. ang. do motor [rpm

I= 3.2 Frequência de Ressonância

20
Velocidade angular do Velocidade angular do Relação transmissão da
motor [rpm] veio [rpm] caixa escolhida

1000 312,5
1500 468,75
1700 531,25
2000 625
2500 781,25
3000 937,5
3500 1093,75
4000 1250 3,2
4500 1406,25
5000 1562,5
5500 1718,75
6000 1875
6500 2031,25
7000 2187,5
7500 2343,75
8000 2500
Frequência de Ressonância 4316,6

Análise à Análise à Análise à Análise à


cedência torção flexão fadiga
Diâmetro
mínimo [m] 0.05 0.038 0.05 0.06

Através dos cálculos efetuados, o diâmetro mínimo do veio será de 0.06 m.

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7 Rolamentos

Para o veio serão colocados 2 rolamentos a uma distância de 20 cm de cada ponta do


veio. Esses rolamentos podem ser consultados no ficheiro maple. E para cada um foi
calculado o tempo de vida útil, em horas.

O tipo de rolamentos a utilizar serão os de esfera, isto devido a estes estarem sujeitos
a forças radiais e tangenciais e ainda conseguirmos solicitá-los a uma velocidade maior que
10 rpm => C1 = 7.8.

No cálculo do tempo de vida útil dos rolamentos, obteve-se o valor de 7.7289 * 108
horas.

8 Dimensionamento de elementos de ligação

A partir do catálogo TECHNIFAST, selecionou-se uma chaveta do tipo DIN 6885ª/


ISSO 2491ª/ BS46 type A, com uma tensão de cedência de 600 Mpa.

Figura 14 - Chavetas DIN 6885A /ISO2491A/BS 46 TYPE A

Através da tensão de cedência desta chaveta e da largura e altura determinadas,


calculou-se o comprimento da mesma, obtendo assim uma configuração de 5x5x15 [mm].

22
Modo de seleção:

Figura 15 - Modo de seleção das chavetas selecionadas

9 Dimensionamento do Cardan

No dimensionamento do Cardan teve-se em consideração as condições iniciais


impostas como:

• Suportar um binário de 2.1 kN.m


• Diâmetro interior ≥ 60 mm (diâmetro mínimo do veio)

Deste modo, com estas condições, o catálogo com melhor escolha é o da LOVEJOY
Coupling Solutions. Porém os modelos de cardan escolhidos não são 100% indicados visto

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que, o diâmetro interior máximo disponível no catálogo ser de apenas 50 mm, e o veio ter
um diâmetro mínimo de 60 mm. Neste caso, a única forma de solucionar o problema seria
contactar o fabricante e explicar a situação de forma arranjar uma solução.

Figura 16 - Catálogo LOVEJOY

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10 Conclusão

Este projeto revelou-se um desafio interessante pois, surgiram algumas


dificuldades nas formas construtivas das engrenagens nomeadamente, nas relações de
transmissão e no número de dentes. Após alguma pesquisa, conseguimos entender o
funcionamento e as características do diferencial e com isso permitiu superar as
dificuldades anteriormente impostas. O dimensionamento do cardan também apresentou
alguma dificuldade, visto que não foram solucionadas todas as condições impostas.

Mesmo com as dificuldades que surgiram neste trabalho, foi possível


consolidar os conhecimentos adquiridos ao longo do semestre.

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11 Bibliografia

• Shigley's, Mechanical Engineering Design, 8th Edição, 2006


• Capítulo 2 – Engrenagens 1 & 2 (moodle isel adm), Barbosa, I., 2013/2014 SV.
• Capítulo 3 – Rolamentos (moodle isel adm), Barbosa, I., 2013/2014 SV.
• Capítulo 4 – Dimensionamento de veios (moodle isel adm), Barbosa, I., 2013/2014
SV.
• Capítulo 5 – Elementos de ligação (moodle isel adm), Barbosa, I., 2013/2014 SV.

11.1 Referências

• Shigley's, Mechanical Engineering Design, 8th Edição, 2006, pp. 653 – 654;
• Shigley's, Mechanical Engineering Design, 8th Edição, 2006,pp. 550 - 554;
• Shigley's, Mechanical Engineering Design, 8th Edição, 2006;

11.2 Catálogos

• TECNHIFAST (www.technifast.uk)
• SKF, Rolamentos, (http://moodle.isel.pt/adem/file.php/365/catalogoSKF.pdf)

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