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Inveja
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o ltruísmo
Inveja a
A
e o ltruísmo

ASSOCIAÇÃO GEOFILOSÓFICA DE ESTUDOS


ANTROPOLÓGICOS E CULTURAIS
A
Inveja, sendo um dos pecados capitais da alma caída em
desgraça, é a principal causa da Heresia da Separatividade,
porque a Inveja quer que cada um de nós nos sintamos úni-
cos, extraordinários, bem acima dos demais.

O Altruísmo, sendo uma virtude, sempre quer a união de todos e a


felicidade de todos. O Altruísmo detesta a separatividade e o egocen-
trismo exasperante do humanoide dos nossos tempos.

A Inveja não tolera que os outros tenham uma qualidade que não ten-
hamos adquirido antes, ou uma fortuna que não tenhamos acumulado
antes que os demais, ou talvez um esposo ou esposa que seja melhor
que o nosso cônjuge, etc., etc., etc.

O Altruísmo anela o bem-estar para todos, a beleza moral e ética de to-


dos, a felicidade conjugal, a igualdade de oportunidades trabalhistas,
alimentares, sociais, anímicas, etc., etc.

A Inveja existe para as coisas materiais e as espirituais. A Inveja quer


para si toda a glória e toda a admiração da humanidade. Invejamos os
títulos acadêmicos, os imóveis dos outros, os reconhecimentos públi-
cos, a mística dos nossos semelhantes, a profundidade filosófica dos
outros, a firmeza e a vontade de quem nos rodeia, etc., etc., etc.

O Altruísmo não ama a competição malsã entre os seres humanos. O


Altruísmo é desprendido e goza-se na alegria do próximo, ainda que a
pessoa altruísta encontre-se em situações de carência. O altruísta sem-
pre está contente com o pouco ou o muito que tenha, porque parte do
princípio de que Deus ama a todos por igual, ricos e pobres, esquivos
ou voluptuosos, fortes e débeis, etc., etc., etc.

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A Inveja é irmã do amor próprio e da autoconsideração. Estes dois
flagelos estão no subsolo psicológico da cada ser humano e através da
Inveja buscam seu alimento para seguir subsistindo como uma praga
no interior de cada um de nós. Da mesma maneira, a Inveja torna-se
aliada da vaidade e ambas constituem o motor das lutas internas que
levam o pseudo-homem dos nossos tempos a reafirmar-se acima dos
seus semelhantes.
O Altruísmo é a negação total do amor próprio. Os grandes altruístas
passam muitas vezes despercebidos para as multidões, apesar de que
graças a eles se resolveram gravíssimos problemas humanos. Basta
recordar simplesmente a Madre Teresa de Calcutá, graças a quem mui-
tos doentes receberam tratamento em países onde, aos pobres, se lhes
ignorava de mil maneiras e morriam miseravelmente.

A Inveja e seu labor sinistro incessante vão criando por toda parte
problemas humanos, desigualdades enormes, disputas sociais, caos e
confusão em todas as organizações sociais e, inclusive, espirituais. A
Inveja enche de suspeita e de desconfiança todo o grupo, quaisquer
que sejam seus ideais.

O Altruísmo gera fraternidade, solidariedade, espírito de equipe,


triunfos sociais e humanísticos, fortaleza em todo projeto de qualquer
índole, confiança, integridade e soma esforços de todos para todos.

A Inveja produz, a longo prazo, vazio interior e grandes separações in-


ternas, pois finalmente os invejosos terminam sendo detestados pelos
seus chegados, familiares e não familiares, por causa de suas ânsias de
protagonismo e falta de amor com o resto dos mortais.

O Altruísmo é uma energia que, pertencendo ao Ser, cumula-nos,


enche-nos animicamente e faz-nos sentir em estado de plenitude.
Quando alguém está em plenitude, sente no fundo do seu coração uma

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paz profunda e uma alegria permanente que o acompanha ali aonde
for. O Ser, com sua energia dinâmica, aparta de nós todas as incertezas
próprias desta sociedade decadente que vive somente de cara para o
que dirão.

A Inveja pretende com sua avidez morbosa fazer, se é necessário, um


lugar no céu, e por tal motivo existe a inveja de poderes espirituais,
de dons ou capacidades anímicas. Quando acontece isso, caímos então
no orgulho simoníaco. Simão, o Mago, invejava Jesus e isso levou-o a
querer competir com o Nazareno e com os seus apóstolos. Sua inveja
levou-o à morte, e em muitas catedrais góticas é mostrado caindo des-
de o alto para o Abismo de perdição. .

O Altruísmo, sendo uma faculdade anímica e querendo somente o


bem comum, é premiado pelo Ser com bênçãos que vão aparecendo,
ao longo de toda a vida, naqueles devotos que, sendo sinceros em seu
amor para toda a humanidade, são capazes de toda classe de sacrifí-
cios desinteressados.

A Inveja crê estupidamente que, tendo tudo, e de maneira especial


aquilo que é material, se rodeará de suprema felicidade, inclusive nas
esferas espirituais. Isto se deve à cegueira que acompanha a Inveja,
que termina confundindo o invejoso de tal forma que mede a vida es-
piritual com os mesmos padrões que o faz com a vida material.

O Altruísmo, ao levar-nos ao desapego das coisas materiais e dos po-


deres espirituais, prepara-nos então para poder, um dia, entrar ditosos
no reino do Espaço Abstrato Absoluto citado pela Cabala de todos os
tempos. Nesse reino, temos de despojar-nos de todo poder material
e espiritual para poder nos integrar com o Eterno. Por isso, o próprio
Jesus de Nazaré (o V.M. Aberamentho), podendo separar-se daquela
terrível ordalia da sua crucificação com apenas um piscar de olhos,

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preferiu a agonia e a morte para mostrar-nos até que ponto temos de
renunciar a tudo pelo Pai de todas as Luzes.

A Inveja é, portanto, pobreza interior, mediocridade interior, que trata


de ser ocultada mediante a ostentação de joias, de dinheiro, de rique-
zas, de poder material ou espiritual, etc., etc.

O Altruísmo é riqueza interior, invisível aos olhos da carne, mas que se


traduz em fatos que atraem para nós bem-aventuranças de todo tipo.
O altruísta sente uma grande dor íntima ali onde vê desigualdades e
lutas inflamadas motivadas pela competição em todos os terrenos da
vida humana.

A Inveja tem muitas variantes, como as têm todos os agregados psico-


lógicos que levamos dentro. Há inveja sexual, e isso nos leva a proje-
tar em nossa psique fantasias de toda índole relacionadas com tal ou
qual mulher, com tal ou qual homem, ainda que esta mulher ou este
homem pertençam a outra pessoa, isto é, ainda que seja o cônjuge ou
a cônjuge de outra pessoa. A Inveja nos fará achar que as coisas iriam
melhor se tivéssemos por esposo fulano de tal ou por mulher fulana de
tal, ainda que essa pessoa já tenha formado um lar com outra pessoa.

O Altruísmo é capaz de renunciar a sua própria felicidade e, se isso


significa renunciar ao ser amado para que seja feliz ao lado de outro(a),
esta renúncia depois se traduz em paz e concórdia dentro daquele ou
daquela que viva esta experiência. Tudo isto é consequência de que o
Altruísmo só anela a felicidade do próximo.

Existe Inveja no centro motor da máquina humana, e por isso os at-


letas são capazes de pôr em risco suas vidas para adquirir umas me-
dalhas e desbancar o campeão atual. Como consequência, os esportes,
hoje em dia, não servem realmente para a saúde da humanidade, e sim
para aumentar a competitividade malsã entre os seres humanos. Daí

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que muitos atletas recorram a produtos químicos que lhes garantam
o sucesso nos diferentes esportes existentes. Isto é o que se chama
dopagem na linguagem dos esportes.

O Altruísmo não busca medalhas nem reconhecimentos, apenas quer


outorgar aos outros segundos, minutos, horas, meses, anos, séculos
ou milênios de satisfação moral, material ou espiritual, sem lutas fra-
tricidas nem comportamentos anormais. O Altruísmo faz-se valer pelo
seu conteúdo ético e seu desprendimento total, e não precisa de aplau-
sos nem discursos retumbantes para ocupar o lugar magnânimo que
lhe corresponde.

A Inveja no centro emocional leva-nos a querer ser, por exemplo, mais


carismáticos que os outros, mais comovedores que os demais, mais
humildes que os demais, mais sorridentes que os demais, mais agra-
dáveis que os demais, e isto é muito mais profundo entre os atores do
cinema e da televisão. Por isso se diz que tal atriz ou tal ator é mais
convincente pelas suas lágrimas que os demais, porém, essas lágrimas
nunca são verdadeiras, são Eus demônios capazes de encenar emoções
fortes.

O Altruísmo não gosta de disfarçar suas manifestações. Quando al-


guém é altruísta, não quer ser reconhecido nem indicado. Os altruístas
não se medem com os demais, são simples por natureza, e não buscam
glórias mundanas nem recorrem aos gestos do mundo do cinema, nem
da política, nem da arte.

A Inveja pode manifestar-se no centro instintivo, e está muito presen-


te nas pessoas instintivas, como boxeadores, lutadores de luta livre,
pilotos de competições automobilísticas, pessoas que gostam de se
lançar ao vazio fazendo “rapel”, pessoas que competem por ser o que
bate todos os recordes comendo mais hambúrgueres que os outros em
cinco minutos, ou os que invejam aos que são capazes de beber vinte

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cervejas de um gole ou fumar quatro ou cinco maços de cigarro em
tantos ou quantos minutos.

O Altruísmo não marcha pelos caminhos do exibicionismo. O Altruís-


mo é “discreto” por excelência. O Altruísmo, queridos irmãos, é uma
forma mais da negação do Mim mesmo, do Si mesmo, do Eu plurali-
zado que tem enchido a existência do homem de amarguras, conver-
tendo-a em um verdadeiro inferno.
Da Inveja, disse o grande filósofo Unamuno: “A inveja é mil vezes mais
terrível que a fome, porque é fome espiritual”. E o insigne Schopen-
hauer exclamou a respeito dela o seguinte: “A inveja é natural ao ho-
mem e, no entanto, é um vício e uma desgraça ao mesmo tempo. De-
vemos considerá-la como um inimigo da nossa felicidade e procurar
sufocá-la como um mau demônio”.

O Altruísmo nutre a alma e, sobre a alma, Confúcio expressou: “Um


homem que tem uma alma bela tem sempre coisas belas que dizer,
mas um homem que diz coisas belas não tem necessariamente a alma
bela”.

TU NE CEDE MALIS
Não cedas aos erros.
_____
M.K.K.

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