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EDIGAO CRITICA DAS OBRAS DE ECA DE QUEIROS Textos de Imprensa Textos de Imprensa. I (da Gazeta de Portugal) Edigio de Carlos Reis e Ana Teresa Peixinho SBD-FFLCH-USP V0)INER Imprensa Nacional-Casa da Moeda 2004 Nota prefacial O presente volume da Edigo Critica das Obras de Eca de Queirés constitui um testemunho mais da relevancia que na obra queirosiana é assumida pelos textos de imprensa: é precisamente nesse Ambito que se insere esta colectanea, de acordo com o crité- rio organizativo que preside a este projecto. Trata-se, neste caso, de recuperar, em obediéncia aos princi- pios metodoldgicos por que se rege esta edigdo critica, os primeiros escritos de Eca de Queirés. Provindos de um tempo de juvenil e ousada formacio literaria, eles valem, de certa forma, como exerci- cios de aprendizagem, revelando, ao mesmo tempo, leituras de ju- ventude, bem como uma atitude mental de clara modelagio ro- mantica. Publicados em duas etapas, nos anos de 1866 ¢ 1867, os folhetins da Gazeta de Portugal podem ser encarados, em conjunto, como um marco fundador, remetendo difusamente para processos criativos que o tempo haveria de maturar, tal como aconteceu com a transbordante e irreprimivel vocagéo para a inovacio estilistica, profusamente ilustrada j4 nestas prosas de juventude. Também porque vém de um tempo remoto e ainda incipiente, 0s folhetins da Gazeta de Portugal apresentam consideravel diversi- dade, em termos de género, se € que nao mesmo, nalguns casos, insuperaveis dificuldades, quando buscamos enquadra-los num mo- delo genoldgico definido. Essas dificuldades decorrem nao apenas da matriz romantica que condiciona este Ega — matriz con- sabidamente adversa a normas de género rigidas —, mas também da natural imaturidade técnica de um jovem com pouco mais de vinte anos. A fluidez genoldgica dos textos publicados na Gazeta de Portu- gal legitima a opcio editorial que desde inicio foi perfilhada no plano geral desta edic&o critica, opcao alias j4 adoptada por outras edigdes recentes da obra queirosiana. Assim, 0 que aqui se encontra so aqueles textos em que reconhecemos uma fei¢io genericamente ensaistica — de critica, de reflexdo doutrinaria, de pura divagaco estética, etc. —, textos distintos daqueles que, por evidenciarem uma dinamica narrativa muito clara, sao integrados no volume de Con- tos I, isto é, os contos ndo-pdstumos. Remanesce do conjunto ape- nas uma carta que sera integrada em volume prdprio, juntamente com outras cartas ptiblicas. Legitima-se esta rearrumagio também pelo facto de Eca nao ter chegado a publicar em volume o conjun- to das prosas insertas na Gazeta de Portugal, 0 que remete estes textos para © vastissimo conjunto de escritos (sobretudo aparecidos na imprensa) que em vida do autor nao chegaram a ser reunidos em livro. Desnecessirio é dizer que esta é a oportunidade privilegiada para se repararem as intimeras omissdes e erros editoriais cometi- dos desde que, em 1903, Luis de Magalhies salvou do esquecimento os singulares textos que deram entao lugar ao volume Prosas Barba- ras: comegaram logo ai essas omissdes ¢ erros, repetidos e mesmo agravados por edigées que raramente se deram ao trabalho de re- correr 4 leitura e transcricio dos folhetins queirosianos da Gazeta de Portugal. De novo se regista 0 apoio concedido pelo Ministério da Cul- tura aos trabalhos conducentes a esta edigao critica; e mais uma vez se realga, com o devido reconhecimento, a continuidade editorial que a este projecto tem sido assegurada pela Imprensa Nacional- -Casa da Moeda. Car.os Reis

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