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INSTALAÇÃO DO SISTEMA
2004
© 2004. SENAI-SP
Gás Natural Veicular - Instalação do Sistema
Publicação organizada e editorada pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”.
E-mail senaiautomobilistica@sp.senai.br
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 7
SUPORTE DE CILINDRO 16
• Características do Suporte de Cilindro 17
• Instalação do Suporte de Cilindro 18
• Fixação do Suporte de Cilindro 18
VÁLVULA DE CILINDRO 21
• Instalação da Válvula de Cilindro 22
CILINDRO 23
• Instalação do Cilindro 24
PONTO DE ATERRAMENTO 26
REDUTOR DE PRESSÃO 27
MANÔMETRO DE PRESSÃO 29
• Instalação do Manômetro 30
MISTURADOR DE GÁS 32
• Instalação do Misturador de Gás 32
MÓDULO DE MEMÓRIA 57
• Instalação do Módulo de Memória 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 61
INTRODUÇÃO
O programa GNV foi introduzido no Brasil no segundo meado da década de 80, inicialmente
em ônibus urbano (motores Diesel, com o objetivo de diminuir os índices de poluentes). Em
seguida, este programa foi aberto para os veículos utilitários, depois os táxis e posteriormente
toda a frota nacional envolvendo veículos, fora de estrada, motos, estacionários e marítimos.
Com isso novas empresas foram surgindo num crescimento significativo, atualmente são
chamadas de instaladoras de sistema GNV, e consequentemente a falta de técnicos
especializados nesse novo ramo no mercado.
A Escola SENAI, desde o início do programa GNV, vem formando profissionais qualificados
com o objetivo de suprir às necessidades de mão-de-obra deste novo ramo de trabalho.
Este manual tem por finalidade dar aos treinandos (instaladores, reparadores independentes
e a comunidade em geral) a preparação básica necessária sobre motores do ciclo Otto,
sistema de alimentação de combustível injetado e carburado, sistema de ignição,
interpretação de esquemas e eletricidade eletrônica básica, que servirá de base para
ingressarem nos treinamento de “Gás Natural Veicular - Instalação”, de forma didática e dar
maior conhecimento teórico e prático de modo a facilitar os trabalhos de instalações dos
equipamentos eletrônicos e mecânicos utilizados no sistema Gás Natural Veicular.
O desenvolvimento dos estudos desse manual deve ocorrer em aulas teóricas e práticas,
sendo que essas aulas devem ocorrer simultaneamente e a carga horária deve variar de
acordo com as necessidades didático pedagógicas, visando desenvolver nos alunos o
domínio de conteúdos básicos de tecnologia imediata necessária para ingressarem no curso
de Gás Natural Veicular - Instalação.
O Gás Natural é retirado do lixo, dos pântanos, do solo e do petróleo e pode ser associado
ou não ao óleo. É armazenado em reservatórios e por um processo de resfriamento é
separado de outros derivados, passando a chamar “Gás processado” (GNV).
COMPOSIÇÃO
O Gás Natural depois de processado, é formado por uma composição próxima aos 88% de
Metano, 9% de Etano, 1% de Nitrogênio, 0,5% de Propano e 0,5% de Dióxido de Carbono.
solo
POSTO DE ABASTECIMENTO
O Gás processado (Gás Natural Veicular) chega até os postos de abastecimento através de
tubulação subterrânea com pressões que variam em torno de 0,3MPa a 1,7MPa. Através
de um compressor especial é comprimido e armazenado em cilindros (chamado de estação
fixa) a uma pressão entre 20MPa a 22MPa, que por sua vez alimentará as bombas de
abastecimento.
ABASTECIMENTO
Ao fazer o abastecimento, o veículo deverá estar sem o condutor e passageiros, com o
motor e rádio desligados, porta, porta-malas e tampa do
motor abertas. Seqüencialmente, o frentista do posto
ligará o cabo de aterramento, removerá o pino de
segurança da válvula e conectará o bico de enchimento
à válvula de abastecimento. Em seguida, abrirá o registro
de enchimento gradualmente, a fim de evitar um impacto
nas válvulas de abastecimento e do redutor, motivado pela alta pressão do sistema do
posto, o qual poderá prejudicar o seu funcionamento.
• ECOLÓGICA
Por ser um combustível limpo, não possuir contaminantes e não aceitar o chamado “batismo”
dos postos de abastecimento, sua mistura AR/GNV é homogênea, proporcionando queimas
perfeitas nas combustões, emitindo pelo escapamento menos poluentes como: particulados
(fuligem), chumbo, sódio, CO (monóxido de carbono), HC (hidro carboneto), NOx (óxido de
nitrogênio), E (enxofre), e outros menos significativos do que os combustíveis líquidos.
O Gás Natural Veicular é mais leve do que o ar, e em caso de vazamentos, o gás se
dispersará rapidamente na atmosfera evitando as contaminações do ar, do solo e dos rios.
Com os combustíveis líquidos, isso não acontece, pelo fato de ser mais pesado do que o ar,
sendo que em caso de vazamento, contaminará o solo e os rios. Por estes motivos e muitos
outros não citados, consideramos o Gás Natural Veiculo o combustível ecológico da
atualidade.
• SEGURANÇA
No veículo, o Gás Natural Veicular é armazenado em cilindro de aço especial o que o torna
altamente seguro. Em sua calota ao lado da válvula, consta a marca do fabricante, n° de
série, peso, volume, selo de certificação e a data de fabricação que a partir desta terá a
validade de cinco (05) anos, quando deverá passar por um teste, e se for aprovado receberá
a data de reteste e terá mais cinco (05) anos de validade.
O Gás Natural Veicular é mais leve do que o ar (0,6), e no caso de vazamentos de gás por
motivos mecânicos ou por colisões, o GNV irá subir e será dispersado rapidamente na
atmosfera evitando acúmulos e um possível incêndio.
• ECONOMIA
O Gás Natural Veicular, nos momentos das combustões, tem uma queima lenta e provoca
menos impacto/esforço aos componentes do motor, embreagem e transmissão do veículo
do que os combustíveis líquidos.
Comparado a um litro de gasolina, o metro cúbico de GNV chega a dar uma autonomia em
km entre 10% a 30% a mais do que um litro de gasolina e 45% a 55% de autonomia (km)
em relação ao litro de álcool.
Sendo que o preço da gasolina está em torno de 1,2 a 1,5 mais caro que o GNV, e o do
álcool está em torno de 0,15 a 0,3 mais caro que o GNV, obteremos com isso uma economia
em dinheiro na utilização de GNV de aproximadamente entre 65% a 70% em comparação
com o uso da gasolina e 50% a 60% em relação ao uso do álcool.
COMBUSTÍVEIS
GASOLINA
A mistura estequiométrica (AR/Gasolina) está em torno de 13,5:1, que deve trabalhar com
uma taxa de compressão limitada em torno de 9:1 a 11:1, determinado pelo seu poder ant-
detonante (93 octanas), e pela temperatura de ignição que está em torno de 200 a 250°C.
ÁLCOOL
A mistura estequiométrica (AR/Álcool) está em torno de 8,5:1, que deve trabalhar com uma
taxa de compressão limitada em torno de 12:1, determinado pelo seu poder ant-detonante
(105 octanas), e pela temperatura de ignição que está em torno de 300°C.
RENDIMENTO
Os veículos do ciclo Otto equipados com sistema GNV, tem em média uma perda de potência
entre 5% a 20% natural, pelo fato dos motores terem sido desenvolvidos originalmente para
os combustíveis líquidos álcool e gasolina, que tem suas taxas de compressão e o ponto de
ignição inferiores ao desejado para o uso do GNV, devido as diferenças de temperaturas de
ignição e da velocidades de queima entre estes combustíveis. Para diminuir parte da perda
de potência, deve ser instalado ao sistema de ignição do veículo, um dispositivo eletrônico
de avanço de ignição (variador de avanço), tanto nos de injeção eletrônica como nos
carburado, que adiantará o ponto de ignição quando o veículo estiver funcionando em GNV.
Antes de efetuar a instalação deve ser verificado alguns itens de segurança e mecânico do
veículo.
MOTOR
SISTEMAS EM GERAL
SUPORTE DE CILINDRO
O suporte de cilindro tem como objetivo fixar o cilindro rígidamente à carroceria do veículo.
É confeccionado em aço galvanizado, e composto por travessas, berço de cilindro, cintas
de fixação do cilindro e limitador de escorregamento do cilindro.
BERÇO DE CILINDRO
Tem como objetivo acomodar o cilindro com uma área de contato mínimo na metade do
diâmetro do cilindro (Ø/2).
TRAVESSAS
Fixam o berço de cilindro e as cintas (abraçadeiras) à carroceria do veículo, no mínimo com
04 parafusos de fixação em suas extremidades, preferencialmente nas longarinas.
• Cilindro com massa até 120kg, quando instalado sobre e rente ao assoalho do veículo:
- Mínimo de 02 cintas de seção 30 x 03mm em aço com tratamento superficial contra
corrosão e proteções de borracha com guias.
- Parafusos Ø10mm classe 8.8 ou superior e porcas em aço autotravantes ambos com
tratamento superficial contra corrosão.
- Fixações, no mínimo de 04 e os pontos de posicionadas nas extremidades das travessas
através de parafusos, porcas e chapas de reforço com dimensões mínimas de: Ø50 x
05mm, preferencialmente nos furos já existentes não comprometendo a resistência
estrutural do veículo.
• Cilindro com massa entre 120kg à 149kg, quando instalado sobre e rente ao assoalho do
veículo:
- Mínimo de 02 cintas de seção 50 x 03mm em aço com tratamento superficial contra
corrosão e proteções de borracha com guias.
- Parafusos Ø12mm classe 8.8 ou superior e porcas em aço autotravantes com tratamento
superficial contra corrosão.
- Fixações, no mínimo de 04 e os pontos de posicionadas nas extremidades das travessas
através de parafusos, porcas e chapas de reforço com dimensões mínimas de: Ø50 x
05mm, preferencialmente nos furos já existentes não comprometendo a resistência
estrutural do veículo.
• Cilindro com massa acima de 150kg, quando instalado sobre e rente ao assoalho do
veículo:
- Mínimo de 02 cintas de seção 50 x 06mm em aço com tratamento superficial contra
corrosão e proteções de borracha com guias.
- Parafusos Ø12mm classe 8.8 ou superior e porcas em aço autotravante com tratamento
superficial contra corrosão.
- Fixações, no mínimo de 04 e os pontos de posicionadas nas extremidades das travessas
através de parafusos, porcas e chapas de reforço com dimensões mínimas de: Ø50 x
05mm, preferencialmente nos furos já existentes não comprometendo a resistência
estrutural do veículo.
• Cilindro com massa até 70kg, quando instalado sob o assoalho do veículo:
- Mínimo de 02 cintas de seção 30 x 03mm em aço com tratamento superficial contra
corrosão e proteções de borracha com guias.
- Parafusos Ø10mm classe 8.8 ou superior e porcas em aço autotravante com tratamento
superficial contra corrosão.
- Fixações, no mínimo de 04 e os pontos de posicionadas nas extremidades das
travessas através de parafusos, porcas e chapas de reforço com dimensões mínimas
de: Ø50 x 05mm, preferencialmente nos furos já existentes não comprometendo a
resistência estrutural do veículo.
• Cilindro com massa entre 70kg e 119kg, quando instalado sob o assoalho do veículo:
- Mínimo de 03 cintas de seção 50 x 03mm em aço com tratamento superficial contra
corrosão e proteções de borracha com guias.
- Parafusos Ø12mm classe 8.8 ou superior e porcas em aço autotravante com tratamento
superficial contra corrosão.
- Fixações, no mínimo de 04 e os pontos de posicionadas nas extremidades das travessas
através de parafusos, porcas e chapas de reforço com dimensões mínimas de: Ø50 x
05mm, preferencialmente nos furos já existentes não comprometendo a resistência
estrutural do veículo.
• Cilindro com massa entre 120kg e 149kg quando instalado sob o assoalho do veículo:
- Mínimo de 03 cintas de seção 50 x 06mm em aço com tratamento superficial contra
corrosão e proteções de borracha com guias.
- Parafusos Ø12mm classe 8.8 ou superior e porcas em aço autotravante com tratamento
superficial contra corrosão.
- Fixações, no mínimo de 04 e os pontos de posicionadas nas extremidades das travessas
através de parafusos, porcas e chapas de reforço com dimensões mínimas de: Ø50 x
05mm, preferencialmente nos furos já existentes não comprometendo a resistência
estrutural do veículo.
• Cilindro com massa acima de 150kg, quando instalado sob o assoalho do veículo:
- Cintas: mínimo de 04 de seção 50 x 06mm em aço com tratamento superficial contra
corrosão protegido de borracha com guias.
- Parafusos Ø12mm classe 8.8 ou superior e porcas em aço autotravante com tratamento
superficial contra corrosão.
- Fixações, no mínimo de 04 e os pontos de posicionadas nas extremidades das travessas
através de parafusos, porcas e chapas de reforço com dimensões mínimas de: Ø50 x05mm,
Quando instalado sob o assoalho, não deverá interferir na altura livre e nos ângulos de
entrada e de saída de rampa do veículo. Quando o suporte estiver suspenso sobre o assoalho
do veículo, deverá estar em conformidade com a NBR 11353-1 item 4.3.2.3.
Este sistema tem a finalidade de permitir a circulação de ar externo pela válvula de cilindro,
impedindo possível contaminação de gás no interior do veículo.
Os flanges são fixos por parafusos na carroceria do veículo, sendo que um chanfro fique
voltado para frente do veículo (entrada de ar) e o outro
flange com o chanfro voltado para a traseira (exaustão).
Escolher o melhor local de instalação dos flanges de ventilação, dando preferência entre as
travessas do suporte de cilindro, e do lado oposto ao escapamento.
Aplicar anticorrosivo nos orifícios e massa de calafetar nos flanges, para evitar a formação
de ferrugem e a infiltração de água no compartimento interno do veículo, instalar e aparafusar
os flanges, respeitando as posições de montagem que deverão estar voltadas com um dos
chanfros para frente (admissão de ar), e a outra para a traseira (exaustão) do veículo.
VÁLVULA DE CILINDRO
Este componente é responsável por grande parte da segurança do cilindro, pois nela está
incorporada a válvula de corte de fluxo, de alívio de pressão e a de excesso de fluxo.
Deve ser instalado um sistema de ventilação da válvula para a atmosfera, quando instalada
dentro do compartimento fechado do veículo (sistema invólucro).
Deve ser instalada uma proteção contra choques de objetos que possam causar danos à
válvula, quando instalado sob o veículo.
• Verificar os fios da rosca da válvula e do cilindro, que deverão ser compatíveis (3/4 - 14
NGT).
• Instalar o cilindro no suporte apropriado para a instalação e o torque da válvula.
• Aplicar veda rosca de Teflon em fita entre 10 a 15 voltas nos fios da rosca da válvula do
cilindro.
CILINDRO
Cilindro é o reservatório de Gás Natural Veicular produzido em liga de aço sem costura, ou
em liga leve revestido com fibra de carbono, que são materiais de alta resistência para
suportar o armazenamento de GNV a uma pressão de 22MPa.
O cilindro deve estar em conformidade com a norma vigente. Possui gravado em sua calota
a marca do fabricante, n° de série, peso, pressão de trabalho,
dimensão, data de fabricação (validade de cinco anos) e
capacidade volumétrica em litros. E também deve possuir
um adesivo contendo informações básicas quanto à sua
segurança, colada e posicionada visivelmente no seu corpo,
e a certificação no âmbito do SBC (Sistema Brasileiro de
Certificação), através dos selos da conformidade.
Após o vencimento do período de validade (5 anos) do cilindro, deverá ser feito um teste
hidrostático (reteste) por algum órgão credenciado pelo INMETRO, que receberá um novo
selo de certificação e uma nova data gravada em sua calota com validade de cinco anos.
Seu peso deverá distribuído no veículo, de forma que não afete a sua estabilidade.
Deve ser instalada uma proteção de chapa defletora, quando a distância do cilindro e a
fonte de calor (+150ºC ou frio -50ºC), for inferior a 200mm. Não deve interferir no ângulo de
entrada e de saída de rampas, quando instalado sob o veículo.
Deve conter limitador de altura de proteção do cilindro, quando instalado sob o veículo. Não
pode conter: soldas, oxidações, corrosões, amassamentos, lixamentos e outros que possam
comprometer a sua segurança.
INSTALAÇÃO DO CILINDRO
• Instalar as borrachas com abas nos berços e nas cintas de fixação do cilindro no suporte.
• Com um carrinho transportar o cilindro até o local, e com um guincho especial instalar o
cilindro no suporte.
• Ajustar o cilindro ao suporte de forma a facilitar a abertura e fechamento da válvula, bem
como a instalação do invólucro estanque.
• Instalar as borrachas com abas de proteção nas cintas de apoio do cilindro.
• Abraçar o cilindro com as cintas do suporte, instalar os parafusos (M10 ou M12 grau 8.8
mínimo), as porcas autotravante e executar a sua fixação.
• Instalar as cintas de travamento do cilindro a fim de evitar um possível escorregamento,
sendo obrigatório quando o cilindro estiver instalado na longitudinal ou fora das caixas de
rodas do veículo.
Sua fixação deve estar em local de fácil abastecimento e manuseio, não podendo ser instalada
no bloco do motor e nem no habitáculo do veículo.
Deve ser instalado um isolante elétrico, quando estiver a menos de 100mm do pólo positivo
da bateria e ou de alta tensão.
Deve ser instalada uma proteção de chapa defletora, quando a distância da válvula e a
fonte de calor (+150ºC ou frio -50ºC), for inferior a 100mm.
• Escolher cuidadosamente o melhor local para a sua fixação observando para que fique
em local firme e de fácil acesso de abastecimento.
• Se possível, do mesmo lado de instalação do tubo de
alta pressão de gás.
• Distante do pólo positivo da bateria, cabos de alta tensão
do veículo, alternador e coletor do escapamento.
PONTO DE ATERRAMENTO
Todo redutor deve ser dotado de um sistema de segurança que impede que a pressão
interna ultrapasse o limite de resistência da carcaça.
Em razão da elevada diferença de pressão, alta na entrada e baixa na saída, pode ocorrer
o seu congelamento que interferirá em seu normal funcionamento. Então para evitar tal
problema o redutor deve possuir um sistema de aquecimento que ligado ao sistema de
arrefecimento do motor, ou por meio de aquecimento elétrico, evitará o seu congelamento.
Os redutores podem ser providos de dois, três ou quatro estágios para a redução de pressão
do Gás, com o objetivo de expandir e estabilizar o fluxo de gás. Todo redutor deve ser
dotado de um sistema de segurança que impede que a pressão interna ultrapasse o limite
de resistência da carcaça.
MANÔMETRO DE PRESSÃO
Deve manter uma distância segura (100mm) do pólo positivo da bateria, de cabos de alta
tensão, e do alternador. Caso não seja possível, instalar um isolante elétrico entre o
manômetro e o componente elétrico.
Deve manter uma distância segura (200mm) do coletor de escapamento. Se não for possível,
proteger o manômetro com uma chapa defletora de calor.
O manômetro deve ser instalado próximo ao redutor em local de boa visibilidade e distante
de locais que possam sofrer impactos, excesso de calor, ou de componentes elétricos de
alta tensão.
INSTALAÇÃO DO MANÔMETRO
OBSERVAÇÃO
Cuidado para não forçar a caixa do manômetro com a mão ou com a ferramenta no momento
do aperto, pois poderá provocar vazamentos interno de gás e danificará o mecanismo do
marcador de nível de gás.
MISTURADOR DE GÁS
O misturador não pode interferir no rendimento do motor em combustível original e deve ter
o máximo de aproveitamento em gás, em baixa, média e alta rotações do motor.
No mercado brasileiro existem vários tipos de veículos com diversas faixas de potência e
cilindrada, e é necessário escolher bem o tipo de misturador ideal para determinada aplicação,
para termos o melhor desempenho possível do motor.
INSTALAÇÃO DO MISTURADOR
Trata-se de uma mangueira lonada ou não, de material flexível e compatível com o gás,
pressão e temperatura de serviço ao uso do GNV. É responsável pela condução do gás
proveniente do terceiro estágio do redutor de pressão até o misturador.
INSTALAÇÃO DO DOSADOR
ANILHA
Tem como objetivo se fixar ao tubo de alta pressão e
não permitir o vazamento de gás.
NIPLE
Tem o objetivo de fixar o tubo de alta pressão à válvula
(ou outros) através da anilha, e de não permitir o
vazamento de gás.
O fixador do tubo de alta pressão não poderá ser inferior a 4mm de largura e revestido com
elastômero, quando metálico para tubo não revestido com elastômetro. Seu percurso deve
ser feito através de locais seguros e que permitam boa fixação e flexibilidade quanto à
prevenção de danos causados por vibrações, dilatações, contrações ou trabalho da estrutura
do veículo.
Na saída de cada cilindro de GNV, o tubo deverá ser composto por um sistema de
flexibilidade, através de um formato de helicóide, “S” ou de “U”, bem como em trechos retos
a cada 2,5m.
Deve ser instalada uma chapa defletora de calor, quando o tubo estiver com menos de
100mm próximo de fontes de calor com mais de 300ºC.
Deve ser instalado um isolamento elétrico quando o tubo estiver com menos de 200mm
próximo do pólo positivo da bateria ou de fontes de alta tensão.
Deve ser instalado um sistema de ventilação para a atmosfera, quando instalada dentro do
compartimento fechado do veículo.
• Fixar o tubo de alta pressão na carroceria do veículo com a distância máxima de 500mm.
• Introduzir o tubo de alta pressão até a válvula de cilindro, passando pelo flange que
facilita a montagem do sistema de ventilação da válvula.
• Cortar o excesso de tubo de alta pressão, deixando espaço suficiente para que este seja
moldado em forma de “S” ou “U”.
• Introduzir na extremidade do tubo o niple e a anilha, e
aplicar uma quantidade mínima de trava rosca entre a
anilha e o tubo, removendo o excesso com um pano se
necessário.
• Cravar as anilhas no tubo de alta pressão e observar
que deverá haver uma sobra de tubo logo após a anilha cravada que não deverá ser
inferior a 1mm.
• Com o sistema de ventilação de válvula de cilindro devidamente montado, aplicar graxa
ou vaselina nos niples e nas anilhas, e efetuar a instalação do tubo de alta pressão a
válvula de cilindro, rosqueando e torqueando firmemente para evitar possíveis vazamento
de gás.
• Após a aprovação do teste de estanqueidade, efetuar o fechamento do saco de ventilação,
fixando-o com abraçadeiras nos tubos de ventilação e no gargalo do cilindro.
OBSERVAÇÃO
Quando o vazamento for pelo cilindro, pela rosca do cilindro ou pela válvula de sobre pressão
da válvula de cilindro, o gás do cilindro deverá ser removido em local aberto e de boa
ventilação e distante de pontos de calor excessivo antes de qualquer reparo. Após o reparo,
os procedimentos de teste de vazamento deverão ser repetidos.
10. Diminuir a rotação do motor gradualmente para marcha lenta e através do parafuso de
regulagem de gás de marcha lenta do redutor, girar para direita (pobre) ou para esquerda
(rico) até que o indicador da mistura indique um valor estequiométrico.
11. Elevar a rotação a um valor constante entre 2500 a 3000/mim, para verificação da
regulagem em alta, e se for necessário fechar ou abrir o parafuso de regulagem de gás
do dosador até que a mistura fique num valor estequiométrico.
CARBURADA
Gasolina para GNV, em geral contém três posições:
1ª - gasolina (o veículo funcionará somente em gasolina);
2ª - neutro (desligará a gasolina, até que acabe a gasolina da cuba do carburador);
3ª - GNV (o veículo funcionará somente em GNV).
INJETADA
Pode ter chaves de duas posições, três posições ou digital.
• DUAS POSIÇÕES
1ª - gasolina - o veículo funcionará somente em gasolina;
2ª - automático - ao ligar o veículo, ele entrará em funcionamento em gasolina e para que
seja feita a mudança para GNV devemos elevar a rotação do motor entre 2000 a
2500/mim, e na desaceleração do motor haverá a mudança para GNV.
• TRÊS POSIÇÕES
1ª - gasolina - o veículo funcionará somente em gasolina;
2ª - automático - ao ligar o veículo, ele entrará em funcionamento em gasolina e para que
seja feita a mudança para GNV devemos elevar a rotação do motor entre 2000 a
2500/mim, e na desaceleração do motor haverá a mudança para gás;
3ª - GNV - o veículo funcionará somente em GNV.
• DIGITAL
Interruptor único que funciona com um simples toque e seu funcionamento é semelhante às
chaves de duas e três posições.
A chave comutadora deve ser instalada no painel do veículo, permitindo ao usuário a boa
visualização dos indicadores e o fácil alcance para que seja selecionado o tipo de combustível
original ou o de GNV a ser utilizado pelo motor do veículo.
Todas as ligações dos cabos devem ser soldadas e bem isoladas para evitar a fuga de
corrente, a umidade e a oxidação, e a instalação do chicote deve ser semelhante a original
do veículo, para que fique como parte integrante do veículo.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
Instalar uma chapa defletora de calor, quando a válvula estiver com menos de 100mm
próximo a fontes que emitam calor (+150ºC ou frio -50ºC).
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
A chave comutadora deve ser instalada no painel do veículo, permitindo ao usuário a boa
visualização dos indicadores e o fácil alcance para que seja selecionado o tipo de combustível
original ou o de GNV a ser utilizado pelo motor do veículo.
Todas as ligações dos cabos devem ser soldadas e bem isoladas para evitar a fuga de
corrente, a umidade e a oxidações, e a instalação do chicote deve ser semelhante a original
do veículo, para que fique como parte integrante do veículo.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
RESISTÊNCIA
É o componente utilizado para aquecimento do redutor, quando não for possível utilizar o
sistema de arrefecimento do motor do veículo.
O GNV é armazenado no cilindro a uma pressão em torno de 200 a 220 kg/cm², e através
do redutor de pressão é reduzida próxima a da pressão atmosférica. Esse processo de alta
para baixa pressão provoca o congelamento do redutor. Então é necessário a utilização de
um sistema de aquecimento do redutor, pelo sistema de arrefecimento do veículo ou através
de resistência elétrica.
Componente eletrônico, atuante enquanto o veículo estiver funcionando em GNV. Tem como
objetivo, desligar o funcionamento dos bicos injetores, interrompendo os sinais emitidos
pelo módulo (ECU) do veículo, para evitar que o motor funcione com dois combustíveis ao
mesmo tempo. E simultaneamente enviará sinais ao módulo eletrônico (ECU) do veículo,
sinais com valores resistivos semelhantes aos dos bicos injetores, a fim de evitar que a luz
de anomalia do painel acenda e acúmulos de gravações de código de falha no módulo
(ECU) do veículo.
Todas as ligações dos cabos devem ser soldadas e bem isoladas para evitar a fuga de
corrente, a umidade e a oxidações, e a instalação do chicote deve ser semelhante a original
do veículo, para que fique como parte integrante do veículo.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
Todas as ligações dos cabos devem ser soldadas e bem isoladas para evitar a fuga de
corrente, a umidade e a oxidação, e a instalação do chicote deve ser semelhante a original
do veículo, para que fique como parte integrante do veículo.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
Todas as ligações dos cabos devem ser soldadas e bem isoladas para evitar a fuga de
corrente, a umidade e a oxidação, e a instalação do chicote deve ser semelhante a original
do veículo, para que fique como parte integrante do veículo.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
Todas as ligações dos cabos devem ser soldadas e bem isoladas para evitar a fuga de
corrente, a umidade e a oxidação, e a instalação do chicote deve ser semelhante a original
do veículo, para que fique como parte integrante do veículo.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
Sistema eletrônico desenvolvido para interromper o sinal emitido pela sonda lambda ao
módulo original do veículo no momento em que o motor do veículo estiver funcionando em
GNV, e simultaneamente, manda sinal de valor estequiométrico ao módulo original do veículo
como se a sonda estivesse funcionando normalmente, evitando um sinal de anomalia.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
Todas as ligações dos cabos devem ser soldadas e bem isoladas para evitar a fuga de
corrente, a umidade e a oxidação, e a instalação do chicote deve ser semelhante a original
do veículo, para que fique como parte integrante do veículo.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
Todas as ligações dos cabos devem ser soldadas e bem isoladas para evitar a fuga de
corrente, a umidade e a oxidação, e a instalação do chicote deve ser semelhante a original
do veículo, para que fique como parte integrante do veículo.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
Todas as ligações dos cabos devem ser soldadas e bem isoladas para evitar a fuga de
corrente, a umidade e a oxidação, e a instalação do chicote deve ser semelhante a original
do veículo, para que fique como parte integrante do veículo.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
MÓDULO DE MEMÓRIA
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
O Kit motor de passo geralmente é composto por “motor de passo e módulo de controle”.
O módulo de controle é quem controla os movimentos do motor de
passo, recebendo as informações precisas de mistura rica ou pobre da
sonda lambda em forma de tensão. O módulo em tempo muito rápido
trabalha os sinais e transmite ao motor de passo, controlando os seus
movimentos, diminuindo a passagem de gás quando mistura rica e
aumentando quando pobre.
Com esse sistema de gerenciamento eletrônico de gás, obteremos uma quantidade de gás
ideal em todas as faixas de rotações do motor, atendendo as normas de emissões da EURO II.
O motor de passo deve ser instalado na posição vertical (em pé) e longe de calor excessivo.
Todas as ligações dos cabos devem ser soldadas e bem isoladas para evitar a fuga de
corrente, a umidade e a oxidação, e a instalação do chicote deve ser semelhante a original
do veículo, para que fique como parte integrante do veículo.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO
Tem como função interromper o fluxo de GNV no redutor de pressão, quando o motor do
veículo estiver funcionando em combustível original ou desligado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DJMA - Auto service Ltda. Manual de Instalação do Sistema GNV. São Paulo, 2003.
IPEM-SP. Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo. Unidades Legais de Medir. São
Paulo, s/d.
RODAGAS. Manual de Instalação dos Componentes Mecânicos dos kits GMV. São Paulo, s/d.
STEFANELLI - Auto Gas Ltda. Manual de Sistema Seqüencial GNV. Itália, 2002