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Contabilidade Pública e

Responsabilidade Fiscal

Orçamento Público e

Gestão Orçamentária

Aula 4

Profa. Cleuci Terezinha Zuber


Para iniciar, você assistirá a um vídeo para conhecer os temas que
serão trabalhados nesta aula. Confira!

Introdução
Nesta aula, vamos estudar sobre a receita e a despesa orçamentárias.
Elas são de fundamental importância, pois representam os recursos dos quais
o governo se apropria da sociedade através da cobrança de impostos e a
contrapartida por meio do atendimento das necessidades dos cidadãos,
através da prestação de serviços. Também falaremos sobre a distribuição e a
destinação de receitas entre as esferas governamentais, conforme situações
legais específicas.

Por fim, vamos estudar os limites legais para a realização de despesas e


o artigo 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal, que cita a arrecadação como
condicionante da execução orçamentária da despesa.

Boa aula e bons estudos!

Receitas Públicas

Na contabilidade geral, receita é a entrada de elementos para o ativo em


função da venda de mercadorias, prestação de serviços, aluguéis, juros ou pela
redução do passivo sem uma correspondente redução do ativo.

Para a Contabilidade Pública são vários os conceitos existentes sobre


receitas públicas, mas vamos citar os que consideramos mais importantes. O
primeiro é o do “Manual de Receita Nacional STN/SOF” (BRASIL, 2008), que
define como receita “todos os ingressos disponíveis para a cobertura das

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despesas orçamentárias e operações que, mesmo não havendo ingresso de
recursos, financiam despesas orçamentárias”.

Já para o “Manual de contabilidade aplicado ao setor público” (BRASIL,


2013), receita são disponibilidades de recursos financeiros que ingressam
durante o exercício orçamentário e constituem elemento novo para o
patrimônio público. Instrumento que viabiliza a implementação das políticas
públicas, as receitas orçamentárias se constituem em fontes de recursos
utilizadas pelo Governo em programas e ações tendo por finalidade atender
demandas da sociedade.

O Estado percebe as receitas e estas transitam pelo patrimônio do Poder


Público, aumentando o saldo financeiro e, via de regra, estão previstas na
Lei Orçamentária Anual.

Para Aliomar Baleeiro (1973), receita é a entrada que, integrando-se ao


patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondências no
passivo, vem acrescentar o seu vulto como elemento novo e positivo.

Já para o Manual de Procedimentos da Receita Pública da STN


(BRASIL, 2007), “receitas públicas são todos os ingressos de caráter não
devolutivo auferidos pelo Poder Público, em qualquer esfera governamental,
para alocação e cobertura das despesas públicas”.

É importante ressaltar que mesmo as receitas sendo ingressos financeiros


no patrimônio público, nem todos os ingressos nos cofres públicos são receita
pública. Alguns recursos são meras entradas sujeitas a posterior devolução.

A Lei 4.320/64 classifica a receita pública, segundo a categoria


econômica, da seguinte forma: receita orçamentária e receita
extraorçamentária. Veja mais no vídeo a seguir.

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Receita orçamentária
A receita orçamentária representa valores constantes do orçamento, isto
é, são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos,
para a aplicação em programas e ações governamentais. Essa receita se
divide em receitas correntes e de capital.

Receitas correntes
Compreendem as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial,
agropecuárias, industriais, de serviços, de transferências (recursos recebidos
de outras pessoas de direito público ou privado, independente de
contraprestação direta de bens ou serviços) e outras receitas correntes (multas,
juros, restituições, indenizações, receitas da dívida ativa, de alienação de bens
apreendidos, de aplicações financeiras, entre outras), que aumentam somente
o patrimônio não duradouro do Estado.

As receitas correntes são os ingressos de recursos financeiros advindos


das atividades operacionais, para aplicação em custeio e ou manutenção das
atividades em geral e implementação das ações, bem como dos programas do
governo.

Veja mais detalhes sobre essas receitas a seguir.

 Receita tributária: é uma receita privativa da União, Estados e Municípios


investidas do poder de tributar. Esses recursos são resultados da
arrecadação de impostos, taxas e contribuições de melhoria.

 Receita de contribuições: são os recursos provenientes de contribuições


sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas.

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 Receita patrimonial: é o ingresso derivado de rendimentos sobre o
investimento do ativo permanente, de aplicações em operações de mercado
e outros rendimentos vindos de renda de ativos permanente (aluguéis, foros,
laudêmios, juros de títulos de renda, dividendos etc.).

 Receita agropecuária: são recursos originários de atividade ou exploração


agropecuária (produção vegetal e animal e derivados, beneficiamento ou
transformação de produto, e em instalações nos próprios estabelecimentos).

 Receita industrial: são receitas advindas da atividade industrial de extração


mineral, de transformação, de construção, entre outras.

 Receita de serviços: são receitas resultantes da prestação de serviços de


transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e
fiscalização, judiciário, processamento de dados, entre outros.

 Transferências correntes: são receitas derivadas de outros entes ou


entidades, efetivadas mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem
qualquer exigência desde que o objeto seja a aplicação em despesas
correntes.

 Outras receitas correntes: são recursos advindos de outras origens não


classificáveis nos níveis anteriores, mas que na sua essência se destinam a
cobrir despesas correntes.

Receitas de capital
Compreendem as receitas provenientes de recursos financeiros oriundos
da constituição de dívidas (operações de crédito); da conversão, em espécie,
de bens e direitos (alienação de bens); amortização de empréstimos; recursos
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender
a formação de um bem de capital e, ainda, outras receitas (integralização de
capital e outras).

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As receitas de capital são derivadas da obtenção de recursos mediante a
constituição de dívidas, amortização de empréstimos, financiamentos ou
alienação de bens.

Conheça mais sobre as receitas de capital a seguir.

 Operações de crédito: são recursos provenientes da colocação de títulos


públicos ou a contratação de empréstimos e financiamentos obtidos junto a
outras entidades estatais ou privadas.

 Alienação de bens: é o ingresso através da conversão em espécie de bens


e direitos pertencentes ao órgão público.

 Amortização de empréstimos: é a entrada de recursos provenientes do


recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos.

 Transferências de capital: são recebidas de outras pessoas de direito


público, inclusive as de origem constitucional ou legal (convênios e
semelhantes), ou advindas de pessoas privadas, quando destinadas a
atender a despesas de manutenção e funcionamento, nas condições
estabelecidas pelos repassadores ou pela própria administração da entidade
(CF, arts. 157 ao 159 e 162).

 Outras receitas de capital: é uma classificação genérica para receitas não


especificadas na lei. Também se classifica nas receitas de capital o
superávit do orçamento corrente (diferença entre receitas e despesas
correntes), embora este não constitua item orçamentário.

Receita Extraorçamentária
As receitas extraorçamentárias são aquelas que não fazem parte do
orçamento público. Sua arrecadação não depende de autorização legislativa,
sua realização não se vincula à execução do orçamento e não constituem
renda para o Estado, uma vez que este é apenas depositário de tais valores
(COTTA, 2012).

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Ainda segundo Cotta (2012), tais receitas somam-se às disponibilidades
financeiras do Estado, porém têm em contrapartida um passivo exigível que
será resgatado quando da realização da correspondente despesa
extraorçamentária. Exemplos: cauções, fianças, depósitos para garantia,
consignações em folha de pagamento, retenções na fonte, salários não
reclamados, operações de crédito a curto prazo e outras operações
assemelhadas.

Existe a possibilidade de uma receita extraorçamentária ser convertida em


orçamentária. Por exemplo, quando alguém perde, em favor do Estado, o valor de
uma caução por inadimplência ou a quantia depositada em garantia. Isso também
acontece quando os restos a pagar têm sua prescrição administrativa decorrida.

Acompanhe mais informações sobre a receita extraorçamentária no


vídeo a seguir.

Estágios da Receita Pública


Os estágios da receita pública representam as fases percorridas pela
receita na execução orçamentária.

 Previsão: é o estágio da estimativa da receita e o que se espera arrecadar


durante o exercício. Será expesso na LOA.

 Lançamento: é a fase onde se identifica o contribuinte, a procedência do


crédito fiscal.

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 Arrecadação: é o momento em que os contribuintes comparecem perante
os agentes arrecadadores a fim de liquidarem suas obrigações para com o
estado.

 Recolhimento: é o repasse do agente arrecadador para os cofres do


tesouro municipal, estadual ou federal.

Aproveite e assista ao vídeo disponível no link. Ele ajudará a complementar


seus estudos em relação às Receitas Públicas. Confira!

<www.youtube.com/watch?v=V5_zBjD00Mc>

Classificação das Receitas Públicas

Aspecto Contábil do Orçamento da Receita


 Registro da previsão da receita no momento da aprovação da Lei
Orçamentária:

Código da Conta Título da Conta

D 5.2.1.1.x.xx.xx Previsão inicial da receita

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C 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a realizar

 Registro da arrecadação da receita durante a execução do orçamento:

Código da Conta Título da Conta

D 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a realizar

C 6.2.1.2.x.xx.xx Receita realizada

Código da Conta Título da Conta

D 7.2.1.1.x.xx.xx Controle da disponibilidade de recursos

C 8.2.1.1.1.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos

Não devem ser reconhecidos como receita orçamentária os recursos


financeiros oriundos de superávit financeiro.

Superávit financeiro é a diferença positiva entre o ativo financeiro e o


passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais
transferidos e as operações de créditos neles vinculadas. Portanto, trata-se de
saldo financeiro, e não de nova receita a ser registrada. O superávit financeiro
pode ser utilizado como fonte para abertura de créditos suplementares e
especiais.

 Registro da previsão da receita:

Previsão Inicial Receita Receita a Realizar


(1) 1.000.000 1.000.000 (1)

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 Registro da arrecadação da receita:

Receita a Realizar Receita Realizada


(2) 50.000 1.000.000(1) 50.000 (2)

Controle da Disponibilidade Disponibilidade por Destinação


de Recursos de Recursos
(3) 50.000 50.000 (2)

 Lançamento no momento do fato gerador (dia 1º de janeiro):

Código da Conta Título da Conta

D 1.1.2.2.x.xx.xx Créditos tributários a receber (P)

C 4.1.1.2.x.xx.xx Impostos sobre o patrimônio e a renda

Créditos Impostos sobre


Tributários o patrimônio
a Receber e a renda
(4) 4.000 4.000(4)

Esse registro provoca o aumento do ativo e do resultado do exercício,


atendendo ao disposto nos artigos 100 e 104 da Lei 4.320/1964.

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A Receita Corrente Líquida foi instituída pela LRF, a fim de ser o balizador
de algumas variáveis, tais como gastos com pessoal, reserva de contingência e
despesas com serviços de terceiros

Despesas Públicas
É o consumo de um bem ou serviço, que, direta ou indiretamente,
contribui para a geração de receitas.

A despesa pública consiste na aplicação de recursos públicos com o


objetivo de tornar real a finalidade do Estado. É o comprometimento de gasto
dos ingressos financeiros públicos para atender as necessidades da
coletividade. Ela é classificada em:

 Despesas resultantes da execução orçamentária:

 Previsão LOA;
 Lei de Créditos Adicionais (autorizado pelo poder Legislativo).

 Despesas independentes da execução orçamentária:

 Despesas ou saída de recursos financeiros não previstos na LOA.


Exemplo: devolução de seguro garantia, pagamento de restos a pagar,
devolução de depósito etc.

Saiba mais sobre as despesas públicas assistindo ao vídeo a seguir.

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Despesa orçamentária
São as despesas públicas que, para serem realizadas, dependem de
autorização legislativa e não podem se efetivar sem crédito orçamentário
correspondente. Dividem-se em despesas correntes e despesas de capital.

Despesas correntes
São as de natureza operacional realizadas para a manutenção dos
equipamentos e funcionamento dos órgãos governamentais. Observe a seguir.

 Despesas de custeio: são dotações para a manutenção dos serviços,


inclusive as destinadas a atender obras de conservação e adaptação de
bens imóveis (pessoal civil, pessoal militar, material de consumo, serviços de
terceiros, encargos diversos).

 Transferências correntes: são as dotações para despesas às quais não


corresponda contraprestação direta em bens e serviços, inclusive para
contribuições e subvenções destinadas a atender a manutenção de outras
entidades de direito público ou privado (subvenções sociais, subvenções
econômicas).

Despesas de capital
Representam os gastos realizados com o objetivo de criar bens de
capital. Elas são realizadas com o propósito de criar e/ou adquirir ativos reais,
envolvendo a execução de obras, a compra de equipamentos, material
permanente, e outros. Veja a seguir.

 Investimentos: as dotações para o planejamento e execução de obras,


inclusive a aquisição de imóveis para a construção destas, aquisição de
instalações, equipamentos e material permanente, e constituição ou
aumento de capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou
financeiro.

 Inversões financeiras: as dotações destinadas à aquisição de imóveis ou


de bens de capital já em utilização, aquisição de títulos representativos de

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capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, quando a operação
não importe em aumento de capital, entre outras.

 Transferências de capital: as dotações de investimentos ou inversões


financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar,
independente de contraprestação direta em bens e serviços, constituindo
essas transferências auxílios ou contribuições, bem como as dotações para
amortização da dívida pública (ARAUJO; ARRUDA, 2004, p. 113).

Despesa extraorçamentária
São aquelas pagas à margem do orçamento. Independem de
autorização legislativa. O “Manual de Despesa Nacional” (BRASIL, 2008)
classifica esses dispêndios como saídas compensatórias e como Restos a
Pagar.

Veja mais no vídeo a seguir.

Classificação da despesa pública


 Classificação institucional: evidencia as unidades e seus responsáveis.

 Classificação funcional: permite a vinculação das dotações orçamentárias


às várias áreas de atuação do governo. É composta de um rol de funções e
subfunções pré-determinadas, que permite a consolidação nacional de todos
os gastos públicos.

 Classificação por natureza da despesa: é a união de duas classificações


que faziam parte da Lei 4.320/64, a Classificação Econômica e a
Classificação por Elemento de Despesa, acrescida da Classificação por
Grupo de Despesa.

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Assim, a classificação da despesa por natureza, a partir de 2002, passou a
obedecer a seguinte estrutura:

 Categoria Econômica

 1 - Despesa Corrente

 2 - Despesa de Capital

 Grupo de Natureza de Despesa

 1 – Pessoal e Encargos sociais

 2 – Juros e Encargos da dívida

 3 – Outras despesas correntes

 4 – Investimentos

 5 – Inversões Financeiras

 6 – Amortização da Dívida

 Elementos de despesas: são as aposentadorias, reformas e pensões, a


contratação por tempo determinado, outros benefícios previdenciários,
salário-família, vencimentos e vantagens fixas (BRASIL, 2013).

Fontes de recursos
É composto por três dígitos, sendo o primeiro que determina o grupo e o
restante a sua especificação.

 1 – recursos do tesouro – exercício corrente.

 2 – recursos de outras fontes – exercício corrente.

 3 – recursos do tesouro - exercícios anteriores.

 6 – recursos de outras fontes – exercícios anteriores.

 9 – recursos condicionados.

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Classif. Classificação Cadast.
Instit. Funcional Ações

0402.12.306.0052.012
Ação: Aquisição de
Gêneros Alimentícios
Atividade
Programa: Manutenção e Revitalização do
Ensino Fundamental
Subfunção: Alimentação e Nutrição
Função: Educação
Departamento de Nutrição Escolar
Secretaria Municipal de Educação

Estágios da Despesa Pública


Os estágios da despesa pública são: programação, licitação, empenho,
liquidação e pagamento.

 Programação: ocorre após a publicação da lei orçamentária, quando o setor


competente, por meio de decretos, estabelece planejamento do desembolso
financeiro para a realização da despesa.

 Licitação: procedimento administrativo que visa a escolha da proposta mais


vantajosa para a administração, entre fornecedores previamente habilitados
e qualificados (art. 37, inciso XXI, da CF). A licitação, consoante artigo 3º da
Lei 8.666/93, destina-se a garantir a observância do princípio da isonomia e
selecionar proposta mais vantajosa para a administração. Para o seu

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julgamento deve-se observar os princípios da legalidade, moralidade,
impessoalidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação
ao instrumento convocatório, entre outros. São modalidades de licitação:

 Convite: para aquisições de pequeno vulto. Convidados, cadastrados ou


não, em número mínimo de três, pela unidade administrativa.
 Tomada de preços: para aquisições intermediárias. Ocorre entre
quaisquer interessados que, devidamente cadastrados atenderem às
condições exigidas, até o terceiro dia anterior à data de recebimento da
proposta.
 Concorrência: para aquisições de grande vulto. Ocorre entre quaisquer
interessados que comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação
exigidos no edital.
 Concurso: utilizado para aquisições específicas. Ocorre entre quaisquer
interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico,
conforme critérios constantes no edital publicado em imprensa oficial, com
antecedência mínima de 45 dias.
 Leilão: utilizado na alienação de bens. É a modalidade de licitação entre
quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a
administração, entre outros.
 Pregão: utilizado para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que
seja o valor estimado da contratação. A disputa pelo fornecimento é feito
através de propostas e lances em sessão pública.

 Empenho: é uma das mais importantes fases da despesa pública. O


empenho é ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado a
obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição (art.
58, Lei 4.320/64). São modalidades do empenho:

 Empenho por estimativa: destinado a atender a despesa de valor não


quantificável durante o exercício. Exemplo: gasto com energia, telefone.
 Empenho global: destina-se a atender despesa determinada e
quantificada e a ser liquidada e paga parceladamente. Exemplo: contrato
de aluguel.

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 Empenho ordinário: é destinado a atender despesa determinada e
quantificada a ser paga numa única vez.

 Liquidação: consiste na verificação do direito do credor, utilizando-se de


títulos e documentos que comprovem o recebimento do bem ou serviço pela
administração. Essa verificação tem por objetivo determinar a origem e o
objeto do que se deve pagar; a importância exata a pagar e a quem se deve
pagar para extinguir a obrigação.

 Pagamento: representa a fase final do processo da despesa pública. O


pagamento somente poderá ser efetuado após a sua regular liquidação.
Deverá ser observado se o credor está adimplente com a União, estado e
município (certidões).

Acesse o link a seguir e conheça um pouco mais sobre licitações.

<http://portal.conlicitacao.com.br/o-que-e-licitacao/>

Aspecto contábil da despesa


 No momento do empenho da despesa orçamentária:

Código da Conta Título da Conta

D 6.2.2.1.1.xx.xx Crédito disponível

C 6.2.2.1.3.01.xx Crédito empenhado a liquidar

Código da Conta Título da Conta

D 8.2.1.1.x.xx.xx Execução da disponibilidade de recursos

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C 8.2.1.1.2.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos
comprometida por empenho

Código da Conta Título da Conta

D 6.2.2.1.3.01.xx Crédito empenhado a liquidar

C 6.2.2.1.3.02.xx Crédito empenhado em liquidação

Crédito empenhado
Crédito disponível a liquidar
(1) 5.000 (3)5.000 5.000 (1)

Disponibilidade para
Execução destinação de recursos
Disponibilidade comprometidos para
Recursos empenho
(2) 5.000 5.000 (2)

Crédito empenhado em
liquidação
5.000 (3)

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Conheça mais sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal fazendo a leitura da
cartilha a seguir.

<www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/publicacao/lrf/0808
07_PUB_LRF_Cartilha_port.pdf>

Síntese
Vamos revisar? Assista ao vídeo a seguir e confira.

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1. Marque a alternativa que corresponde as etapas da despesa pública:

a. Carta Convite, Tomada de Preços, Pregão, Leilão e Concurso.

b. Previsão, Lançamento, Arrecadação, Recolhimento.

c. Anualidade; Universalidade, Publicidade.

d. Programação, Licitação, Empenho, Liquidação e Pagamento.

2. Marque a alternativa que apresenta uma receita tributária.

a. FPM, FUNDEB.

b. IPTU, ISS.

c. Alienação, operação de crédito.

d. CIDE.

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Referências
ARAUJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G. Contabilidade Pública – da teoria à
prática. São Paulo: Saraiva, 2004.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de


Receita Nacional. Brasília: STN/Coordenação-Geral de Contabilidade, 2008.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de


contabilidade aplicada ao setor público: aplicado à União e aos Estados,
Distrito Federal e Municípios. 5. ed. Brasília: STN, Subsecretaria de
Contabilidade Pública. Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade
Aplicadas à Federação, 2013.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Receitas


Públicas: manual de procedimentos. Brasília: STN/Coordenação-Geral de
Contabilidade, 2007.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de


Despesa Nacional. Brasília: STN/Coordenação-Geral de Contabilidade, 2008.

CARVALHO, D. Orçamento e contabilidade Pública. Rio de Janeiro: Campus


Elsevier, 2006.

COTTA, D. M. V. Estudo comparativo dos princípios de reconhecimento


das receitas e das despesas nas entidades de previdência complementar,
entidades públicas e empresas comerciais. Publicado em: 29 jul. 2012.
Disponível em: <www.webartigos.com/artigos/estudo-comparativo-dos-
principios-de-reconhecimento-das-receitas-e-das-despesas-nas-entidades-de-
previdencia-complementar-entidades-publicas-e-empresas-comerciais/93100/>.
Acesso em: 26 set. 2013.

FIGUEIRÊDO, C. M. C. Comentários à Lei de Responsabilidade Fiscal.


Recife: Nossa Livraria, 2000.

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| Aula 4
PALUDO, A. V. Orçamento público e administração financeira e
orçamentária. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

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