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LIÇÃO 7

SUBSÍDIO PARA O ESTUDO DA 7ª LIÇÃO DO 4º TRIMESTRE DE


2018 – DOMINGO, 18 DE NOVEMBRO DE 2018

PERDOAMOS PORQUE FOMOS PERDOADOS


Texto áureo

“Assim vos fará também meu Pai


celestial, se do coração não
perdoardes, cada um a seu
irmão, as suas ofensas.” (Mt
18.35)
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – Lucas 18.21-35.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Prezado e distinto Amigo Leitor, que o estudo desta presente Lição lhe seja
propício a entender que assim como Deus nos Perdoou com um amor sublime,
grandioso e gracioso, também nós, livre e espontaneamente, venhamos perdoar
aqueles que nos ofendem.

Pois bem, nesta 7ª lição, estudaremos a Parábola do Credor Incompreensível;


destacaremos o Grande Favor que recebemos de Deus; e, demonstraremos o
Nosso Compromisso em Perdoar porque Fomos Perdoados.

Portanto, distinto amigo leitor - boa leitura e bons estudos!

I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPREENSIVO

Na ocasião em que Cristo proferiu esta Parábola, Pedro havia fornecido uma
instigante questão a respeito do perdão e como se deveria agir caso um irmão
viesse lhe ofender. Eis a sua indagação; “– Senhor, até quantas vezes pecará meu
irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete?”
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João Crisóstomo observa que Pedro sugere um perdão bem mais
substancioso em relação ao pensamento Judaico dos doutores da Lei de sua época.
Segundo estes mestres da Lei se deveria perdoar não mais do que três vezes,
fundamentando esse pensamento em passagens como: Amós 1.3; 2.6; Jó 33. 29,30.
Ora a proposição de Pedro sugeria quatro vezes mais aquele ensinamento judaico,
indo bem mais além do espírito da Lei vigente, exigindo, assim, mais que a antiga
Lei.

Talvez, Pedro tivesse outras razões. Na Lei Judaica, o número sete


acompanha sempre a ideia de remissão – era o número da perfeição. Logo, Pedro
se deu conta, de certa maneira imperfeita, da nova Lei do Amor. Neste caso, havia
um erro fundamental na questão. Em se propondo um limite ao perdão, pensava-se
que aquele que perdoasse abandonaria um direito que devia fazer-se valer em
certas circunstâncias.

Nesta parábola, o intento do Senhor Jesus era fazer-lhe compreender que


quando Deus chama um membro de seu Reino ao perdão, não o faz como renúncia
a um direito da Lei de forma restrita, até porque não existe isso na Lei – a Lei era
para ser cumprida; portanto Jesus queria ensinar que o Amor de Deus é baseado na
compaixão infinita e que todos devem ser perdoados e terem novas oportunidades
na vida, até que cheguem ao pleno conhecimento deste Deus, visto que o mesmo
Deus sempre está pronto a nos perdoar. A Lei suprema do amor é o perdão.

Portanto vejamos: primeiro, a Lei, como já vimos em linhas acima, só permitia


o perdão até três vezes por cada injúria, difamação, etc. Pedro, acrescenta mais
quatro vezes esta possibilidades de se perdoar, no entanto, Jesus surpreende a
Pedro com a seguinte expressão: “– Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas
até setenta vezes sete”.

Logo, dado o cômputo desta matemática, teríamos 70 vezes 7 cujo resultado


seria 490 vezes. Ora quem perdoa até este montante não teria a dificuldade de
perdoar outra vez. Assim, o real sentido desta parábola está em que para o perdão
não há limites, nem ponto final, sempre haverá três pontinho, ou reticências.

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1. A nova vida no Reino de Deus.

Esta nova vida neste Reino era baseado sempre no amor e no perdão. Jesus
mesmo nos deu o seu belíssimo exemplo, a saber, Jesus perdoou:

 O paralítico que foi levado em uma cama (Mt 9.2-8);

 A mulher surpreendida em adultério (Jo 8. 3-11);

 A mulher que ungiu os seus pés com perfume (Lc 7. 44-50);

 O Próprio Pedro, por negar que o conhecia (Jo 18.15-18, 25-27; 21.15-
19);

 O ladrão na cruz (Lc 23. 39-43) e;

 Aqueles que o crucificaram (Lc 23.34).

Logo. Jesus é o nosso exemplo por excelência.

2. Perdão Ilimitado.

Como entender o real sentido deste perdão ilimitado? Gosto de ver como
Jesus chamava a atenção dos seus ouvintes com tiras bastante interessantes. 490
vezes era um valor muito intenso para se perdoar, no entanto a questão não dizia
respeito à quantidade, mas a intensidade e qualidade do perdão. Jesus na verdade
estava usando um recurso muito comum entre os seus conterrâneos – o exagero.
Esse moto, no ocidente, era conhecido como hipérbole, uma figura de linguagem
que intenciona exagerar o sentido da palavra ou fraseologia. Assim, Jesus estava
ensinando a Pedro a perdoar quantas vezes fosse necessário, independentemente
quem fosse a tal pessoa.

Embora Pedro conhecesse o pensamento rabínico da época sobre esse


assunto, ou certamente o mesmo já havia ouvido falar, haja vista o que já foi
exposto, queria, certamente, com aquela indagação, dirimir todas as dúvidas sobre
tal assunto.

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Mais uma vez faço saber: o rabino José Ben Hanina dizia: "Aquele que roga a
seu vizinho que o perdoe não deve fazê-lo mais de três vezes.” O rabino José Ben
Jehuda dizia: “Se alguém cometer uma ofensa uma vez, perdoam-no, se cometer
uma ofensa pela segunda vez, perdoam-no, se cometer uma ofensa pela terceira
vez, perdoam-no, se a cometer pela quarta vez, não o perdoam.” A Lei freava o
perdão; Cristo soltava as garras que o prendiam com a força do amor.
Evidentemente, aqui, Cristo o faz pensando no pecado intrínseco a todo ser humano
– “o salário do pecado é a morte...” (Rm 6.23), mas fomos libertados da lei do
pecado e da morte. (Rm 8.2). Ou seja, se o pecador demonstrar frutos dignos de
arrependimento, esse será perdoado sempre e será salvo.

3. Uma dívida impagável.

Naquela época, havia séries consequências para os que não podiam pagar as
suas dívidas. Um credor podia apoderar-se do devedor e de sua família, forçá-lo a
trabalhar para ele até que a dívida fosse paga.

O devedor também podia ser enviado para prisão, seus familiares podiam ser
vendidos como escravos, para ajudar a pagar o débito. Esperava-se que, enquanto
estivesse na prisão, as terras do devedor fossem vendidas ou que seus parentes
pagassem a dívida em seu lugar. Caso contrário, o devedor permaneceria na prisão
por toda a vida.

4. A recusa em perdoar.

Pelo fato de Deus perdoar todos os pecados que já cometemos, não devemos
negar perdão a nossos semelhantes. À medida que entendemos o completo perdão
de Cristo em nossa vida, devemos demonstrar uma atitude de perdão em relação
aos outros.

Se não o fizermos, colocamo-nos acima da lei do amor de Cristo.

II – EM CRISTO, DEUS PAGOU AS NOSSAS DÍVIDAS

1. Nossa dívida impagável.

Pois bem, ouçamos Barclay a respeito desse tema:


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Um dos pontos centrais desta parábola é a comparação entre as duas
dívidas. O primeiro servo devia 10.000 talentos a seu senhor; um talento
equivaleria a 560 dólares, portanto 10.000 talentos eram 5.600.000 dólares.
É uma dívida incrível. Era superior ao orçamento total da província inteira.
Este orçamento, que correspondia a Iduméia, Judéia e Samaria somava só
600 talentos; o ingresso total de uma província rica como Galiléia, só
chegava a 300 talentos. Encontramo-nos com uma dívida que superava o
resgate de um rei. Esta foi a dívida que foi perdoada ao servo. A dívida que
seu companheiro lhe devia era ínfima: 100 denários; um denário equivalia a
menos de um centavo de dólar, portanto a dívida não chegava a somar 10
dólares. Era quase um para 500.000 de sua própria dívida.

Logo, ouçamos, agora, A. R. S. Kennedy, que elaborou esta imagem muito


vívida para estabelecer o contraste entre as duas dívidas:

Se as dívidas fossem pagas em moedas de meio centavo de dólar, a dívida


de 100 denários se podia levar no bolso. A dívida de dez mil talentos
precisaria ser levada por um exército de umas 8.600 pessoas, cada um com
um saco de moedas de meio centavo, de uns trinta quilos de peso; e partindo
a um metro de distância formaria uma fila de quase nove quilômetros. O
contraste entre as dívidas é esmagador. E o que se deve destacar é que
nada do que os homens nos façam pode comparar-se com o que nós
fazemos a Deus, e se Deus nos perdoou nossas dívidas, nós devemos
perdoar as dívidas de nosso próximo. Nada do que nós temos que perdoar se
pode comparar em forma vaga ou remota com o que nos perdoou.

2. Deus pagou as nossas dívidas.

Como alguém já disse “fomos perdoados de uma dívida que está além de
todo pagamento – porque o pecado do mundo provocou a morte do próprio Filho de
Deus – e, sendo assim, devemos perdoar a outros como Deus nos perdoou, ou não
podemos esperar encontrar misericórdia alguma”.

Em Colossenses 2.14, assim está escrito: “e havendo riscado o escrito de


dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário,
removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz”.

O escrito da dívida (ou a cédula) que foi destruído continha as exigências


legais da lei do Antigo Testamento. A Lei se opunha a nós por exigir o pagamento
pelos nossos pecados. Embora ninguém possa ser salvo por guardar a lei, as
verdades e os princípios morais do Antigo Testamento ainda nos ensinam e
orientam. Portanto, Jesus Cristo anulou o escrito de dívida que havia contra nós, ou

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o que é o mesmo, apagou a lista de acusações por todas as dívidas que
confessamos conforme as prescrições da Lei.

3. Nada pode nos condenar.

Em Romanos 8.1,2, assim está escrito: “Portanto, agora nenhuma


condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a
carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me
livrou da lei do pecado e da morte”.

Assim, Paulo, nesta passagem, “nos mostra que houve um tempo em que o
cristão, antes de ser cristão, estava à mercê de sua própria natureza humana
pecaminosa. Nesse estado a Lei tinha chegado a ser simplesmente algo que o
movia a pecar, e nesse estado ia de mal a pior, derrotado e frustrado. Mas, quando
chegou a ser cristão, entrou em sua vida o impetuoso poder do Espírito de Deus, e,
porque agora havia em sua vida um poder que não era dele, entrou em uma vida
vitoriosa em lugar de uma existência derrotada”.

Portanto, agora somos totalmente libertos da lei do pecado e da morte e


vivemos sob a égide do poder da lei da vida, em Cristo Jesus.

III – UMA VEZ PERDOADOS, AGORA PERDOADOS

1. Não endureça o coração (Tg 2.13).

Não nos podemos fazer de rogados ao ponto de endurecer os nossos


corações a voz de Deus. Deus é misericordioso, mas também é justiça.

Somente Deus em sua infinita misericórdia pode perdoar pecados. Não


podemos receber o perdão como um pagamento por perdoarmos aos outros. Mas
quando retemos o perdão dos outros depois de termos recebido o de Deus,
mostramos que não entendemos ou não apreciamos a misericórdia de Deus a nosso
favor. (Mt 6.14,15; Ef 4.31,32).

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2. Devemos agir com misericórdia (Rm 5.6-11).

O fato de que Jesus morreu por nós é a prova final do amor de Deus. Seria
muito difícil conseguir que um homem morresse por um justo. Seria possível
persuadir alguém a morrer por um bom e grande princípio. Alguém poderia ter tão
grande amor que fosse movido a dar sua vida por um amigo. Mas o maravilhoso de
Jesus Cristo é que morreu por nós quando éramos pecadores, homens maus e
numa situação de inimizade e de hostilidade com Deus. O amor não pode ir mais
além do que isto.

Não foi para salvar homens bons que morreu Cristo; eram pecadores. Não foi
para resgatar amigos de Deus que morreu Cristo; eram homens que estavam em
inimizade com Deus. Portanto, devemos agir com misericórdia para com todos, pois
Cristo deu a sua vida por nós. (Jo 3.16).

3. Devemos dar o presente que recebemos.

Em I Jo 3.16, assim está escrito: “Conhecemos o amor nisto: que ele deu a
sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos”.

Destarte, o amor verdadeiro consiste em ação, não apenas em sentimentos.


Produz abnegação e doação sacrificial. O maior ato de amor está em doar-se a si
mesmo aos outros.

Como podemos “dar a nossa vida”? Servindo aos outros sem pensar em
receber qualquer coisa em troca ou como recompensa. Às vezes é mais fácil dizer
que morreremos pelos outros do que verdadeiramente vivermos para eles.

Viver para os outros envolve colocar os desejos desses outros em primeiro


lugar. Jesus ensinou este mesmo princípio de amor em João 15.13.

7
CONCLUSÃO

Assim, como bem escreveu o comentarista da Lição: “Se você foi


transformado por essa graça, conseguirá perdoar assim como foi e é perdoado por
Deus, em Cristo Jesus”.

Portanto, louvemos ao Senhor com este lindo coro –– extraído do hino de


número 118 – da nossa Harpa Cristã, com uma alma leve agora que sabemos
profundamente quanto Cristo nos ama e nos perdoou, nos conclamando, desta
maneira, a perdoar a todos que nos fizer algum mal.

Oh!Preciosa fonte sanadora


Para todos corre, sim!
Oh!Preciosa fonte sanadora!
Glória a Deus, me sara a mim!

[Jairo Vinicius da Silva Rocha. Professor. Teólogo. Tradutor. Bacharel em


Biblioteconomia – Presbítero, Superintendente e Professor da E.B.D da Assembleia
de Deus no Pinheiro.]
Maceió, 17 de novembro de 2018.

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