Вы находитесь на странице: 1из 61

Adolf Hitler

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa
Nota: Para outros significados de Hitler, veja Hitler (desambiguação).
Adolf Hitler

Adolf Hitler em 1938


Führer da Alemanha
Período 2 de agosto de 1934
até 30 de abril de 1945
Antecessor(a) Paul von Hindenburg (Presidente)
Sucessor(a) Karl Dönitz (Presidente)
Chanceler da Alemanha
Período 30 de janeiro de 1933
até 30 de abril de 1945
Presidente Ele mesmo (como Führer)
Antecessor(a) Kurt von Schleicher
Sucessor(a) Joseph Goebbels
Reichsstatthalter da Prússia
Período 30 de janeiro de 1933
até 30 de janeiro de 1935
Ministro-presidente Franz von Papen
Hermann Göring
Antecessor(a) Kurt von Schleicher (Reichskommisar)
Sucessor(a) Hermann Göring (Ministro-presidente)
Dados pessoais
Nascimento 20 de abril de 1889
Braunau am Inn, Áustria-Hungria
Morte 30 de abril de 1945 (56 anos)
Berlim, Alemanha
Nacionalidade austríaco até 1925
alemão depois de 1932
Progenitores Mãe: Klara Hitler
Pai: Alois Hitler
Casamento dos progenitores 7 de janeiro de 1885
Esposa Eva Braun
Partido Partido Alemão dos Trabalhadores (1920–1921)
Partido Nazista (1921–1945)
Religião Ver: Visão religiosa de Adolf Hitler
Profissão Militar, artista, escritor, político
Assinatura

Serviço militar
Serviço/ramo Exército do Império Alemão
Anos de serviço 1914–1920
Graduação Gefreiter (cabo)
Unidade 16º Regimento Reserva Bávaro
Batalhas/guerras Primeira Guerra Mundial
Condecorações Cruz de Ferro 1ª e 2ª Classes
Distintivo dos feridos

Adolf Hitler (alemão: [ˈadɔlf ˈhɪtlɐ] ( ouvir); Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 –
Berlim, 30 de abril de 1945), por vezes em português Adolfo Hitler[1][2][3], foi um
político alemão que serviu como líder do Partido Nazista (Nationalsozialistische
Deutsche Arbeiterpartei; NSDAP), Chanceler do Reich (de 1933 a 1945) e Führer
("líder") da Alemanha Nazista de 1934 até 1945. Como ditador do Reich Alemão, ele
foi o principal instigador da Segunda Guerra Mundial na Europa e figura central do
Holocausto.

Hitler nasceu na Áustria, então parte do Império Austro-Húngaro, e foi criado na cidade
de Linz. Mudou-se para a Alemanha em 1913 e serviu com distinção no exército alemão
durante a Primeira Guerra Mundial. Juntou-se ao Partido Alemão dos Trabalhadores,
precursor do Partido Nazista, em 1919, e tornou-se seu líder em 1921. Em 1923,
organizou um golpe de estado em Munique para tentar tomar o poder. O fracassado
golpe resultou na prisão de Hitler. Enquanto preso, ele ditou seu primeiro trabalho
literário, a sua autobiografia e manifesto político, Mein Kampf ("Minha Luta"). Quando
foi solto da cadeia, em 1924, Hitler ganhou apoio popular pela Alemanha com sua forte
oposição ao Tratado de Versalhes e promoveu suas ideias de pangermanismo,
antissemitismo e anticomunismo, com seu carisma e forte propaganda. Ele
frequentemente criticava o sistema capitalista e comunista como sendo parte de uma
conspiração judia. Em 1933, o Partido Nazista tornou-se o maior partido eleito no
Reichstag, com seu líder, Adolf Hitler, sendo apontado Chanceler da Alemanha no dia
30 de janeiro do mesmo ano. Após novas eleições, ganhas por sua coalizão, o
Parlamento aprovou a Lei habilitante de 1933, que começou o processo de transformar a
República de Weimar na Alemanha Nazista, uma ditadura de partido único totalitária e
autocrática de ideologia nacional socialista. Hitler pregava a eliminação dos judeus da
Alemanha e o estabelecimento de uma Nova Ordem para combater o que ele via como
"injustiças pós-Primeira Grande Guerra", numa Europa dominada pelos britânicos e
franceses.

Em seus primeiros seis anos no poder, a economia alemã recuperou-se da Grande


Depressão, as restrições impostas ao país após a Primeira Guerra Mundial foram
ignoradas e territórios na fronteira, lar de milhões de Volksdeutsche (alemães étnicos),
foram anexados — ações que deram a ele grande apoio popular. Hitler queria
estabelecer o Lebensraum ("espaço vital") para o povo alemão. Sua política externa
agressiva é considerada um dos motivos que levaram a Europa e o mundo a segunda
grande guerra. Ele iniciou um grande programa de reindustrialização e rearmamento da
Alemanha em meados da década de 1930 e então, a 1 de setembro de 1939, ordenou a
invasão da Polônia, resultando numa declaração de guerra por parte do Reino Unido e
da França alguns dias depois. Em junho de 1941, Hitler ordenou a invasão da União
Soviética. Em meados de 1942, a Wehrmacht (as forças armadas nazistas) e as tropas do
Eixo já ocupavam boa parte da Europa continental, do Norte da África e quase um-
quarto do território soviético. Contudo, após falharem em conquistar Moscou e serem
derrotados em Stalingrado, as forças nazistas começaram a retroceder. A entrada dos
Estados Unidos na guerra ao lado dos Aliados forçou a Alemanha a ficar na defensiva,
acumulando uma série de derrotas a partir de 1943. Nos últimos dias do conflito,
durante a Batalha de Berlim em 1945, Hitler se casou com sua amante de longa data,
Eva Braun. No dia 30 de abril de 1945, os dois cometeram suicídio para evitar serem
capturados pelo exército vermelho. Seus corpos foram queimados e enterrados. Uma
semana mais tarde a Alemanha se rendeu formalmente.

Sob a liderança de Adolf Hitler, com uma ideologia racialmente motivada, o regime
nazista perpetrou um dos maiores genocídios da história da humanidade, matando pelo
menos 6 milhões de judeus e milhões de outras pessoas que Hitler e seus seguidores
consideravam como Untermenschen ("sub-humanos") e socialmente "indesejáveis". Os
nazistas também foram responsáveis pela morte de mais de 19,3 milhões de civis e
prisioneiros de guerra. Além disso, no total, 29 milhões de soldados e civis morreram
como resultado do conflito na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O número de
fatalidades neste conflito foi sem precedentes e ainda é uma das guerras mais mortais da
história.

Índice
 1 Primeiros anos
o 1.1 Ancestralidade
o 1.2 Infância e educação
o 1.3 Juventude em Viena e Munique
o 1.4 Primeira Guerra Mundial
 2 Início da carreira política
o 2.1 Golpe da Cervejaria
o 2.2 Reconstruindo o Partido Nazista
 3 Ascensão ao poder
o 3.1 Governo Brüning
o 3.2 Indicação para Chanceler
o 3.3 Incêndio do Reichstag e eleições de março
o 3.4 Dia de Potsdam e Lei habilitante de 1933
o 3.5 Expansão final dos poderes
 4 Ditador da Alemanha
o 4.1 Economia e cultura
o 4.2 Rearmamento e novas alianças
 5 Segunda Guerra Mundial
o 5.1 Sucessos diplomáticos iniciais
 5.1.1 Aliança com o Japão
 5.1.2 Áustria e Tchecoslováquia
o 5.2 Começo da Segunda Guerra Mundial
o 5.3 Caminho para a derrota
o 5.4 Derrota e morte
o 5.5 O Holocausto
 6 Estilo de liderança
 7 Legado
 8 Visões religiosas
 9 Saúde
 10 Família
 11 Em filmes de propaganda
o 11.1 Lista com alguns filmes
 12 Ver também
 13 Notas
 14 Referências
o 14.1 Bibliografia
o 14.2 Online
 15 Ligações externas

Primeiros anos
Ancestralidade
Alois, o pai de Hitler.

Klara, a mãe de Hitler.

Seu pai, Alois Hitler, Sr. (1837–1903) era filho ilegítimo de Maria Anna
Schicklgruber.[4] Sua certidão de nascimento não trazia o nome do seu pai, então Alois
inicialmente assumiu o sobrenome da mãe, Schicklgruber. Em 1842, Johann Georg
Hiedler se casou com Maria Anna. Alois foi criado na família do irmão de Georg,
Johann Nepomuk Hiedler.[5] Em 1876, Alois foi legitimado e seu registro batismal foi
mudado por um padre para registrar Johann Georg Hiedler como pai de Alois
(registrado como "Georg Hitler").[6][7] Alois assumiu então o sobrenome "Hitler",[7]
também escrito e soletrado como Hiedler, Hüttler ou Huettler. O sobrenome Hitler é
provavelmente baseado em "aquele que vive em uma cabana" (alemão: Hütte para
"cabana").[8]

O oficial nazista Hans Frank sugeriu que a mãe de Alois era empregada doméstica em
uma casa de uma família judia em Graz, e que o filho de 19 anos desta família, Leopold
Frankenberger, seria o pai de Alois.[9] Mas nenhum Frankenberger foi registrado em
Graz neste período e nenhum documento comprova a existência de Leopold
Frankenberger,[10] então a maioria dos historiadores consideram que a ideia de que o avô
de Hitler era judeu é falsa.[11][12]

Infância e educação
Adolf Hitler com aproximadamente um ano de idade (c. 1889–90).

Adolf Hitler nasceu em 20 de abril de 1889 em Braunau am Inn, uma cidade da Áustria-
Hungria (hoje em dia localizada na Áustria), próximo a fronteira do Império Alemão.[13]
Ele era um dos seis filhos nascidos de Alois Hitler e Klara Pölzl (1860–1907). Três dos
seus irmãos — Gustav, Ida e Otto — morreram ainda na infância.[14] Quando Hitler
tinha apenas três anos, sua família se mudou para Passau, na Alemanha.[15] Lá ele
adquiriu um dialeto bávaro, que trouxe uma marca reconhecível a sua voz.[16][17][18] A
família retornou para a Áustria e se assentou em Leonding em 1894 e em junho de 1895
Alois se aposentou em Hafeld, próximo de Lambach, onde ele passou a criar abelhas.
Hitler estudou numa Volksschule (escola pública) próximo a Fischlham.[19][20]

A mudança para Hafeld coincidiu com um aumento nos conflitos pai-filho causados
pela recusa de Hitler de se conformar à estrita disciplina de sua escola.[21] A ideia da
fazenda de abelhas de Alois Hitler em Hafeld terminou em fracasso e em 1897 a família
se mudou para Lambach. Aos oito anos de idade Hitler começou a ter aulas de canto e
chegou a se apresentar no coral de sua igreja. Neste período até considerou virar
padre.[22] Em 1898 retornou novamente para Leonding. A morte do seu irmão mais
novo, Edmund, devido ao sarampo, em 1900, afetou muito Hitler. Ele mudou de uma
pessoa confiável, extrovertida e um aluno consciencioso para um rapaz taciturno e
desapegado que batia de frente com seus pais e professores.[23]
Hitler em 1899, com nove ou dez anos.

Alois havia feito sucesso na carreira como funcionário público da alfândega e queria
que seu filho seguisse seus passos.[24] Hitler descreveu mais tarde um dia que seu pai o
levou até o escritório em que trabalhava, dizendo que este evento que deu origem a um
antagonismo irreconciliável entre pai e filho, já que ambos tinham temperamento
forte.[25][26][27] Ignorando a vontade do filho de frequentar uma escola clássica e se tornar
um artista, Alois enviou Hitler para um Realschule (uma escola secundária) em Linz em
setembro de 1900.[nota 1][28] Hitler rebelou-se contra esta decisão e no livro Mein Kampf
afirmou que propositalmente foi mal na escola, esperando que uma vez que seu pai
visse o pouco progresso que fazia na escola técnica ele então o deixaria perseguir seu
sonho numa escola artística.[29]

Como muitos austríacos alemães, Hitler começou a desenvolver ideias nacionalistas


pan-germânicas desde muito jovem.[30] Ele expressava apoio a Alemanha, desprezando
a decadente Monarquia de Habsburgo e seu império multiétnico.[31][32] Hitler e seus
amigos cumprimentavam-se com "Heil" e cantavam o "Deutschlandlied" ao invés do
hino imperial austríaco.[33]

Após a repentina morte de Alois em 3 de janeiro de 1903, o desempenho de Hitler na


escola deteriorou-se e a mãe dele permitiu que abandonasse os estudos naquele
momento.[34] Ele então se matriculou em uma Realschule em Steyr em setembro de
1904, onde seu comportamento e desempenho escolar melhoraram.[35] Em 1905, após
passar no exame final, Hitler deixou a escola sem ambições de aprofundar os estudos ou
fazer planos de carreira.[36]

Juventude em Viena e Munique


A casa que Hitler passou parte da sua adolescência, em Leonding, na Áustria (foto
tirada em 1984).

Desde 1905, Hitler passou a viver uma vida boêmia em Viena, financiada pela pensão
de órfão que recebia e do apoio proveniente de sua mãe. Ele teve vários trabalhos,
incluindo o de pintor, vendendo aquarelas de locais turísticos de Viena. A Academia de
Belas-Artes o rejeitou em 1907 e em 1908, afirmando que ele era "inapto para
pintura".[37][38] O diretor da academia sugeriu que Hitler estudasse arquitetura, que
também era do seu interesse, mas ele não tinha as qualificações acadêmicas já que ele
não tinha terminado a escola secundária.[39] Em 21 de dezembro de 1907, sua mãe
morreu de câncer de mama aos 47 anos. Hitler acabou ficando sem dinheiro e foi
forçado a viver em abrigos para sem-tetos.[40]

No tempo que vivia lá, Viena era um viveiro de preconceito religioso e racismo.[41] O
medo de serem sobrepujados por imigrantes vindos do leste Europeu era grande e o
prefeito populista Karl Lueger explorava a retórica anti-semita para fins políticos. O
nacionalismo alemão estava em alta no distrito de Mariahilf, onde Hitler vivia.[42] O
nacionalista Georg Ritter von Schönerer, que advogava o pangermanismo, anti-
semitismo, anti-eslavismo e anti-catolicismo, era uma grande influência para Hitler.[43]
Ele lia jornais como o Deutsches Volksblatt que espalhava preconceito e cultivava o
medo dos cristãos de serem inundados pelo influxo de judeus do leste.[44] Hitler também
lia jornais que pregavam o darwinismo social e exploravam algumas das ideias dos
filósofos Nietzsche, Le Bon e Schopenhauer.[45] Era hostil ao que ele via como
"Germanofobia Católica" e demonstrou admiração por Martinho Lutero.[46]

Uma aguarela pintada por Adolf Hitler, em 1914.

A origem do antissemitismo de Hitler e a primeira vez que ele a expressou é motivo de


debates.[47] Ele afirmou no Mein Kampf que ele se tornou um anti-semita em Viena.[48]
Seu amigo próximo, August Kubizek, afirmou que Hitler era um "convicto anti-semita"
antes dele deixar Linz.[49] Várias fontes dão evidência que Hitler tinha amigos judeus
quando jovem no começo da sua estadia em Viena.[50][51] O historiador Richard J. Evans
diz que "historiadores agora geralmente concordam que seu notório e assassino anti-
semitismo surgiu com força após a derrota alemã [na Primeira Grande Guerra], como
uma paranoia da Dolchstoßlegende (lenda da punhalada pelas costas)".[52]

Hitler recebeu a parte final da pensão do seu pai em maio de 1913 e se mudou para
Munique, no sul da Alemanha.[53] Historiadores acreditam que ele deixou Viena para
fugir do alistamento do exército austro-húngaro.[54] Hitler mais tarde afirmou que não
queria servir no exército austríaco devido a alta miscigenação das forças armadas.[53]
Após ser julgado inapto para o serviço — ele falhou em um exame físico em Salzburgo
em 5 de fevereiro de 1914 — retornou para Munique.[55]

Primeira Guerra Mundial

Hitler (na extrema direita, sentado) com seus camaradas do Regimento de Infantaria
Bávaro (c. 1914–18).

Quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial, Hitler vivia em Munique e, embora fosse
um cidadão austríaco, ele se voluntariou no Exército da Baviera.[56] Um relatório feito
pelas autoridades bávaras em 1924 diz que Hitler serviu no exército local por erro.[56]
Ele se juntou ao 16º Regimento Reserva de Infantaria Bávara (1ª Companhia do
Regimento),[57][56] servindo como mensageiro na Frente Ocidental na França e na
Bélgica, uma função perigosa, que envolvia exposição a fogo inimigo, em vez da
proteção proporcionada por uma trincheira.[58] Serviu também parte do tempo no
quartel-general do regimento em Fournes-en-Weppes.[59][60] Ele esteve presente nas
batalhas de Ypres, do Somme (onde foi ferido), de Arras e de Passchendaele.[61] Ele foi
condecorado por bravura, recebendo a Cruz de Ferro, de segunda classe, ao fim de
1914.[61] Sob recomendação do oficial judeu Hugo Gutmann, Hitler recebeu outra
medalha, a Cruz de Ferro de primeira classe, em 4 de agosto de 1918, uma
condecoração raramente dada a um soldado de sua patente (Gefreiter).[62][63] Ele
também recebeu o Distintivo de Ferido em 18 de maio de 1918.[64] A folha de serviço de
Hitler, no geral, foi exemplar, mas nunca foi promovido além de Cabo, que era a patente
mais alta oferecida a um estrangeiro no exército alemão à época.[65]
Adolf Hitler como um soldado da Primeira Grande Guerra (1914–1918).

Durante seu serviço no Quartel-general, Hitler continuou seu trabalho como artista,
fazendo desenhos e ilustrações para o jornal do exército. Durante a batalha do Somme,
em outubro de 1916, ele foi ferido na coxa quando um disparo de artilharia caiu perto de
sua posição.[66] Hitler passou dois meses em um hospital em Beelitz, retornando ao seu
regimento em 5 de março de 1917.[67] Em 15 de outubro de 1918, ele foi cegado
temporariamente por gás mostarda durante um ataque e foi hospitalizado em
Pasewalk.[68] Enquanto estava lá, Hitler foi informado da derrota da Alemanha. Segundo
ele próprio, ao receber esta notícia, sofreu novamente por cegueira devido a tristeza.[69]

Hitler descreveu seu tempo na guerra como "a maior das experiências". Ele foi muito
elogiado por seus oficiais superiores devido a bravura que demonstrava.[70] Sua
experiência em combate reforçou seu patriotismo, tornando ele um nacionalista
apaixonado. Hitler ficou chocado com a capitulação da Alemanha em novembro de
1918.[71] Sua amargura a respeito do colapso do esforço de guerra moldou sua
ideologia.[72] Como muitos outros nacionalistas alemães e veteranos de guerra, ele
acreditava no Dolchstoßlegende (a "teoria da punhalada nas costas"), que consistia na
ideia de que o exército alemão, "invicto no campo de batalha", fora traído e apunhalado
pelas costas pela liderança política civil e pelos marxistas, que mais tarde foram
chamados pelos nazistas de "criminosos de novembro".[73]

O Tratado de Versalhes de 1919 julgou que a Alemanha era a única responsável pela
guerra e portanto deveria ser severamente punida. O país perdeu várias partes do seu
território e a região estratégica da Renânia foi desmilitarizada. O tratado também impôs
pesadas sanções econômicas e exigiu que o país pagasse grandes reparações para as
nações vencedoras. Muitos alemães viram o tratado como uma humilhação injusta.[74] O
rancor com o Tratado de Versalhes, junto com a grave crise econômica, social e política
do pós-guerra na Alemanha seria explorado por Hitler para fins políticos.[75]

Início da carreira política


A carteira de membro de Hitler do Partido Alemão dos Trabalhadores.

Após a primeira guerra mundial, Hitler retornou para Munique.[76] Sem uma educação
formal ou prospectos de carreira, ele decidiu permanecer no exército.[77] Em julho de
1919, ele foi apontado como Verbindungsmann (agente de inteligência) da
Aufklärungskommando (Comando de Reconhecimento) do Reichswehr (o novo exército
alemão), com o propósito de influenciar outros soldados e se infiltrar no Partido Alemão
dos Trabalhadores (DAP). Enquanto monitorava as atividades do DAP, Hitler foi
atraído pelo fundador do partido, Anton Drexler, e sua retórica anti-semita, nacionalista,
anti-capitalista e anti-marxista.[78] Drexler favorecia um governo forte e ativo, uma
versão não judaica do socialismo (como ele descrevia), e solidariedade entre os
membros da sociedade. Impressionado com as capacidades oratórias de Hitler, Drexler
o convidou para se juntar ao DAP. Hitler aceitou a 12 de setembro de 1919,[79] se
tornando o membro nº 555 (o partido havia começado a contagem de membros no
número 500 para dar a impressão de serem maiores do que realmente eram).[80]

No DAP, Hitler conheceu Dietrich Eckart, um dos fundadores do partido e membro da


ocultista Sociedade Thule.[81] Eckart se tornou um dos mentores de Hitler, trocando
ideias com ele e o apresentando a alta sociedade de Munique.[82] Para aumentar seu
apelo popular, o DAP mudou seu nome para Nationalsozialistische Deutsche
Arbeiterpartei (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães; NSDAP, ou
Partido Nazista).[83] Hitler desenhou a bandeira do partido colocando uma suástica preta
dentro de um círculo branco com um fundo vermelho.[84]

Hitler foi formalmente dispensado pelo exército em 31 de março de 1920 e começou a


trabalhar em tempo integral no Partido Nazista (NSDAP).[85] O quartel-general do
partido era em Munique, um viveiro do sentimento nacionalista alemão anti-governo
determinado a esmagar o marxismo e minar a autoridade da República de Weimar.[86]
Em fevereiro de 1921 — já acostumado a falar para grandes públicos — ele se dirigiu a
uma platéia de mais de 6 000 numa noite.[87] Para divulgar a reunião, dois caminhões
cheios de partidários do seu movimento dirigiram por Munique balançando suásticas e
distribuindo panfletos nazistas. Hitler ganhou notoriedade por seus grandes e polêmicos
discursos contra o Tratado de Versalhes, rivais políticos e especialmente contra os
marxistas-comunistas e os judeus.[88]
Hitler posando para uma câmera durante um discurso, em 1930.

Em junho de 1921, enquanto Hitler e Eckart estavam em uma viagem para angariar
fundos em Berlim, um motim irrompeu na sede do NSDAP em Munique. Membros do
comitê executivo queriam fundir a legenda com os rivais do Partido Socialista Alemão
(DSP), que também era de extrema-direita.[89] Hitler retornou para Munique em 11 de
julho e, com raiva, renunciou sua filiação do partido. Os membros do comitê sabiam
que a resignação da sua principal figura pública e orador significaria o fim do
partido.[90] Hitler anunciou que ele retornaria a legenda na condição de que ele
substituiria Drexler na liderança do partido e o quartel-general deles permaneceria em
Munique.[91] O comitê aceitou e ele formalmente retornou ao NSDAP em 26 de julho
como o membro nº 3 680. Hitler continuou a enfrentar oposição dentro do próprio
NSDAP: entre seus principais oponentes estava Hermann Esser, que fora expulso do
partido. Foram impressos mais de 3 000 panfletos criticando Hitler, o acusando de ser
um traidor.[91][nota 2] Nos dias seguintes, Hitler discursou em vários locais (sempre
lotados) e se defendeu, atacando Esser, sempre recebendo estrondosos aplausos. Sua
estratégia foi bem sucedida e em uma reunião com a cúpula do partido, em 29 de julho,
foi concedido a ele poderes absolutos dentro do Partido Nazista, substituindo Drexler,
numa votação de 533 a 1.[92]

Os discursos vitriólicos de Hitler na cervejaria de Munique começaram a atrair grandes


multidões com muita frequência. Ele utilizava táticas populistas, incluindo o uso de
bode expiatórios, no qual ele jogava toda a culpa pelos males que o país
atravessava.[93][94][95] Hitler usava magnetismos pessoais e seu entendimento da
psicologia das multidões para se engajar com o público durante os discursos. Ele sabia
como falar e o que falar e em qual momento.[96][97] Historiadores notam o efeito
hipnótico da oratória de Hitler, manipulando as massas.[98] Alfons Heck, um ex membro
da Juventude Hitlerista, mais tarde afirmou:

“ ”
Nós nos irrompemos em um frenesi de orgulho nacionalista que beirava
a histeria. Por vários minutos, nós gritávamos a plenos pulmões, com
lágrimas caindo dos nossos rotos: Sieg Heil, Sieg Heil, Sieg Heil!
Daquele momento em diante, eu pertencia, de corpo e alma, a Adolf
Hitler.[99]

Contudo, alguns visitantes que encontraram Hitler em privado notavam que sua
aparência e comportamento não eram nada impressionantes.[100][101]

Entre seguidores que o apoiaram desde o início inclui Rudolf Hess, o ex piloto Hermann
Göring e o capitão do exército Ernst Röhm. Hitler recrutou Röhm para organizar e
comandar o grupo paramilitar conhecido como Sturmabteilung (SA), que servia como
braço armado do partido, protegendo as reuniões e os líderes nazistas e também
atacavam oponentes políticos. Uma influência importante sobre o pensar de Hitler
aconteceu durante o período da Aufbau Vereinigung,[102] um grupo conspiratório
formado por "russos brancos" (como eram chamados os monarquistas
contrarrevolucionários do antigo Império Russo) exilados e nacionais socialistas no
início. Este grupo, financiado por industrialistas ricos, introduziu a Hitler a ideia de uma
conspiração judaica internacional, ligada ao movimento bolchevique.[103]

Golpe da Cervejaria

Ver artigo principal: Putsch da Cervejaria

Os réus do julgamento do Putsch da Cervejaria. Da esquerda para a direita: Pernet,


Weber, Frick, Kiebel, Ludendorff, Hitler, Bruckner, Röhm e Wagner.

Em 1923, Hitler se aproximou do general Erich Ludendorff, que também era veterano
da primeira guerra mundial, para tentar tomar o poder na Baviera através de um golpe
(conhecido como "Putsch da Cervejaria"). O Partido Nazista se inspirou no fascismo
italiano como modelo para sua aparência, estilo e até políticas. Hitler queria emular a
"Marcha sobre Roma" de Benito Mussolini, feita em 1922, dando seu próprio golpe em
Munique, desafiando o governo central em Berlim. Hitler e Ludendorff buscaram apoio
do Staatskommissar (comissário do estado) Gustav Ritter von Kahr, o de facto
governador da Baviera. Contudo, Kahr, junto com o chefe de polícia Hans Ritter von
Seisser e o general do exército Otto von Lossow, queriam tentar seu próprio golpe e
instituir no país uma ditadura militar sob sua liderança, sem a participação de Hitler.[104]

Em 8 de novembro de 1923, Hitler e vários membros da SA invadiram uma reunião


pública, organizada por Kahr, onde 3 000 pessoas estavam reunidas na
Bürgerbräukeller, uma grande cervejaria de Munique. Interrompendo o discurso de
Kahr, ele anuciou que a revolução nacional havia começado e declarou a formação de
um novo governo com Ludendorff.[105] Numa sala nos fundos, Hitler, com uma pistola
em mãos, exigiu apoio de Kahr, Seisser e Lossow. Eles, temporariamente,
concordaram.[105] As tropas de Hitler inicialmente conseguiram ocupar o quartel-general
do Reichswehr e da polícia, mas Kahr e seus colegas retiraram seu apoio e fugiram. As
forças de segurança da Baviera decidiram não apoiar Hitler.[106] No dia seguinte, os
nazistas marcharam da cervejaria até o prédio do ministério da guerra bávaro para
derrubar o governo local, mas a polícia estava preparada e abriu fogo contra as
multidões, dispersando eles.[107] Cerca de dezesseis membros do NSDAP e quatro
policiais morreram no fracassado golpe.[108]
Sobrecapa do livro Mein Kampf (1926–27).

Hitler fugiu para casa de Ernst Hanfstaengl, um membro do partido, e lá chegou a


contemplar suicídio.[109] Ele estava depressivo mas foi acalmado e acabou sendo preso
pelas autoridades locais em 11 de novembro de 1923 sob acusação de alta traição.[110]
Foi levado a corte popular de Munique e seu julgamento começou em fevereiro de
1924.[111] Alfred Rosenberg assumiu interinamente a liderança do partido. Hitler usou o
julgamento em seu benefício, usando a publicidade que a tentativa de golpe fracassada
lhe trouxe. Ele discursou em defesa própria e chamou a atenção de muita gente para sua
causa. Ainda assim, em 1 de abril, Hitler foi sentenciado a cinco anos de prisão em
Landsberg.[112] Lá, ele foi muito bem tratado pelos guardas e foi permitido que
recebesse constantes visitas de camaradas do NSDAP, além de cartas e encomendas de
apoiadores. Após ser perdoado pela Suprema Corte da Baviera, foi liberado da cadeia
em 20 de dezembro de 1924, sob objeções do procurador-geral do estado.[113] Incluindo
o tempo da prisão preventiva, Hitler ficou apenas um pouco mais de um ano na
prisão.[114]

Enquanto estava preso em Landsberg, Hitler ditou boa parte do seu livro Mein Kampf
("Minha Luta"; originalmente chamado de Quatro anos e meio de Lutas contra
Mentiras, Estupidez e Covardice) para o seu ajudante, Rudolf Hess.[114] O livro,
dedicado ao membro da Sociedade Thule e amigo Dietrich Eckart, era uma
autobiografia e exposição de suas ideologias. O livro detalhou os planos de Hitler para
transformar a sociedade alemã sob apenas uma raça. Algumas passagens do livro
deixavam explicita a ideia de um genocídio.[115] Publicado em dois volumes, em 1925 e
1926, vendeu pelo menos 228 000 cópias entre 1925 e 1932. Um milhão de cópias
foram vendidas então apenas em 1933, o primeiro ano de Hitler no poder.[116]

Pouco antes de Hitler poder entrar com um pedido de condicional, o governo da Baviera
tentou extraditá-lo para a Áustria.[117] Contudo, o Chanceler da Áustria, Rudolf Ramek,
recusou o pedido.[118] Hitler renunciou sua cidadania austríaca em 7 de abril de
1925.[118]

Reconstruindo o Partido Nazista

No período que Hitler foi solto da cadeia, a situação política na Alemanha havia se
tornado menos combativa e a situação da economia havia melhorado, limitando as
oportunidades políticas de Hitler para agitação política. Como resultado do golpe
fracassado, o Partido Nazista e suas organizações filiadas foram banidas da Baviera .
Após um encontro com Heinrich Held, então primeiro-ministro bávaro, em 4 de janeiro
de 1925, Hitler concordou em respeitar a autoridade do estado e prometeu que buscaria
poder político agora apenas por meios democráticos. Um mês depois da reunião, o
Partido Nazista deixou de ser banido e voltou a ativa.[119] Hitler, contudo, foi barrado de
fazer discursos públicos mas este banimento foi suspenso também em 1927.[120][121] Para
avançar suas ambições políticas, apesar destes contratempos, Hitler nomeou Gregor
Strasser, Otto Strasser e Joseph Goebbels para organizar e fazer crescer o Partido
Nazista no norte da Alemanha. Um grande organizador, Gregor Strasser dirigiu um
curso político mais independente, enfatizando os elementos socialistas do programa do
partido.[122]

Em 29 de outubro de 1929, na Terça-Feira Negra, a bolsa de valores dos Estados


Unidos quebrou. O impacto atingiu o mundo todo, inclusive a Alemanha. Várias
empresas fecharam as portas, resultando em milhares de desempregados. Bancos
faliram, causando um colapso parcial do sistema financeiro da nação. Hitler e os
nazistas tomaram vantagem da situação emergencial para angariar apoio ao partido. Eles
prometeram ao povo repudiar o Tratado de Versalhes, fortalecer a economia e garantir
empregos e oportunidades.[123]

Ascensão ao poder
Ver artigo principal: Ascensão de Hitler ao poder

Governo Brüning

A Grande Depressão providenciou a Hitler uma ótima oportunidade política. Os


alemães estavam ambivalentes sobre a república parlamentarista, que enfrentava forte
oposição de extremistas de esquerda e direita. Já os partidos moderados não conseguiam
competir com os radicais. No referendo de 1929, o povo alemão votou, por grande
maioria, repudiar o pagamento de reparações de guerra estipulados no Tratado de
Versalhes. A ideologia nazista, neste período, ganhou muito apoio popular.[124] As
eleições de setembro de 1930 resultou na quebra da "grande coalizão", substituindo a
administração do país por um governo de minoria. O chanceler Heinrich Brüning, do
Partido do Centro, governava a nação por meio de decretos emergenciais do presidente
Paul von Hindenburg. Governar por decreto acabou pavimentando o caminho para uma
forma de governo mais autoritarista.[125] O Partido Nazista saiu da obscuridade e
conquistou 18,3% dos votos (ou 6,409,600 de pessoas) e 107 assentos no parlamento
nas eleições de 1930, tornando-se a segunda maior bancada no Reichstag.[126]
Hitler com membros do Partido Nazista no prédio Brown, em Munique, em dezembro
de 1930.

Hitler teve uma participação proeminente no julgamento de dois oficiais do Reichswehr,


os tenentes Richard Scheringer e Hans Ludin, ao fim de 1930. Eles foram acusados de
serem membros do Partido Nazista (filiação partidária era proibida aos militares).[127] A
acusação disse que os nazistas eram extremistas, e o advogado de defesa, Hans Frank,
chamou Hitler para testemunhar.[128] Em 25 de setembro de 1930, Hitler afirmou
novamente que buscaria poder político apenas pela via democrática.[129] Seu discurso
neste julgamento chamou atenção do corpo de oficiais do exército e muitos lá passaram
a apoia-lo.[130]

As medidas de austeridade do chanceler Brüning trouxe poucos resultados e eram


tremendamente impopulares.[131] Hitler explorou isso em suas mensagens políticas para
o povo, falando especialmente as classes mais baixas que eram mais extensamente
afetadas pela hiperinflação e a retração econômica. Assim, os nazistas conquistaram
bastante apoio de fazendeiros, veteranos de guerra e trabalhadores da classe média.[132]

Apesar de Hitler ter renunciado a sua cidadania austríaca em 1925, demorou cerca de
sete anos para ele se tornar cidadão alemão. Isso significava que, na prática, ele era um
apátrida e não podia se candidatar a um cargo público e até podia ser deportado.[133] Em
25 de fevereiro de 1932, o ministro do interior de Brunswick, Dietrich Klagges, que era
membro do Partido Nazista, nomeou Hitler como administrador da delegação do estado
para o Reichsrat em Berlim, fazendo de Hitler um cidadão de Brunswick,[134] e assim
um alemão.[135]

Em 1932, agora como pleno cidadão alemão, Hitler concorreu contra Paul von
Hindenburg nas eleições presidenciais. A 27 de janeiro de 1932, ele fez um discurso no
Clube Industrial de Düsseldorf e lá conquistou apoio dos principais empresários
industrialistas alemães.[136] Hindenburg tinha apoio de vários partidos nacionalistas,
monarquistas, católicos e republicanos, e até mesmo dos Sociais Democratas. Hitler
usou como slogan de campanha a frase "Hitler über Deutschland" ("Hitler sobre a
Alemanha"), uma referência as suas ambições políticas e sua campanha, sendo que ele
viajava muito de aeronave pelo país.[137] Ele foi um dos primeiros políticos a usar
viagens do avião para fins políticos e utilizava este método rápido de viagem de forma
eficiente.[138][139] Hitler terminou em segundo lugar nesta eleição, ganhando cerca de
36% dos votos (ou 13,418,517 de pessoas). Apesar dele ter perdido o pleito para
Hindenburg, esta eleição estabeleceu Hitler como uma figura forte na política alemã.[140]

Indicação para Chanceler

A ausência de um governo eficiente fez com que dois políticos influentes, Franz von
Papen e Alfred Hugenberg, juntos com vários industrialistas e empresários, escrevessem
uma carta para Hindenburg. Os signatários pediram para o presidente apontar Adolf
Hitler como líder do governo "independente dos partidos parlamentares", dizendo que
isso iria "encantar milhões de pessoas".[141][142]
Hitler, na janela da Chancelaria do Reich, sendo ovacionado por seus apoiadores na sua
investidura como Chanceler, em 30 de janeiro de 1933.

Hindenburg desprezava Hitler, mas foi ficando sem opções, com o governo no
Parlamento a beira do colapso, sem base política para se sustentar. Relutantemente, o
presidente decidiu concordar em indicar Hitler para o cargo de chanceler (chefe de
governo) após duas turbulentas eleições parlamentares — em julho e novembro de 1932
— que não tinham conseguido formar um governo de maioria. Hitler liderou uma
coalizão, que durou pouco tempo, formada pelo Partido Nazista e os apoiadores de
Alfred Hugenberg do Partido Popular Nacional Alemão (DNVP). Em 30 de janeiro de
1933, um novo gabinete foi formado e oficializado no escritório do presidente
Hindenburg. O Partido Nazista ganhou três postos no governo: Hitler passou a ser o
chanceler, Wilhelm Frick o Ministro do Interior do país e Hermann Göring o Ministro
do Interior da Prússia.[143] Hitler queria estes postos ministeriais pois ele almejava
controlar por completo a polícia alemã.[144]

Incêndio do Reichstag e eleições de março

Como chanceler, Hitler trabalhou para impedir que os oponentes do Partido Nazista se
unificassem e tentassem formar um governo de coalizão de maioria contra ele. A
oposição, contudo, não conseguia se unificar, com os comunistas e socialistas não se
entendendo com os partidos sociais democratas de esquerda. Com o impasse político se
acentuando no Reichstag, Hitler pediu para o presidente Hindenburg dissolver o
parlamento e convocar novas eleições para março. Em 27 de fevereiro de 1933, o prédio
do Reichstag pegou fogo e ficou parcialmente destruído. Hermann Göring culpou os
comunistas pelo atentado. De fato, um comunista holandês Marinus van der Lubbe foi
capturado dentro do edifício.[145] De acordo com o historiador britânico Sir Ian
Kershaw, o consenso entre os acadêmicos era que van der Lubbe possivelmente foi
mesmo o responsável pelo incêndio.[146] Outros, contudo, incluindo William L. Shirer e
Alan Bullock, e acreditam que os próprios nazistas foram os responsáveis, em uma
operação de bandeira falsa.[147][148] Por insistência de Hitler, Hindenburg aprovou o
Decreto do Incêndio do Reichstag de 28 de fevereiro de 1933, que suspendeu vários
direitos civis e permitiu que o governo fizesse prisões sem mandato judicial. O decreto
era permitido devido ao Artigo 48 da Constituição de Weimar, que dava ao presidente
poderes emergenciais para proteger a população e manter a ordem pública.[149] As
atividades do Partido Comunista Alemão (KPD) foram reprimidas e mais de 4 000
comunistas foram presos.[150]

Além da campanha política, o Partido Nazista engajou em violência paramilitar nas ruas
e espalhou propaganda anticomunista antes das próximas eleições. No dia do pleito, a 6
de março de 1933, os nazistas conquistaram 43,9% dos votos (ou 17,277,180 de
pessoas) e se tornaram o maior partido no Parlamento. Ainda assim, o partido de Hitler
não tinha maioria absoluta para formar um governo de maioria, necessitando fazer outra
coalizão com o DNVP.[151]

Dia de Potsdam e Lei habilitante de 1933

Ver artigo principal: Lei de Concessão de Plenos Poderes de 1933

Adolf Hitler cumprimentando o presidente Paul von Hindenburg no Dia de Potsdam, em


21 de março de 1933.

Em 21 de março de 1933, o novo Reichstag foi constituído com uma cerimônia feita na
Igreja Garrison em Potsdam. Este "Dia de Potsdam" deveria demonstrar a unidade entre
o movimento nazista e a velha elite prussiana e militar. Hitler utilizava um fraque e
humildemente e com toda a reverência cumprimentou o presidente Hindenburg.[152][153]

Para conquistar controle político total, apesar de não ter maioria absoluta no parlamento,
o governo de Hitler levou para votação no recém eleito Reichstag o projeto de lei
Ermächtigungsgesetz (Lei habilitante de 1933). A lei, oficialmente chamada Gesetz zur
Behebung der Not von Volk und Reich ("Lei para Redimir a angústia do Povo e do
Reich"), deu a Hitler e seu gabinete de governo o poder de passar leis sem o
consentimento do Parlamento por um período de quatro anos. Estas leis (com certas
exceções) não eram contempladas pela constituição.[154]

Já que iria afetar a constituição, a Lei Habilitante precisava da aprovação de dois-terços


do parlamento para passar. Deixando nada ao acaso, os nazistas utilizaram provisões
aprovadas no Decreto do Incêndio do Reichstag para prender 81 deputados
comunistas[155] e impediram que muitos parlamentares de esquerda, como os Sociais
Democratas, participassem da votação.[156]

Em 23 de março de 1933, o Reichstag se reuniu na Casa de Ópera Kroll sob


circunstâncias turbulentas. Linhas de homens da SA serviam como guardas dentro do
prédio, enquanto grandes grupos de opositores da proposta gritavam slogans de
discórdia e ameaças durante a chegada dos parlamentares no prédio.[157] A posição do
Partido do Centro, a terceira maior legenda do Reichstag, era decisiva. Após Hitler
verbalmente prometer a Ludwig Kaas, o líder deste partido, que Hindenburg reteria o
poder de veto, Kaas anunciou que seus correligionários apoiariam a Lei Habilitante. No
final, a lei passou por 441 votos a 84, com todos os partidos, exceto os Sociais
Democratas, votando a favor (os comunistas foram impedidos de participar). A Lei
Habilitante, junto com o Decreto do Incêndio do Reichstag, transformou, legalmente, o
governo de Adolf Hitler em uma de facto ditadura.[158]

Expansão final dos poderes


“ ”
Sob o risco de parecer estar falando besteira eu te digo que o Nacional
Socialismo durará mais de 1 000 anos! [...] Não se esqueça como o povo
riu de mim quinze anos atrás quando eu declarei que um dia governaria
a Alemanha. Eles riem agora, de forma igualmente tola, quando eu digo
que vou manter o poder![159]
— Adolf Hitler em uma entrevista para um correspondente britânico em Berlim, em
junho de 1934..

Tendo alcançado poder legislativo e executivo total, Hitler e seus aliados iniciaram o
processo de reprimir a oposição. O Partido Social Democrata foi banido e seus bens
apreendidos.[160] Enquanto várias lideranças de sindicatos estavam em Berlim para as
atividades do Dia de Maio, soldados das SA atacaram escritórios dos líderes de
sindicatos por todo o país. Em 2 de maio de 1933 todos os sindicatos foram dissolvidos
e seus presidentes foram presos. Muitos foram enviados para os recém abertos campos
de concentração, onde os nazistas passaram a aprisionar os seus oponentes políticos.[161]
A Frente Alemã para o Trabalho, uma organização que visava representar todos os
trabalhadores, administradores e donos de companhias, foi criada refletindo o conceito
nazista de Volksgemeinschaft ("comunidade do povo").[162]

Em 1934, Hitler se tornou o Chefe de Estado da Alemanha sob o título de Führer und
Reichskanzler ("Líder e Chanceler do Reich").

Ao fim de junho, vários partidos, não só de esquerda, passaram a ser dissolvidos. Isto
incluiu o antigo parceiro de coalizão dos Nazistas, o DNVP; com a ajuda dos
paramilitares da SA, Hitler forçou o seu líder, Alfred Hugenberg, a renunciar em 29 de
junho. Duas semanas depois, o Partido Nazista foi declarado o único partido legal na
Alemanha.[162][160] A ascensão da SA como uma força política e militar causava
ansiedade entre as elites militares, industriais e políticas na Alemanha. Em resposta,
Hitler decidiu expurgar a liderança da SA na chamada "Nacht der langen Messer" (a
"Noite das facas longas"), que aconteceu de 30 de junho a 2 de julho de 1934.[163] Hitler
mirou no seu velho amigo Ernst Röhm e em outros líderes da SA que, junto com outros
adversários políticos (como Gregor Strasser e Kurt von Schleicher), foram presos e
executados.[164] Enquanto várias nações e muitos alemães ficaram chocados com os
assassinatos, a maioria da população da Alemanha acreditava que estas ações eram
simplesmente Hitler restaurando a ordem no país.[165] O presidente Hindenburg, então
prestes a completar 87 anos de idade, ficou desorientado ao ser informado sobre o
massacre.[166]

Em 2 de agosto de 1934, o presidente Paul von Hindenburg faleceu. No dia anterior, o


gabinete de governo aprovou a "Lei sobre o Mais Alto Cargo do Reich",[167] que
afirmava que, caso Hindenburg morresse, o cargo de presidente seria abolido e seus
poderes seriam fundidos aos do chanceler da Alemanha. Hitler, então, tornou-se tanto
chefe de estado quanto de governo, sendo formalmente chamado agora de Führer und
Reichskanzler ("Líder e Chanceler").[168] Assim, ele derrubou o único remédio legal que
poderia remove-lo do cargo. Sua ditadura estava agora firmemente estabelecida.[169]

Como chefe de estado, Hitler se tornou o comandante em chefe das forças armadas. O
tradicional juramento de lealdade feito pelos militares passou a ser um voto de lealdade
pessoal a Hitler.[170] Em 19 de agosto, a fusão da presidência e da chancelaria foi
aprovada por quase 90% da população mediante plebiscito.[171]

Estandarte pessoal de Adolf Hitler.

No começo de 1938, Hitler usou de chantagem para consolidar seu poder sobre os
militares instigando o Caso Blomberg-Fritsch. Hitler forçou seu ministro da guerra, o
marechal Werner von Blomberg, a renunciar usando um dossiê que dizia que a nova
esposa de Blomberg já tinha sido uma prostituta.[172][173] O comandante do exército, o
coronel-general Werner von Fritsch foi removido do seu cargo também após a
Schutzstaffel (SS) produzir alegações de que ele tinha tido uma relação homossexual no
passado.[174] Na verdade, ambos estes homens haviam caído em desgraça com Hitler
quando eles se opuseram a ordem do Führer para a Wehrmacht se preparar para uma
guerra até 1938.[175] Hitler substituiu o ministério da guerra pelo Oberkommando der
Wehrmacht (OKW, ou "Alto Comando das Forças Armadas"), sob a chefia do general
Wilhelm Keitel. No mesmo dia, dezesseis generais foram demitidos dos seus cargos e
outros quarenta e quatro foram transferidos; todos estes homens eram suspeitos de não
serem tão pró-nazismo.[176] Em fevereiro de 1938, mais doze generais foram afastados
dos seus cargos.[177]

Hitler queria dar a sua ditadura toda a aparência de legalidade. Várias das leis que ele
passou eram protegidas pelo Decreto do Incêndio do Reichstag e assim respeitando o
Artigo 48 da Constituição de Weimar. O Parlamento renovou a Lei de Habilitante mais
duas vezes, cada uma por um período de quatro anos.[178] Enquanto eleições para o
Reichstag continuaram (em 1933, 1936 e 1938), era apresentado aos eleitores uma lista
com candidatos nazistas e pró-nazistas, que levaram em cada eleição pelo menos 90%
dos votos válidos.[179] A votação não era secreta; os nazistas ameaçavam com duras
represálias quem votasse contra ou aqueles que pretendessem não votar.[180]

Ditador da Alemanha
Ver artigo principal: Alemanha Nazi

Economia e cultura

Ver artigo principal: Economia da Alemanha nazista

Uma cerimônia em honra aos mortos (Totenehrung) feita no Salão da Honra


(Ehrenhalle) na área de desfile do Partido Nazista, em Nurembergue, setembro de 1934.

Em agosto de 1934, Hitler nomeou o presidente do Reichsbank, Hjalmar Schacht, como


o novo Ministro da Economia e no ano seguinte, iniciou os processos de reforma
econômica para preparar o país para a guerra.[181] A reconstrução e rearmamento do país
foram financiados pelas leis Mefo-Wechsel, imprimindo dinheiro e tomando bens de
pessoas presas como inimigos do Estado, incluindo milhares de judeus.[182] O número
de desempregados caiu de seis milhões em 1932 para menos de um milhão em 1936.[183]
Hitler supervisionou um extenso programa de reorganização e melhorias da
infraestrutura da Alemanha, levando a construção de represas, autobahns, ferrovias e
outras obras públicas. De início os salários caíram no final da década de 1930, enquanto
o custo de vida aumentou.[184] Porém a média salarial voltou a subir em 1939, com o
alemão comum trabalhando com uma jornada de 47 a 50 horas semanais.[185]

O governo de Hitler patrocinou várias obras de arquitetura em imensa escala. Albert


Speer, instrumental em implementar a reinterpretação do Führer da cultura alemã, foi
colocado na liderança da proposta de renovação arquitetônica de Berlim.[186] Em 1936,
Hitler participou da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão na capital
alemã.[187]

Rearmamento e novas alianças

Ver artigos principais: Potências do Eixo, Pacto Tripartite e Rearmamento da


Alemanha

Em 3 de fevereiro de 1933, durante uma reunião com a liderança militar alemã, Hitler
falou que a "conquista do Lebensraum no Leste e a implacável Germanização" eram
seus objetivos principais de política externa.[188] Em março, o príncipe Bernhard
Wilhelm von Bülow, secretário do Auswärtiges Amt (Ministério de Relações
Exteriores), emitiu uma declaração dos principais objetivos de política externa do país:
o Anschluss com a Áustria, a restauração das fronteiras nacionais de 1914 da Alemanha,
rejeição de todas as restrições militares impostas pelo Tratado de Versalhes, devolução
das colônias alemãs na África e a criação de uma zona de influência alemã na Europa
Oriental. Hitler achava, na verdade, os objetivos de Bülow modestos demais.[189] Em
discursos feitos na época, ele afirmou que suas políticas eram pacíficas e estava disposto
a trabalhar dentro dos acordos internacionais.[190] Na sua primeira reunião de gabinete
em 1933, Hitler priorizou aumento de gastos com os militares.[191]

Adolf Hitler e Benito Mussolini (direita) se encontrando em 1943. A Itália e a


Alemanha assinaram um acordo de cooperação e aliança em outubro de 1936.

Hitler retirou a Alemanha da Liga das Nações e da Conferência para o Desarmamento


em Genebra em outubro de 1933.[192] Em janeiro de 1935, mais de 90% da população de
Saarland, até então sob administração da Liga das Nações, votou num plebiscito por se
unir a Alemanha.[193] Em março, Hitler anunciou que a Wehrmacht seria expandida para
mais de 600 000 membros — seis vezes mais que o número permitido pelo Tratado de
Versalhes — incluindo o desenvolvimento de uma nova força aérea (Luftwaffe) e o
aumento da marinha de guerra (Kriegsmarine). O Reino Unido, a França, a Itália e
outros países da Liga das Nações protestaram contra o rearmamento alemão em
violação do tratado, mas nada fizeram para impedi-lo.[194][195] O Acordo Naval Anglo-
Germânico de 18 de junho de 1935 permitiu que a tonelagem da marinha alemã
aumentasse para 35% daquele da marinha britânica. Hitler chamara tal acordo com os
ingleses de "o melhor dia da minha vida", acreditando que este acordo seria o primeiro
passo para a aliança anglo-germânica que ele havia previsto no Mein Kampf.[196] A
França e a Itália não foram consultadas a respeito deste entendimento, minando
diretamente a Liga das Nações e jogando o Tratado de Versalhes no caminho da
irrelevância.[197]

Sob ordens do Führer, a Alemanha reocupou a zona desmilitarizada da Renânia em


março de 1936, em uma nova violação direta do Tratado de Versalhes. Hitler também
enviou tropas para a Espanha em apoio ao General Franco durante a sangrenta guerra
civil espanhola após receber um pedido de ajuda dos nacionalistas espanhóis em julho
de 1936. Ao mesmo tempo, Hitler continuou com seu esforço de criar uma aliança
Anglo-Germânica.[198] Em agosto de 1936, em resposta a um princípio de crise
econômica devido aos gastos com o rearmamento, Hitler ordenou que Göring
implementasse o Vierjahresplan ("Plano de Quatro Anos") para preparar a Alemanha
para a guerra nos próximos quatro anos.[199] O plano previa uma luta total entre os
"Judeus-Bolchevistas" e o nazismo alemão, onde Hitler pretendia prosseguir com o
rearmamento do país independente do custo econômico.[200]

O conde Galeazzo Ciano, ministro de relações exteriores do governo de Benito


Mussolini, declarou um eixo Alemanha e Itália, e em 25 de novembro de 1936, os
alemães assinaram o Pacto Anticomintern com o Japão. Reino Unido, China, Itália e
Polônia também foram convidados para se unir a este pacto, que tinha como propósito
defender as nações do comunismo, mas apenas os italianos aceitaram, assinando o
acordo em 1937. Hitler abandonou seu plano de uma aliança Anglo-Germânica,
culpando a "inadequada" liderança política britânica.[201]

Em uma reunião na Chancelaria do Reich com seus ministros de estado e chefes


militares, em novembro de 1936, Hitler voltou a falar de suas intenções de estabelecer o
Lebensraum para o povo alemão. Ele ordenou que preparações fossem feitas para uma
guerra no leste, para começar, no mais cedo, em 1938 ou no mais tardar em 1943.[202]
Ele acreditava que a queda no padrão de vida na Alemanha como resultado de uma crise
econômica poderia apenas ser parada por uma agressão militar para anexar a Áustria e
ocupar a Tchecoslováquia.[203][204] Hitler exigiu ações rápidas antes que a França e o
Reino Unido passassem a frente na corrida armamentista.[203] No começo de 1938, na
sequência do Caso Blomberg-Fritsch, Hitler tomou controle total do aparato das
políticas externas e militares, apontando a si mesmo como Oberster Befehlshaber der
Wehrmacht ("comandante supremo das forças armadas").[199] De 1938 em diante, Hitler
fazia uma política externa que, em última análise, destinava-se à guerra.[205]

Segunda Guerra Mundial


Sucessos diplomáticos iniciais

Aliança com o Japão


Hitler e o ministro de relações exteriores japonês, Yōsuke Matsuoka, em uma reunião
em Berlim em março de 1941. Entre os dois pode ser visto Joachim von Ribbentrop.

Em fevereiro de 1938, seguindo o conselho do seu novo ministro de relações exteriores,


o conde Joachim von Ribbentrop, Hitler começou a encerrar a Aliança Sino-Alemã com
República da China para então firmar uma maior cooperação com o mais poderoso e
moderno Império do Japão. Hitler anunciou que reconhecia a região de Manchukuo, o
estado fantoche ocupado pelos japoneses da Manchúria, e que renunciava as
reivindicações sobre as antigas colônias alemãs na Ásia, que foram ocupados pelo Japão
após a primeira guerra mundial.[206] O führer alemão ordenou o fim do envio de
carregamentos de armas para a China e chamou de volta todos os oficiais alemães
trabalhando com o exército chinês.[206] Em retaliação, o general Chiang Kai-shek (de
facto líder da China) cancelou todos os acordos econômicos entre os países, privando a
Alemanha de muitas matérias primas vindas necessárias.[207]

Áustria e Tchecoslováquia

Em 12 de março de 1938, Hitler anunciou a unificação da Áustria com a Alemanha


Nazista (o Anschluss).[208] A anexação austríaca foi rápida e sem percalços.[209] Ele
então virou sua atenção para a população etnicamente alemã na região dos Sudetos na
Tchecoslováquia.[210]

Entre 28 e 29 de março de 1938, Hitler teve várias reuniões secretas em Berlim com
Konrad Henlein do Sudetendeutsche Partei, o maior partido pan-germânico dos
Sudetos. Os dois concordaram que Henlein passaria a exigir do governo tchecoslovaco
mais autonomia para os alemães dos Sudetos, assim dando um motivo para intervenção
militar alemã no país. Em abril de 1938, Henlein disse para o ministro de relações
exteriores da Hungria que "não importa o que o governo tcheco ofereça, ele aumentaria
as exigências [...] ele queria sabotar um entendimento de toda a forma porque essa era a
única maneira de explodir a Tchecoslováquia rapidamente".[211] Em privado, Hitler
considerava a região dos sudetos como não muito importante; seu principal objetivo era
conquistar a Tchecoslováquia e tomar o controle de sua forte indústria.[212]
Outubro de 1938: Hitler (em pé na sua Mercedes) sendo saudado pela população de
Cheb (em alemão: Eger), na parte de maioria alemã do Sudetos na região da
Tchecoslováquia, que foi anexada a Alemanha após a assinatura do Acordo de
Munique.

Ainda em abril de 1938, Hitler ordenou que o quartel-general das forças armadas (o
OKW) preparasse um plano, o Fall Grün ("Caso Verde"), para a invasão da
Tchecoslováquia.[213] Como resultado de intensa pressão diplomática por parte dos
franceses e britânicos, a 5 de setembro, o presidente tchecoslovaco Edvard Beneš
anunciou o "quarto plano" para reorganização constitucional do seu país, cedendo as
exigências de Henlein a respeito da autonomia dos Sudetos.[214] Alemães tchecos
simpatizantes dos nazistas passaram então organizar protestos e ações contra o governo,
enfrentando a polícia tcheca, forçando a declaração de lei marcial nos Sudetos.[215][216]

A Alemanha dependia muito da importação de petróleo; então confronto com a Grã-


Bretanha a respeito da Tchecoslováquia poderia resultar em um embargo de
combustível aos alemães. Isso forçou Hitler a cancelar o plano Fall Grün, que estava
sendo planejado para outubro de 1938.[217] Em 29 de setembro, Hitler, Neville
Chamberlain, Édouard Daladier e Mussolini se reuniram em Munique e firmaram um
acordo, que deu o controle dos distritos dos Sudetos para a Alemanha.[218][219]

Chamberlain ficou satisfeito com os resultados da conferência de Munique, afirmando


que significava "peace for our time" ("Paz para o nosso tempo"), enquanto Hitler estava
irritado a respeito da oportunidade perdida para a guerra em 1938;[220][221] ele expressou
este desapontamento em um discurso feito em 9 de outubro em Saarbrücken.[222]
Segundo ele, a paz feita pelos britânicos, apesar de favorável para os termos alemães,
foi uma derrota diplomática que estragou seus planos de limitar o poder britânico na
Europa Continental para abrir caminho para o poder da Alemanha no leste.[223][224]
Como resultado da Conferência de Munique, Hitler foi nomeado pela revista Time como
o "Homem do Ano" de 1938.[225]
Ao fim de 1938 e começo de 1939, para evitar uma crise econômica, devido aos altos
gastos do governo, Hitler anunciou cortes no orçamento de defesa.[226] No seu discurso
de "Exportar ou Morrer" de 30 de janeiro de 1939, ele anunciou seus planos de
aumentar as exportações da Alemanha e o comércio internacional para pagar pelas tão
necessárias matérias primas (como minério de ferro) para completar a reconstrução das
forças armadas. Ao fim da década de 1930, a economia alemã voltou a crescer com
força total e sua indústria se tornou uma das mais poderosas do mundo, com a
Alemanha retomando seu posto de grande centro tecnológico e de inovação.[226]

Em 15 de março de 1939, em violação do Acordo de Munique, Hitler ordenou que a


Wehrmacht invadisse Praga e ocupassem a Boêmia e a Moravia, proclamando a criação
de um protetorado na região.[227] Um dos motivos desta invasão era a necessidade
crônica de matérias primas para suprir a economia alemã e impedir uma nova crise.[228]

Começo da Segunda Guerra Mundial

Em discussões privadas em 1939, Hitler declarou que o Reino Unido era o principal
inimigo do país e que a Polônia deveria ser obliterada como preludio para a guerra com
os ingleses.[229] O flanco leste da Alemanha tinha que estar seguro e terras da
Lebensraum adicionadas ao país.[230] Em 31 de março de 1939, o governo britânico
"garantiu" apoio para um Estado polonês independente e isso irritou os nazistas. Hitler
afirmou: "Vou preparar-lhes uma bebida do diabo".[231] Em um discurso em
Wilhelmshaven para o lançamento do navio de guerra Tirpitz, em 1 de abril, ele
ameaçou romper o Acordo Naval Anglo-Germânico se os britânicos continuassem a
dispensar apoio para os poloneses, numa política que ele descreveu como um
"cerco".[231] Para os nazistas, a Polônia deveria virar um estado satélite alemão ou
deveria ser neutralizada para garantir a segurança do flanco esquerdo do Reich para
impedir um bloqueio inglês.[232] Hitler inicialmente favorecia a ideia de criar estados
satélites nas fronteiras, mas após a rejeição do governo polonês para algum tipo de
acordo, ele decidiu que iria invadir o país e fez disso seu objetivo de política externa
para 1939.[233] Em 3 de abril, Hitler ordenou que as forças armadas preparassem um
plano, o Fall Weiss ("Caso Branco"), para atacar a Polônia.[233] Em um discurso para o
Reichstag, em 28 de abril, ele renunciou tanto o Acordo Naval Anglo-Germânico como
o Pacto de não agressão germano-polonês.[234]

Hitler e o marechal de campo Walther von Brauchitsch em 1939.


Hitler estava preocupado que um ataque militar contra a Polônia poderia causar uma
guerra prematura contra o Reino Unido.[232][235] O ministro de relações exteriores da
Alemanha e ex embaixador em Londres, Joachim von Ribbentrop, garantiu que nem a
Grã-Bretanha ou a França iriam honrar seus acordos para proteger a Polônia.[236][237]
Assim, em 22 de agosto de 1939, Hitler ordenou uma mobilização militar contra os
poloneses.[238]

O plano de invasão da Polônia necessitava do apoio tácito da União Soviética, a


principal potência do leste europeu.[239] É firmado então um pacto de não-agressão entre
os alemães e os soviéticos (o Pacto Molotov-Ribbentrop), que também firmava, com o
ditador russo Joseph Stalin, um acordo secreto para partição do território polonês entre
as duas nações.[240] Ao contrário do que Ribbentrop havia prevido, contudo, os
britânicos assinaram um tratado de aliança com a Polônia, em 25 de agosto de 1939.
Isso, junto com notícias de que a Itália de Mussolini não iria honrar o Pacto de Aço para
ajudar a Alemanha, fez com que Hitler adiasse seus planos para fazer guerra, de 25 de
agosto para 1 de setembro.[241] Hitler não conseguiu garantir a neutralidade britânica ao
oferecer a Londres um pacto de não-agressão em 25 de agosto; ele então instruiu
Ribbentrop para apresentar um plano de paz de última hora numa tentativa de botar a
culpa da guerra na inação polonesa e britânica.[242][243]

Em 1 de setembro de 1939, a Alemanha invadiu a Polônia pelo oeste sob o pretexto de


que lhes havia sido negado acesso a Cidade Livre de Danzig e ao território do Corredor
polonês, regiões que pertenciam aos alemães antes do Tratado de Versalhes.[244] Em
resposta, o Reino Unido e a França declararam guerra a Alemanha em 3 de setembro,
surpreendendo Hitler. O ditador alemão teria então se irritado com Ribbentrop e se
virou para ele e gritou "E agora?"[245] Para sua sorte, os britânicos e franceses não
agiram imediatamente, e em 17 de setembro, tropas soviéticas invadiram a Polônia pelo
leste.[246]

Hitler em revista as tropas alemãs durante a invasão da Polônia, em setembro de 1939.

A Polônia foi conquistada em apenas um mês. O que se seguiu foi um período chamado
de "Guerra de Mentira" ou Sitzkrieg ("guerra sentada"). Hitler instruiu então que os dois
Gauleiters da Polônia, Albert Forster (do Reichsgau Danzig Westpreußen) e Arthur
Greiser (do Reichsgau Wartheland), a iniciar o processo de "germanização" dos
territórios ocupados, "sem querer saber" como isso seria alcançado.[247] Os alemães
então começaram um brutal processo de limpeza étnica contra a população polonesa,
mirando especialmente na população judaica local.[247] Greiser reclamou com Hitler que
Forster estava aceitando milhares de poloneses como "racialmente" alemães, ameaçando
a "pureza racial" pregada pelo nazismo. Hitler não se interessou em se envolver. Esse
tipo de inação fazia parte de um dos estilos de trabalhar do Führer: Hitler dava
instruções vagas e esperava que seus subordinados agissem em suas próprias
políticas.[247]

Outra disputa começou com Heinrich Himmler e Greiser, que advogavam políticas de
limpeza racial, contra Hermann Göring e Hans Frank (Governador do Governo Geral da
Polônia ocupada), que queriam transformar o território polonês no "celeiro" do Reich,
utilizando mão de obra local escrava.[248] Em 12 de fevereiro de 1940, Hitler decidiu por
favorecer a visão de Göring e Frank, que terminou com as deportações em massa que
não eram boas para a economia.[248] A partir de maio de 1940, milhares de poloneses
passaram a ser usados como escravos para suprir a máquina de guerra da Alemanha.[248]
Hitler elogiou os planos de Himmler e iniciou uma política para lidar com os judeus na
Polônia, dando início ao Holocausto em território polonês.[248]

Hitler durante sua visita a cidade de Paris, logo após a queda da cidade. Ele esta
acompanhado por Albert Speer (esquerda) e o escultor Arno Breker (direita), em 23 de
junho de 1940.

No começo de 1940, Hitler começou a engrossar as defesas no oeste da Alemanha e a


convocar tropas para campanhas militares. Em abril, forças alemãs invadiram e
tomaram de assalto a Noruega e a Dinamarca. No dia 9 desse mês, Hitler proclamou o
Grande Reich Germânico, sua visão de um império unificado de todas as nações
germânicas da Europa, com os holandeses, flamengos e escandinavos se juntando a
política de "pureza racial" sob a liderança alemã.[249] Em maio de 1940, a Alemanha
atacou a França, e conquistou Luxemburgo, a Holanda e a Bélgica. Essas vitórias
convenceram Mussolini a trazer a Itália para a guerra ao lado dos alemães a 10 de
junho. Sem alternativa, os franceses decidiram pedir a cessação das hostilidades. A
França e a Alemanha assinaram um armistício em 22 de junho.[250] Arthur Greiser
afirmou que a popularidade de Hitler – e o apoio a guerra – dentre o povo alemão
chegou ao seu auge em 6 de julho de 1940, quando Hitler voltou para Berlim após
visitar Paris. Milhares de pessoas foram nas ruas para saudar o Führer.[251] Após as
vitórias rápidas nas frentes de batalha, Adolf Hitler promoveu doze generais para a
patente de marechal de campo.[252][253]

Os britânicos, cujas tropas foram derrotadas na batalha de Dunquerque e tiveram que


evacuar de forma desesperada da França através da operação Dínamo,[254] continuaram a
lutar na Batalha do Atlântico junto com seus Domínios ultramarinos. Hitler chegou a
fazer propostas de paz para o líder britânico, Winston Churchill, mas este rejeitou,
jurando lutar até a morte. Irritado, Hitler ordenou uma série de ataques aéreos para
destruir as bases da força área britânica e seus postos de radar no sul da Inglaterra. A
Luftwaffe (força áerea nazista) falhou em derrotar a aviação inglesa no que ficou
conhecido como "a Batalha da Grã-Bretanha".[255] Ao fim de outubro de 1940, Hitler
percebeu que já não dava mais para garantir a superioridade aeronaval sobre a Inglaterra
e decidiu por adiar indefinidamente a invasão das ilhas britânicas (a Operação Leão
Marinho), e então ordenou uma enorme campanha de bombardeios aéreos punitivos
contra várias cidades britânicas, como Londres, Plymouth e Coventry.[256]

Em 27 de setembro de 1940, o Pacto Tripartite foi assinado em Berlim com Saburō


Kurusu do Império do Japão, Hitler e o ministro de relações exteriores italiano,
Galeazzo Ciano.[257] O acordo de cooperação se expandiu, abrangendo a Hungria, a
Romênia e a Bulgária, formando o Eixo. A tentativa de Hitler de integrar a União
Soviética ao bloco anti-britânico falhou em novembro. Então, em busca de novas
regiões para conquistar novas matérias primas (principalmente minério de ferro e
petróleo), foi iniciado o planejamento de invasão do território soviético.[258]

Na primavera de 1941, a guerra ia bem para a Alemanha e a popularidade de Hitler


estava mais alta do que nunca. A Wehrmacht enviou o Afrika Korps para o norte da
África para tomar a região e abrir caminho para um ataque ao Oriente Médio. Em
fevereiro, os alemães chegaram na Líbia para apoiar os italianos. Em abril, Hitler
mandou tropas para os Bálcãs e invadiu a Iugoslávia, movendo-se logo em seguida para
conquistar a Grécia.[259] Por ordens do Führer, os alemães ajudaram os iraquianos a lutar
contra os britânicos e depois invadiram e conquistaram a ilha de Creta.[260]

Caminho para a derrota

Em 22 de junho de 1941, quebrando o Pacto de não agressão firmado em 1939, cerca de


4 milhões de soldados do Eixo invadiram a União Soviética.[261] Esta ofensiva
(codinome Operação Barbarossa) tinha como objetivo destruir o Estado soviético e
assumir o controle dos seus abundantes recursos naturais para alimentar a máquina de
guerra nazista contra o Ocidente.[262][263] O ataque inicial foi um sucesso, com as forças
alemãs conquistando várias regiões, incluindo a região Báltica, a Bielorrússia e o oeste
da Ucrânia. Em agosto de 1941, as forças do Eixo avançaram mais de 500 km dentro do
território soviético. Logo após as tropas nazistas terem derrotado o exército vermelho na
Batalha de Smolensk, Hitler ordenou que o Grupo de Exércitos Centro temporariamente
se detivesse nas cercanias de Moscou e enviou tropas para cercar Leninegrado e
Kiev.[264] Seus generais discordaram disso, preferindo ter focado suas forças em avançar
contra a capital russa. Hitler manteve-se irredutível e as lideranças militares da
Wehrmacht começaram a questionar a estratégia da guerra.[265][266] Esta parada deu
tempo para o exército soviético se reorganizar e mobilizar suas reservas; a decisão de
Hitler de atrasar o ataque contra Moscou é creditada como um dos maiores erros táticos
do conflito. Em novembro de 1941 Hitler finalmente ordenou que a ofensiva contra
Moscou recomeçasse mas o avanço terminou em desastre em dezembro.[264]
Hitler na declaração de guerra contra os Estados Unidos no Reichstag, em 11 de
dezembro de 1941.

Em 7 de de dezembro de 1941, o Japão lançou um ataque contra a base americana de


Pearl Harbor, no Havaí. Quatro dias mais tarde, Hitler declarou guarra contra os Estados
Unidos. Seus conselheiros, como o seu ministro de relações exteriores, o conde
Ribbentrop, tentaram dissuadi-lo disso, mas Hitler achava que confrontar os americanos
poderia trazer apoio dos japoneses na sua luta contra a União Soviética, mas Tóquio
estava ocupado demais lutando na Guerra do Pacífico. Para muitos historiadores, esta
decisão foi mais um erro de cálculo de Hitler.[267]

Em 18 de dezembro de 1941, Himmler perguntou a Hitler, "O que fazer com os judeus
da Rússia?" e recebeu como resposta: "als Partisanen auszurotten" ("extermine-os
como partisans").[268] O historiador israelense Yehuda Bauer afirma que esta ordem é
provavelmente a coisa mais perto que os acadêmicos chegaram de encontrar uma ordem
específica de genocídio por parte do Führer durante o Holocausto.[268]

Em setembro de 1942, no norte da África, as forças alemãs foram derrotadas na segunda


batalha de El Alamein,[269] estragando os planos de Hitler de tomar o Canal de Suez e o
Oriente Médio. Ainda superconfiante de suas capacidades devido as suas vitórias
militares em 1940, Hitler começou a nutrir desconfiança do alto-comando do exército e
começou a interferir com mais frequência nas decisões táticas, o que não foi bom para o
esforço de guerra.[270] Entre dezembro de 1942 e janeiro de 1943, Hitler se recusou a
acatar qualquer conselho dado a ele e deu ordens para que o 6º Exército Alemão, preso
em Stalingrado, no sul da Rússia, não se retirasse e lutasse até as últimas consequências.
A decisão foi desastrosa, com as tropas alemãs sendo derrotadas e sofrendo pesadas
baixas. Mais de 200 000 soldados do Eixo foram mortos e outros 235 000 foram feitos
prisioneiros (incluindo 91 mil alemães).[271] Após outro revés na Batalha de Kursk,
meses mais tarde,[272] o julgamento de Hitler se tornou mais errático, com a posição
econômica e militar alemã se deteriorando, assim como a própria saúde de Adolf
Hitler.[273]
Hitler, na Toca do Lobo, mostrando ao ditador italiano Benito Mussolini a sala
destruída no Atentado de 20 de julho.

Após a invasão aliada da Sicília em meados de 1943, Mussolini é removido do cargo de


primeiro-ministro da Itália, após receber um voto de desconfiança do Grande Conselho
do Fascismo, com apoio do rei Vítor Emanuel III. O marechal Pietro Badoglio assumiu
o controle do governo e logo começou a negociar a rendição do seu país para os
Aliados. Enfurecido, Hitler ordenou que a Wehrmacht invadisse a Itália, prologando os
combates naquela nação.[274] Enquanto isso, na frente leste, entre 1943 e 1944, os
exércitos da União Soviética empurravam as forças de Hitler para trás. Em 6 de junho
de 1944, os Aliados ocidentais abriram a tão esperada segunda frente, desembarcando
no norte da França com uma grande invasão anfíbia, a Operação Overlord.[275] Muitos
oficiais do exército alemão concluíram então que a derrota era inevitável e que
continuar sob a liderança de Hitler levaria a destruição completa da Alemanha.[276]

Entre 1939 e 1945, vários alemães tentaram assassinar Hitler, fracassando todas as
vezes.[277] A maioria aconteceu dentro da Alemanha e a resistência alemã ganhou mais
força com o passar do tempo, quando a derrota parecia mais eminente.[278] Em 1944 foi
organizado o atentado de 20 de julho, através da Operação Valquíria, planejado pelo
coronel Claus von Stauffenberg que plantou uma bomba no quartel-general do Führer, a
Toca do Lobo (Wolfsschanze), em Rastenburg. Hitler sobreviveu com alguns poucos
ferimentos. Mais de 4 900 alemães foram mortos nas represálias nazistas.[279]

Derrota e morte

Ver artigo principal: Morte de Adolf Hitler

Ao fim de 1944, o exército vermelho e os Aliados Ocidentais (principalmente os


Estados Unidos, o Reino Unido e a França Livre) continuavam avançando a todo o
vapor contra a Alemanha. Paris havia sido libertada e o exército alemão havia quase que
completamente sido expulso da França, da Bélgica e Holanda. Na Itália, as forças
nazifascistas também recuavam para o norte, mas o principal perigo estava no leste,
com Stalin tomando os países da Europa oriental um a um. Assim, reconhecendo a força
e determinação dos soviéticos, Hitler decidiu que seria quebrando as linhas do inimigo
no Ocidente que a maré da guerra poderia mudar em favor dos alemães. Ele então
começou a planejar um ataque contra os americanos e ingleses.[280] Em 16 de dezembro,
os nazistas lançaram a Ofensiva das Ardenas para tentar desunir os Aliados e talvez
convence-los assim a parar de lutar.[281] Apesar de sucessos iniciais, a batalha das
Ardenas terminou em fracasso e as últimas reservas de homens e máquinas da
Alemanha foi perdida.[282] No começo de 1945, a situação dos alemães era precária.
Aviões aliados bombardeavam o país dia e noite, deixando várias cidades alemãs e seus
principais centros industriais em ruínas. O exército estava em frangalhos e pouco
podiam fazer a não ser recuar em todas as frentes de batalha. Hitler falou então no rádio
ao povo alemão: "Mesmo sendo grave a crise neste momento, ela irá, apesar de tudo, ser
domada por nossa vontade inalterável."[283] Hitler nutria esperanças de que a morte do
presidente americano Franklin D. Roosevelt pudesse resultar em paz no Ocidente em 12
de abril de 1945, mas nada aconteceu e a determinação dos Aliados permaneceu
forte.[281][284] Agindo conforme sua visão de que os fracassos militares alemães
significavam abrir mão do seu direito de sobreviver como nação, Hitler ordenou a
destruição da infraestrutura industrial e tecnológica alemã, para que estes não caíssem
em mãos dos Aliados.[285] O ministério dos armamentos, sob a liderança de Albert
Speer, recebeu ordens de adotar uma política de terra arrasada, mas tais instruções
secretamente não foram obedecidas.[285][286]

Em 20 de abril, no seu aniversário de 56 anos, Hitler saiu pelo última vez do


Führerbunker, em Berlim, para a superfície. No meio do jardim arruinado da
Chancelaria do Reich, enquanto as bombas caiam, ele participou de uma cerimônia para
entregar medalhas Cruz de Ferro para crianças soldados da Juventude Hitlerista, que
agora eram (junto com a Volkssturm) a última linha de defesa alemã.[287] Em 21 de
abril, as tropas do marechal Georgy Zhukov derrotaram as forças do general Gotthard
Heinrici na batalha de Seelow e começaram a atacar as cercanias de Berlim.[288] Em
negação da situação precária, Hitler acreditava que o destacamento Armeeabteilung
Steiner, sob comando do general Felix Steiner, da Waffen SS, poderia vir do norte e se
juntar ao 9º Exército, do general Theodor Busse, para atacar os russos em um
movimento de pinça.[289]

Hitler encontrando com o almirante Karl Dönitz, que o sucederia interinamente como
presidente do Reich após sua morte.

O jornal das forças armadas americanas, o Stars and Stripes, em 2 de maio de 1945,
anunciando a morte de Hitler.

Durante uma conferência com seus líderes militares em seu bunker, em 22 de abril de
1945, Hitler perguntou se Steiner já tinha começado o seu ataque. Porém falaram a ele
que a ofensiva sequer tinha começado e que as tropas soviéticas já estavam marchando
por Berlim. Hitler pediu então para que todos exceto Wilhelm Keitel, Alfred Jodl, Hans
Krebs e Wilhelm Burgdorf deixassem a sala e então começou a gritar irritado.[290] Ele
afirmou que a liderança das forças armadas eram incompetentes e traidoras e, pela
primeira vez, declarou que "tudo estava perdido".[261] Hitler anunciou que permaneceria
em Berlim até o amargo final e não seria capturado vivo, preferindo se suicidar.[291]

Em 23 de abril, o exército vermelho cercava completamente Berlim e já havia tomado


alguns pontos estratégicos na cidade.[292] Joseph Goebbels, agora praticamente o
segundo no comando do III Reich, fez uma declaração para que o povo berlinense
pegasse em armas para defender a cidade.[290] No mesmo dia, Hermann Göring enviou
um telegrama para Berchtesgaden, falando que Hitler estava isolado em Berlim e que
ele, Göring, assumiria o comando da Alemanha afirmando que o Führer logo estaria
incapacitado.[293] Hitler respondeu ordenando a prisão de Göring e tirando dele todas as
suas posições no governo.[294][295] Em 28 de abril, Hitler descobriu que Heinrich
Himmler, chefe das SS, havia deixado a capital oito dias antes e estava tentando
negociar a paz com os Aliados Ocidentais.[296][297] Ele ordenou que Himmler também
fosse preso e autorizou a execução de Hermann Fegelein (o representante de Himmler
no QG do Führer). Enquanto isso, Hitler (que naquela altura já tinha perdido a noção da
realidade, movendo exércitos imaginários no seu mapa), ordenou que o general Walther
Wenck atacasse e quebrasse o cerco a Berlim, mas ele foi detido em Potsdam e,
contrariando ordens do Führer, retirou-se com seus soldados para o Oeste e, logo
depois, rendeu-se aos americanos, enterrando qualquer possibilidade de salvar a capital
alemã.[298]

Perto da meia-noite de 29 de abril, Hitler se casou com a sua amante de longa data Eva
Braun em uma pequena cerimonia dentro do Führerbunker. Após um café da manhã
com sua nova esposa, Hitler ditou seu testamento político para sua secretária particular
Traudl Junge.[299][nota 3] O evento foi testemunhado e os documentos assinados por
Krebs, Burgdorf, Goebbels e Martin Bormann.[300] Logo depois, na parte da tarde, Hitler
foi informado da execução de Mussolini, que havia sido preso e torturado antes de
morrer, e depois teve seu corpo pendurado em praça pública para ser cuspido pela
população. Isso aumentou a determinação de Hitler de se suicidar para evitar a captura e
deu ordens específicas para que seu cadáver fosse queimado e seus restos
escondidos.[301]

A 30 de abril de 1945, as tropas soviéticas estavam a apenas algumas horas de marcha


da Chancelaria do Reich. Hitler então cometeu suicídio com um tiro na cabeça e sua
mulher, Eva Braun, ingeriu uma cápsula de cianeto.[302][303] Seus corpos foram levados
para fora do bunker no jardim atrás da Chancelaria, onde foram colocados dentro de
uma cratera de bomba e encharcados em gasolina, enquanto nos arredores as bombas
russas caiam.[304] Os corpos foram então incendiados.[305][306] O almirante Karl Dönitz e
o ministro Joseph Goebbels assumiram os postos de Hitler de Chefe de Estado e
Chanceler, respectivamente.[307]

Berlim se rendeu em 2 de maio. A Alemanha Nazista capitulou formalmente seis dias


depois. O Dia da Vitória finalizou a guerra na Europa. Documentos nos arquivos
soviéticos liberados após a dissolução da União Soviética afirmam que os restos mortais
de Hitler, Braun, Joseph e Magda Goebbels (e os seus filhos), do general Hans Krebs e
de Blondi (a cadela de Hitler) foram repetidamente enterrados e exumados.[308] Em 4 de
abril de 1970, um time de agentes da KGB usou mapas detalhados para exumar cinco
caixas com ossos de uma fábrica da SMERSH em Magdeburgo. Os restos encontrados
nestas caixas foram queimados, esmagados e dispersos, e depois jogados no rio
Biederitz, um afluente do Elba.[309] De acordo com o historiador Kershaw, os corpos de
Hitler e Braun foram completamente queimados quando o exército vermelho chegou e
apenas uma parte da mandíbula com a arcada dentária que poderia ter identificado o
cadáver de Hitler sobrou.[310]

O Holocausto

Ver artigos principais: Holocausto, Solução final e Lista dos campos de concentração
nazistas

“ ”
Se os financiadores judeus internacionais de dentro e fora da Europa
forem bem sucedidos em mergulhar as nações mais uma vez numa
guerra mundial, então o resultado não seria a bolchevização da Europa,
e, assim, a vitória dos judeus, mas a aniquilação da raça judia da
Europa![311]
— Discurso de Adolf Hitler no Reichstag, em 30 de janeiro de 1939.

Um vagão cheio de corpos fora de um crematório no campo de concentração de


Buchenwald, em abril de 1945.

O Holocausto e a guerra da Alemanha no leste eram baseados na visão de longa data de


Hitler de que os judeus eram os verdadeiros inimigos do Reich e do povo alemão e que
o Lebensraum ("espaço vital") era necessário para a expansão da Alemanha. Ele focou
no leste da Europa para a sua expansão, mirando em derrotar a Polônia e a União
Soviética e então removendo os judeus e os eslavos.[312] O Generalplan Ost ("Plano
Geral Leste") previa a deportação da população da Europa oriental e da União Soviética
para o oeste da Sibéria, para serem usados como mão de obra escrava ou para serem
mortos;[313] os territórios tomados seriam então ocupados por colonizadores alemães ou
passariam por um processo de germanização.[314] A ideia era implementar este plano
após a conquista da União Soviética, mas quando isso falhou Hitler antecipou os
planos.[313][315] Em janeiro de 1942, Hitler decidiu que os judeus, eslavos e outros
deportados considerados "indesejáveis" seriam mortos. No mesmo ano, a cúpula nazista
orquestrou a chamada "Solução Final" para o problema judeu, para exterminar todos os
que o regime considerassem indesejáveis e inferiores.[316][nota 4]
A ordem, assinada por Hitler, autorizando a Aktion T4, datada de 1 de setembro de
1939.

O genocídio foi ordenado por Hitler e organizado por Heinrich Himmler e Reinhard
Heydrich. Os arquivos da Conferência de Wannsee, que aconteceu em 20 de janeiro de
1942 e foi presidido por Heydrich, na presença de quinze oficiais de alta patente
nazistas, mostram a prova definitiva de que o genocídio em massa (o Holocausto) foi
sistemático e premeditado. Em 22 de fevereiro, Hitler afirmou: "nós iremos reganhar
nossa saúde apenas eliminando os judeus".[317] Apesar de nunca ter havido uma ordem
direta e expressa de Hitler autorizando os assassinatos em massa,[318] em seus discursos
públicos, ordens dos seus generais e diários oficiais nazistas, demonstram que ele
concebeu e autorizou o extermínio dos judeus da Europa.[319][320] Ele autorizou as ações
dos Einsatzgruppen — esquadrões da morte da SS que atuavam principalmente na
Polônia, nos Bálcãs e na União Soviética[321] — e estava ciente de todas as suas
atividades.[319][322] No verão de 1942, Auschwitz foi expandido para atender a um maior
número de deportados para serem mortos ou escravizados.[323] Campos de concentração,
pequenos e grandes, começaram a aparecer pela Europa, com vários destes devotados
primordialmente para o extermínio. Apenas em Auschwitz-Birkenau morreram mais de
um milhão de pessoas.[324]

Entre 1939 e 1945, a Schutzstaffel (SS), auxiliados por colaboradores dos países
ocupados, foram os principais responsáveis pelos mais de onze milhões de mortos no
Holocausto,[325][313] incluindo 5,5 a 6 milhões de judeus (ou quase dois terços da
população judia da Europa),[326][327] e 200 000 a 1 500 000 ciganos porajmos.[328][327] As
mortes aconteceram primordialmente em campos de concentração e de extermínio, nos
guetos e em outras áreas de execução em massa. Muitas vítimas do Holocausto
morreram em câmaras de gás, enquanto outros morreram de fomes, doenças ou maus
tratos enquanto faziam trabalhos forçados.[329] Além da eliminação dos judeus, os
nazistas planejavam também acabar com a população (algo em torno de 30 milhões de
pessoas) nos territórios ocupados através da fome em um plano chamado Hungerplan
("Plano Fome"). Os suprimentos de comida dos países eram desviados para alimentar o
exército alemão ou para os civis na Alemanha. Cidades seriam arrasadas e terras eram
descartadas ou ocupadas com colonos alemães.[330] Juntos, o Hungerplan e o
Generalplan Ost levaram, por consequência, a fome de mais de 80 milhões de pessoas
na União Soviética.[331] Isso ajudou a cumprir os planos democídas e terminaram na
morte de quase 19,3 milhões de civis e prisioneiros de guerra.[332]

As políticas de Hitler resultaram na morte de pelo menos dois milhões de poloneses[333]


e mais de três milhões de prisioneiros de guerra soviéticos,[334] comunistas, prisioneiros
políticos, homossexuais, pessoas física e mentalmente deficientes,[335][336] testemunhas
de Jeová, adventistas e líderes de sindicatos. Hitler não falava publicamente a respeito
dessas mortes e, até onde se sabe, nunca visitou um campo de concentração.[337]

Adolf Hitler, o führer da Alemanha Nazista.

Os nazistas acreditavam no conceito de higiene racial. Em 15 de setembro de 1935,


Hitler apresentou duas leis — conhecidas como Leis de Nuremberg — para o Reichstag.
Tais leis baniam relações sexuais e casamentos entre arianos e judeus e depois foi
expandido para incluir "ciganos, negros e suas crianças bastardas".[338] A lei tirou a
cidadania de todos os não-arianos e proibiu o emprego de mulheres não-judias com
menos de 45 anos em casas de famílias judiais.[339] As políticas de eugenia de Hitler
miravam crianças com deficiências ou que tiveram problemas de desenvolvimento em
geral em um programa chamado de Kinder-Euthanasie e depois ele autorizou um
programa de eutanásia para adultos com sérios problemas mentais e deficiências físicas
no que ficou conhecido como Aktion T4.[340]

Estilo de liderança
Hitler governava o Partido Nazista de forma autocrática ao afirmar sua Führerprinzip
("Princípio do Líder"). O princípio se baseava em lealdade absoluta dos subordinados
aos seus superiores; ele via a estrutura do governo como uma pirâmide, com o próprio
Hitler — o "Líder infalível" — no ápice. As posições dentro do partido não eram
preenchidas mediante eleições mas sim as pessoas eram indicadas pelos superiores, que
exigiam obediência completa a vontade do líder.[341] O estilo de liderança de Hitler era
dar ordens contraditórias aos seus subordinados e coloca-los em uma posição que seus
deveres e responsabilidades se entrelaçavam uns com os outros, para ter "o mais forte
completar o trabalho".[342] Deste jeito, gerava desconfiança, competição e luta interna
entre seus subordinados para consolidar e maximizar o seu poder. O gabinete do líder
nunca se encontrou até 1938 e ele desencorajava seus ministros de se encontrarem de
forma independente.[343][344] Hitler tipicamente quase nunca dava ordens por escrito,
preferindo se expressar verbalmente ou passava os comandos através dos seus
associados mais próximos, como Martin Bormann.[345] Ele instruía Bormann com seus
papéis, nomeações e finanças pessoais; Bormann usava sua posição para controlar o
fluxo de informações e o acesso a Hitler.[346]

Hitler dominou o esforço de guerra do seu país durante a Segunda Guerra Mundial em
uma extensão muito superior ao dos outros líderes durante o conflito. Ele assumiu o
posto de líder supremo das forças armadas em 1938 e subsequentemente foi responsável
por muito da estratégia militar da Alemanha na guerra. Sua decisão de lançar uma série
de campanhas militares rápidas contra a Noruega, a França, os Países Baixos e a Bélgica
em 1940, contra a recomendação dos seus líderes militares, provou-se muito bem
sucedida, apesar de seus esforços militares e diplomáticos para derrotar o Reino Unido
tenham eventualmente falhado.[347] Hitler se envolvia cada vez mais no esforço de
guerra, apontando a si mesmo como o comandante em chefe do exército em dezembro
de 1941; deste ponto em diante ele tomou controle da estratégia para sobrepujar a União
Soviética, enquanto seus comandantes militares na frente ocidental tinham um grau
maior de autonomia.[348] A liderança de Hitler se tornou cada vez mais desconexa com a
realidade uma vez que a maré da guerra começou a se voltar contra a Alemanha, com a
estratégia defensiva sendo prejudicada por seu processo lento de tomar decisões e
frequentes diretivas para manter posições indefensáveis. Mesmo assim, ele continuava a
acreditar que sua liderança levaria a vitória.[347] Nos meses finais da guerra, Hitler se
recusou a considerar negociações de paz, afirmando que a destruição completa da
Alemanha seria um resultado mais preferível que a rendição.[349] Os militares
praticamente nunca desafiavam a dominância de Hitler sobre o esforço de guerra e os
oficiais de patente mais graduada frequentemente expressavam apoio e confiança em
sua liderança.[350]

Legado
Ver artigos principais: Desnazificação e Neonazismo

O lado de fora do edifício que Hitler nasceu em Braunau am Inn, na Áustria, com um
memorial em pedra para lembrar os horrores da Segunda Guerra Mundial.

A tradução diz:
"Pela paz, liberdade
e democracia
fascismo nunca mais
milhões de mortos lembram"

O suicídio de Hitler é ligado por muitos contemporâneos como "um feitiço sendo
quebrado".[351][352] O apoio popular a Hitler havia colapsado no período próximo a sua
morte e pouquíssimos alemães lamentaram seu falecimento; Kershaw afirma que a
maioria dos civis e militares estavam ocupados demais se ajustando ao colapso do país
ou fugindo da luta para demonstrar qualquer interesse no destino do führer ("líder").[353]
De acordo com o historiador John Toland, o Nazismo "estourou feito uma bolha" sem
seu líder.[354]

As ações de Hitler e a ideologia nazista são quase que universalmente retratadas como
gravemente imorais;[355] de acordo com Kershaw, "nunca na história tanta ruína,
imoralidade e maldade foi tão associada ao nome de um homem".[356] O programa
político de Hitler trouxe uma guerra mundial, deixou para trás devastação e pobreza
pela Europa. A própria Alemanha sofreu muito e foi assolada pela destruição,
caracterizada pelo termo Stunde Null ("Hora Zero").[357] As políticas do líder nazista
infligiram a humanidade sofrimento em uma escala jamais vista;[358] de acordo com R.J.
Rummel, o regime nazista democida matou mais de 19,3 milhões de civis e prisioneiros
de guerra.[325] Além disso, 29 milhões de soldados e civis também morreram como
resultado das ações militares durante o teatro de operações europeu da Segunda Guerra
Mundial.[325]

O número de civis mortos durante a segunda grande guerra foi sem precedentes na
história do conflito humano e causou grande devastação no mundo.[359] Historiadores,
filósofos e políticos usam, normalmente, o termo "mal" para descrever o regime
nazista.[360] Muitos países europeus, incluindo a Alemanha, criminalizaram as
ideologias nazistas e o negacionismo do holocausto.[361]

O historiador Friedrich Meinecke descreveu Hitler como "um dos grandes exemplos do
poder singular e incalculável da personalidade na vida histórica".[362] O historiador
inglês Hugh Trevor-Roper o via como "um dos 'simplificadores terríveis' da história, o
mais sistemático, o mais histórico, o mais filosófico e ainda assim o mais grosseiro,
cruel e menos magnânimo dos conquistadores que o mundo já conheceu".[363] Já o
acadêmico John M. Roberts, acha que a derrota de Hitler marcou o fim da história
europeia dominada pela Alemanha.[364] No seu lugar surgiu a Guerra Fria, uma grande
deflagração entre o Bloco Ocidental, dominado pelos Estados Unidos e por nações da
OTAN, e o Bloco do Leste, dominado pela União Soviética.[365] O historiador Sebastian
Haffner afirma que sem Hitler e o deslocamento dos judeus, o moderno Estado de Israel
não teria existido. Sem o líder nazista, a descolonização das esferas de influência
europeia pelo mundo teria acontecido bem mais tarde do que foi.[366] Além disso,
Haffner alega que Hitler teve um maior impacto do que qualquer outra figura histórica
comparável, que causou grande impacto pelo mundo e drásticas mudanças no cenário
geopolítico em um curto espaço de tempo.[367]

Visões religiosas
Ver artigo principal: Visão religiosa de Adolf Hitler

Hitler nasceu de uma mãe que era católica praticante e um pai anti-clérigo; após deixar
sua casa, Hitler praticamente nunca mais frequentou missas ou recebeu
sacramentos.[368][369][370] Albert Speer afirmou que Hitler fez pronunciamentos duros
contra a Igreja para seus associados políticos e apesar de não ter abandonado a fé, nunca
ligou muito para ela.[371] Hitler dizia que se os fiéis abandonassem a igreja eles iriam se
virar ao misticismo, o que ele considerava um retrocesso.[371] De acordo com Speer, o
Führer acreditava que a religião japonesa ou o islamismo seriam religiões melhores para
os alemães do que o cristianismo, com sua "mansidão e flacidez".[372]

O historiador John S. Conway afirmou que Hitler se opunha fundamentalmente as


igrejas cristãs.[373] De acordo com Alan Bullock, Hitler não acreditava em Deus, era
anti-clérigo e não acreditava muito na 'ética cristã' por que ela ia de encontro a sua
crença de "sobrevivência do mais apto".[374] Ele, contudo, favorecia alguns pontos de
vista do protestantismo e adotou elementos da hierarquia organizacional da Igreja
Católica, a liturgia e fraseologia nas suas políticas.[375]

Hitler com suas tropas. Atrás dele estão alguns oficiais de alta patente da Wehrmacht.

Hitler via a igreja como uma importante influência política conservadora na


sociedade,[376] e adotou uma estratégia para lidar com eles que "se encaixava com seus
propósitos políticos imediatos".[373] Em público, Hitler exaltava a herança cristã alemã e
sua cultura, professando sua crença no "Jesus Ariano", que havia lutado contra os
judeus.[377] Muitas de suas retóricas pró-cristãs não eram as mesmas que ele fazia em
privado, descrevendo o cristianismo como o "absurdo"[378] e fundado em mentiras.[379]

De acordo com um relatório da Agência de Serviços Secretos dos Estados Unidos,


intitulado "The Nazi Master Plan" ("O Plano mestre Nazista"), Hitler planejava destruir
a influência da igreja cristã dentro do Reich.[380][381] Seu plano final seria a eliminação
total do cristianismo.[382] De acordo com Bullock, Hitler iria executar tal plano após a
conclusão da guerra na Europa.[383]

Speer escreveu que Hitler também tinha visões negativas a respeito das tendências ao
misticismo de Heinrich Himmler e Alfred Rosenberg. O führer não gostava da tentativa
de Himmler de tentar mitificar a SS. Hitler era mais pragmático e suas ambições
centravam em preocupações mais práticas.[384][385]

Pessoas próximas a Hitler afirmavam que ele era teísta. Frequentemente, ele
mencionava que a "Providência" o protegia e dizia estar em uma missão divina na terra
para eliminar os judeus e reerguer o povo alemão.[386]
Saúde
Ver artigo principal: Saúde de Adolf Hitler

Pesquisadores sugerem que Hitler sofria de vários males, incluindo síndrome do cólon
irritável, lesões na pele, arritmia cardíaca, aterosclerose,[387] doença de
Parkinson,[273][388] sífilis,[388] arterite de células gigantes com arterite temporal,[389] e
acufeno.[390] Em um relatório feito para a Agência de Serviços Estratégicos em 1943,
Walter C. Langer da Universidade Harvard descreveu Hitler como um "neurótico
psicopata".[391] Em seu livro de 1977, The Psychopathic God: Adolf Hitler, o historiador
Robert G. L. Waite afirma que o Führer sofria de transtorno de personalidade
limítrofe.[392] Já os historiadores Henrik Eberle e Hans-Joachim Neumann consideravam
que Hitler sofria mesmo de várias doenças, incluindo a de Parkinson, mas que ele não
tinha nenhuma desilusão patológica e sempre estava ciente, e portanto responsável, das
decisões que tomava.[393][261] Teorias a respeito da saúde pessoal do ditador alemão são
difíceis de provar e dar muito peso a estas suposições podem tirar um pouco das
responsabilidades das consequências dos atos perpetrados pela Alemanha Nazista.[394]
Kershaw acredita que é necessário ter uma visão mais ampla da história da Alemanha ao
examinar as forças sociais que levaram a ditadura nazista e suas forças, ao invés de
perseguir explicações limitadas para o Holocausto e a Segunda Guerra Mundial baseado
apenas em uma única pessoa.[395]

Hitler seguia uma dieta vegetariana.[396] Em eventos sociais ele as vezes dava relatos
gráficos sobre o assassinato de animais para fazer com que seus convidados evitassem
comer carne nos jantares.[397] Bormann mandou construir uma estufa em Berghof
(próxima de Berchtesgaden) para garantir um suprimento contínuo de frutas e vegetais
frescos para Hitler durante a guerra.[398] Hitler publicamente evitava álcool. Ele as vezes
bebia cerveja e vinho em privado, mas abriu mão destas bebidas quando começou a
ganhar peso em 1943.[399] Ele não fumava durante boa parte da sua vida adulta, mas na
sua juventude chegava a fumar de 25 a 40 cigarros por dia. Ele largou o fumo
argumentando que o hábito era um "desperdício de dinheiro".[400] Ele encorajava seus
associados mais próximos a parar de fumar também oferecendo a eles relógios de ouro
como estímulo.[401] Hitler utilizava anfetamina ocasionalmente em 1937 e se tornou
viciado nisso em 1942.[402] Speer ligou o aumento do comportamento errático e sua
inflexibilidade (como sua recusa em ordenar retiradas militares) ao uso da
anfetamina.[403]

Durante a guerra, mais de 90 medicamentos foram prescritos para Hitler. Ele tomava
pílulas todos os dias para dores crônicas no estomago e outros problemas de saúde.[404]
Ele constantemente consumia metanfetamina, barbitúrico, opiáceo e cocaína.[405] Ele
tinha uma perfuração no tímpano como resultado da explosão do atentado de 20 de
julho de 1944. Neste atentado, cerca de 200 estilhaços de madeira foram removidos de
sua perna.[406] Imagens de Hitler feitas perto do fim da guerra mostravam tremores
agudos em sua mão esquerda e seu caminhar era embaralhado. Isso começou logo antes
da guerra, mas se acentuou durante ela.[404] Ernst-Günther Schenck e vários outros
médicos que encontraram Hitler em suas últimas semanas de vida o diagnosticaram com
doença de Parkinson.[407]
Hitler fotografado em 1942 com sua amante de longa data, Eva Braun, com quem ele se
casou em 29 de abril de 1945.

Família
Ver artigos principais: Família de Adolf Hitler e Sexualidade de Adolf Hitler

Hitler queria passar a imagem de um homem celibatário que não tinha vida doméstica,
dedicando-se inteiramente a sua missão política e a sua nação.[133][408] Ele conheceu sua
principal amante, Eva Braun, em 1929,[409] e se casou com ela em abril de 1945.[410] Em
setembro de 1931, sua meia-sobrinha, Geli Raubal, cometeu suicídio com a arma do
próprio Hitler no apartamento dele em Munique. Entre as razões que levaram Geli ao
suicídio seria um suposto interesse romântico de Hitler nela e sua morte seria resultado
de uma obsessão dele por ela.[411] Paula Hitler, a irmã do Führer e seu último parente
vivo de sua família imediata, faleceu em 1960.[412]

Uma peça de propaganda nazista mostrando Hitler em um uniforme militar.

Em filmes de propaganda
Ver artigo principal: Adolf Hitler na cultura popular
Hitler explorava filmes documentários e vários outras peças de propaganda de forma
extensa na parte do seu culto de personalidade. Ele participou de vários filmes de
propaganda durante sua carreira política, como Der Sieg des Glaubens e Triumph des
Willens— feitos pela lendária diretora Leni Riefenstahl.[413]

Lista com alguns filmes

 Der Sieg des Glaubens (Vitória da Fé, 1933)

 Triumph des Willens (Triunfo da Vontade, 1935)


 Tag der Freiheit: Unsere Wehrmacht (Dia da Liberdade: Nossas Forças
Armadas, 1935)
 Olympia (1938)

Ver também
 Bigode de Hitler
 Führer
 Nazismo

Notas
1.

 O instituto de sucessão de Realschule em Linz é o Linz Fadingerstraße.


  Hitler também ganhou um acordo por difamação contra o jornal socialista
Münchener Post, que havia questionado seu estilo de vida e renda. Kershaw 2008, p. 99.
  MI5, Hitler's Last Days: "O testamento de Hitler e seu casamento" no website da
MI5, usando fontes disponíveis para Trevor-Roper (um agente da MI5 durante a
Segunda Grande Guerra e historiador/autor de The Last Days of Hitler), dados do
casamento após Hitler ditar seu testamento.

4.  Para mais informações do assunto, ver McMillan 2012.

Referências
1.

 Diário de Lisboa, 2 de maio de 1945, citado em Edições aldinas da Biblioteca


Nacional: séculos XV–XVI. Volume 1 de Fundos da Biblioteca Nacional: Catálogos,
Biblioteca Nacional (Portugal). Volume 47 de Catálogo (Biblioteca Nacional (Portugal).
Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Portugal. Secretaria de Estado da Cultura.
Editora Biblioteca Nacional Portugal, 1994. ISBN 972-565-203-7, 978-972–565–203-9.
  Nunes, Avelâs; Paulo, João. O Estado Novo e o Volfrâmio (1933-1947). Coimbra:
Editora Imprensa da Universidade de Coimbra. p. 466. ISBN 978-989807442-3.
Consultado em 23 de outubro de 2012.
  Bonavides, Paulo. Revista latino-americana de estudos constitucionais, vol. 3, p.
504. Editora Editora del Rey. ISSN 1678-6742.
  Bullock 1999, p. 24.
  Maser 1973, p. 4.
  Maser 1973, p. 15.
  Kershaw 1999, p. 5.
  Jetzinger 1976, p. 32.
  Rosenbaum 1999.
  Hamann 2010, p. 50.
  Toland 1992, pp. 246–247.
  Kershaw 1999, pp. 8–9.
  House of Responsibility.
  Kershaw 2008, p. 3.
  Rosmus 2004, p. 33.
  Keller 2010, p. 15.
  Hamann 2010, pp. 7–8.
  Kubizek 2006, p. 37.
  Kubizek 2006, p. 92.
  Hitler 1999, p. 6.
  Fromm 1977, pp. 493–498.
  Shirer 1960, pp. 10–11.
  Payne 1990, p. 22.
  Kershaw 2008, p. 9.
  Hitler 1999, p. 8.
  Keller 2010, pp. 33–34.
  Fest 1977, p. 32.
  Kershaw 2008, p. 8.
  Hitler 1999, p. 10.
  Evans 2003, pp. 163–164.
  Bendersky 2000, p. 26.
  Ryschka 2008, p. 35.
  Hamann 2010, p. 13.
  Kershaw 2008, p. 10.
  Kershaw 1999, p. 19.
  Kershaw 1999, p. 20.
  Hitler 1999, p. 20.
  Bullock 1962, pp. 30–31.
  Bullock 1962, p. 31.
  Bullock 1999, pp. 30–33.
  Shirer 1960, p. 26.
  Hamann 2010, pp. 243–246.
  Nicholls 2000, pp. 236–237.
  Hamann 2010, pp. 341–345.
  Hamann 2010, p. 233.
  Hamann 2010, p. 350.
  Kershaw 1999, pp. 60–67.
  Hitler 1999, p. 52.
  Shirer 1960, p. 25.
  Hamann 2010, pp. 347–359.
  Kershaw 1999, p. 64.
  Evans 2011.
  Shirer 1960, p. 27.
  Weber 2010, p. 13.
  Shirer 1960, p. 27, rodapé.
  Kershaw 1999, p. 90.
  Weber 2010, pp. 12–13.
  Kershaw 2008, p. 53.
  Kershaw 2008, p. 54.
  Weber 2010, p. 100.
  Shirer 1960, p. 30.
  Kershaw 2008, p. 59.
  Weber 2010a.
  Steiner 1976, p. 392.
  «Adolf Hitler - Biografia». UOL - Educação. Consultado em 16 de setembro de
2016.
  Kershaw 2008, p. 57.
  Kershaw 2008, p. 58.
  Kershaw 2008, pp. 59, 60.
  Kershaw 1999, pp. 97, 102.
  Keegan 1987, pp. 238–240.
  Bullock 1962, p. 60.
  Kershaw 2008, pp. 61, 62.
  Kershaw 2008, pp. 61–63.
  Kershaw 2008, p. 96.
  Kershaw 2008, pp. 80, 90, 92.
  Bullock 1999, p. 61.
  Kershaw 1999, p. 109.
  Kershaw 2008, p. 82.
  Stackelberg 2007, p. 9.
  Mitcham 1996, p. 67.
  Fest 1970, p. 21.
  Kershaw 2008, pp. 94, 95, 100.
  Kershaw 2008, p. 87.
  Kershaw 2008, p. 88.
  Kershaw 2008, p. 93.
  Kershaw 2008, p. 81.
  Kershaw 2008, p. 89.
  Kershaw 2008, pp. 89–92.
  Kershaw 2008, pp. 100, 101.
  Kershaw 2008, p. 102.
  Kershaw 2008, p. 103.
  Kershaw 2008, pp. 83, 103.
  Bullock 1999, p. 376.
  Frauenfeld 1937.
  Goebbels 1936.
  Kershaw 2008, pp. 105–106.
  Bullock 1999, p. 377.
  Kressel 2002, p. 121.
  Heck 2001, p. 23.
  Larson 2011, p. 157.
  Kershaw 1999, p. 367.
  Kellogg 2005, p. 275.
  Kellogg 2005, p. 203.
  Kershaw 2008, p. 126.
  Kershaw 2008, p. 128.
  Kershaw 2008, p. 129.
  Kershaw 2008, pp. 130–131.
  Shirer 1960, pp. 73–74.
  Kershaw 2008, p. 132.
  Kershaw 2008, p. 131.
  Munich Court, 1924.
  Fulda 2009, pp. 68–69.
  Kershaw 1999, p. 239.
  Bullock 1962, p. 121.
  Kershaw 2008, pp. 148–149.
  Shirer 1960, pp. 80–81.
  Kershaw 1999, p. 237.
  Kershaw 1999, p. 238.
  Kershaw 2008, pp. 158, 161, 162.
  Kershaw 2008, pp. 162, 166.
  Shirer 1960, p. 129.
  Kershaw 2008, pp. 166, 167.
  Shirer 1960, pp. 136–137.
  Kolb 1988, p. 105.
  Halperin 1965, p. 403 et. seq.
  Halperin 1965, pp. 434–446 et. seq.
  Wheeler-Bennett 1967, p. 218.
  Wheeler-Bennett 1967, p. 216.
  Wheeler-Bennett 1967, pp. 218–219.
  Wheeler-Bennett 1967, p. 222.
  Halperin 1965, p. 449 et. seq.
  Halperin 1965, pp. 434–436, 471.
  Shirer 1960, p. 130.
  Hinrichs 2007.
  Halperin 1965, p. 476.
  Halperin 1965, pp. 468–471.
  Bullock 1962, p. 201.
  Hoffman 1989.
  Kershaw 2008, p. 227.
  Halperin 1965, pp. 477–479.
  Letter to Hindenburg, 1932.
  Fox News, 2003.
  Shirer 1960, p. 184.
  Evans 2003, p. 307.
  Bullock 1962, p. 262.
  Kershaw 1999, pp. 456–458, 731–732.
  Shirer 1960, p. 192.
  Bullock 1999, p. 262.
  Shirer 1960, pp. 194, 274.
  Shirer 1960, p. 194.
  Bullock 1962, p. 265.
  City of Potsdam.
  Shirer 1960, pp. 196–197.
  Shirer 1960, p. 198.
  Evans 2003, p. 335.
  Shirer 1960, p. 196.
  Bullock 1999, p. 269.
  Shirer 1960, p. 199.
  Time, 1934.
  Shirer 1960, p. 201.
  Shirer 1960, p. 202.
  Evans 2003, pp. 350–374.
  Kershaw 2008, pp. 309–314.
  Tames 2008, pp. 4–5.
  Kershaw 2008, pp. 313–315.
  Os Grandes Líderes: Hitler. Autor: Dennis Wepman. Editora Nova Cultural, 1987,
pág. 51. (25 de outubro de 2016).
  Overy 2005, p. 63.
  Shirer 1960, pp. 226–227.
  Shirer 1960, p. 229.
  Bullock 1962, p. 309.
  Shirer 1960, p. 230.
  Kershaw 2008, pp. 392, 393.
  Shirer 1960, p. 312.
  Kershaw 2008, pp. 393–397.
  Shirer 1960, p. 308.
  Shirer 1960, pp. 318–319.
  Kershaw 2008, pp. 397–398.
  Shirer 1960, p. 274.
  Read 2004, p. 344.
  Evans 2005, pp. 109-111.
  McNab 2009, p. 54.
  Shirer 1960, pp. 259–260.
  Shirer 1960, p. 258.
  Shirer 1960, p. 262.
  McNab 2009, pp. 54–57.
  Speer 1971, pp. 118–119.
  Arnd Krüger: The Nazi Olympics of 1936, Kevin Young & Kevin B. Wamsley
(eds.): Global Olympics. Historical and Sociological Studies of the Modern Games.
Oxford: Elsevier 2005, 43 – 58 ISBN 0-7623-1181-9.
  Weinberg 1970, pp. 26–27.
  Kershaw 1999, pp. 490–491.
  Kershaw 1999, pp. 492, 555–556, 586–587.
  Carr 1972, p. 23.
  Kershaw 2008, p. 297.
  Shirer 1960, p. 283.
  Messerschmidt 1990, pp. 601–602.
  Martin 2008.
  Hildebrand 1973, p. 39.
  Roberts 1975.
  Messerschmidt 1990, pp. 630–631.
  Overy, Origins of WWII Reconsidered 1999.
  Carr 1972, pp. 56–57.
  Messerschmidt 1990, p. 642.
  Aigner 1985, p. 264.
  Messerschmidt 1990, pp. 636–637.
  Carr 1972, pp. 73–78.
  Messerschmidt 1990, p. 638.
  Bloch 1992, pp. 178–179.
  Plating 2011, p. 21.
  Butler & Young 1989, p. 159.
  Bullock 1962, p. 434.
  Overy 2005, p. 425.
  Weinberg 1980, pp. 334–335.
  Weinberg 1980, pp. 338–340.
  Weinberg 1980, p. 366.
  Weinberg 1980, pp. 418–419.
  Kee 1988, pp. 149–150.
  Weinberg 1980, p. 419.
  Murray 1984, pp. 256–260.
  Bullock 1962, p. 469.
  Overy, The Munich Crisis 1999, p. 207.
  Kee 1988, pp. 202–203.
  Weinberg 1980, pp. 462–463.
  Messerschmidt 1990, p. 672.
  Messerschmidt 1990, pp. 671, 682–683.
  Rothwell 2001, pp. 90–91.
  Time, January 1939.
  Murray 1984, p. 268.
  Murray 1984, pp. 268–269.
  Shirer 1960, p. 448.
  Weinberg 1980, p. 562.
  Weinberg 1980, pp. 579–581.
  Maiolo 1998, p. 178.
  Messerschmidt 1990, pp. 688–690.
  Weinberg 1980, pp. 537–539, 557–560.
  Weinberg 1980, p. 558.
  Robertson 1985, p. 212.
  Bloch 1992, p. 228.
  Overy & Wheatcroft 1989, p. 56.
  Kershaw 2008, p. 497.
  Robertson 1963, pp. 181–187.
  Evans 2005, p. 693.
  Bloch 1992, pp. 252–253.
  Weinberg 1995, pp. 85–94.
  Bloch 1992, pp. 255–257.
  Weinberg 1980, pp. 561–562, 583–584.
  Bloch 1992, p. 260.
  Hakim 1995.
  Rees 1997, pp. 141–145.
  Rees 1997, pp. 148–149.
  Winkler 2007, p. 74.
  Shirer 1960, pp. 696–730.
  Kershaw 2008, p. 562.
  Deighton 2008, pp. 7–9.
  Ellis 1993, p. 94.
  Shirer 1960, pp. 731–737.
  Shirer 1960, pp. 774–782.
  Kershaw 2008, pp. 563, 569, 570.
  Kershaw 2008, p. 580.
  Roberts 2006, pp. 58–60.
  Kershaw 2008, pp. 604–605.
  Kurowski 2005, pp. 141–142.
  Jones 1989.
  Glantz 2001, p. 9.
  Koch 1988.
  Stolfi 1982.
  Wilt 1981.
  Evans 2008, p. 202.
  Shirer 1960, pp. 900–901.
  Bauer 2000, p. 5.
  Shirer 1960, p. 921.
  Kershaw 2000b, p. 417.
  Evans 2008, pp. 419–420.
  Shirer 1960, p. 1006.
  BBC News, 1999.
  Shirer 1960, pp. 996–1000.
  Shirer 1960, p. 1036.
  Speer 1971, pp. 513–514.
  Kershaw 2008, pp. 544–547, 821–822, 827–828.
  Kershaw 2008, pp. 816–818.
  Shirer 1960, §29.
  Weinberg 1964.
  Crandell 1987.
  Bullock 1962, p. 778.
  Rees & Kershaw 2012.
  Bullock 1962, pp. 753, 763, 780–781.
  Bullock 1962, pp. 774–775.
  Sereny 1996, pp. 497–498.
  Beevor 2002, p. 251.
  Beevor 2002, pp. 255–256.
  Le Tissier 2010, p. 45.
  Dollinger 1995, p. 231.
  Beevor 2002, p. 275.
  Ziemke 1969, p. 92.
  Bullock 1962, p. 787.
  Bullock 1962, pp. 787, 795.
  Butler & Young 1989, pp. 227–228.
  Kershaw 2008, pp. 923–925, 943.
  Bullock 1962, p. 791.
  Bullock 1962, pp. 792, 795.
  Beevor 2002, p. 343.
  Bullock 1962, p. 795.
  Bullock 1962, p. 798.
  Linge 2009, p. 199.
  Joachimsthaler 1999, pp. 160–182.
  Joachimsthaler 1999, pp. 217–220.
  Linge 2009, p. 200.
  Bullock 1962, pp. 799–800.
  Kershaw 2008, pp. 949–950.
  Vinogradov 2005, pp. 111, 333.
  Vinogradov 2005, pp. 335–336.
  Kershaw 2000b, p. 1110.
  Marrus 2000, p. 37.
  Gellately 1996.
  Snyder 2010, p. 416.
  Steinberg 1995.
  Kershaw 2008, p. 683.
  Shirer 1960, p. 965.
  Naimark 2002, p. 81.
  Megargee 2007, p. 146.
  Longerich, Chapter 15 2003.
  Longerich, Chapter 17 2003.
  Kershaw 2008, pp. 670–675.
  Megargee 2007, p. 144.
  Kershaw 2008, p. 687.
  Evans 2008, map, p. 366.
  Rummel 1994, p. 112.
  Evans 2008, p. 318.
  Holocaust Memorial Museum.
  Hancock 2004, pp. 383–396.
  Shirer 1960, p. 946.
  Snyder 2010, pp. 162–163, 416.
  Dorland 2009, p. 6.
  Rummel 1994, table, p. 112.
  US Holocaust Memorial Museum.
  Snyder 2010, p. 184.
  Niewyk & Nicosia 2000, p. 45.
  Goldhagen 1996, p. 290.
  Downing 2005, p. 33.
  Gellately 2001, p. 216.
  Kershaw 1999, pp. 567–568.
  Overy 2005, p. 252.
  Kershaw 2008, pp. 170, 172, 181.
  Speer 1971, p. 281.
  Manvell & Fraenkel 2007, p. 29.
  Kershaw 2008, p. 323.
  Kershaw 2008, p. 377.
  Speer 1971, p. 333.
  Overy 2005, pp. 421–425.
  Kershaw 2012, pp. 169–170.
  Kershaw 2012, pp. 396–397.
  Kershaw 2008, pp. 171–395.
  Fest 1974, p. 753.
  Speer 1971, p. 617.
  Kershaw 2012, pp. 348–350.
  Toland 1992, p. 892.
  Kershaw 2000a, pp. 1–6.
  Kershaw 2000b, p. 841.
  Fischer 1995, p. 569.
  Del Testa, Lemoine & Strickland 2003, p. 83.
  Murray & Millett 2001, p. 554.
  Welch 2001, p. 2.
  Bazyler 2006, p. 1.
  Shirer 1960, p. 6.
  Hitler & Trevor-Roper 1988, p. xxxv.
  Roberts 1996, p. 501.
  Lichtheim 1974, p. 366.
  Haffner 1979, pp. 100–101.
  Haffner 1979, p. 100.
  Kershaw 2008, p. 5.
  Rißmann 2001, pp. 94–96.
  Toland 1992, pp. 9–10.
  Speer 1971, pp. 141–142.
  Speer 1971, p. 143.
  Conway 1968, p. 3.
  Bullock 1999, pp. 385, 389.
  Rißmann 2001, p. 96.
  Speer 1971, p. 141.
  Steigmann-Gall 2003, pp. 27, 108.
  Hitler 2000, p. 59.
  Hitler 2000, p. 342.
  Sharkey 2002.
  Bonney 2001, pp. 2–3.
  Phayer 2000.
  Bullock 1962, pp. 219, 389.
  Speer 1971, pp. 141, 171, 174.
  Bullock 1999, p. 729.
  Toland 1992, p. 507.
  Evans 2008, p. 508.
  Bullock 1962, p. 717.
  Redlich 1993.
  Redlich 2000, pp. 129–190.
  Langer 1972, p. 126.
  Waite 1993, p. 356.
  Gunkel 2010.
  Kershaw 2000a, p. 72.
  Kershaw 2008, pp. xxxv–xxxvi.
  Bullock 1999, p. 388.
  Wilson 1998.
  McGovern 1968, pp. 32–33.
  Linge 2009, p. Chapter 3.
  Proctor 1999, p. 219.
  Toland 1992, p. 741.
  Heston & Heston 1980, pp. 125–142.
  Heston & Heston 1980, pp. 11–20.
  Kershaw 2008, p. 782.
  Porter 2013.
  Linge 2009, p. 156.
  O'Donnell 2001, p. 37.
  Bullock 1999, p. 563.
  Kershaw 2008, p. 378.
  Kershaw 2008, pp. 947–948.
  Bullock 1962, pp. 393–394.
  Kershaw 2008, p. 4.

413.  The Daily Telegraph, 2003.

Bibliografia

 Aigner, Dietrich (1985). «Hitler's ultimate aims – a programme of world


dominion?». In: Koch, H. W. Aspects of the Third Reich. Londres: MacMillan.
ISBN 978-0-312-05726-8
 Bauer, Yehuda (2000). Rethinking the Holocaust. [S.l.]: Yale University Press.
p. 5. ISBN 978-0-300-08256-2
 Beevor, Antony (2002). Berlin: The Downfall 1945. Londres: Viking-Penguin
Books. ISBN 978-0-670-03041-5
 Bendersky, Joseph W (2000). A History of Nazi Germany: 1919–1945. [S.l.]:
Rowman & Littlefield. ISBN 978-1-4422-1003-5
 Bloch, Michael (1992). Ribbentrop. New York: Crown Publishing. ISBN 978-0-
517-59310-3
 Bonney, Richard (2001). «The Nazi Master Plan, Annex 4: The Persecution of
the Christian Churches» (PDF). Rutgers Journal of Law and Religion.
Consultado em 15 de setembro de 2016.
 Bullock, Alan (1962) [1952]. Hitler: A Study in Tyranny. Londres: Penguin
Books. ISBN 978-0-14-013564-0
 Bullock, Alan (1999) [1952]. Hitler: A Study in Tyranny. New York: Konecky &
Konecky. ISBN 978-1-56852-036-0
 Butler, Ewan; Young, Gordon (1989). The Life and Death of Hermann Göring.
Newton Abbot, Devon: David & Charles. ISBN 978-0-7153-9455-7
 Carr, William (1972). Arms, Autarky and Aggression. Londres: Edward Arnold.
ISBN 978-0-7131-5668-3
 Conway, John S. (1968). The Nazi Persecution of the Churches 1933–45.
Londres: Weidenfeld & Nicolson. ISBN 978-0-297-76315-4
 Crandell, William F. (1987). «Eisenhower the Strategist: The Battle of the Bulge
and the Censure of Joe McCarthy». Presidential Studies Quarterly. 17 (3): 487–
501. JSTOR 27550441
 Deighton, Len (2008). Fighter: The True Story of the Battle of Britain. New
York: Random House. ISBN 978-1-84595-106-1
 Del Testa, David W; Lemoine, Florence; Strickland, John (2003). Government
Leaders, Military Rulers, and Political Activists. [S.l.]: Greenwood Publishing
Group. p. 83. ISBN 978-1-57356-153-2
 Dollinger, Hans (1995) [1965]. The Decline and Fall of Nazi Germany and
Imperial Japan: A Pictorial History of the Final Days of World War II. New
York: Gramercy. ISBN 978-0-517-12399-7
 Dorland, Michael (2009). Cadaverland: Inventing a Pathology of Catastrophe
for Holocaust Survival: The Limits of Medical Knowledge and Memory in
France. Col: Tauber Institute for the Study of European Jewry series. Waltham,
Mass: University Press of New England. ISBN 1-58465-784-7
 Downing, David (2005). The Nazi Death Camps. Col: World Almanac Library
of the Holocaust. [S.l.]: Gareth Stevens. ISBN 978-0-8368-5947-8
 Ellis, John (1993). World War II Databook: The Essential Facts and Figures for
All the Combatants. Londres: Aurum. ISBN 1-85410-254-0
 Evans, Richard J. (2003). The Coming of the Third Reich. [S.l.]: Penguin
Group. ISBN 978-0-14-303469-8
 Evans, Richard J. (2005). The Third Reich in Power. New York: Penguin Group.
ISBN 978-0-14-303790-3
 Evans, Richard J. (2008). The Third Reich At War. New York: Penguin Group.
ISBN 978-0-14-311671-4
 Fest, Joachim C. (1970). The Face of the Third Reich. Londres: Weidenfeld &
Nicolson. ISBN 978-0-297-17949-8
 Fest, Joachim C. (1974) [1973]. Hitler. Londres: Weidenfeld & Nicolson.
ISBN 978-0-297-76755-8
 Fest, Joachim C. (1977) [1973]. Hitler. Harmondsworth: Penguin. ISBN 978-0-
14-021983-8
 Fischer, Klaus P. (1995). Nazi Germany: A New History. Londres: Constable
and Company. ISBN 978-0-09-474910-8
 Fromm, Erich (1977) [1973]. The Anatomy of Human Destructiveness. Londres:
Penguin Books. ISBN 978-0-14-004258-0
 Fulda, Bernhard (2009). Press and Politics in the Weimar Republic. [S.l.]:
Oxford University Press. ISBN 978-0-19-954778-4
 Gellately, Robert (1996). «Reviewed work(s): Vom Generalplan Ost zum
Generalsiedlungsplan by Czeslaw Madajczyk. Der "Generalplan Ost".
Hauptlinien der nationalsozialistischen Planungs- und Vernichtungspolitik by
Mechtild Rössler; Sabine Schleiermacher». Central European History. 29 (2):
270–274. doi:10.1017/S0008938900013170
 Gellately, Robert (2001). Social Outsiders in Nazi Germany. Princeton, NJ:
Princeton University Press. ISBN 978-0-691-08684-2
 Ghaemi, Nassir (2011). A First-Rate Madness: Uncovering the Links Between
Leadership and Mental Illness. New York: Penguin Publishing Group.
ISBN 978-1-101-51759-8
 Goldhagen, Daniel (1996). Hitler's Willing Executioners: Ordinary Germans
and the Holocaust. New York: Knopf. ISBN 978-0-679-44695-8
 Haffner, Sebastian (1979). The Meaning of Hitler. Cambridge, MA: Harvard
University Press. ISBN 0-674-55775-1
 Hakim, Joy (1995). War, Peace, and All That Jazz. Col: A History of US. 9. New
York: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-509514-2
 Halperin, Samuel William (1965) [1946]. Germany Tried Democracy: A
Political History of the Reich from 1918 to 1933. New York: W.W. Norton.
ISBN 978-0-393-00280-5
 Hamann, Brigitte (2010) [1999]. Hitler's Vienna: A Portrait of the Tyrant as a
Young Man. Londres; New York: Tauris Parke Paperbacks. ISBN 978-1-84885-
277-8
 Hancock, Ian (2004). «Romanies and the Holocaust: A Reevaluation and an
Overview». In: Stone, Dan. The Historiography of the Holocaust. New York;
Basingstoke: Palgrave Macmillan. ISBN 978-0-333-99745-1
 Heck, Alfons (2001) [1985]. A Child of Hitler: Germany In The Days When God
Wore A Swastika. Phoenix, AZ: Renaissance House. ISBN 978-0-939650-44-6
 Heston, Leonard L.; Heston, Renate (1980) [1979]. The Medical Casebook of
Adolf Hitler: His Illnesses, Doctors, and Drugs. New York: Stein and Day.
ISBN 978-0-8128-2718-7
 Hildebrand, Klaus (1973). The Foreign Policy of the Third Reich. Londres:
Batsford. ISBN 978-0-7134-1126-3
 Hitler, Adolf (1999) [1925]. Mein Kampf. Boston: Houghton Mifflin. ISBN 978-
0-395-92503-4
 Hitler, Adolf; Trevor-Roper, Hugh (1988) [1953]. Hitler's Table-Talk, 1941–
1945: Hitler's Conversations Recorded by Martin Bormann. Oxford: Oxford
University Press. ISBN 978-0-19-285180-2
 Hitler, Adolf (2000) [1941–1944]. Hitler's Table Talk, 1941–1944. Londres:
Enigma. ISBN 1-929631-05-7
 Jetzinger, Franz (1976) [1956]. Hitler's Youth. Westport, Conn: Greenwood
Press. ISBN 978-0-8371-8617-7
 Joachimsthaler, Anton (1999) [1995]. The Last Days of Hitler: The Legends, the
Evidence, the Truth. Londres: Brockhampton Press. ISBN 978-1-86019-902-8
 Kee, Robert (1988). Munich: The Eleventh Hour. Londres: Hamish Hamilton.
ISBN 978-0-241-12537-3
 Keegan, John (1987). The Mask of Command: A Study of Generalship. Londres:
Pimlico. ISBN 978-0-7126-6526-1
 Keller, Gustav (2010). Der Schüler Adolf Hitler: die Geschichte eines
lebenslangen Amoklaufs [The Student Adolf Hitler: The Story of a Lifelong
Rampage] (em German). Münster: LIT. ISBN 978-3-643-10948-4
 Kellogg, Michael (2005). The Russian Roots of Nazism White Émigrés and the
Making of National Socialism, 1917–1945. [S.l.]: Cambridge University Press.
ISBN 978-0-521-84512-0
 Kershaw, Ian (1999) [1998]. Hitler: 1889–1936: Hubris. New York: W. W.
Norton & Company. ISBN 978-0-393-04671-7
 Kershaw, Ian (2000a) [1985]. The Nazi Dictatorship: Problems and
Perspectives of Interpretation 4th ed. Londres: Arnold. ISBN 978-0-340-76028-
4
 Kershaw, Ian (2000). Hitler, 1936–1945: Nemesis. New York; Londres: W. W.
Norton & Company. ISBN 978-0-393-32252-1
 Kershaw, Ian (2008). Hitler: A Biography. New York: W. W. Norton &
Company. ISBN 978-0-393-06757-6
 Kershaw, Ian (2012). The End: Hitler's Germany, 1944–45 Paperback ed.
Londres: Penguin. ISBN 978-0-14-101421-0
 Koch, H. W. (Junho de 1988). «Operation Barbarossa – The Current State of the
Debate». The Historical Journal. 31 (2): 377–390.
doi:10.1017/S0018246X00012930
 Kolb, Eberhard (2005) [1984]. The Weimar Republic. Londres; New York:
Routledge. ISBN 978-0-415-34441-8
 Kolb, Eberhard (1988) [1984]. The Weimar Republic. New York: Routledge.
ISBN 978-0-415-09077-3
 Kressel, Neil J. (2002). Mass Hate: The Global Rise Of Genocide And Terror.
Boulder: Basic Books. ISBN 978-0-8133-3951-1
 Kubizek, August (2006) [1953]. The Young Hitler I Knew. St. Paul, MN: MBI.
ISBN 978-1-85367-694-9
 Kurowski, Franz (2005). The Brandenburger Commandos: Germany's Elite
Warrior Spies in World War II. Col: Stackpole Military History series.
Mechanicsburg, PA: Stackpole Books. ISBN 978-0-8117-3250-5
 Langer, Walter C. (1972) [1943]. The Mind of Adolf Hitler: The Secret Wartime
Report. New York: Basic Books. ISBN 978-0-465-04620-1
 Larson, Erik (2011). In the Garden of Beasts: Love, Terror, and an American
Family in Hitler's Berlin. New York: Random House/Crown Publishing Group.
ISBN 978-0-307-40884-6
 Lichtheim, George (1974). Europe In The Twentieth Century. Londres: Sphere
Books. ISBN 978-0-351-17192-5
 Linge, Heinz (2009) [1980]. With Hitler to the End: The Memoirs of Adolf
Hitler's Valet. New York: Skyhorse Publishing. ISBN 978-1-60239-804-7
 Maiolo, Joseph (1998). The Royal Navy and Nazi Germany 1933–39:
Appeasement and the Origins of the Second World War. Londres: Macmillan
Press. ISBN 978-0-333-72007-3
 Manvell, Roger; Fraenkel, Heinrich (2007) [1965]. Heinrich Himmler: The
Sinister Life of the Head of the SS and Gestapo. Londres; New York: Greenhill;
Skyhorse. ISBN 978-1-60239-178-9
 Maser, Werner (1973). Hitler: Legend, Myth, Reality. Londres: Allen Lane.
ISBN 978-0-7139-0473-4
 Marrus, Michael (2000). The Holocaust in History. Toronto: Key Porter.
ISBN 978-0-299-23404-1
 McGovern, James (1968). Martin Bormann. New York: William Morrow.
OCLC 441132
 McNab, Chris (2009). The Third Reich. [S.l.]: Amber Books Ltd. ISBN 978-1-
906626-51-8
 Megargee, Geoffrey P. (2007). War of Annihilation: Combat and Genocide on
the Eastern Front, 1941. Lanham, Md: Rowman & Littlefield. ISBN 978-0-7425-
4482-6
 Messerschmidt, Manfred (1990). «Foreign Policy and Preparation for War». In:
Deist, Wilhelm. Germany and the Second World War. 1. Oxford: Clarendon
Press. ISBN 978-0-19-822866-0
 Mitcham, Samuel W. (1996). Why Hitler?: The Genesis of the Nazi Reich.
Westport, Conn: Praeger. ISBN 978-0-275-95485-7
 Murray, Williamson (1984). The Change in the European Balance of Power.
Princeton: Princeton University Press. ISBN 978-0-691-05413-1
 Murray, Williamson; Millett, Allan R. (2001) [2000]. A War to be Won:
Fighting the Second World War. Cambridge, MA.: Belknap Press of Harvard
University Press. ISBN 978-0-674-00680-5
 Naimark, Norman M. (2002). Fires of Hatred: Ethnic Cleansing in Twentieth-
Century Europe. [S.l.]: Harvard University Press. ISBN 978-0-674-00994-3
 Nicholls, David (2000). Adolf Hitler: A Biographical Companion. [S.l.]:
University of North Carolina Press. ISBN 0-87436-965-7
 Niewyk, Donald L.; Nicosia, Francis R. (2000). The Columbia Guide to the
Holocaust. New York: Columbia University Press. ISBN 978-0-231-11200-0
 O'Donnell, James P. (2001) [1978]. The Bunker. New York: Da Capo Press.
ISBN 978-0-306-80958-3
 Overy, Richard; Wheatcroft, Andrew (1989). The Road To War. Londres:
Macmillan. ISBN 978-0-14-028530-7
 Overy, Richard (1999). «Germany and the Munich Crisis: A Mutilated
Victory?». In: Lukes, Igor; Goldstein, Erik. The Munich Crisis, 1938: Prelude to
World War II. Londres; Portland, OR: Frank Cass. OCLC 40862187
 Overy, Richard (1999). «Misjudging Hitler». In: Martel, Gordon. The Origins of
the Second World War Reconsidered. Londres: Routledge. pp. 93–115.
ISBN 978-0-415-16324-8
 Overy, Richard (2005). The Dictators: Hitler's Germany, Stalin's Russia. [S.l.]:
Penguin Books. ISBN 978-0-393-02030-4
 Overy, Richard (2005). Hitler As War Leader. [S.l.]: Oxford: Oxford University
Press. ISBN 978-0-19-280670-3
 Payne, Robert (1990) [1973]. The Life and Death of Adolf Hitler. New York:
Hippocrene Books. ISBN 978-0-88029-402-7
 Plating, John D. (2011). The Hump: America's Strategy for Keeping China in
World War II. Col: Williams-Ford Texas A&M University military history
series, no. 134. College Station: Texas A&M University Press. ISBN 978-1-
60344-238-1
 Proctor, Robert (1999). The Nazi War on Cancer. Princeton, New Jersey:
Princeton University Press. ISBN 0-691-07051-2
 Read, Anthony (2004). The Devil's Disciples: The Lives and Times of Hitler's
Inner Circle. Londres: Pimlico. ISBN 0-7126-6416-5
 Redlich, Fritz R. (Setembro de 2000). Hitler: Diagnosis of a Destructive
Prophet. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-513631-9
 Rees, Laurence (1997). The Nazis: A Warning from History. New York: New
Press. ISBN 978-0-563-38704-6
 Rißmann, Michael (2001). Hitlers Gott. Vorsehungsglaube und
Sendungsbewußtsein des deutschen Diktators (em German). Zürich München:
Pendo. ISBN 978-3-85842-421-1
 Roberts, G. (2006). Stalin's Wars: From World War to Cold War, 1939–1953.
New Haven: Yale University Press. ISBN 0-300-11204-1
 Roberts, J. M. (1996). A History of Europe. Oxford: Helicon. ISBN 978-1-
85986-178-3
 Roberts, Martin (1975). The New Barbarism – A Portrait of Europe 1900–1973.
[S.l.]: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-913225-6
 Robertson, Esmonde M. (1963). Hitler's Pre-War Policy and Military Plans:
1933–1939. Londres: Longmans. OCLC 300011871
 Robertson, E. M. (1985). «Hitler Planning for War and the Response of the
Great Powers». In: H. W., Koch. Aspects of the Third Reich. Londres:
Macmillan. ISBN 978-0-312-05726-8
 Rosenbaum, Ron (1999). Explaining Hitler: The Search for the Origins of His
Evil. [S.l.]: Harper Perennial. ISBN 978-0-06-095339-3
 Rosmus, Anna Elisabeth (2004). Out of Passau: Leaving a City Hitler Called
Home. Columbia, S.C: University of South Carolina Press. ISBN 978-1-57003-
508-1
 Rothwell, Victor (2001). The Origins of the Second World War. Manchester:
Manchester University Press. ISBN 978-0-7190-5957-5
 Rummel, Rudolph (1994). Death by Government. New Brunswick, NJ:
Transaction. ISBN 978-1-56000-145-4
 Ryschka, Birgit (16 de setembro de 2016). Constructing and Deconstructing
National Identity: Dramatic Discourse in Tom Murphy's the Patriot Game and
Felix Mitterer's in Der Löwengrube. [S.l.]: Peter Lang. ISBN 978-3-631-58111-
7
 Sereny, Gitta (1996) [1995]. Albert Speer: His Battle With Truth. New York;
Toronto: Vintage. ISBN 0-679-76812-2
 Shirer, William L. (1960). The Rise and Fall of the Third Reich. New York:
Simon & Schuster. ISBN 978-0-671-62420-0
 Snyder, Timothy (2010). Bloodlands: Europe Between Hitler and Stalin. New
York: Basic Books. ISBN 978-0-465-00239-9
 Speer, Albert (1971) [1969]. Inside the Third Reich. New York: Avon. ISBN 978-
0-380-00071-5
 Stackelberg, Roderick (2007). The Routledge Companion to Nazi Germany. New
York: Routledge. ISBN 978-0-415-30860-1
 Steigmann-Gall, Richard (2003). The Holy Reich: Nazi Conceptions of
Christianity, 1919–1945. Cambridge; New York: Cambridge University Press.
ISBN 978-0-521-82371-5. doi:10.2277/978-0-521-82371-5
 Steinberg, Jonathan (Junho de 1995). «The Third Reich Reflected: German Civil
Administration in the Occupied Soviet Union, 1941-4». The English Historical
Review. 110 (437): 620–651. OCLC 83655937. doi:10.1093/ehr/CX.437.620
 Steiner, John Michael (1976). Power Politics and Social Change in National
Socialist Germany: A Process of Escalation into Mass Destruction. The Hague:
Mouton. ISBN 978-90-279-7651-2
 Stolfi, Russel (Março de 1982). «Barbarossa Revisited: A Critical Reappraisal
of the Opening Stages of the Russo-German Campaign (June–December 1941)».
The Journal of Modern History. 54 (1): 27–46. doi:10.1086/244076
 Tames, Richard (2008). Dictatorship. Chicago: Heinemann Library. ISBN 978-
1-4329-0234-6
 Le Tissier, Tony (2010) [1999]. Race for the Reichstag. [S.l.]: Pen & Sword.
ISBN 978-1-84884-230-4
 Toland, John (1992) [1976]. Adolf Hitler. New York: Anchor Books. ISBN 978-
0-385-42053-2
 Vinogradov, V. K. (2005). Hitler's Death: Russia's Last Great Secret from the
Files of the KGB. [S.l.]: Chaucer Press. ISBN 978-1-904449-13-3
 Waite, Robert G. L. (1993) [1977]. The Psychopathic God: Adolf Hitler. New
York: Da Capo Press. ISBN 0-306-80514-6
 Weber, Thomas (2010). Hitler's First War: Adolf Hitler, The Men of the List
Regiment, and the First World War. Oxford; New York: Oxford University
Press. ISBN 978-0-19-923320-5
 Weinberg, Gerhard (Dezembro de 1955). «Hitler's Private Testament of 2 May
1938». The Journal of Modern History. 27 (4): 415–419. OCLC 482752575.
doi:10.1086/237831
 Weinberg, Gerhard (Dezembro de 1964). «Hitler's Image of the United States».
The American Historical Review. 69 (4): 1006–1021. JSTOR 1842933.
doi:10.2307/1842933
 Weinberg, Gerhard (1970). The Foreign Policy of Hitler's Germany Diplomatic
Revolution in Europe 1933–1936. Chicago, Illinois: University of Chicago
Press. ISBN 978-0-226-88509-4
 Weinberg, Gerhard (1980). The Foreign Policy of Hitler's Germany Starting
World War II. Chicago, Illinois: University of Chicago Press. ISBN 978-0-226-
88511-7
 Weinberg, Gerhard (1995). «Hitler and England, 1933–1945: Pretense and
Reality». Germany, Hitler, and World War II: Essays in Modern German and
World History. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 978-0-521-
47407-8
 Welch, David (2001). Hitler: Profile of a Dictator. [S.l.]: Routledge. ISBN 978-
0-415-25075-7
 Wheeler-Bennett, John (1967). The Nemesis of Power. Londres: Macmillan.
ISBN 978-1-4039-1812-3
 Wilt, Alan (Dezembro de 1981). «Hitler's Late Summer Pause in 1941». Military
Affairs. 45 (4): 187–191. JSTOR 1987464. doi:10.2307/1987464
 Winkler, Heinrich August (2007). Germany: The Long Road West. Vol. 2, 1933–
1990. New York: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-926598-5
 Ziemke, Earl F. (1969). Battle for Berlin: End of the Third Reich. Col:
Ballantine's Illustrated History of World War II. Battle Book #6. [S.l.]:
Ballantine Books. OCLC 23899

Online
 «1933 – Day of Potsdam». City of Potsdam. Consultado em 13 de junho de
2011.
 Bazyler, Michael J. (25 de dezembro de 2006). «Holocaust Denial Laws and
Other Legislation Criminalizing Promotion of Nazism» (PDF). Yad Vashem.
Consultado em 16 de setembro de 2016.
 «Der Hitler-Prozeß vor dem Volksgericht in München» [The Hitler Trial Before
the People's Court in Munich] (em German). 1924.
 «Documents: Bush's Grandfather Directed Bank Tied to Man Who Funded
Hitler». Fox News. 17 de outubro de 2003. Consultado em 16 de setembro de
2016.
 «Eingabe der Industriellen an Hindenburg vom November 1932» [Letter of the
industrialists to Hindenburg, November 1932]. Glasnost–Archiv. Consultado em
16 de setembro de 2016.
 Evans, Richard J. (22 de junho de 2011). «How the First World War shaped
Hitler». The Globe and Mail. Phillip Crawley. Consultado em 23 de setembro de
2012.
 Frauenfeld, A. E (Agosto de 1937). «The Power of Speech». Calvin College.
Consultado em 16 de setembro de 2016.
 «Germany: Second Revolution?». Time Magazine. Time. 2 de julho de 1934.
Consultado em 15 de abril de 2013.. Cópia arquivada em 16 de setembro de
2016
 Glantz, David (11 de outubro de 2001). «The Soviet‐German War 1941–45:
Myths and Realities: A Survey Essay» (PDF). Clemson, SC: Strom Thurmond
Institute of Government and Public Affairs, Clemson University. Consultado em
16 de setembro de 2016.
 Goebbels, Joseph (1936). «The Führer as a Speaker». Calvin College.
Consultado em 16 de setembro de 2016.
 Gunkel, Christoph (4 de fevereiro de 2010). «Medicating a Madman: A Sober
Look at Hitler's Health». Spiegel Online International. Consultado em 12 de
dezembro de 2013.
 Hinrichs, Per (10 de março de 2007). «Des Führers Pass: Hitlers
Einbürgerung» [The Führer's Passport: Hitler's Naturalisation] (em German).
Spiegel Online. Consultado em 1 de dezembro de 2014.
 «Hitler ersucht um Entlassung aus der österreichischen Staatsangehörigkeit»
[Hitler's official application to end his Austrian citizenship] (em German). NS-
Archiv. 7 de abril de 1925. Consultado em 16 de setembro de 2016.
 «Hitler's Last Days». mi5.gov.uk. MI5 Security Service. Consultado em 5 de
janeiro de 2012.
 Hoffman, David (creator, writer) (1989). How Hitler Lost the War (television
documentary). Estados Unidos: Varied Directions. Consultado em 16 de
setembro de 2016.
 «Introduction to the Holocaust». United States Holocaust Memorial Museum.
Consultado em 16 de setembro de 2016.
 Kotanko, Florian. «House of Responsibility». HRB News. Consultado em 16 de
setembro de 2016.
 «Leni Riefenstahl». The Daily Telegraph. Londres: TMG. 10 de setembro de
2003. ISSN 0307-1235. OCLC 49632006. Consultado em 10 de maio de 2013.
 Longerich, Heinz Peter (2003). «Hitler's Role in the Persecution of the Jews by
the Nazi Regime». Atlanta: Emory University. 15. Hitler and the Mass Shootings
of Jews During the War Against Russia. Consultado em 31 de julho de 2013..
Cópia arquivada em 15 de setembro de 2016
 Longerich, Heinz Peter (2003). «Hitler's Role in the Persecution of the Jews by
the Nazi Regime». Atlanta: Emory University. 17. Radicalisation of the
Persecution of the Jews by Hitler at the Turn of the Year 1941–1942.
Consultado em 31 de julho de 2013.. Cópia arquivada em 9 de julho de 2009
 «Man of the Year». Time Magazine. Time. 2 de janeiro de 1939. Consultado em
22 de maio de 2008.. Cópia arquivada em 16 de setembro de 2016
 Martin, Jonathan (creator, writer) (2008). World War II In HD Colour
(television documentary). Estados Unidos: World Media Rights. Consultado em
27 de agosto de 2014.
 McMillan, Dan (Outubro de 2012). «Review of Fritz, Stephen G., Ostkrieg:
Hitler's War of Extermination in the East». H-Genocide, H-Net Reviews.
Consultado em 16 de setembro de 2016.
 «Parkinson's part in Hitler's downfall». BBC News. 29 de julho de 1999.
Consultado em 16 de setembro de 2016.
 Phayer, Michael (2000). «The Response of the Catholic Church to National
Socialism» (PDF). The Churches and Nazi Persecution. Yad Vashem
 «Poles: Victims of the Nazi Era: The Invasion and Occupation of Poland».
ushmm.org. United States Holocaust Memorial Museum. Consultado em 17 de
setembro de 2016.. Cópia arquivada em 3 de março de 2013
 Porter, Tom (24 de agosto de 2013). «Adolf Hitler 'Took Cocktail of Drugs'
Reveal New Documents». IB Times. Consultado em 22 de novembro de 2015.
 Redlich, Fritz C. (22 de março de 1993). «A New Medical Diagnosis of Adolf
Hitler: Giant Cell Arteritis—Temporal Arteritis». Arch Intern Med. 153 (6):
693–697. PMID 8447705. doi:10.1001/archinte.1993.00410060005001.
Consultado em 16 de setembro de 2016.
 Rees, Laurence (writer, director) Kershaw, Ian (writer, consultant) (2012). The
Dark Charisma of Adolf Hitler (television documentary). Reino Unido: BBC.
Consultado em 16 de setembro de 2016.
 Sharkey, Joe (13 de janeiro de 2002). «Word for Word/The Case Against the
Nazis; How Hitler's Forces Planned To Destroy German Christianity». The New
York Times. Consultado em 16 de setembro de 2016.
 Weber, Thomas (2010a). «New Evidence Uncovers Hitler's Real First World
War Story». Immediate Media Company. Reino Unido: BBC History Magazine.
Consultado em 27 de agosto de 2014.
 Wilson, Bee (9 de outubro de 1998). «Mein Diat – Adolf Hitler's diet». New
Statesman. Reino Unido: Questia. Consultado em 22 maio de 2008.. Cópia
arquivada em 16 de setembro de 2016

Ligações externas
 Literatura de e sobre Adolf Hitler no catálogo da Biblioteca Nacional da
Alemanha
 Adolf Hitler (em inglês) no Internet Movie Database
 Álbum reúne obras que Hitler queria para "Führermuseum"
 Testamento político do Fuhrer
 Mein Kampf
 Adolf Hitler no Munzinger-Archiv (Início do artigo com acesso livre)
Precedido por Líder do NSDAP Sucedido por
Anton Drexler 1921 — 1945 Martin Bormann
Precedido por Chanceler da Alemanha Sucedido por
Kurt von Schleicher 1933 — 1945 Joseph Goebbels
Presidente da Alemanha
Precedido por Sucedido por
(como Führer)
Paul von Hindenburg Karl Dönitz
1934 — 1945
Precedido por
Pessoa do Ano Sucedido por
Chiang Kai-shek e Soong
1938 Josef Stalin
May-ling
Oberbefehlshaber des
Precedido por Sucedido por
Heeres
Walther von Brauchitsch Ferdinand Schörner
1941 — 1945

[Expandir]

Adolf Hitler

 Portal de biografias
 Portal da Alemanha
 Portal da Áustria
 Portal da Segunda Guerra Mundial
 Portal da história
 Portal da política

 : Q352
 VIAF: 38190770
 AllMusic: mn0000592028
 BAV: ADV10183901
 BIBSYS: 90072396
 BMT: 31631
 BNE: XX943009
Controle
 BNF: 11907574g
de
 BRE: 2362800
autoridade
 Bridgeman: 17153
 CANTIC: a10451870
 CiNii: DA00980088
 Discogs: 223385
 EBID: ID
 EGAXA: 001719909
 FAST: 34591
 GEC: 0032750
 GND: 118551655
 Find a Grave: 4708
 HDS: 48732
 ISNI: 0001 2278 465X 0000 0001 2278 465X
 LAC: 0053G3819
 LCCN: n79046200
 MusicBrainz: ID
 Munzinger: 00000000564
 MyAnimeList: 8700
 NDL: 00443438
 NKC: jn19990003541
 NLA: 35198137
 NLG: 67111
 NNDB: 000025122
 NTA: 068566093
 NUKAT: n95000218
 OBP: Adolf, 1889-1945 ID
 PTBNP: 40616
 RKD: 38605
 RSL: 000083075
 SELIBR: 207178
 SNAC: w6ww7k9k
 SUDOC: 026922800
 TePapa: 33230
 WikiTree: Hitler-3
 ULAN: 500119333
 IMDb: nm0386944
 OL: OL108070A
 NLI: 000063786
 Filmportal: ID

Categorias:

 Nascidos em 1889
 Mortos em 1945
 Adolf Hitler

Вам также может понравиться