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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA

EQ 01039 – Laboratório de Engenharia Química II

RELATÓRIO DA PRÁTICA DE BRITAGEM E PENEIRAMENTO

Adrielle de Sousa Nascimento


Franck dos Santos Araújo

Belém – PA
JANEIRO/2018
Adrielle de Sousa Nascimento
Franck dos Santos Araújo

RELATÓRIO DA PRÁTICA DE BRITAGEM E PENEIRAMENTO

Relatório apresentado à Faculdade de


Engenharia Química da Universidade
Federal do Pará como parte integrante
das atividades da disciplina Laboratório
de Engenharia Química II, realizadas do
4º período de 2017

Profª Drª Shirley Cristina Cabral Nascimento


Profª Drª Marlice Cruz Martelli

Belém – PA
JANEIRO/2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4

2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 4

3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 5

3.1 Materiais ........................................................................................................... 5

3.2 Procedimento Experimental ........................................................................... 5

3.3 Dimensionamento do Sedimentador .............................................................. 6

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 7

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 8


1 INTRODUÇÃO

Diversas indústrias e processos geram grandes quantidades de resíduos, que podem


provocar problemas ambientais e até mesmo financeiros pois a destinação adequada do
resíduo pode ter custo elevado. Um exemplo disso são os resíduos da construção civil, que
possuem como principais constituintes cimento, areia, brita, restos de tijolos ou tenhas. Ao
passar por um processamento, estes podem ser reaproveitados promovendo a diminuição dos
impactos gerados, conforme estabelecido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente, por
meio da Resolução CONAMA n°307 de 5 de julho de 2002, e gerando um uma receita de R$
8 bilhões ao ano, segundo Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção
Civil e Demolição (Abrecon).
Normas como a ABNT NBR 15116, que estabelece requisitos para a utilização de
agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil em pavimentação e preparo de
concreto sem função estrutural, apresentam entre um de seus critérios a adequação do material
a uma faixa granulométrica, tornando essencial para isso a utilização de operações unitárias
de fragmentação e peneiramento.
Dentre as operações de fragmentação encontra-se a britagem, empregada seja para
obter blocos de dimensões trabalháveis ou aumentar a área externa das partículas a fim de
tornar mais rápido o processamento de sólidos. A britagem é responsável pela fragmentação
grosseira de sólidos, apresentando faixa granulométrica de alimentação de 150 e 0,5 cm e
85% dos produtos entre 0,1 e 5 cm (GOMIDE, 1983). Para britadores do tipo mandíbula, a
distribuição granulométrica de saída é função da abertura de saída do britador–medida na
posição aberta, sendo fornecida pelos fabricantes curvas de distribuição granulométrica versus
abertura (CHAVES & PERES, 2003).
Após a britagem do material, torna-se necessário a classificação granulométrica deste
para a separação das partículas que já atingiram o tamanho adequado daquelas que precisam
retornar ao processo de fragmentação. O peneiramento é a operação unitária responsável por
essa separação, que se dá a partir da retenção do sólido em malhas de abertura padronizadas.
Em um ensaio granulométrico, os sólidos são adicionados em um conjunto de peneiras
ordenadas da maior para a menor abertura da série e agitados por um intervalo de tempo,
determinando-se após o processo a fração mássica retida em cada peneira, que poderá ser
utilizada, por exemplo, para a determinação do diâmetro médio do material (d50), obtido pela
interceptação das curvas de % retida acumulada e % retida passante versus diâmetro médio da
abertura da peneira.
4
2 OBJETIVOS
Realizar a britagem e o ensaio granulométrico por peneiramento a fim de se obter a
distribuição granulométrica e o diâmetro médio (d50) de um corpo de prova residual (CPR)
descartado pelo Laboratório de Engenharia Civil (LEC) da Universidade Federal do Pará,
feito à base de cimento e areia.
3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais
 Corpos de prova cilíndricos descartados pelo LEC (UFPA), contendo cimento e areia;
 Estufa;
 Britador de mandíbulas;
 Balança eletrônica ;
 Peneiras (# 1/4; # 3,5; # 4; # 6; # 9; # 12; # 14; # 28; # 35; # 65 série Tyler);
 Agitador de peneiras;
 Suporte.
3.2 Procedimento Experimental
O procedimento experimental foi realizado na Usina de Materiais do Laboratório de
Engenharia Química-UFPA. Para a obtenção dos dados coletou-se no Laboratório de
Engenharia Civil – LEC, localizado no Campus 2 da Universidade Federal do Pará – UFPA,
um corpo de prova, material que após ensaios de resistência à compressão, é geralmente
descartado.
O corpo de prova utilizado foi previamente seco em estufa a 105°C por 24h e então
britado no britador de mandíbulas presente na Figura 1. O material britado a ser peneirado
teve sua massa medida e foi despejado pelo topo na série de peneiras previamente pesadas
dispostas em ordem decrescente de diâmetro da malha. Procedeu-se o peneiramento em mesa
vibratória (Figura 2) por 5 minutos para a classificação granulométrica do produto.
Após o peneiramento as peneiras contendo o material foram pesadas e a tabela de
distribuição granulométrica (massa retida, % retida, % passante, % retida acumulada e %
passante acumulada) foi preenchida com base nos dados de fração retida de amostra em cada
peneira. Cabe ressaltar que os blocos que apresentavam granulometria muito superior à da
peneira de maior diâmetro foram separados, não constando na distribuição granulométrica do
material.

5
Figura 1. Britador de Mandíbulas Figura 2. Agitador de peneiras

3.3 Cálculos e Análise dos Resultados


O diâmetro médio das partículas que passam em cada peneira (DM#) foi estimado pela
Equação (1), por meio da média aritmética entre o diâmetro da abertura da peneira analisada
(n) e da peneira anterior (n-1).

(D n  D n -1 ) *100 (1)
DM# =
2

As frações de massas retidas e passantes foram calculadas por meio das Equações (2) e
(3), respectivamente. Nestas equações mR representa a massa retida na peneira e m Total a
massa total de sólidos utilizado durante o peneiramento.

mR (2)
%R = *100%
m Total

m Total  mR (3)
%P =
m Total

Para a obtenção das curvas de fração (% retida acumulada e % passante acumulada)


versus diâmetro médio e a determinação do diâmetro médio (d50) observado na interceptação
das curvas, foram utilizadas as Equações (4) e (5), respectivamente, sendo %RA o percentual
retido acumulado e %PA o percentual passante acumulado.
(4)
%RA = %R  %RA PeneirasAnteriores
%PA = 100%  %RA (5)

6
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados do peneiramento e a análise granulométrica da amostra após britagem


estão presentes na Tabela 1. Porém, deve-se ressaltar que essa distribuição granulométrica não
representa veemente a granulometria do produto da britagem, pois os produtos que
apresentaram granulometria muito superior à malha da peneira de Tyler #1/4 não passaram
pelo processo de peneiramento.

Tabela 1. Distribuição granulométrica do CPR após o processo de britagem.


#Tyler DM(mm) mP (g) mP+A (g) mR (g) %R %P %RA %PA
1/4 6,300 465,50 1058,0 592,5 55,85% 44,15% 55,85% 44,15%
+1/4 -3,5 5,930 430,00 466,5 36,5 3,44% 96,56% 59,29% 40,71%
+3,5 -4 5,160 330,50 398,0 67,5 6,36% 93,64% 65,65% 34,35%
+4 -6 4,060 489,00 554,0 65,0 6,13% 93,87% 71,78% 28,22%
+6 -9 2,680 468,50 552,5 84,0 7,92% 92,08% 79,70% 20,30%
+9 -12 1,700 452,00 491,0 39,0 3,68% 96,32% 83,37% 16,63%
+12 -14 1,290 411,00 423,5 12,5 1,18% 98,82% 84,55% 15,45%
+14 -28 0,890 309,50 391,0 81,5 7,68% 92,32% 92,23% 7,77%
+28 -35 0,513 392,00 399,0 7,0 0,66% 99,34% 92,89% 7,11%
+35 -65 0,319 359,50 364,4 4,9 0,46% 99,54% 93,35% 6,65%
Fundo 0,106 351,50 422,0 70,5 6,65% 93,35% 100,00% 0,00%
Total 1060,9 100,0%

Verifica-se que a granulométria do resíduo britado apresenta uma distribuição


desigual, havendo uma grande fração de partículas retida na peneira de Tyler ¼, o que
equivale a 55,85% da massa total peneirada, assim como uma percentagem de 44,15% de
finos que passam na primeira peneira. Evidencia-se portanto assim um material de partículas
de tamanhos misto, o que fica evidenciado quando se analisar os sólidos da amostra de acordo
com a ABNT NBR 6502/95, onde se verifica que essa apresenta na mistura existem partículas
que se classificam em pedregulho e arreia. A matéria prima gerada se adéqua a como resíduo
de classe A conforme a ABNT 15116.

7
100.0%
% Passante Acumulado
90.0%
% Retido Acumulado
80.0%
% Acumulada

70.0%

60.0%

50.0%

40.0%

30.0%

20.0%

10.0%

0.0%
0.10 0.60 1.10 1.60 2.10 2.60 3.10 3.60 4.10 4.60 5.10 5.60 6.10 6.60
d50
Diâmetro médio (mm)

Gráfico 1- Obtenção de d50. Porcentagens Retidas e Passantes Acumuladas versus Diâmetro


Médio da peneira.
A análise da figura 3 permite verificar o comportamento granulométrico dos
particulados obtidos no processo de britagem, retidos e passante nas peneiras, na qual se
evidencia que a fração de passantes é inferior a dos retidos para a distribuição granulométrica
desejada (conjunto de peneiras). Uma vez que as curvas das porcentagens acumuladas não se
interceptam, não é possível determinar o d50 do resíduo britado. Isso ocorreu porque mais de
50% do material peneirado foi retido na peneira de Tyler #1/4.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto o CPR pode ser reutilizado ou reciclado para outros fins, após o processo de
britagem, uma vez que este se adéqua como resíduo de classe A pela norma ABNT 15116.
Entretanto, seria necessária uma melhor adequação do britador com ajuste da abertura ou a
aplicação de uma segunda britagem, para obter um perfil granulométrico que possibilite a
determinação do d50, pois de posse deste paramento será possível determinar o diâmetro
médio das partículas, o que classificaria melhor o reuso deste resíduo, já que foi possível
realizar o seu calculo com os resultados obtidos.

8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOMIDE, Reinaldo. Operações Unitárias: operações com sistemas sólidos


granulares. Cempro, São Paulo, 1983.

CHAVES, A.P.; PERES, A.E.C. Teoria e Prática do Tratamento de Minérios/Britagem,


Peneiramento e Moagem. 2 Ed. V.3. São Paulo: Signus Editora, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15116:2004:


Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil- Utilização em
pavimentação e preparo de concreto sem função estruturas-Requisitos. Rio de Janeiro
(RJ), 2004.

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