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1 <http://www.fflch.usp.br/da/vagner/antropo.html> Acesso em 01.06.2008.

[O que é antropologia.]

A Antropologia é o estudo do homem como ser biológico, social e cultural.


Sendo cada uma destas dimensões por si só muito ampla, o conhecimento
antropológico geralmente é organizado em áreas que indicam uma escolha
prévia de certos aspectos a serem privilegiados como a “Antropologia Física
ou Biológica” (aspectos genéticos e biológicos do homem), “Antropologia
Social” (organização social e política, parentesco, instituições sociais),
“Antropologia Cultural” (sistemas simbólicos, religião, comportamento) e
“Arqueologia” (condições de existência dos grupos humanos desaparecidos).
Além disso podemos utilizar termos como Antropologia, Etnologia e
Etnografia para distinguir diferentes níveis de análise ou tradições
acadêmicas.

Para o antropólogo Claude Lévi-Strauss (1970:377) a etnografia corresponde


“aos primeiros estágios da pesquisa: observação e descrição, trabalho de
campo”. A etnologia, com relação à etnografia, seria “um primeiro passo em
direção à síntese” e a antropologia “uma segunda e última etapa da síntese,
tomando por base as conclusões da etnografia e da etnologia”.

Qualquer que seja a definição adotada é possível entender a antropologia


como uma forma de conhecimento sobre a diversidade cultural, isto é, a busca
de respostas para entendermos o que somos a partir do espelho fornecido pelo
“Outro”; uma maneira de se situar na fronteira de vários mundos sociais e
culturais, abrindo janelas entre eles, através das quais podemos alargar nossas
possibilidades de sentir, agir e refletir sobre o que, afinal de contas, nos torna
seres singulares, humanos.

Algumas informações básicas sobre os principais paradigmas e escolas de


pensamento antropológico:
2 <http://www.fflch.usp.br/da/vagner/antropo.html> Acesso em 01.06.2008.

Formação de uma literatura “etnográfica” sobre a diversidade cultural


Período Séculos XVI-XIX
Relatos de viagens (Cartas, Diários, Relatórios etc.) feitos por
Características missionários, viajantes, comerciantes, exploradores, militares,
administradores coloniais etc.
Descrições das terras (Fauna, Flora, Topografia) e dos povos
Temas e Conceitos “descobertos” (Hábitos e Crenças).Primeiros relatos sobre a
Alteridade
Pero Vaz Caminha (“Carta do Descobrimento do Brasil” - séc.
Alguns XVI).
Representantes Hans Staden (“Duas Viagens ao Brasil” - séc. XVI).
e obras de Jean de Léry (“Viagem a Terra do Brasil” - séc. XVI).
referência Jean Baptiste Debret (“Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil” -
séc. XIX).
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Escola/Paradigma Evolucionismo Social
Período Século XIX
Sistematização do conhecimento acumulado sobre os “povos
Características
primitivos”.Predomínio do trabalho de gabinete
Unidade psíquica do homem.Evolução das sociedades das mais
“primitivas” para as mais “civilizadas”.Busca das origens
Temas e Conceitos
(Perspectiva diacrônica)Estudos de Parentesco /Religião
/Organização Social.Substituição conceito de raça pelo de cultura.
Maine (“Ancient Law” - 1861).
Alguns
Herbert Spencer (“Princípios de Biologia” - 1864).
Representantes
E. Tylor (“A Cultura Primitiva” - 1871).
e obras de
L. Morgan (“A Sociedade Antiga” - 1877).
referência
James Frazer (“O Ramo de Ouro” - 1890).
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Escola/Paradigma Escola Sociológica Francesa
Período Século XIX
Definição dos fenômenos sociais como objetos de investigação
Características socio-antropológica.
Definição das regras do método sociológico.
Representações coletivas.Solidariedade orgânica e mecânica.
Formas primitivas de classificação (totemismo) e teoria do
Temas e Conceitos conhecimento. Busca pelo Fato Social Total (biológico +
psicológico + sociológico). A troca e a reciprocidade como
fundamento da vida social (dar, receber, retribuir).
Émile Durkheim:“Regras do método sociológico”- 1895; “Algumas
formas primitivas de classificação” - c/ Marcel Mauss - 1901; “As
Alguns
formas elementares da vida religiosa” - 1912.
Representantes
Marcel Mauss:“Esboço de uma teoria geral da magia” - c/ Henri
e obras de
Hubert - 1902-1903; “Ensaio sobre a dádiva” - 1923-1924; “Uma
referência
categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a noção de eu”-
1938).
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Escola/Paradigma Funcionalismo
Período Século XX - anos 20
Modelo de etnografia clássica (Monografia).Ênfase no trabalho de
Características campo (Observação participante).Sistematização do conhecimento
acumulado sobre uma cultura.
Cultura como totalidade.Interesse pelas Instituições e suas Funções
Temas e Conceitos para a manutenção da totalidade cultural.Ênfase na Sincronia x
Diacronia.
Bronislaw Malinowski (“Argonautas do Pacífico Ocidental” -1922).
Radcliffe Brown (“Estrutura e função na sociedade primitiva” -
1952-; e “Sistemas Políticos Africanos de Parentesco e Casamento”,
org. c/ Daryll Forde - 1950).
Alguns Evans-Pritchard (“Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande” -
Representantes 1937; “Os Nuer” - 1940).
e obras de Raymond Firth (“Nós, os Tikopia” - 1936; “Elementos de
referência organização social - 1951).
Max Glukman (“Ordem e rebelião na África tribal”- 1963).
Victor Turner (“Ruptura e continuidade em uma sociedade
africana”-1957; “O processo ritual”- 1969).
Edmund Leach - (“Sistemas políticos da Alta Birmânia” - 1954).
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Escola/Paradigma Culturalismo Norte-Americano
Período Séc. XX - anos 30
Método comparativo. Busca de leis no desenvolvimento das
Características
culturas. Relação entre cultura e personalidade.
Ênfase na construção e identificação de padrões culturais (“patterns
Temas e Conceitos
of culture”) ou estilos de cultura (“ethos”).
Franz Boas (“Os objetivos da etnologia” - 1888; “Raça, Língua e
Alguns Cultura” - 1940).
Representantes Margaret Mead (“Sexo e temperamento em três sociedades
e obras de primitivas” - 1935).
referência Ruth Benedict (“Padrões de cultura” - 1934; “O Crisântemo e a
espada” - 1946).
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Escola/Paradigma Estruturalismo
Período Século XX - anos 40
Busca das regras estruturantes das culturas presentes na mente
Características humana. Teoria do parentesco/Lógica do mito/Classificação
primitiva. Distinção Natureza x Cultura.
Princípios de organização da mente humana: pares de oposição e
Temas e Conceitos
códigos binários.Reciprocidade
Claude Lévi-Strauss:“As estruturas elementares do parentesco” -
1949.
Alguns “Tristes Trópicos”- 1955.
Representantes “Pensamento selvagem” - 1962.
e obras de “Antropologia estrutural” - 1958
referência “Antropologia estrutural dois” - 1973
“O cru e o cozido” - 1964
“O homem nu” - 1971
4 <http://www.fflch.usp.br/da/vagner/antropo.html> Acesso em 01.06.2008.

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Escola/Paradigma Antropologia Interpretativa
Período Século XX - anos 60
Cultura como hierarquia de significados
Busca da “descrição densa”.
Características
Interpretação x Leis.
Inspiração Hermenêutica.
Interpretação antropológica: Leitura da leitura que os “nativos”
Temas e Conceitos
fazem de sua própria cultura.
Alguns
Clifford Geertz:
Representantes
“A interpretação das culturas” - 1973.
e obras de
“Saber local” - 1983.
referência
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Escola/Paradigma Antropologia Pós-Moderna ou Crítica
Período e obra Século XX - nos 80
Preocupação com os recursos retóricos presentes no modelo textual
das etnografias clássicas e contemporâneas. Politização da relação
Características
observador-observado na pesquisa antropológica. Critica dos
paradigmas teóricos e da “autoridade etnográfica” do antropólogo.
Cultura como processo polissêmico.
Temas e Conceitos Etnografia como representação polifônica da polissemia cultural.
Antropologia como experimentação/arte da crítica cultural.
James Clifford e Georges Marcus (“Writing culture - The poetics
and politics of ethnography” - 1986).
Alguns George Marcus e Michel Fischer (“Anthropoly as cultural critique”
Representantes - 1986).
e obras de Richard Price (“First time” - 1983).
referência Michel Taussig (“Xamanismo, colonialismo e o homem selvagem”-
1987).
James Clifford (“The predicament of culture” - 1988).

Os livros indicados abaixo podem ser úteis para a formação de uma


bibliografia básica e introdutória sobre a Antropologia:

CARDOSO, Ruth - A aventura antropológica. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1986.

COLE, Johnnetta B. (org.) - Anthropology for the Eighties. New York, The Free Press,
1982.

COPANS, Jeans - Críticas e políticas da antropologia. Lisboa, Edições 70, 1981.

CORRÊA, Mariza - “A antropologia no Brasil (1960-1980)”. In: MICELI, Sérgio (org.)


- “História das ciências sociais no Brasil”, v.2, São Paulo, Sumaré, FAPESP, 1995.

CUNHA, Manuela Carneiro da - Antropologia do Brasil, São Paulo, Brasiliense/


EDUSP, 1986
5 <http://www.fflch.usp.br/da/vagner/antropo.html> Acesso em 01.06.2008.

DAMATTA, Roberto - Relativizando, Uma introdução à antropologia social. Rio de


Janeiro, Rocco, 1991.

HARRIS, Marvin - El desarrollo de la teoria antropológica, Madri, Siglo Veintiuno


Editores, 1979.

KUPER, Adam - Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1978

LABURTHE-TOLRA, Philippe & WARNIER, Jean-Pierre - Etnologia - Antropologia.


Petrópolis, Vozes, 1997.

LAPLANTINE, François - Aprender Antropologia. São Paulo, Brasiliense, 1988

LÉVI-STRAUSS, Claude - Antropologia estrutural. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro,


1970.

OLIVEIRA, Roberto Cardoso de - Sobre o pensamento antropológico. Rio de Janeiro,


Tempo Brasileiro, 1988.

ROMNEY, A. Kimball & DeVORE, Paul (orgs.) - You and Others. Cambridge,
Winthrop Publishers, 1973

SPERBER, Dan - O saber dos antropólogos. Lisboa, Edições 70, 1992.

STOCKING Jr, George (ed.) - Race, culture and evolution. New York, The Free Press,
1968.

STOCKING Jr, George (ed.) - Observers observed. Essays on ethnographic


fieldwork. Madison, University of Wisconsin Press, 1983.

STOCKING Jr, George (ed.) - The ethnographer’s magic. Madison, The University of
Wisconsin Press,1992.

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