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Sapucaia do Sul
2016
ii
Sapucaia do Sul
2016
iii
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Prof. Dr. Vinícius Martins - IFSUL
_________________________________________
Prof. Dr. Durval João de Barba Junior - IFSUL
iv
AGRADECIMENTOS
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
% porcentagem
°C graus Celsius
A Ampère
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
Ag Prata
AWG American Wire Gauge
AWS American Welding Society
Cd cádmio
CEEE-GT Companhia Estadual de Geração e Transmissão de
Energia Elétrica
Cu cobre
cv cavalo-vapor
I corrente elétrica
kA quilo ampère
kV quilovolt
kVA quilovolt-ampère
LT linha de transmissão
m/min metros por minuto
mm milímetro
mm/min milímetros por minuto
mm² milímetros quadrados
MPa Megapascal
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
Ni níquel
P fósforo
Pa Pascal
R$ Reais
RPM rotações por minuto
RS Rio Grande do Sul
Si Silício
Sn Estanho
xi
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
4 MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................... 23
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50
1 INTRODUÇÃO
elétrica entre todas as ligas fosforosas (BRASTAK, 2002). O problema que originou
este trabalho foi o desconhecimento do phoscopper, uma liga de cobre com alto teor
de fósforo, como material de adição de menor custo alternativo ao silphoscopper para
junção de pinos de buchas condensivas às cordoalhas de saída do núcleo do
transformador.
2 OBJETIVOS GERAL
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
com potência menores que 10.000 kVA e 134 Pa para potências acima de
10.000 kVA;
Buchas: equipamentos utilizados para conectar os condutores internos do
transformador com o meio externo;
Radiadores: trocadores de calor utilizados para resfriar o óleo isolante do
transformador, podendo ser fabricados em aço carbono ou aço inoxidável 304.
Se utilizam da convecção natural do óleo para sistemas ONAN (óleo natural, ar
natural), convecção natural do óleo e ar forçado, pelo sistema ONAF (oil
natural, air natural). Para sistemas que necessitem maior velocidade na troca
de calor, ou que não disponham de espaço físico para radiadores por
convecção natural do óleo, são utilizadas moto bombas para o óleo, em
sistemas OFAF (oil forced, air forced), bem como moto bombas para circulação
do óleo em conjunto com moto bombas para circulação de água externa, em
sistemas OFWF (oil forced, water forced), para aumentar o coeficiente de troca
térmica;
Conservador: para transformadores não selados, são utilizados tanques de
expansão, ou conservadores, acoplados ao tanque principal, com a finalidade
de proporcionar a expansão ou retração térmica do óleo isolante, devido à
variação de temperatura.
A Figura 3 demonstra os componentes externos e alguns internos de um
transformador de potência.
3.1.3 Buchas
3.2 Brasagem
utilizado atualmente, é recente, com cerca de 100 anos, mas conhecido desde épocas
anteriores para união de metais como bronze e cobre.
O termo “brasagem” define um grupo de processos que resultam na união de
metais se utilizando do aquecimento de um metal de adição, cuja temperatura de
fusão se encontra abaixo da temperatura de fusão do metal base. Devido às
diferenças de temperaturas de fusão dos metais de adição e base, este último nunca
chega ao ponto líquido, sendo que, se a temperatura de fusão do metal de adição é
superior a 450 °C, a denominação do processo é “brasagem forte”, se inferior à esta
temperatura, “brasagem fraca” (MARQUES, et. al., 2007).
Segundo Wainer, et. al. (2011), os processos de brasagem podem ser divididos
em três tipos, os quais são a brasagem, a soldabrasagem e a soldagem branda. A
definição destes três processos está diretamente ligada ao ponto de fusão do metal
de adição, onde, no processo de brasagem e soldabrasagem, a temperatura de fusão
deste está situada entre a temperatura imediatamente abaixo do ponto de fusão do
metal base e acima de 400 °C. Já na soldagem branda, a temperatura de fusão do
metal de adição se encontra abaixo de 400 °C.
3.3.1 Difusão
Os mecanismos de difusão ocorrem por dois diferentes tipos, sendo estes por
lacuna e intersticial. Na difusão por lacuna, os átomos de um dos materiais se desloca
de uma posição da rede cristalina para um sítio vago na estrutura próxima. Para que
este fenômeno ocorra, é necessário que haja presença de lacunas, que podem
aparecer em concentrações expressivas quando os metais são aquecidos a altas
temperaturas, quando seus átomos trocam de posição. A Figura 8 exemplifica o
processo de difusão por lacunas, onde há um movimento de um átomo hospedeiro ou
substitucional, para uma lacuna adjacente (CALLISTER JR., 1999).
Classificação
Composição Química (%) Temperaturas (°C)
AWS
de
Cu P Outros Liquidus brasagem
BCuP-1 Restante 4,8-5,2 0,15 924 788-927
BCuP-2 Restante 7,0-7,5 0,15 793 732-843
BCuP-5 Restante 4,8-5,2 0,15 802 704-816
16
Para utilização de ligas de cobre com prata como metal de adição, a Tabela 2
demonstra a composição química de algumas ligas e suas respectivas temperaturas
de fusão e de brasagem, conforme DIN 176721.
Estes dois tipos de metais de adição atendem à maioria das aplicações, tanto
para junções de materiais ferrosos como não ferrosos. As ligas Cu/Ag/P
demonstradas na Tabela 2 são para utilização de brasagem com maçarico, sendo que
as com menor teor de prata são as de menor custo (WAINER, et. al., 2011).
O inconveniente das ligas de Ag é a presença de Cádmio (Cd), que torna sua
operação perigosa. Por isso, além do teor de prata, a escolha do metal de adição deve
considerar uma liga sem a presença de tal elemento, nocivo à saúde do operador
(WAINER, et. al., 2011), motivo pelo qual as ligas fosforosas são mais aceitas à ligas
de alto teor de prata.
Os fluxos são aditivos utilizados para dissolver uma película de óxido do metal
base, sem provocar excessiva corrosão, além de servirem para proteger a região,
durante o processo, com a criação de uma atmosfera que envolve o ambiente durante
o ciclo de aquecimento. Este deve manter sua estabilidade química durante o
processo de aquecimento e escoamento do metal de adição (WAINER, et. al., 2011).
Em brasagem de altas temperaturas, boratos fundidos fazem parte da
composição dos fluxos, para dissolver óxido de alumínio e cromo, também utilizando
fluoretos para temperaturas mais baixas. A composição final ainda conta com agentes
umectantes, como água, álcool ou monoclorobenzeno (WAINER, et. al., 2011).
Para metais de adição dos tipos AWS BAg e BCuP, os fluxos indicados são
FB3-A, FB3-C, FB3-D, todos em pasta, com temperaturas de trabalho entre 565°C até
1
Deutsches Institut füt Normung: Instituto Alemão para Normatização.
17
1.205°C, FB3-E, em forma líquida, com faixa de trabalho de 565°C à 870°C, FB3-F,
em pó, para processos entre 650°C à 870°C e FB4-A, em pasta, útil em temperaturas
entre 595°C à 870°C (AWS, 2012).
3.6.1 Torneamento
𝜋. 𝑑. 𝑛 Eq. (1)
𝑣𝑐 =
1000
onde vc é a velocidade de corte, em metros por minuto (m/min); d é o diâmetro final
da peça, em milímetros (mm); n é a rotação da peça, em rotações por minuto (rpm).
A velocidade de avanço, definida pela Equação 2, é o produto do avanço pela
rotação da peça (SOUZA, 2011).
cada elemento que compões o condutor. Estas seções transversais são dadas em
escala milimétrica (mm²) ou pela AWG2 (BARCELOS, 2010).
Segundo ABNT (2004), a capacidade de condução de corrente elétrica é dada,
principalmente, pela área da seção transversal do condutor. Para um condutor de
seção 50 mm², a capacidade de condução é de 134 A, enquanto para um condutor
cuja seção é de 70 mm², a capacidade se eleva para 171 A.
Kagan, et. al. (2005), observam que outros fatores, além da seção transversal,
podem influenciar na capacidade do condutor elétrico, sendo estes:
A corrente máxima admissível em regime permanente, a qual circula
continuamente pelo condutor, ocasionando na elevação de sua temperatura,
sendo que esta variação de temperatura não deve danificar o condutor nem
suas conexões, de modo que seja limitada;
Corrente em valores muito altos, que são características de sobrecarga ou
curto-circuito, sendo de curta duração, que também não deve alterar as
características do cobre.
Segundo Kagan et. al. (2005), o comportamento térmico dos condutores
influenciado pela passagem de corrente elétrica são conceitos de transferência de
calor, de difícil resolução e que estão suscetíveis à variáveis não controláveis. No
entanto, uma simplificação deste tratamento pode ser considerada, utilizando os
conceitos do efeito Joule (I².R), onde parte do calor produzido por este efeito é
transferido para o meio em que o condutor está inserido e parte é acumulado,
conforme descrito na equação abaixo:
Calor gerado (Efeito Joule) = Calor transferido ao meio + Calor acumulado no condutor
Para que esta solução simplificada possa ser considerada, Kagan et. al. (2005)
estabelecem alguns critérios:
Durante o processo de aquecimento, a temperatura é uniforme em todos os
pontos de sua superfície externa;
A capacidade térmica do condutor é definida e o mesmo está em um meio
homogêneo, onde a temperatura ambiente é constante;
Pequenas variações na resistividade do condutor é considerada constante
2
AWG = American Wire Gage, padrão utilizado nos Estados Unidos dado pelas sucessivas etapas
durante o processo de trefilação (Kagan, et. al. 2005).
20
4 MATERIAIS E MÉTODOS
π.d²
A= Eq. (3)
4
brasada, bem como uma folga de 1,5 mm entre pino e cordoalha, afim de se obter um
bom preenchimento de metal de adição, pois, em caso de pouco espaço, pode haver
preenchimento insuficiente, enquanto espaço excessivo pode ocasionar em
desperdício de metal de adição (MARQUES et. al., 2007).
Durante o processo de usinagem das amostras, foi utilizado fluido de corte de
óleo solúvel, na proporção de 1:40 (fluido/água), não emulsionável e de baixa tensão
superficial, o que melhora a troca térmica e lubrificação (CHEMICALS UNIVERSAL,
2010).
Após o processo de usinagem dos pinos, junto aos mesmos, as cordoalhas são
posicionadas nos respectivos locais destinados à brasagem. Como preparação da
superfície do metal base, estes sofrem um processo de decapagem mecânica, pelo
método da raspagem, se utilizando uma escova com cerdas de bronze. O fato de não
se utilizar cerdas em aço se deve a não contaminar a junta brasada com inclusões
metálicas ferrosas (MARQUES et. al., 2007). O processo de brasagem foi realizado
pela Eletromecânica Toledo, localizada em Salto do Jacuí, RS, executado pelo técnico
José Brizola Toledo, com assistência do autor.
Com o auxílio de um torno de bancada, posicionou-se as amostras dos pinos,
utilizando materiais refratários entre os mordentes do torno de bancada e os pinos,
para que não houvesse perda de temperatura dos mesmos. Posicionados os pinos,
inicia-se o processo de aquecimento da região a ser brasada, com um maçarico
alimentado por acetileno, como gás combustível e oxigênio, como gás comburente.
Inicialmente, foi utilizado um maçarico do tipo média pressão, onde os gases
chegam ao misturados a uma mesma pressão (WAINER et. al., 2011). Porém, como
os pinos possuem elevada massa, de, aproximadamente, 0,54 kg, e excelente
condutividade térmica, de 388 W/m.K, ante 36 W/m.K, conforme CALLISTER JR.
(1999), do ferro fundido nodular que compõe o torno de bancada, foi necessário a
utilização de um maçarico de corte para realizar o aquecimento do pino até a
temperatura de brasagem Com o auxílio do próprio metal de adição, se faz uso do
fluxo para limpeza da superfície de brasagem, o qual é especificado como fluxo FB4,
em pasta. A Figura 14 demonstra a utilização do fluxo para limpeza da superfície a
ser brasada.
27
3
Segundo Dopheide, et. al. (2013, p. 6): psicrômetro de bulbo úmido, dispositivo cujo princípio de
funcionamento é a “transformação do calor sensível em calor latente da evaporação da água no
material hidrófilo, a diferença entre o bulbo seco e o bulbo úmido, e verificando sua relação em uma
tabela”.
4
Microhmímetro “Ducter” marca Megabras (modelo MPK203x: faixa de medição 0,1µΩ a 20 mΩ,
exatidão de ± 0,5% do valor medido).
29
Como forma de se obter leituras sem erro por influências do aquecimento dos
condutores do equipamento, cada teste respeitou um intervalo de 5 minutos.
5
Injetor de corrente “ensaiador de relés”. Marca Balteau (modelo ERC 3000, capacidade de corrente
2000 A).
30
Figura 18: Amostra preparada para ser submetida ao ensaio de injeção de corrente
elétrica.
4.4.3 Termografia
6
Nema: National Electrical Manufacturers Association.
7
ASTM: American Society for Testing Materials.
32
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O maior problema foi quanto ao silphoscopper, por se tratar de uma liga não
muito usual, não havia disponibilidade em nenhuma das empresas, sendo necessário
realizar encomenda cuja quantidade mínima era de 0,5 kg. Como o menor valor
encontrado para a liga Cu/Ag/P foi de 20,50% do preço intermediário, encontrado na
empresa 2, a empresa 3 foi escolhida para fornecer este material, bem como a liga
Cu/P, pois seu valor representava uma economia de 36,59% em relação à empresa 1
e 17,89% em relação à empresa 2.
Para a manufatura das peças, foram gastos aproximadamente 150g da liga
Cu/Ag/P, enquanto foram necessários 135g da liga Cu/P, perfazendo um total de
36
Resistência Específica
Resistência Específica
0,4000
(µΩ/mm)
0,3000
0,2000
0,1000
0,0000
A1 A2 A3 B1 B2 B3 ABNT (1998)
Resistência de Contato
7
Resistência de contato (µΩ)
6
5
4
3
2
1
0
A1 A2 A3 B1 B2 B3 ABNT (1998)
8
Seccionador: dispositivo elétrico destinado a estabelecer ou interromper corrente, em um ou mais circuitos
elétricos (ABNT, 1987).
38
A1 A2 A3 B1 B2 B3
25,5
25,0
TEMPERATURA (°C)
24,5
24,0
23,5
23,0
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 180,0 200,0
TEMPO (S)
25,0
25,0
24,9
24,9
24,8
24,8
24,7
24,7
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 180,0 200,0
Tempo (t) - s
25,1
25,0
25,0
24,9
24,9
24,8
24,8
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 180,0 200,0
Tempo (t) - s
25,0
25,0
Temperatura (T) - °C
T = 0,0011t + 24,725
24,9
24,9
24,8
24,8
24,7
24,7
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 180,0 200,0
Tempo (t) - s
24,8
T = 0,0021t + 24,337
Temperatura (T) - °C
24,7
24,6
24,5
24,4
24,3
24,2
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 180,0 200,0
Tempo (t) - s
A Figura 30 traz como resultados a amplitude máxima de 0,5 °C, dentro dos
valores de erro do equipamento termovisor, bem como a linha de tendência que
demonstra, por meio de sua equação característica, uma variação de 0,0021 vez o
tempo, em segundos.
A amostra B2 obteve amplitude máxima de 0,6 °C, resultado, também, dentro
da faixa de erro do equipamento. A Figura 31 demonstra a evolução da temperatura
nesta amostra.
25,0
24,9
Temperatura (T) - °C
24,8
T = 0,0012t + 24,502
24,7
24,6
24,5
24,4
24,3
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 180,0 200,0
Tempo (t) - s
A temperatura máxima obtida nessa amostra foi de 25,0 °C, no instante t=72
segundos, enquanto a mínima de 24,4 °C foi lida em três instantes diferentes, t=24,
t=36 e t=96 segundos, o que enfatiza o fato de que as temperaturas lidas se encontram
dentro da faixa de erro do equipamento termovisor, ocorrendo pequenas variações
aleatórias que podem ou não serem significativas.
A amostra B3 também teve variações de temperatura dentro da faixa de erro.
do equipamento termovisor, sendo que a máxima foi de 24,0 °C e a mínima de 23,2 °C,
sendo que a maior temperatura foi lida no instante t=144 segundos, enquanto a
mínima foi obtida no instante t=24,0 segundos. Sendo que o tempo máximo de ensaio
foi t=180 segundos, e a temperatura máxima nesse instante foi de 23,9 °C. A Figura
32 demonstra a evolução de temperatura na amostra B3.
44
23,8
23,7
23,6
23,5
23,4
23,3
23,2
23,1
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 180,0 200,0
Tempo (t) - s
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ABB – ASEA BROWN BOVERI. Buchas para transformadores, tipo GOE e GOE(2),
manual técnico. 2012. Disponível em: <
https://library.e.abb.com/public/e52f7e3d33b84f96a8ae99f9d5741004/(GOB)%201Z
SE%202750-102%20en%20Rev%208.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2016.
FERRARESI, D. Fundamento de usinagem dos metais. 15. ed. São Paulo, SP,
Blucher, 2012.