Вы находитесь на странице: 1из 5

Contabilidade Tributária

Entendendo a lógica dos Tributos e seus reflexos sobre os resultados das Empresas.

Amaury José Rezende

Carlos Alberto Pereira

Roberta Carvalho de Alencar.

Sistemas de Tributação Simplificada

10.1 Um tributo que resume diversos outros: SIMPLES Nacional

Simples Nacional é o nome dado ao novo tratamento tributário para microempresas e


empresas de pequeno porte instituído pela Lei Complementar nº 123, de 12 de Dezembro de
2006 (Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas).

As empresas que se enquadrarem no regime simplificado recolhem oito impostos das três
esferas (federal, estadual e municipal) de uma única vez por mês. Portanto, há uma
simplificação no recolhimento e na burocracia administrativa da gestão de tributos das
empresas enquadradas.

O Simples abrange o ISS(Imposto sobre Serviços – municipal) e o ICMS (Imposto sobre


Circulação de Mercadorias – estadual), os quais eram considerados no sistema simplificado,
anterior ao Simples Nacional, somente mediante convênio do Município e do Estado com o
governo federal. Com o Simples Nacional o processo de abrangência ficou automatizado.

Definição ampla de Micro e Pequena Empresa: a definição ampla está atrelada ao valor
Receita Bruta de Vendas que uma empresa obtém durante o ano fiscal.

Microempresa: Receitas brutas anuais até 360.000,00

Pequena Empresa: Vendas anuais acima de 360.000,00 até 4.800.000,00

Obs: em caso da empresa começar a operar durante o ano, deverá ser considerada a
proporcionalidade. Por exemplo, para uma empresa que começar a operar em 1º. De março, os
valores máximos da receita bruta para micro e pequena empresa serão respectivamente R$
300.000,00 e 3.000.000,00.

No quadro abaixo está a relação de tributos e suas respectivas esferas que fazem parte do
regime simplificado nacional

Sigla do Tributo Municipal Estadual Federal


IRPJ X
CSLL X
IPI X
PIS X
COFINS X
ICMS X
ISS X
INSS Patronal X

A possibilidade de optar pelo SIMPLES Nacional está condicionada ao atendimento de uma


série de condições relacionadas a:

Tipo de atividade econômica desenvolvida - empresas que exercem determinadas atividades,


como por exemplo, instituições financeiras, construtoras, imobiliárias, estão entre as empresas
que não podem optar pelo SIMPLES.

Origem do capital social - sociedades de cujo capital participe estrangeiro residente no


exterior ou outra pessoa jurídica, dentre outros, não podem optar,

Forma de organização social - por exemplo, empresas organizadas de forma de sociedade por
ações estão impedidas;

Limite máximo de faturamento – só poderão optar pelo SIMPLES, na condição de


Microempresa (ME), às empresas que obtiveram receita bruta anual até 360.000,00 no ano
anterior e , na condição de Empresa de Pequeno Porte (EPP), empresas cuja receita bruta anual
atingiu o limite máximo de 3.600.000,00.

A base de cálculo do SIMPLES Nacional é a receita bruta, entendida como tal o produto da
venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o
resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos
incondicionais concedidos.

As alíquotas aplicáveis variam por faixa de faturamento e atividades, e constam no anexo da Lei
123/06.

A lei tem a preocupação de dar vantagem para a empresa que realmente é pequena. Por
exemplo, uma empresa que participa em diversas outras empresas não tem perfil de empresa
pequena para a lei, pois mesmo tendo receita bruta na faixa permitida, participa em outras
empresas que podem ter suas receitas brutas acima, individualmente ou em conjunto, do
limite imposto. Isto tira a possibilidade de um grupo de empresas fazer uso da lei, ou seja, sua
forma jurídica poderia até se enquadrar, mas na essência econômica é um grupo que não pode
ter as vantagens tributárias da lei.

A lei permite que um sócio tenha participação em outra empresa, mas que a receita bruta de
todas as empresas não ultrapasse o valor máximo, o que evidencia uma preocupação em
relação à participação de um acionista pessoa física. Independentemente do percentual de
participação, a lei exige que se somem as receitas totais e não apenas a proporção de
participação do sócio que detém outras participações.

Pode-se verificar que as exceções que a lei trata estão atreladas a negócios que não têm
natureza comercial ou industrial e sim a serviços de natureza financeira, em que geralmente
dependem de um capital maior para suas operações como também tem regulação específica,
como por exemplo: seguradoras que são supervisionadas pela SUSEP, financeiras pelo BACEN.
As sociedades por ações, geralmente são empresas de porte naturalmente maior e que podem
buscar recursos no mercado acionário (negociadas em bolsa de supervisionadas pela CVM).

10.1.1 A lógica de tributação e cálculo do SIMPLES Nacional

A apuração do tributo devido pelo SIMPLES Nacional ocorre mediante aplicação da alíquota
devida ao valor da receita bruta mensal auferida pela empresa.

Para encontrar a alíquota devida, a empresa deve considerar o tipo de atividade e a receita
bruta acumulada no ano, consultando a tabela correspondente (indústria, comércio serviços,
locação de bens e móveis), como também qual a faixa de alíquota em que se enquadra. Uma
vez encontrada a alíquota, ela é aplicada ao valor do faturamento obtido no mês.

Sua apuração deve ser efetuada após a empresa ter todos os dados mensais sobre suas
receitas brutas. Para cada tipo de receita, existe um tipo de tabela, que varia de alíquota por
total das respectivas receitas. A lei trata as receitas por “atividades”, ou seja, há a necessidade
de segregação, o que faz sentido, pois uma empresa que presta serviço e revende mercadorias
não poderia aplicar a mesma alíquota para a atividade serviços e de revenda respectivamente.

Créditos

As empresas que estão enquadradas no SIMPLES Nacional não geram crédito de impostos (PIS,
COFINS, IPI, ICMS – Impostos não cumulativos) para as empresas compradoras ou clientes. Tal
fator gera uma limitação na cadeia de valor de grandes distribuidores que não podem se
creditar destes impostos, pois a diferença na receita liquida é um percentual considerável.

Desta maneira, pode-se perceber que tal regime de tributação tem uma certa rigidez quanto a
planejamento de cadeia de suprimentos no tocante a impostos, pois não permite que a
empresa enquadrada possa se utilizar de créditos relativos a impostos. Mas permite ao
tomador de serviço ou o comprador, a partir da publicação pela Receita Federal de um Ato
Declaratório interpretativo (nº. 15), foi a solução encontrada para o impasse do art. 23 que
impedia o uso de créditos de ICMS e de IPI por compradores de mercadorias de empresas que
optaram pelo SIMPLES Nacional. Além disso, proibia que empresas tributadas pelo lucro real,
sujeitas ao regime não cumulativo de PIS/COFINS, aproveitassem o crédito destas
contribuições ao adquirir produtos e serviços de empresas enquadradas no SIMPLES Nacional.

Desse modo, as pessoas jurídicas não optantes pelo SIMPLES Nacional terão direito a crédito
correspondente ao ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercadorias de microempresa
ou empresa de pequeno porte optante pelo SIMPLES Nacional em relação a essas aquisições,
conforme descrito pelo art. 23, § 1º, da Lei Complementar nº. 123/06, que foi alterado pela Lei
Complementar nº. 128/08.

Obrigações Acessórias

O SIMPLES Nacional traz uma grande simplificação em relação ás obrigações acessórias


exigidas pelo Fisco. Além de manter em boa ordem e guarda os documentos que
fundamentam a apuração dos impostos, a empresa enquadrada no SIMPLES Nacional deverá:
 Fazer declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais, que
deverão ser disponibilizadas aos órgãos de fiscalização tributária e previdenciária,
observados prazo e modelos aprovados pelo Comitê Gestor;
 Emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de acordo com instruções
expedidas pelo Comitê Gestor;
 Manter o livro-caixa em que será escriturada sua movimentação financeira e bancária;
 Entregar declaração eletrônica que deva conter os dados referentes aos serviços
prestados ou tomados de terceiros, na conformidade do que dispuser o Comitê Gestor.

Obrigações Trabalhistas

Da mesma maneira que a simplificação em relação às obrigações acessórias, das


trabalhistas foram dispensadas as seguintes exigências:
 Afixação de quadro de trabalho em suas dependências;
 Anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro ;
 Empregar e matricular seus aprendizes nos cursos de Serviços Nacionais de
Aprendizagem;
 Posse do livro intitulado “inspeção do Trabalho”;
 Comunicar ao Ministério do Trabalho e emprego a concessão de férias coletivas.

O que foi mantido como obrigatório:


 Anotações na carteira de trabalho e previdência social;
 Arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações
trabalhistas e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações;
 Apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e
Informações á Previdência Social (GFIP);
 Apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de Informações
Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED);

10.1.2 Cálculo e contabilização do SIMPLES Nacional – exemplo prático

A empresa comercial A, optante pelo SIMPLES Nacional na condição de ME, obteve, até
Julho de 2018, receita bruta acumulada de 160.000,00. Nos meses agosto e setembro,
auferiu receita de R$ 80.000,00 e R$ 20.000,00 respectivamente.
A tabela para comércio é o Anexo de alíquotas vigente para empresas comerciais:
ANEXO I – do SIMPLES Nacional 2018.

Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS

Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

De 180.000,01 a 360.000,00 7,3% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 360.000,01 a 720.000,00 9,5% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%


De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,7% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,3% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%

De 3.600,01 a 4.800.000,00 19,0% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%

No mês de agosto, o valor do imposto devido seria:


 Receita bruta acumulada de Janeiro a agosto = 240.000,00 (receita bruta
acumulada efetiva)
 Alíquota aplicável (conforme receita bruta acumulada) = 7,3%;
 Imposto devido = 80.000,00 X 7,3% = 5.840,00

O registro contábil do SIMPLES relativo ao mês de agosto seria:

D: Impostos contribuições incidentes s/vendas/SIMPLES (Resultado) 5.840,00


C: SIMPLES a Recolher (Passivo) 5.840,00

No mês de Setembro:
 receita bruta acumulada de janeiro a setembro = 260.000,00
 alíquota aplicável (conforme receita bruta acumulada) 7,3%
 imposto devido = 20.000,00 X 7,3% = 1.460,00

O registro contábil do SIMPLES relativo ao mês de setembro seria:

D: Impostos e contribuições incidentes s/Vendas/SIMPLES (Resultado)


1.460,00
C: SIMPLES a Recolher (Passivo) 1.460,00

Вам также может понравиться