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MAX WEBER – REBECA ROCHA 

Objetivo do texto: Abraçar uma concepção moderna de Estado e identificar os


elementos que compõe um homem político com vocação para exercício das atividades
concernentes ao ramo. O discurso weberiano traz muitos conceitos e tipologias, essas
últimas, nas suas formas ideais.

Conceituação de política: Se dedicar à política implica aspirar ao poder e,


consequentemente, participar dela significa lançar esforços no sentido de participar do
poder ou influenciar na divisão dele. Esse desejo pelo poder pode ser justificado por:

1. Ver o poder como um instrumento para alcançar ou executar outros fins.

2. Desejar o poder pelo poder, ou seja, para gozar do sentimento de prestígio que
ele confere.

Conceituação de Estado: consiste numa dominação do homem sobre o homem, e se


funda na violência legítima. Isso quer dizer que o Estado possui o monopólio do uso da
força, que lhe é característico, e que toma força a partir da submissão dessa autoridade
reivindicada. É importante deixar claro que, apesar da violência ser o meio específico e
característico do Estado, esse não é o único meio que ele dispõe.

Tipos de dominação: Essa dominação exposta no âmbito do Estado pode ser justificada
por três razões principais, a listar:

1. Dominação tradicional: Essa categoria remete-nos ao poder de uma


autoridade constituída por costumes históricos, enraizados pelo hábito
imemorial, e marcada pelos costumes e tradições. A obediência se funda,
portanto, na concepção de valores arraigados e ritualísticos. As monarquias
hereditárias são um bom exemplo dessa forma de dominação, em que se dá
forma a obediência fundada pelo aspecto homogeneizante e pelo hábito.

2. Dominação carismática: Nesse tipo de dominação, a autoridade é constituída


a partir de dons pessoais, qualidades prodigiosas ou até mesmo heroísmo, que
qualificam um ator político para o exercício do poder. Essa devoção afetiva é
marcada pela fé e pelo reconhecimento, sendo a única base do líder para o
exercício do poder. Tal logo essa paixão e devoção se dissipem, a base de
legitimidade do líder se desconstrói, o que marca essa tônica de efemeridade e
de paixão sem direção. Um bom exemplo desse tipo de dominação foi a exercida
por líderes políticos como o presidente Lula, possuidor de imensa identificação
com a classe popular.

3. Dominação racional-legal: Essa forma de dominação é caracterizada pela


crença na validez de um estatuto legal, fundado por regras racionalmente
estabelecidas. É marcada, também, pela impessoalidade, já que a dominação não
se estabelece a partir de um vínculo com o soberano, mas pela marca do
princípio de legitimidade pelas leis. Se se parte do princípio de que essas regras
e essa estrutura burocrática típica do Estado moderno servem aos fins mais
eficientes e racionais, estabelece-se o vínculo com o tipo de ação descrito. Vale
ressaltar que essa forma de dominação é a típica do Estado moderno.

OBSERVAÇÃO: É importante voltar na questão das tipologias ideais, explicando que


essas formulações são formas puras e que flutuam no plano teórico. Na realidade, é
frequente encontrar as formas misturadas.

Sobre a liberdade dos súditos: Ela é condicionada por motivos muito poderosos, a
citar o medo e a esperança. Weber coloca o medo de potências mágicas ou dos
detentores do poder e a esperança de recebimento de recompensa na terra ou em outro
mundo pela obediência.

* Essa obediência também implica que os detentores do poder controlem os


bens materiais, de forma a aplicar, em casos de necessidade, a força física. Daí o jargão
de que a “dominação organizada necessidade de um estado-maior administrativo e dos
meios materiais de gestão”

Dinâmicas de administração: Essa dominação baseada na violência subdivide a


administração em duas categorias

1. O estado-maior administrativo, os funcionários ou outros magistrados, cuja


obediência depende o detentor do poder, são, eles próprios, detentores dos meios
de gestão. Esses instrumentos incluem os recursos de guerra e todo o poderio
militar, por exemplo.

2. Exato oposto do descrito anteriormente: o estado-maior é privado dos meios


de gestão, no sentido de que os meios políticos de gestão tendem a reunir-se sob
mão única. É importante ressaltar que, nesse tópico, veem-se traços do Estado
moderno, já que se tem a monopolização ao recurso da violência legítima e aos
meios de gestão.

A evolução da figura do político: É importante ressaltar que, anteriormente à formação


do Estado moderno, a função pública se dividia entre aqueles que:

1. Viviam DA política: encara na política a sua fonte permanente de rendas.

2. Viviam PARA a política: já é economicamente independente em relação à


política, e geralmente adentra nessa esfera em defesa de seus ideais ou
ideologias.

OBSERVAÇÃO: Esse enquadramento não é possível no contexto moderno, já que o


desenvolvimento da função pública opõe-se a essa lógica. O que se assiste é uma
especialização cada vez maior dos funcionários, que passa a gerar um sentimento de
honra corporativa, que serve para combater as imperfeições/corrupção dessa forma de
organização estatal.
Qualidades do homem político: São três qualidade determinantes do homem político
com vocação

1. Paixão: devoção apaixonada por uma causa, num sentido de propósito a


realizar.

2. Sentimento de responsabilidade: Deve auxiliar na tomada de rumos da causa


política, e ser acrescida à paixão tão logo ela se manifeste. Isso porque o homem
não se constitui como verdadeiro homem político senão guiado por esse
princípio. É preciso saber como jogar no jogo político e no que vale a pena
correr atrás.

3. Senso de proporção: remete à capacidade do homem político em enxergar os


fatos alheio às coisas e às pessoas, ou seja, num exercício de afastamento
daquilo que comprometa o exercício racional da atividade política. Inclusive, a
racionalidade, o candidato deveria explicar, está intimamente relacionada ao
sentimento de responsabilidade, e por este motivo é que o homem sabe
exatamente a que causas se dedicar.

PERIGO MORTAL: A vaidade torna acaba por comprometer as três características.


Por isso mesmo, elas se reforçam contra tal sentimento, inimigo constante do homem
político, e que atrapalha o exercício pleno da atividade política.

Dilema ético: Esse dilema, longamente tratado no meio intelectual, é trazido por Weber
na dicotomia entre ética da convicção e ética da responsabilidade. A primeira diz
respeito a um conjunto de normas e valores que orientam o comportamento do político
na esfera privada e que, se o político acaba por permitir, acaba se refletindo na esfera
pública. A ética da responsabilidade, por sua vez, diz respeito à ação política orientada
pela posição do líder como governante. O político que age pela ética da convicção, ao
invés de atribuir a responsabilidade aos agentes que colocaram em curso uma ação
malsucedida, culpa terceiros, diferentemente do partidário da ética da responsabilidade,
que não lança em ombros alheios as consequências de sua ação. É comum ao político da
ética da convicção justificar meios específicos de ação em detrimento dos fins, o que
marca mais uma contrariedade dessa forma de agir político: a justificação de um meio
moralmente condenável em escusa do alcance de determinado fim.

Essas éticas são opostas? Apesar da difícil conciliação entre as éticas, estas acabam por
se complementar, ou seja, não são mutuamente exclusivas. Em exemplo prático, tem-se
um governante que, por convicção pessoal, promove uma campanha de redução de
impostos, que na época de sua eleição se apresentavam como pesarosos à população.
Esse governante, chegando ao poder, se depara com um dilema ético, já que o governo
está escasso de recursos que necessitam serem investidos em áreas como as de saúde,
educação e segurança.

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