A FAMÍLIA - UMA INSTITUIÇÃO DIVINA

BLH - Bíblia na Linguagem de Hoje.

[Deus instituiu o casamento, abençoou-o com as capacidades de se multiplicar e

de dominar a terra. E, com o casamento, Deus também instituiu a família. Isto se
expressa nas palavras escritas no Livro de Gênesis: “É por isso que o homem deixa o
seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só
pessoa...” (Gn 2.24 Bíblia na Linguagem de Hoje) E, “tenham muitos e muitos filhos,
espalhem-se por toda a terra e a dominem”(Gn 1.28).
Assim desde o princípio, a família é o primeiro e principal ambiente onde todos,
inclusive as crianças, deveriam se desenvolver para a vida. Na verdade, nenhuma outra
instituição pode substituir uma família consciente de sua origem divina, e cumpridora
das Palavras do Senhor.
A família, consciente de sua origem divina, também é cumpridora das Palavras
do Senhor. Como tal, ela poderá desenvolver características que ajudarão a formar um
ambiente forte e saudável para o desenvolvimento de todos nos planos físico, moral e
espiritual. Essas características são:

Adoração: o lar deve sempre ser um lugar de adoração, onde todos aprendam a
viver na fé que os ajudará a vencer na vida, e que os fortalecerá diante dos problemas
que necessariamente irão enfrentar.
Esta característica o apóstolo Paulo reconhece na família do jovem Timóteo,
quando escreve: “Lembro-me de sua fé sincera, a mesma fé que a sua vó Lóide e a sua
mãe Eunice tinham. E tenho certeza de que você também a tem”(2 Tm 1.5 BLH). Esta
fé que o apóstolo elogia em Timóteo, foi-lhe transmitida pelos ensinamentos e pela vida
de adoração que marcaram aquele lar. Os filhos sempre devem poder ver o exemplo de
vida cristã dos seus pais, e ouvir deles palavras que transmitem o amor de Deus.

Comunicação: esta também é uma importante característica de um lar cristão.

Na comunicação cristã, estão sempre presentes: o oferecimento e o pedido de perdão
mútuos (que exige humildade e arrependimento); o diálogo que expõe e compreende os
problemas de cada um. Comunicar não significa impor as próprias idéias sobre
qualquer assunto, mas é repartir idéias que levam ao crescimento e à aproximação.
Comunicar idéias elimina a necessidade de usar violência. A comunicação edifica, a
violência destrói.
Pais que se comunicam entre si, e dialogam com os filhos, ensinam os filhos a
dialogarem entre si e com os pais e, por extensão, com os amigos na escola, e com as
pessoas na vida social.

Amor: o amor é um presente de Deus. O Espírito Santo opera e mantém o amor

em nós. Ele faz isto através da Palavra de Deus. Só se tem amor quando se pratica o
amor. E o amor se expressa nas formas que o apóstolo Paulo descreve quando diz em
1Co 13.4-7: “O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem orgulhoso,
nem vaidoso. Não é grosseiro, nem egoísta. Não se irrita, nem fica magoado. O amor
não se alegra quando alguém faz alguma coisa errada, mas se alegra quando alguém
faz o que é certo. O amor nunca desanima, porém suporta tudo com fé, esperança e
paciência.”
 Respeito mútuo: a falta de respeito talvez seja o maior problema no
relacionamento de grande parte das famílias em nossos dias. Deus, porém espera que os
pais, os filhos, os avós, os tios, os parentes e as demais pessoas, se respeitem entre si. O
fato de alguém ser mais velho, ou exercer uma função mais importante, não lhe dá o
direito de desrespeitar os mais novos ou os que estão em posição inferior. Se, nessa
situação não respeitarmos os mais novos que são os filhos, sobrinhos, netos, ou amigos,
como aprenderão eles a respeitar aqueles com quem se relacionam no lar, na escola e no
círculo de amizades? Mais uma vez o apóstolo nos orienta em Efésios 6.1-4 (BLH) ao
dizer: “Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer aos seus pais, pois isso é justo.
‘Respeite o seu pai e sua mãe’ é o primeiro mandamento com promessa, ‘a fim de que
tudo corra bem para você e você viva muito tempo na terra.’ Pais não tratem os seus
filhos de tal maneira que eles fiquem irritados. Ao contrário, vocês devem criá-los com
disciplina e de acordo com os ensinamentos cristãos.”

Sinceridade: esta característica deve se manifestar em todo o relacionamento

familiar: de marido para com sua esposa, dos pais para com os filhos, dos filhos para
com os pais, e dos irmãos entre si. Seja de todos a oração do rei Salomão: “ Senhor não
me deixes mentir”(Pv 30.8). Como é bom ter uma consciência limpa e tranqüila, não
tendo que esconder qualquer coisa do cônjuge, ou dos filhos, nem ter que se
envergonhar quando descobrirem o que quisemos ocultar.

Sem qualquer dúvida, o cumprimento destes preceitos fortalecerá a família, e lhe

dará melhores condições para educar a todos que vivem em seu meio.]

Obs.: Este texto foi extraído do folheto da hora luterana “Educação da criança” pg.4-6
com pequeníssimas modificações.