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Série Especialista

Rede de transporte
óptico
Série
Especialista
da Ciena:
o que você
precisa saber
depois de saber
tudo.

Paul Littlewood
Fady Masoud
com Earl Follis
a especialista em redes

Guia do especialista para redes de transporte óptico:

Rede de transporte óptico


Paul Littlewood
Fady Masoud
com Earl Follis

3
Rede de transporte óptico
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Ciena
7035 Ridge Rd.
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Editor de editoriais e de projetos sênior: Erin Malone

Material de base: Barbara DePompa

Layout e gráficos: Kevin Brubaker, Clark Design, Axis41

Editor: Kim Lindros


Sumário

Resumo executivo.......................................................................................... 7

Introdução: princípios básicos da OTN........................................................ 9

Por que a OTN é essencial?........................................................................ 11

Principais benefícios oferecidos pela OTN................................................ 11

Principais motivos para migrar para a OTN............................................... 13

OTN como sucessora da SONET e SDH.................................................... 14

Valores da OTN............................................................................................ 15

Arquitetura da OTN..................................................................................... 16

Taxas de bits da OTN................................................................................... 20

Hierarquia multiplex da OTN...................................................................... 21

Correção antecipada de erros (FEC)........................................................... 22

Adequação da rede OTN............................................................................ 22

Transformação da economia de rede com a OTN.................................... 23

Compatibilidade e recursos do plano de controle................................... 28

Aceitação da OTN no mercado.................................................................. 32

Casos de uso................................................................................................. 33

Caso de uso 1: grooming de largura de banda


(subcomprimento de onda) em backbones 40G/100G............................. 33

Caso de uso 2: otimização do caminho de rede....................................... 33

Caso de uso 3: descarregamento de roteador de núcleo........................ 34

Caso de seleção real de OTN..................................................................... 34

Conclusão...................................................................................................... 36

Por que a Ciena?.......................................................................................... 36

Glossário de acrônimos da OTN................................................................. 39

6
Resumo executivo

A adoção da tecnologia de rede de transporte óptico (OTN) continua


crescendo no mercado. Isso se deve ao avanço significativo de tecnologia
de rede óptica que a OTN representa e ao declínio dos ganhos oferecidos
pelas redes SONET/SDH. Embora este Guia do especialista faça uma
abordagem detalhada do alicerce técnico e da arquitetura das redes
OTN, é importante lembrar que a tecnologia OTN pode solucionar
desafios comerciais dos clientes da Ciena, pois aumenta o desempenho
de suas redes ao mesmo tempo que gera economia financeira, diminui
a latência, aumenta a gerenciabilidade da rede e abre caminho para a
adoção da nuvem e da Rede Definida por Software (SDN). Esses são
aspectos descritos neste guia.

Vantagens da OTN

A OTN oferece diversas vantagens em relação às redes de transporte


herdadas. Este guia detalha essas vantagens e descreve como elas
podem ajudar as operadoras e os provedores de serviços a obterem
melhor desempenho das redes ópticas, custos reduzidos e um catálogo
de serviços mais amplo. Os benefícios incluem:

• Redução dos custos de transporte


• Uso eficiente do espectro óptico
• Determinismo
• Operações de rede virtualizadas
• Flexibilidade de arquitetura, design e desempenho da rede
• Segurança inerente
• Operações robustas, porém simples

O que está estimulando a adoção da OTN?

Quando a SONET/SDH foi desenvolvida originalmente no início dos


anos 1990, as redes de dados e voz eram projetadas e montadas
separadamente. Entretanto, quase imediatamente, a SONET/SDH
estava sendo usada para combinar o tráfego de dados e voz em uma
única rede de transporte, com os elementos da rede de dados adotando
interfaces e protocolos de transporte de voz. Foram desenvolvidas
adaptações para mapear o tráfego de dados nos quadros de SONET/SDH
para que as operadoras pudessem usar as redes SONET/SDH. No entanto,
isso se provou cada vez mais ineficiente, porque as cargas úteis de
voz e dados são construídas com taxas consideravelmente diferentes.
A indústria aprendeu que a OTN precisa ser projetada para oferecer
transporte de dados em um formato nativo para a rede de dados. Isso

7
implicou tamanhos de quadro fixos em vez de taxas de quadro fixas,
inerentes na SONET/SDH. Essa mudança fundamental ajuda o tráfego de
IP a ser mapeado para a OTN de maneira mais eficaz que a SONET/SDH.
Essa estreita integração do protocolo IP e da OTN via Ethernet é muito
mais apropriada à combinação moderna de protocolos e tráfego de
rede. O limite de 40 Gigabits por segundo (Gb/s) da taxa de linha da
SONET/SDH não é mais uma barreira para os aumentos da taxa de dados.

Modernização da rede e migração

A OTN representa um avanço técnico em redes ópticas e uma


oportunidade de negócios para as operadoras e os provedores de
serviços. Com a OTN, as operadoras e os provedores de serviços
podem evoluir para um overlay de malha que combina cargas úteis
da SONET/SDH, Ethernet e OTN, oferecendo um meio eficaz de criar
uma infraestrutura modernizada e ainda transportar tráfego de outra
geração. Essa flexibilidade da arquitetura preserva os investimentos
já realizados em transporte de outra geração e também garante o
acesso da SONET/SDH a linhas de pelo menos 100 Gb/s. A atualização
seletiva, ou nivelamento e crescimento, oferece aos provedores de
serviços a chance de desenvolver suas redes em etapas a fim de evitar
a interrupção dispendiosa de serviços importantes ou atualizações em
que “tudo é feito de uma vez”.

Vantagens competitivas da OTN

Há uma grande variedade de oportunidades para superar os impedimen-


tos relacionados a largura de banda, latência e gerenciamento com a
implementação de redes convergidas de OTN e SONET/SDH. Contudo,
a verdadeira vantagem competitiva para os clientes da Ciena é a adoção
da OTN para facilitar o processamento de protocolos Ethernet e de data
center por meio das bordas e dos núcleos da rede, o que otimiza os
investimentos em interfaces de roteamento, elimina saltos do roteador
e reduz a latência da rede. OTN é a plataforma de tecnologia que a
Ciena utiliza para fornecer tráfego de Ethernet orientado por conexão e
garantir entrega consistente, alto rendimento e baixa latência com a faixa
de preço mais econômica de qualquer tecnologia de rede óptica.

8
Introdução: princípios básicos da OTN

O setor de telecomunicação e as redes dos provedores de serviços


estão evoluindo rapidamente para lidar com uma explosão de tráfego
digital proveniente dos serviços multimídia, aplicativos móveis, mídias
sociais, protocolo VoIP e computação em nuvem, além de uma gama
crescente de aplicativos consumidores de largura de banda. Durante
décadas, o tráfego de rede dos provedores de serviços foi dominado
por chamadas de voz, em que o tráfego era conduzido através de redes
de circuito em conexões previsíveis entre pares de pontos terminais.
Grande parte do atual tráfego de rede utiliza pacotes, gerados por uma
infinidade de serviços e aplicativos que têm padrões de tráfego intensos
e imprevisíveis, com demandas altamente variáveis de largura de banda
e de desempenho de transmissão de dados. As redes dos provedores
de serviços que eram otimizadas para o tráfego de voz agora precisam
de uma nova tecnologia de transporte capaz de processar padrões
e conteúdos do tráfego de rede moderno.

As tecnologias de transporte anteriores, como SONET (Synchronous


Optical Networking) e SDH (Synchronous Digital Hierarchy), não eram
projetadas para serviços dominados por pacotes e de alta capacidade
que exigem capacidade mínima de transmissão de 40 Gb/s. Tendo isso
em mente, os visionários do setor de telecomunicação criaram a OTN,
a rede de transporte óptico, que é padronizada pela ITU (International
Telecommunications Union) como G.709.

As redes que empregam a tecnologia OTN são desenvolvidas e otimizadas


para atender aos aplicativos atuais, que utilizam capacidade de rede
maciça. Além disso, a OTN está sendo cada vez mais reconhecida como
a melhor opção de transporte para atender à crescente demanda por
capacidade de rede. A ITU-T (ITU Telecommunication Standardization
Sector) define a OTN em um conjunto de padrões, com a especificação
G.709 como a principal definição da tecnologia. Os padrões da ITU-T
abrangem o formato de encapsulamento, multiplex, comutação,
gerenciamento, supervisão e sobrevivência dos canais ópticos que
transportam carga útil dos clientes. Com a OTN, também é possível medir
o desempenho da rede nos domínios de vários provedores de serviços para
poder fornecer serviços ininterruptos e monitorados de ponta a ponta.

Hoje em dia, as tecnologias OTN e Ethernet são comumente associadas,


mas a OTN não foi originalmente criada para trabalhar especificamente
com Ethernet. Na verdade, a OTN foi desenvolvida para gerenciar
comprimentos de onda WDM (Multiplex por Divisão de Comprimento
de Onda) com SONET/SDH como a carga útil do cliente, devido à
implantação em grande escala da SONET/SDH naquele momento.

9
O objetivo da OTN também era sustentar uma infraestrutura de
comprimento de onda completa e gerenciável. Foi dessa intenção
original que surgiu a capacidade de transparência total da carga útil.
Em 2009, era evidente que grande parte do tráfego transportado
pela OTN usaria Ethernet. Sendo assim, os padrões da OTN foram
aprimorados para se alinharem às características do tráfego de Ethernet.

Comumente chamada de “digital wrapper” (empacotadora digital),


a OTN permite que um ou mais serviços sejam transferidos com
transparência em um comprimento de onda, cada qual com seu próprio
conjunto de recursos de monitoramento. Inicialmente padronizada
em 1998, a adoção da OTN tem crescido constantemente no mercado
das operadoras de telecomunicação. De início, a OTN fornecia um
backbone óptico para o transporte transparente das cargas úteis da
SONET e SDH; recursos estendidos de Operação, Administração e
Manutenção (OAM) do tipo SONET/SDH; e recursos de FCAPS (Fault,
Configuration, Accounting, Performance, and Security) para cargas
de trabalho do cliente, como Ethernet, Fibre Channel (FC), ESCON e
vídeo digital. A OTN fornece recursos OAM robustos para redes WDM,
incluindo monitoramento de desempenho, detecção de falhas, correção
antecipada de erros (FEC), canais de comunicação incorporados, medição
da latência e uma estrutura de mapeamento padrão para multiplex de
sinais de taxa baixa em cargas úteis de alta velocidade.

Na atualização de 2009, a G.709 foi aprimorada para integrar-se ainda


mais às taxas de dados e aos formatos de pacote Ethernet. Como
resultado, OTN e Ethernet agora estão inseparáveis na maioria das
redes. Essa relação simbólica faz da OTN o protocolo ideal para transporte
de Ethernet em redes Multiplex por Divisão de Comprimento de Onda
Denso (DWDM).

Os observadores do setor preveem um forte crescimento da OTN nos


próximos anos. De acordo com a Infonetics Research,1 uma conceituada
empresa de análise da área de telecomunicação, o mercado da OTN
era de aproximadamente US$ 8 bilhões em 2013 e deve atingir US$ 13
bilhões em 2017. Essa é uma taxa de crescimento anual composta de
13%, mais rápida que o crescimento projetado no mercado de redes
ópticas em geral. A Infonetics também espera que a comutação OTN
se torne um padrão de facto para as redes WDM: 89 por cento das
operadoras entrevistadas implementaram ou pretendem implementar
a comutação OTN até 2016.

1
Infonetics Research, OTN and Packet-Optical Hardware – Biannual Worldwide Market
Share, Size, and Forecasts (OTN e Packet-Optical Hardware – Previsões, tamanho
e fatia de mercado semestrais mundiais), março de 2014

10
Por que a OTN é essencial?

Quando o assunto são as infraestruturas de rede capazes de transportar


tráfego repleto de dados e diversificado, a OTN oferece rede de alta
velocidade e alta largura de banda e inteligência, essenciais para
garantir eficiência máxima às operadoras e aos seus clientes. A OTN
é reconhecida como a única tecnologia óptica definida para encapsular
as cargas úteis de alta capacidade necessárias a entidades de redes de
pacotes, como os switches e roteadores Ethernet. Fundamentalmente,
a OTN também é o único protocolo de transporte óptico que se expande
além de 40 Gb/s.

Para acompanhar o ritmo da crescente e contínua demanda por


redes de alto desempenho, as organizações percebem cada vez
mais que precisam modernizar e transformar suas operações de rede.
No curto prazo, é improvável que o crescimento da largura de banda
diminua. Em redes de longa distância, o contêiner de OTN mais alto
do momento (OTU4) pode acomodar 100 Gigabit Ethernet (100 GbE).
A IEEE já começou a definir as taxas da Ethernet acima de 100 Gb/s.
Além disso, em algum momento em 2015, a OTN deverá transportar
cargas úteis de 400 Gb/s; com previsão de cargas úteis de 1 terabit por
segundo (Tb/s) em uso antes de 2020.

A OTN oferece benefícios específicos nas redes de núcleo metropolitanas


e de backbone graças à natureza complementar do protocolo IP e da
OTN. Os núcleos metropolitanos e backbones IP de OTN oferecem
grandes vantagens em relação às tradicionais redes WDM, incluindo
maior eficiência, confiabilidade quase total e serviços privados com base
em comprimento de onda. A combinação de IP sobre OTN também
oferece melhor gerenciamento e monitoramento, menos saltos, proteção
de serviços e redução do custo de aquisição de equipamentos. Além
de expandir a rede para 100G e acima, a OTN desempenha um papel
importante na transformação da rede em uma plataforma aberta e
programável, de modo que o transporte passe a ser tão importante quanto
a computação e o armazenamento nas redes inteligentes de data centers.

Principais benefícios oferecidos pela OTN

A OTN empacota com transparência cada carga útil do cliente em


um contêiner para transporte através de redes ópticas, preservando
a estrutura original do cliente, as informações de temporização e as
informações de gerenciamento. Isso significa que qualquer cliente,
dispositivo de armazenamento, mainframe, vídeo digital, Ethernet,
SONET/SDH, OTN, comprimento de onda, 10GbE de taxa completa,
entre outros, pode ser mapeado para um comprimento de onda de OTN.

11
Essa adaptabilidade tecnológica faz da OTN a plataforma ideal para as
organizações que querem modernizar suas redes. Com suporte para
tecnologias antigas, como SONET ou SDH, em execução simultânea
com outros clientes na mesma infraestrutura de rede, as organizações
podem facilmente fazer a transição para a OTN em etapas, sem necessidade
de uma substituição completa da infraestrutura subjacente da rede óptica.

As principais vantagens da OTN incluem:

• R edução dos custos de transporte: por aceitar que vários clientes


sejam transportados em um único comprimento de onda, a OTN
oferece um mecanismo econômico de preenchimento dos
comprimentos de onda da rede óptica.
• Uso eficiente do espectro óptico: a OTN facilita o uso eficiente
da capacidade de DWDM, pois garante que as taxas de
preenchimento sejam mantidas na rede com o uso de switches
OTN em junções de fibra.
• Determinismo: a OTN dedica largura de banda específica e
configurável para cada serviço, grupo de serviços ou partição
de rede. Isso significa garantia da capacidade da rede e
desempenho gerenciado (taxa de transferência, latência,
flutuação de fase [jitter] e disponibilidade) para cada cliente.
E sem contenção entre serviços ou usuários concorrentes.
• Operações de rede virtualizadas: o particionamento de uma
rede OTN com switches em redes privadas, também chamadas
de redes privadas virtuais ópticas (O-VPNs), oferece um conjunto
de recursos de rede dedicados ao cliente, independentemente
do restante da rede. Cada cliente de rede vê somente os
recursos associados a sua partição privada. Outros recursos
associados a outros clientes não ficam visíveis. As O-VPNs
também facilitam a evolução da rede porque as atualizações
podem ser testadas ou introduzidas em uma partição da rede
protegida ou 'sandbox', sem o risco de prejudicar as operações
diárias da rede nas partições de produção.
• Flexibilidade: as redes OTN possibilitam às operadoras
empregar as tecnologias necessárias hoje para atender às
demandas de transporte e, ao mesmo tempo, permitem que
as operadoras adotem novas tecnologias que atendam às
necessidades comerciais.
• Design seguro: as redes OTN oferecem um alto nível de
privacidade e segurança por meio de particionamento rígido
do tráfego em circuitos dedicados. Essa segregação do tráfego
de rede dificulta a interceptação dos dados transferidos entre
os nós sobre links com canais OTN. Além disso, como as redes
OTN com switches mantêm todos os aplicativos e clientes

12
separados, as organizações podem impedir que os hackers
que conseguirem entrar em um trecho da rede tenham acesso
a outros trechos.
• Operações robustas, porém simples: os dados de gerenciamento
da rede OTN são transportados em um canal separado, totalmente
isolados dos dados de aplicativos do usuário. Ou seja, é mais
difícil acessar e modificar as configurações da rede OTN entrando
pela porta da interface do cliente.

Nenhuma outra solução tecnológica permite às operadoras ativar novos


serviços de forma mais rápida e eficiente, e ainda evitar o custo da
incerteza das futuras combinações de tráfego. O advento de bilhões de
dispositivos de consumo conectados à rede e os avanços na entrega de
conteúdo para usuários no mundo inteiro estão gerando demanda por
soluções OTN. Isso faz com que essa tecnologia seja essencial para as
redes de nova geração.

Principais motivos para migrar para a OTN

As redes evoluem continuamente e se transformam para atender


a requisitos cada vez maiores de largura de banda e serviços.
A introdução dos padrões da SONET e SDH no início dos anos 1990
proporcionou um transporte de tráfego de voz robusto e eficiente
por longas distâncias, além de maior interoperabilidade entre as
operadoras. O WDM aumentou ainda mais a capacidade da rede
possibilitando o transporte de vários comprimentos de onda na
mesma fibra. A confiabilidade, a capacidade e a eficiência das redes
ópticas SONET/SDH estabeleceram o padrão desde então.

Em meados da década de 1990, as operadoras começaram a usar redes


SONET/SDH para transportar serviços de dados, como Ethernet e Modo
de Transferência Assíncrona (ATM), principalmente para não precisar
operar duas redes separadas, uma para voz e outra para dados. Os
elementos da rede de transporte introduziram tecnologias para mapear
o tráfego de dados em quadros SONET/SDH. Multiplex inverso de
Ethernet (mapeando o tráfego de 10Base-T para VT 1.5s) e Packet-over-
SONET (mapeando GbE sobre um OC-48/STM-16) são disponibilizados,
entre outras soluções. Mais protocolos foram introduzidos, como de
concatenação contígua (CCAT) e concatenação virtual (VCAT), que
permitem que os provedores de serviços transportem cargas úteis de
dados de grande capacidade distribuídas entre contêineres menores
da SONET/SDH (STS-1/VC-4). O VCAT oferece maior flexibilidade, de
forma que os contêineres da SONET/SDH podem ser transportados ou
roteados com independência.

13
A partir daí, o tráfego de rede aumentou exponencialmente, superando
as capacidades das redes SONET e SDH.

Cerca de 25 anos desde a introdução das redes SONET e SDH, os


padrões dessas redes pararam de evoluir e a maioria dos equipamentos
com SONET/SDH está chegando ao fim de sua vida útil. Considerando
a futura utilidade limitada do hardware da SONET e SDH, muitos
fornecedores de redes ópticas pararam de fazer grandes investimentos
de plataforma nos produtos SONET/SDH. Os contratos de suporte
entre os provedores de serviços e os fornecedores de equipamentos
dificilmente se renovam porque muitas peças dos componentes
não estão mais sendo fabricadas. Além disso, a SONET/SDH é uma
tecnologia que está se tornando cada vez mais complicada. As taxas
de linha do cliente continuam a subir e as limitações técnicas dos
padrões SONET/SDH atingiram a capacidade máxima da rede em
40 Gb/s (OC-768/STM-256).

Os aplicativos modernos aumentam as demandas de rede e estão muito


mais sofisticados e dependentes da rede. Altos níveis de desempenho,
manifestados como comutação rápida da proteção, baixa perda de
pacotes ou nenhuma perda de pacote, entre outras características, são
essenciais para garantir o bom funcionamento dos aplicativos essenciais.
Cargas úteis, como Ethernet entre data centers, vídeo nativo entre
centros de produção e tráfego de armazenamento síncrono precisam
de um tratamento cuidadoso e normalmente de altíssima capacidade
e resistência da rede.

Além das rigorosas exigências de desempenho, a alta disponibilidade


é um fator fundamental para muitos aplicativos e os setores a que
atendem. Ao mesmo tempo, a atual atmosfera de negócios pressiona
muito os provedores de serviços para que aumentem a receita
imediata e reduzam as despesas de capital e as despesas operacionais.
A concorrência acirrada tem delineado as estratégias dos provedores de
serviços em sua busca por aumentar a fidelidade do cliente, conquistar
novos fluxos de receita e otimizar as operações cotidianas.

OTN como sucessora da SONET e SDH

Apesar das semelhanças entre a OTN e a SONET/SDH, o design dessas


redes também apresenta algumas diferenças significativas (consulte a
Tabela 1). Talvez a maior diferença esteja no fato de a SONET ter sido
definida com taxas de quadro fixas, ao passo que a OTN foi definida
com tamanhos de quadro fixos.

14
Tabela 1: Comparação entre SONET e OTN

OTN SONET/SDH
Mapeamento assíncrono de Mapeamento síncrono de cargas úteis
cargas úteis
Distribuição de temporização não Distribuição de temporização rígida
obrigatória entre as redes
Projetada para operar em vários Projetada para operar em vários
comprimentos de onda (DWDM) comprimentos de onda
Expande para 100 Gb/s (ou mais) Expande no máximo até 40 Gb/s
Executa multiplex em uma etapa Executa multiplex em várias etapas
Usa um tamanho de quadro variável Usa uma taxa de quadro fixa para
e aumenta o tamanho à medida que determinada taxa de linha e aumenta
o cliente aumenta o tamanho do quadro (ou usa
concatenação de vários quadros)
à medida que o cliente aumenta
FEC ajustada para correção de erros Não aplicável (sem FEC padronizada)
de 16 blocos por quadro

O padrão G.709 define o encapsulamento da carga útil do cliente,


a sobrecarga de OAM, a FEC e a hierarquia multiplex. Essas funções
oferecem recursos de transporte óptico tão robustos e gerenciáveis
quanto a SONET/SDH, porém mais adequados para as demandas de
tráfego atuais e, particularmente, os circuitos de interconexão de data
centers.

A rede OTN é assíncrona e, portanto, não requer a verificação e a


distribuição de temporização complexas e custosas da SONET/SDH.
A OTN inclui ajustes de temporização por serviço para transportar
serviços assíncronos (GbE, ESCON) e síncronos (OC‑3/12/48, STM‑1/4/16,
SDI). A OTN pode adicionalmente multiplexar esses serviços em um
comprimento de onda comum.

Como a SONET/SDH, a OTN também oferece OAM abrangente, mas


com FEC padronizada. A OAM é usada para gerenciar os recursos e
serviços da rede com eficiência. A FEC permite que os provedores de
serviços aumentem a distância entre os repetidores ópticos, reduzindo
despesas e simplificando as operações da rede.

Valores da OTN

É preciso considerar alguns motivadores práticos e técnicos por trás das


migrações de clientes da SONET/SDH para a OTN. A OTN é a opção

15
lógica para uma rede óptica de nova geração que atualmente oferece
velocidades de 100 Gb/s e, ao mesmo tempo, aceita dispositivos
SONET/SDH antigos durante o período de transição. Outras vantagens
técnicas da OTN incluem:

• A entrega de serviços da OTN é simples e 'determinística':


os rigorosos requisitos de serviço só podem ser cumpridos
com a entrega de serviços determinística. A OTN tem uma
infraestrutura de entrega garantida: todo bit que entra na
rede é entregue segundo um contrato de nível de serviço
(SLA). Os serviços de alto nível podem ser fornecidos e
monitorados usando um modelo operacional simples em
uma rede OTN durável com switches.
• A OTN fornece serviços de rede privados e altamente seguros:
a OTN oferece conectividade dedicada e segura por links
diretos ou redes virtuais, isolando fisicamente o tráfego essencial
de cada cliente do restante da rede. Também é possível aplicar
criptografia de alto desempenho aos links da OTN para aumentar
a proteção contra invasores. Quando associada a um plano
de controle, a OTN ativa a capacidade de restauração de
autodiagnóstico e a capacidade de sobreviver a várias falhas
simultâneas, impedindo assim interrupções de serviços amplas
e maciças depois de importantes interrupções de rede ou
desastres naturais.

Arquitetura da OTN

O wrapper da OTN consiste em vários componentes que constituem


a hierarquia ilustrada na Figura 1 para comunicação de overhead
entre os nós da rede. O OTM (Optical Transport Module) é a estrutura
transportada através da interface de linha óptica. Ele tem duas partes:
uma seção digital e uma seção analógica.

A OPU (Optical Channel Payload Unit) contém os quadros da carga útil.


A 'camada de serviço' representa os serviços do usuário final, como
GbE, SONET, SDH, FC ou qualquer outro protocolo. Para serviços
mapeados com transparência, como ESCON, GbE ou FC, eles são
passados por meio de um mapeador GFP (Generic Framing Procedure).

A OPU (ODUk, onde k = 1/2/2e/3/3e2/4) contém a OPU mais o


overhead, como BIP8, GCC1, TCM e assim por diante. A OTN
(OTUk, onde k = 1/2/2e/3/3e2/4) contém a ODU, fornece overhead
no nível da seção, como BIP8, e é compatível com bytes de GCC
(General Communication Channel) para comunicação de overhead

16
Visão geral dos valores da OTN

A OTN possibilita a transformação da rede em uma plataforma


aberta e programável:
• F acilita a transição de serviços por circuito para serviços
por pacote
• Sustenta aplicativos de rede emergentes e de alto
desempenho
A OTN reduz o custo das operações de rede:
• A umenta a eficiência do comprimento de onda em até
78% para minimizar os requisitos de link WAN
• Simplifica o planejamento de atualizações/alterações de TI
• Diminui a dependência de habilidades técnicas
especializadas
A OTN melhora o desempenho de aplicativos de rede:
• F ornece largura de banda dedicada para eliminar
contenção
• Minimiza latência e flutuação de fase (jitter)
• Usa monitoramento de desempenho de alta disponibilidade
para garantir a entrega por especificação de serviço
A OTN aceita a integração de vários aplicativos:
• T ransporta qualquer combinação de tipos de serviço em
um ou vários comprimentos de onda
• Interage perfeitamente com qualquer dispositivo cliente
(roteador, switch Ethernet, SAN Director, terminal SONET
e outros)
A OTN permite a continuidade dos negócios:
• D esempenho em circuito para clientes de dados
e armazenamento
• Monitoramento de desempenho abrangente para
assegurar o cumprimento do SLA em redes aninhadas
A OTN integra facilmente locais distantes geograficamente:
• G rooming de serviço para add/drop por serviço em
qualquer local
• Difusão de instância de aplicativo centralizada em vários
locais usando drop-and-continue
• Gerenciamento de finalização única de NOC (Network
Operations Center) remoto

17
entre os nós da rede. O GCC é usado para funções da OAM como
monitoramento de desempenho, detecção de falhas e comandos
de sinalização e manutenção para ajudar a proteger a comutação,
o seccionamento de falhas, os relatórios sobre serviços e as comunicações
do plano de controle. A camada física mapeia a OTU para um comprimento
de onda e o canal óptico (OCh), que atravessa a linha óptica. A Figura 1
mostra a hierarquia da OTM para comunicação de overhead entre os
nós da rede.

Uma OMS (Optical Multiplex Section) fica entre dois dispositivos e


pode multiplexar comprimentos de onda em uma fibra, como mostra
a Figura 2. Uma OTS (Optical Transmission Section) consiste na
fibra entre qualquer item que desempenhe uma função óptica no
sinal. Um EDFA (Amplificador de Fibra Dopada a Érbio) conta como
equipamento de 'amplificação de linha'. A OTN oferece seis níveis
de monitoramento de conexão em paralelo (tandem) que ajudam a
operadora de rede a monitorar um sinal à medida que ele atravessa
as redes de outras operadoras. Essa distribuição funcional ajuda
no gerenciamento de falhas, porque o overhead da OTN se alinha
rigorosamente a esses pontos.

Digital

Cliente

Para mapeamento de OPU Carga útil de OPU (OCh Payload Unit)


serviços de cliente OH

Para comutação ODU


Carga útil de ODU (OCh Data Unit)
e multiplex OH

OTU
Para transmissão OH Carga útil de OTU (OCh Transporte Unit) FEC

Para gerenciamento Adaptação


Analógico

OCh
OH OCh (Optical Channel)

OCC OCC
OH OH OCC OCC OCC OCC (Optical Carrier Channel) OCC

OOS OMS
OH OMS (Optical Multiplex Section)
(OTM
Overhead
OTS
Signal) OH OTS (Optical Transmission Section)

Figura 1: OTM (Optical Transport Module)

18
OCH

OMS

fibra

WDM
OTS OTS OTS Mux/Demux
Figura 2: Desmembramento da estrutura de linhas OTN

A Figura 3 ilustra como diversos serviços são mapeados em


comprimentos de onda comuns (um OCh sempre contém somente
uma OTU), facilitando o gerenciamento da largura de banda dos
subcomprimentos de onda e a dissociação das taxas de serviço da
taxa de linha. A OTN inclui ajustes de temporização por serviço
para transportar serviços assíncronos e síncronos (OC-3/12/48,
STM‑1/4/16, SDI), que podem ter um comprimento de onda em
comum.

Portas de cliente

SONET/SDH

10 GbE
SONET/SDH
10 GbE

Wrapper
OTN
Vídeo
1 GbE Vídeo

1 GbE

Figura 3: A OTN trabalha com vários tipos de serviços no mesmo comprimento


de onda

19
Um dos aspectos fundamentais da OTN é a transparência. Cargas úteis
transparentes, uma hierarquia multiplex transparente e temporização
transparente são recursos inerentes à OTN. A transparência da OTN
favorece o transporte de qualquer serviço sem interferir na carga útil do
cliente, OAM ou temporização. Isso é importante para oferecer serviços
completos a outros provedores e conectar equipamentos que podem
utilizar a OAM do cliente para comunicação de overhead. Note que a
OTN é um padrão global único adotado sem modificações no mundo
inteiro.

Taxas de bits da OTN

As taxas da OTN são iguais ou superiores às taxas de bits do tráfego


do cliente. Há basicamente dois tipos de mapeamentos em uma
ODU: transparente e não transparente. O mapeamento transparente
mapeia toda a carga útil do cliente em uma ODU (de modo que a taxa
da OTN seja superior à do cliente). Por outro lado, o mapeamento não
transparente remove um pouco do overhead de sinal do cliente para
preservar a capacidade da rede. Mais ODUs podem ser mapeadas em
uma OTU usando essa estratégia de mapeamento. Algumas taxas de
linha importantes da OTN definidas pelo padrão G.709 estão na Tabela
2. A Tabela 3 contém as taxas de ODUk de G.709 padronizadas. A ITU
tem mais taxas em desenvolvimento para mais clientes e linhas mais
rápidas.

Tabela 2: Taxas de linha padrão da OTN

Sinal Taxa de dados Otimização para


aproximada (Gb/s)
OTU1 2,66 Transporte de sinal da SONET OC-48
ou SDH STM-16
OTU2 10,70 Transporte de camada física (PHY) da
SONET OC-192 ou SDH STM-64 ou
da rede remota (WAN) 10GbE
OTU2e 11,09 Transporte PHY da rede local (LAN)
10GbE (para portas de roteadores/
switches de Ethernet/IP) com uma taxa
de linha integral (10,3 Gb/s)
OTU3 43,01 Transporte de sinal da SONET OC‑768
ou SDH STM-256 ou 40GbE
OTU3e2 44,58 Transporte de até quatro sinais de
OTU2e
ODU4 112 Transporte de sinal de 100GbE

20
Tabela 3: Taxas padrão de ODUk

Sinal Taxa de dados (Gb/s) Otimização para


ODU0 1,24416 Transporte de pacotes ou sinal
de temporização de 1000BASE-X
transcodificado (compactado) e
transparente sobre GFP
ODU1 2,49877512605042 Transporte de dois sinais de ODU0
ou pacotes ou um sinal de STS-48/
STM‑16 sobre GFP
ODU2 10,0372739240506 Transporte de até oito sinais de ODU0
ou até quatro sinais de ODU1 ou um
sinal de STS-192/STM-64 ou pacotes
ou PHY de WAN sobre GFP
ODU2e 10,3995253164557 Transporte de sinal de Fibre Channel
10G de temporização ou sinal de
10GbE transparente e transcodificado
(compactado)
ODU3 40,3192189830509 Transporte de até 32 sinais de ODU0
ou até 16 sinais de ODU1 ou até 4
sinais de ODU2 ou um sinal de STS-
768/STM-256 ou pacotes ou sinal de
temporização de 40GbE transparente
e transcodificado sobre GFP
ODU3e2 41,7859685595012 Transporte de até quatro sinais de
ODU2e
ODU4 104,794445814978 Transporte de até 80 sinais de ODU0
ou até 40 sinais de ODU1 ou até 10
sinais de ODU2 ou até dois sinais de
ODU3 ou um sinal de 100GbE
ODUflex 239
/238 x taxa de bits do Transporte de um sinal de taxa de bit
(CBR) cliente constante, como Fibre Channel 8 GFC
ou Infiniband ou vídeo
ODUflex Qualquer taxa Transporte de pacotes sobre GFP
(GFP) configurada

Hierarquia multiplex da OTN

A OTN aceita multiplex em uma ou várias etapas em contêineres maiores


no nível da ODU, como mostra a Figura 4 em uma visão hierárquica
simplificada. Por exemplo, quatro ODU1s podem ser multiplexadas
em uma OPU2. Uma OPU3 pode conter multiplex de quatro ODU2,
16 ODU1 ou uma combinação de ODU1 e ODU2. A Figura 4 também
indica que a OTN aceita mapeamentos de ordem baixa (LO) e de

21
Contêiner de
encapsulamento
~1,25 Gb/s Contêiner
1 GbE ODU0 de linha
~2,7 Gb/s
ODU1
OC-48/ OTU1
ODU1
STM-16
ODUflex: um número inteiro de slots afluentes
Qualquer ODUflex de uma OPUk (OPU2, OPU3, OPU4)
taxa de bits
~10,7 Gb/s
PHY WAN de ODU2
ODU2 OTU2
10G, 10 GbE
~11,1 Gb/s
PHY LAN ODU2e OTU2e
de 10 GbE
~43,0 Gb/s
ODU3
OTU3
40G ODU3
ODU4 ~111,8 Gb/s
~104 Gb/s OTU4
100G ODU4

Figura 4: Hierarquia do mapeamento da OTN

ordem alta (HO). A LO é usada quando o sinal do cliente não precisa


de maior agregação na operadora óptica (comprimento de onda) e a
HO é usada quando há necessidade de grooming de subcomprimento
de onda e/ou multiplex. Note que 10G refere-se a uma taxa de linha,
independentemente do tipo de tráfego que está sendo transportado,
ao passo que 10GbE refere-se ao tráfego Ethernet operando a 10 Gb/s.

Correção antecipada de erros (FEC)

Uma das principais vantagens da OTN é sua compatibilidade com a FEC


no quadro da OTU, cuja padronização na ITU é G.975. Esse overhead
é adicionado à última parte do quadro antes de ser embaralhado para
transmissão. A FEC é eficiente na correção de uma grande quantidade
de erros de transmissão causados por ruídos ou outras deficiências
nas transmissões de alta capacidade. A FEC padrão usa uma técnica
de codificação Reed-Solomon RS (255/239), na qual são necessários
239 bytes para computar uma verificação de paridade de 16 bytes.
Permitindo que os provedores de serviços aumentem a distância entre
os repetidores ópticos, a FEC ajuda a reduzir despesas de capital e
operacionais ao mesmo tempo que simplifica a topografia de rede
evitando os locais de amplificadores.

Adequação da rede OTN

A Figura 5 destaca onde a OTN se encaixa na hierarquia das infraestruturas


de rede. Dependendo do serviço especificado, alguns serviços de TI e
IP precisam de roteamento. A saída da camada do roteador passa para
a infraestrutura de transporte para melhorar a eficiência do transporte,

22
Serviços
Serviços IP para Serviços de
consumidores conectividade
e empresas privados

Roteamento de serviço –
Roteamento

Integração de redes IP encaminhamento por


endereço IP global
MPLS (opcional)

Gerenciamento de largura
Comutação

Carrier
de rede sub-lambda – camada
MPLS-TP OTN de comprimento de onda virtual
Ethernet
ágil, dissocia taxas de serviço
de taxas de linha
Fotônico

Encapsulamento Encapsulamento
Ethernet OTN Conexões fotônicas ágeis
com alta largura de banda
Camada fotônica ágil

Figura 5: Adequação da OTN a outras camadas de rede

como descrito anteriormente. Outros serviços que não precisam de


roteamento, como os serviços privados indicados na figura, passam
diretamente para a camada de comutação de transporte para serem
transferidos diretamente através da infraestrutura de OTN. A principal
função de cada camada na hierarquia está destacada à direita da figura.

Transformação da economia de rede com a OTN

Os principais recursos oferecidos pela OTN podem ser usados para


reformular a economia das redes de alta capacidade. Alguns casos de uso
e aplicativos importantes da OTN são descritos da seguinte maneira:

• Conexão de linha privada: um dos fatores que mais contribuem


para a principal receita do provedor de serviços são as linhas
privadas de alta capacidade (OC-192, comprimento de onda).
Elas são bem estabelecidas, altamente rentáveis e, acima de
tudo, têm um desempenho sólido e crescente. Estudos recentes
da Infonetics e da Insight Research estimam que esses serviços
apresentam uma taxa de crescimento anual composta (CAGR)
de dois dígitos e foram responsáveis por US$ 98 bilhões em
2013. A OTN atende aos requisitos de SLA desses serviços e
reduz o custo de transporte de serviços de linha privada de alta
capacidade por meio de utilização eficiente da largura de banda.
Muitos clientes de linhas privadas podem ser transportados no
mesmo comprimento de onda se a capacidade permitir.

23
• M
 ultiplex/Comutação para linhas 40G/100G: por anos, os
provedores de serviços têm usado links de ponta a ponta e
comprimento de onda dedicado da OTN para interconectar
equipamentos do cliente. Eles têm empregado elementos
de rede baseados em transponder ou muxponder. Apesar da
simplicidade dessa abordagem, ela pode esgotar prematuramente
os recursos de rede (portas, largura de banda, fibra, entre outros)
devido ao preenchimento de capacidade insatisfatório na rede.
Depois de períodos de desistência de serviço ou atualização de
rede, também pode ocorrer fragmentação da largura de banda,
resultando em utilização ainda menor da rede. A introdução de
switches OTN nas redes pode melhorar o preenchimento do
comprimento de onda e eles podem ser usados periodicamente
para reduzir a fragmentação por meio do grooming de cargas
úteis de OTN em locais importantes nas redes.

Adicionar comutação OTN a uma rede de transporte OTN já existente


é um processo relativamente simples que oferece um retorno rápido do
investimento. Quando a comutação OTN é adicionada, as organizações
podem parar de usar conexões de fibra manuais para grooming da
capacidade. O gerenciamento da largura de banda é mais eficiente
e menos custoso em um switch.

Cada vez mais, os clientes têm comprado serviços, como linhas privadas
de 10GbE, claramente inferiores à capacidade das linhas de 100 Gb/s.
Normalmente, esses serviços têm sido preenchidos com o uso de
transponders ou muxponders conectados a uma linha óptica dedicada
usando um ou vários comprimentos de onda. Os muxponders são
implantados por par de serviço (par de demanda), como mostra a Figura 6.

Como as linhas ópticas são dedicadas, o serviço não é flexível e


resulta na subutilização de hardware e bloqueio da largura de banda.
Essas conexões por fio são extremamente trabalhosas em termos de
engenharia e operações, e geralmente requerem visitas de instalação
para manutenção ou mudanças de circuito.

Utilizando a comutação OTN em locais centrais, como mostra a


Figura 7, multiplexadores back-to-back podem ser eliminados e o
número de comprimentos de onda necessários, reduzidos. A introdução
da comutação OTN em locais com o Multiplexador Add/Drop Óptico
Reconfigurável (ROADM) possibilita o grooming automático de serviços
e uma redução no número de comprimentos de onda necessários
devido ao compartilhamento de capacidade comum.

24
Transponders back-to-back

Conexão física Conexão por Ponto terminal


comprimento de onda muxponder

Figura 6: Arquitetura de transponder/muxponder

A comutação OTN também melhora a utilização da largura de banda,


pois elimina a fragmentação e mantém um preenchimento mais alto
do comprimento de onda em caso de churn de tráfego. Como os
comprimentos de onda são altamente utilizados, os sistemas de linhas
DWDM são otimizados, retardando aumentos excessivos e prematuros
da rede, como mostra a Figura 8. É preciso otimizar a largura de banda

Comutação da OTN em locais


centrais para eliminar muxponders back-to-back

Conexão física Conexão por Ponto terminal


comprimento de onda muxponder

Figura 7: Introdução à comutação da OTN em locais com ROADM

25
Comprimentos de onda implantados
1400 Muxponders de Agregação/
ponta a ponta Comutação da OTN
1200
40%
1000
λ-redução 100G
800
40G
600 10G

400

200

Recuperação de
40% da largura
de banda
Largura de banda Largura de banda
fragmentada desfragmentada

Figura 8: Redução do consumo de comprimento de onda com a comutação da OTN

quando as taxas de comprimento de onda vão além de 100G, atingindo


400G e 1 Tb/s.

• M aior capacidade de rede: a OTN gerencia o crescimento para


100 Gb/s e além. Dessa forma, os provedores de serviços podem
dimensionar suas redes ou expandir suas ofertas de serviço
sem reengenharia da rede nem investimento de capital maciço.
Com links de 40 Gb/s e 100 Gb/s, os provedores podem ativar os
serviços mais rapidamente, reduzir o custo da entrega de serviço
por bit e aliviar as transmissões de fibra com restrições de largura
de banda.
• Monitoramento de serviço de ponta a ponta aprimorado:
a OTN inclui soluções de monitoramento de tráfego nativas
do protocolo, com recursos como TCM (Tandem Connection
Monitoring), que proporcionam monitoramento de serviço
de ponta a ponta em vários domínios (consulte a Figura 9).
• Núcleo com switch eficiente e sem perdas: a natureza
determinística da OTN garante que não haja degradação
do tráfego na rede. Dessa forma, os provedores de serviços
podem implementar um núcleo próprio de pacote sem perdas.
A agregação de pacotes, com ou sem excesso de inscrições,
pode ser executada na borda da rede quando necessário

26
TCM (Tandem Connection Monitoring)
TCM6 TCM6 TCM6 TCM6 TCM6 TCM6 TCM6 TCM6 TCM6 TCM6 TCM6
TCM5 TCM5 TCM5 TCM5 TCM5 TCM5 TCM5 TCM5 TCM5 TCM5 TCM5
TCM4 TCM4 TCM4 TCM4 TCM4 TCM4 TCM4 TCM4 TCM4 TCM4 TCM4 Overhead
TCM3 TCM3 TCM3 TCM3 TCM3 TCM3 TCM3 TCM3 TCM3 TCM3 TCM3 de TCMi
TCM2 TCM2 TCM2 TCM2 TCM2 TCM2 TCM2 TCM2 TCM2 TCM2 TCM2
TCM1 TCM1 TCM1 TCM1 TCM1 TCM1 TCM1 TCM1 TCM1 TCM1 TCM1

Sinal do
ODUk Operadora C cliente
Operadora A Usuário
Usuário Operadora B
Sinal do
cliente

NNI CM NNI CM NNI CM


UNI CM
A QoS de conexão alocada é monitorada por usuário
Caminho CM

Figura 9: TCM (Tandem Connection Monitoring) oferece visibilidade do


gerenciamento em vários níveis (aninhados)

(consulte a Figura 10). Quando o preenchimento for suficiente,


o tráfego será mapeado para a OTN e transportado pelo núcleo
até seu destino pelo menor custo possível.

Agregação de pacotes
(com ou sem excesso de inscrições)

Núcleo da OTN

Núcleo sem perdas


(com links de OTN dedicados)
Agregação de pacotes
(com ou sem excesso de inscrições)

Figura 10: Núcleo com switch eficiente e sem perdas com a OTN

27
*Equipamento Aumento de Substituir equipamento Adicionar novos links
EOL/MD capacidade defeituoso e “recuperar” para expandir a malha
“dispendioso” sobressalentes

Etapa 1
Linha de Etapa 2
base

Malha
OTN

Anel Anel
Anel Anel
SONET/SDH SONET/SDH
SONET/SDH SONET/SDH

Rede overlay
Interconexão em de malha OTN Aumentar espaço Adicionar Evolução para OTN/malha
anel ineficiente para circuitos de e emissão de energia novo local inteligente habilitada
alta capacidade OADM para pacote
*Fim de vida útil/Descontinuidade de equipamento

Figura 11: Cenário de modernização de rede em anel para rede de malha

• M odernização de redes: a OTN é reconhecida por grande


parte das operadoras como a evolução para suas redes
SONET/SDH. A OTN concede acesso da SONET/SDH a linhas
de 100 Gb/s e atua como gateway para as redes de transporte
de outra geração. Com a atualização seletiva ou nivelamento
e crescimento, os provedores de serviços podem avançar suas
redes em várias etapas para evitar a interrupção dos principais
serviços. A Figura 11 mostra um exemplo de evolução da
interconexão ineficiente de anéis para overlay de malha e
malha inteligente.
• Conexão expressa do roteador IP de núcleo: muitas operadoras
já estão cientes do custo altíssimo decorrente de comutar
o tráfego em um roteador, e não em um switch de OTN ou
Ethernet. O custo extra é atribuído à sofisticação adicional do
processamento de tráfego do roteador e à complexidade de
seu gerenciamento e operações. Como o tráfego IP se baseia
em pacotes, muitas operadoras acreditam que os roteadores de
Comutação de Rótulos Multiprotocolo (MPLS) são necessários
em todos os locais da rede, independentemente dos padrões
de tráfego. A OTN aceita a descarga do tráfego IP de trânsito
dos roteadores de núcleo, reduzindo o número de portas de
roteador e o custo geral da rede. Essa descarga de IP de trânsito
também pode ajudar os provedores a adiar as atualizações de
capacidade. Os estudos de caso de clientes demonstraram
reduções do custo de capital de 20% a 60%, com o fluxo de caixa
equilibrado em nove meses. A OTN também reduz os custos de
entrega de serviços Ethernet, tornando expresso o tráfego nos
roteadores da borda e aprimorando o desempenho do serviço e
a disponibilidade da rede.

Compatibilidade e recursos do plano de controle


O valor da OTN é grandemente multiplicado quando combinado a uma
rede ASON (Automatically Switched Optical Network) ou a um plano de

28
controle GMPLS (Generalized MPLS). O plano de controle automatiza
muitas operações de rede, como ativação de serviço, modificação e
desativação; planejamento e execução de manutenção; e descoberta
automática da rede, incluindo as extensões de rede. O plano de controle
também fornece restauração automática e roteamento do tráfego
impactado sem intervenção humana. Os conjuntos de recursos de serviço
podem ser expandidos para oferecer suporte a muitas opções, até
mesmo vários níveis de disponibilidade de serviço e serviços dinâmicos.

Uma solução de malha inteligente pode reduzir o tempo de provisio-


namento de serviço de meses para menos de uma hora. Um plano de
controle também torna a rede bem mais resiliente, capaz de lidar com
várias falhas simultâneas, o que pode aumentar a disponibilidade da
rede até o nível de 99,9999%.

Alguns dos principais recursos do plano de controle são descritos como


a seguir:

• O
 perações de rede automatizadas: o plano de controle
oferece as informações necessárias para simplificar as operações,
automatizando várias operações de rede, gerando ativações de
serviço mais rápidas, melhor gerenciamento e restauração de
serviço consideravelmente mais ágil. As principais funções do
plano de controle incluem:

°  Gerenciamento automatizado de conexões


°  Autoinventário e manutenção automatizados
°  Descoberta automatizada
°  Restauração automatizada
• D isponibilidade em camadas: agora os provedores de serviços
podem projetar classes de serviço em camadas e personalizadas
usando um conjunto avançado de elementos básicos (blocos
de construção) disponíveis, como mostra a Figura 12. As opções
podem ser entendidas como tempo de restauração (50 ms,
250 ms, 500 ms), número de falhas evitadas (uma ou várias) e
provisionamento de proteção mínima ou nenhuma proteção
para o tráfego de baixa prioridade. Oferecer serviços flexíveis
e em camadas ajuda a expandir a capacidade da OTN para
atender às necessidades de uma crescente base de clientes,
além de cumprir os requisitos de aplicativos sofisticados.
• Medição da latência em tempo real: aderir a um SLA de
latência máxima é um fator essencial em muitas aplicações da
OTN, como a interconexão de data centers. As medições de
latência são inerentes à OTN e podem ser usadas para garantir
conformidade com o SLA.

29
Figura 12: Aumentar sobrevivência da rede com OTN e plano de controle

• Infraestrutura dinâmica: a OTN e o plano de controle permitem


que a rede seja dinâmica e responsiva aos aplicativos da camada
superior em tempo real. São possíveis serviços emergentes,
como interconexões na nuvem sob demanda ou agendadas em
que o plano de controle negocia com o sistema operacional
na nuvem. A rede opera como um parceiro com servidores
de nuvem e armazenamento para atender aos aplicativos de
alto valor, fornecendo e liberando ativamente capacidade por
meio de execução do comando da camada de aplicativo, como
mostra a Figura 13.

Aplicativos
e serviços
de nuvem

✓A rede se torna Interação


um pool de “cliente-servidor”
recursos dinâmicos

Rede inteligente

Largura de banda extra Novas conexões Autodiagnóstico Monitoramento


proativo de rede

Figura 13: OTN e plano de controle como pool de recursos dinâmicos para a nuvem

30
• R
 edes Privadas Virtuais Ópticas (O-VPNs): as O-VPNs permitem
que os provedores de serviços particionem virtualmente suas
redes permitindo links específicos, comprimentos de onda,
subcomprimentos de onda ou até mesmo nós para uso dedicado
por apenas um cliente, como uma empresa. Como mostra a
Figura 14, as partições de rede virtuais fornecem toda a largura
de banda, gerenciabilidade e segurança necessários, mas sem
a despesa e a inflexibilidade de uma infraestrutura de serviço
dedicada, completamente separada. As O-VPNs fornecem uma
rede privada segura e com alta largura de banda que conecta
os locais do usuário final a uma infraestrutura virtual flexível e
gerenciada por meio de conexões ópticas de comprimento de
onda transparentes fracionais, únicas ou múltiplas. Isso é feito com
uma grande variedade de interfaces de cliente, incluindo Ethernet,
OTN, SONET, SDH, redes SAN (Storage Area Networks) e vídeo.
As O-VPNs também fornecem uma infraestrutura virtual para que
os usuários finais gerenciem suas próprias conexões entre locais,
alocação de largura de banda e opções de proteção de circuitos
dentro do domínio da O-VPN.
Na Figura 14, para ilustrar a virtualização, a partição da Empresa
A pode fornecer conexões de alta disponibilidade protegidas
por malha para dar suporte aos aplicativos essenciais em vários
protocolos de armazenamento e pacotes. A partição da Empresa
B pode ser estabelecida para possibilitar os serviços em nuvem,
nos quais os clientes podem agendar grandes transferências

Infraestrutura do provedor
de serviços

Empresa A O-VPN para empresas Empresa B


Filial

Sede Data center

Figura 14: Redes Privadas Virtuais Ópticas

31
de dados necessárias para a mobilidade do armazenamento
ou migrações de máquina virtual.
Apesar de as O-VPNs serem oferecidas em toda a rede de
provedores de serviços, elas fornecem largura de banda
dedicada para conectar vários locais de usuários finais em
uma configuração em malha com várias taxas de linhas paralelas
disponíveis, mantendo ainda total separação do tráfego do
usuário e da largura de banda para restauração. Total visibilidade
da rede e controle opcional sobre provisionamento, proteção
e largura de banda sob demanda podem ser fornecidos em um
portal de clientes seguro na Web.

Aceitação da OTN no mercado


A OTN foi implantada nas redes com uma abrangência cada vez maior
desde seu aparecimento em 1998. Centenas de milhares de portas de
OTN foram implantadas e agora transportam tráfego essencial em uma
grande variedade de aplicativos.

Em março de 2014, a Infonetics Research publicou um relatório intitulado


OTN and Packet-Optical Hardware – Biannual Worldwide Market Share,
Size, and Forecasts, em que 21 responsáveis por decisões relativas a
redes ópticas foram entrevistados sobre o uso da OTN e seus planos
em relação a ela. É importante notar que os provedores de serviços
dos participantes representavam 34% dos gastos de capital (CAPEX –
(Capital Expenditures) em telecomunicação mundial. Os resultados
apresentados no relatório da Infonetics sublinham o fato de que a
OTN está realmente ganhando adesão no mercado. Estes são alguns
destaques da pesquisa:

• 5 8% de todos os equipamentos ópticos em 2012 eram de comutação


e transporte de OTN
• 66% esperavam o crescimento de comutação e transporte da OTN
em 2013
• 78% do equipamento óptico serão de comutação e transporte de
OTN em 2017
• 22% é o provável crescimento de CAGR da comutação de OTN
entre 2012 e 2017
• 80% é o crescimento esperado da comutação de OTN entre
o primeiro semestre de 2012 e o primeiro semestre de 2013
• 35% é a estimativa de crescimento do mercado de comutação de
OTN entre o primeiro semestre de 2013 e o primeiro semestre de
2014 (comparados a 3% de crescimento do mercado de transporte
de OTN no mesmo período)

32
• A previsão é um aumento de três vezes no gasto em comutação
de OTN nos Estados Unidos entre o primeiro semestre de 2012 e
o primeiro semestre de 2013
• A eficiência do primeiro comprimento de onda (40G/100G) é uma
das principais aplicações de comutação da OTN 

A implantação de OTN também está se expandindo em novos cenários


de aplicação. Por exemplo, especialistas do setor notam uma expansão
da OTN, do núcleo da rede até sua borda metropolitana, estendendo
os benefícios da transparência e da eficiência dos serviços diretamente
para os usuários finais em serviços de dados, como 1GbE e 10GbE. E a
evolução da OTN não se restringe à terra. Espera-se que todas as redes
de cabo submarino que operam sobre SDH migrem para a OTN no
futuro próximo, para se beneficiarem das taxas de bit mais altas (40 Gb/s
e 100 Gb/s), do reconhecimento de latência e dos recursos avançados
de gerenciamento.

Casos de uso

Cenários reais de implantação e numerosos estudos de rede quantificaram


os benefícios da implantação da OTN para transporte e comutação.
Os casos de uso de cliente aqui incluídos destacam esses benefícios.

Caso de uso 1: grooming de largura de banda (subcomprimento


de onda) em backbones 40G/100G

Este exemplo ocorreu no backbone nacional de um provedor de


serviços de camada 1 nos Estados Unidos. O tráfego consistia em
uma combinação de comprimentos de onda 10G, incluindo OC-192
e 10GbE servindo a linhas privadas de distribuidores e varejistas com
aproximadamente 3.000 circuitos 10G. Foi realizada uma comparação
da arquitetura entre o uso de muxponders de ponto a ponto apenas e
muxponder com um núcleo de OTN com switches para grooming de
subcomprimento de onda. Os resultados revelaram uma redução de
32% no número de comprimentos de onda ativos implantados e uma
redução de 13% na capacidade implantada.

Caso de uso 2: otimização do caminho de rede

Este exemplo mostra como uma arquitetura de OTN com switches


ajudou a otimizar um caminho até a rede recém-adicionado, o que
fazia parte de uma expansão planejada para atender ao crescimento
do tráfego. O estudo revelou que a OTN com automação do plano de
controle possibilitava um regrooming periódico do tráfego em rotas

33
mais eficientes, reduzindo a latência média do caminho, recuperando
o espectro óptico por meio de grooming nos comprimentos de
onda de taxa de bits maiores e reequilibrando o tráfego para evitar
congestionamento. Os principais benefícios percebidos incluem:

• 1 9% de redução na latência média do caminho


• Até 30% de redução no congestionamento da largura de banda
nos links mais utilizados

Caso de uso 3: descarregamento de roteador de núcleo

Este exemplo compara o CAPEX exigido para interconexão de roteador


IP em três cenários distintos: IP sobre DWDM, IP sobre DWDM com
algum comprimento de onda expresso entre os nós de tráfego intenso
e interconexão de subcomprimentos de onda usando comutação de
OTN. O estudo foi realizado em uma rede de 28 nós com um total de
47 links. O cenário com interconexão de subcomprimentos de onda
usando OTN conseguiu preservar a topologia e a interconexão de
10G com comprimentos de ondas virtuais da ODU2, garantindo maior
descarga de capacidade do roteador, além de estender a vida útil das
placas nas portas do roteador. Isso gerou uma redução de 50% do
CAPEX do roteador.

Caso de seleção real de OTN

A OTN é ideal para redes em nível de operadora e provedores de


serviços com vários clientes de alta banda larga que estão migrando
da tecnologia anterior, como SONET e SDH, para redes OTN de
comutação de pacote. O suporte nativo para IP e Ethernet é intrínseco
à OTN, facilitando a transição para uma infraestrutura de OTN para os
clientes com serviços IP e Ethernet.

Muitas empresas estão implantando a OTN como meio de aproveitar


seus investimentos em rede via maximização da capacidade do
comprimento de onda e usufruindo a maior flexibilidade oferecida
pela OTN. Uma grande proporção do tráfego da rede metropolitana
permanece local no ponto de origem. Portanto, mover a comutação da
OTN para mais perto da borda da rede aumenta a taxa de transferência
geral, pois afasta o tráfego do núcleo da rede metropolitana.

A topologia de malha da OTN e o suporte nativo para tráfego IP/Ethernet


aumentam a eficiência da rede, simplificam as arquiteturas de rede e
reduzem a latência. Ao aceitar várias taxas de linha de serviço em uma

34
rede comum, a OTN oferece um caminho de atualização claro para os
provedores de serviços que precisam expandir sua infraestrutura de
rede com facilidade para acompanhar os requisitos de serviço de seus
clientes. Por isso, as redes OTN foram projetadas para simultaneamente
aceitar serviços com várias taxas de linha, de 1G a 10G a 40G e além.
Consequentemente, quando o cliente solicita um aumento da taxa
de linha contratada, esse aumento pode ser implementado com
poucas alterações na configuração de rede do provedor de serviços,
normalmente sem atualização do hardware, do software ou dos
aplicativos de rede. Os provedores que utilizam OTN também obtêm
taxas de linha automatizadas, com expansão e contração dinâmicas,
de acordo com a utilização ou solicitações específicas do cliente.

Um provedor de serviços em grande escala seguindo essa estratégia


selecionou o hardware e o software de rede OTN da Ciena para
facilitar a transição de sua rede SONET/DS1/DS3 para uma rede OTN
convergida. A nova rede será compatível com a infraestrutura de rede
já existente da empresa e também servirá de ponte para taxas de linha
mais altas, oferecerá maior estabilidade e eficiência, além de suporte
nativo para tráfego IP/Ethernet. Esse provedor espera ganhar uma
vantagem competitiva no mercado com sua transição para a OTN e
ainda reduzir os custos de rede e operações relacionados à implantação,
à manutenção e à expansão de suas redes ópticas, à medida que
aumentarem as demandas de rede do cliente. A possibilidade de
unificar dispositivos SONET/SDH com uma infraestrutura OTN é uma
importante consideração para esse provedor de serviços, porque a
empresa ainda tem um grande investimento em SONET/SDH que não
está mais sendo atualizada ou ativamente expandida como padrão de
transporte óptico. Com a vida útil de seus dispositivos chegando ao
fim nos próximos anos, o provedor espera descartar a SONET/SDH
gradativamente e substituí-la por uma infraestrutura inteiramente OTN.
É óbvio que esse provedor de serviços não tem dúvidas de que a OTN é
a rede óptica do futuro.  

35
Conclusão

Para resumir, os principais benefícios da implantação da OTN são:


•  rincipal elemento na transformação da rede em uma
P
plataforma aberta e programável
• Transparência do serviço
• Monitoramento de ponta a ponta
• Medição integrada da latência
•  ultiplex/Comutação eficiente no cliente de serviços de alto
M
crescimento
• Capacidade de expandir para 100 Gb/s ou mais
• Maior taxa de sobrevivência da rede
•  apacidade de sustentar a entrega de serviços emergentes
C
de alta capacidade
Para a maioria das organizações modernas, o objetivo é reduzir os
custos e simplificar as operações de rede. As organizações também
estão em busca de uma solução que estabeleça um novo marco na
economia de serviços e transforme a rede em um pool de recursos
dinâmicos e inteligentes. A OTN oferece um modelo de entrega de
serviço determinístico e simples que complementa as redes de pacotes
e abre caminho para uma novíssima geração de serviços, capaz de
reformular a comunicação.

Por que a Ciena?

A Ciena oferece recursos de última geração para aumentar


o desempenho da OTN.

O plano de controle inteligente OneConnect da Ciena tem um


histórico comprovado, ou seja:

• F oi implantado na maior rede de malha do mundo.


• É o mais sofisticado plano de controle de OTN do setor;
vem sendo aprimorado por mais de uma década de
experiência concreta.
• É escalável para mais de 1.000 nós.

A Ciena também oferece o portfólio de soluções de OTN mais


abrangente, incluindo:

• F amília completa de plataformas OTN de transporte


e comutação
• Portfólio com interfuncionamento perfeito para comutação
de pacotes e SONET/SDH/OTN

36
A Ciena dedica-se à inovação da OTN, o que inclui:
• Processamento óptico coerente
• Ferramentas avançadas de design de rede
• Rede fotônica ágil
• Escalabilidade imbatível

O portfólio de pacotes ópticos convergidos da Ciena inclui:

 500 Packet-Optical Platform


• 6
• Converge três camadas de rede abrangentes em uma única
plataforma com a finalidade de oferecer entrega de serviço
personalizável pela borda de acesso, ao longo do núcleo do
backbone e através do fundo dos oceanos.
• Permite o ajuste da rede ao pacote e/ou à OTN, em qualquer
proporção, com estes módulos de malha de alta densidade.
A comutação em malha complementa a comutação em blade,
de modo que os provedores de serviços podem ajustar
suas redes de baixa capacidade de ponta a ponta para uma
conectividade em malha de alta capacidade, conforme
necessário.
 400 Packet-Optical Platform
• 5
• Oferece a primeira plataforma de comutação totalmente
modular e reconfigurável do setor. O 5400 permite a transição
prática para uma infraestrutura inteligente de ativação de
serviços em Ethernet e OTN convergida para garantir uma
redução inigualável das despesas operacionais (OPEX) e de
capital (CAPEX), além de rapidez na entrega de serviços e alta
disponibilidade da rede.
•C  oncilia SONET/SDH/OTN e Ethernet na mesma plataforma.
• Permite comutação de vários terabits.
As soluções de OTN da Ciena oferecem a rede mais econômica e
otimizada para o transporte de tráfego de aplicativos empresariais.
Com as soluções da Ciena, as empresas têm flexibilidade de tunelamento
dos protocolos Ethernet e de data center diretamente através do núcleo
da OTN inteligente, o que otimiza todo investimento nas interfaces
de roteamento, elimina saltos do roteador e minimiza a latência.
A abordagem da Ciena viabiliza a entrega de Ethernet orientada por
conexão que garante a entrega de dados consistente, com alta taxa de
transferência e baixa latência.
Usando recursos-chave, como programabilidade e gerenciamento auto-
matizado, a abordagem da Ciena às redes ópticas oferece implementação
e operação de redes OTN por um custo baixo, com escalabilidade e
flexibilidade para as redes empresariais nos próximos anos.

37
Glossário de acrônimos da OTN

ADM: multiplexador add/drop


ASON: Automatically Switched Optical Network (Rede óptica comutada
automaticamente)
ATM: Modo de transferência assíncrona
bps: bits por segundo ou b/s
CCAT: concatenação contígua
DS1: sinal digital 1
DS3: sinal digital 3
DWDM: Dense Wave Division Multiplexing (Multiplex por Divisão de
Comprimento de Onda Denso)
EDFA: Erbium Doped Fiber Amplifier (Amplificador de fibra dopada
a érbio)
Multiplex inverso de Ethernet: para mapeamento de tráfego de
10Base-T para VT 1.5
FCAPS: Fault, Configuration, Accounting, Performance, and Security
(falha, configuração, contabilização, desempenho e segurança)
ESCON: Enterprise System Connection (Conexão de sistemas empresariais)
FC: Fibre Channel
FEC: Correção antecipada de erros
G.709: recomendação da ITU-T para interfaces da OTN
GbE: Gigabit Ethernet
(10GbE = 10 Gigabit Ethernet, 100GbE = 100 Gigabit Ethernet)
GbE/s: gigabits por segundo
GCC: General Communication Channel (Canal de comunicação geral)
GFP: Procedimento genérico de quadros
GMPLS: Generalized Multi-Protocol Label Switching (Comutação de
rótulos multiprotocolo generalizada)
IP: Internet Protocol (protocolo de Internet)
ITU: União Internacional de Telecomunicações
MAN: Rede de área metropolitana
Mb/s: Megabits por segundo

38
MPLS: Multi-Protocol Label Switching Comutação por identificação de
multiprotocolo)
OAM: Operations, Administration, and Maintenance (Operações,
Administração e Manutenção)
OC-n: Optical Carrier Level n (1, 3, 12, 48, 192, 768) (nível da operadora
óptica)
OCh: Canal óptico
OCC: Optical Carrier Channel (Canal da operadora óptica)
ODU: Optical Channel Data Unit (Unidade de dados de canal óptico)
OMS: Optical Multiplex Section (Seção de multiplex óptico)
OOS: OTM Overhead Signal (Sinal de overhead da OTM))
OPU: Optical channel Payload Unit (Unidade de carga útil de canal óptico)
OTN: Optical Transport Networking (Rede de transporte óptico)
(consulte G.709)
OTS: Optical Transmission Section (Seção de transmissão óptica)
OTU: Unidade de transporte óptico
O-VPN: Rede Privada Virtual Óptica
Packet-over-SONET: GbE sobre OC-48/STM-16
ROADM: Reconfigurable Optical Add-Drop Multiplexer
(Multiplexador Add-Drop Óptico Reconfigurável)
SAN: Rede de área de armazenamento
SDH: Hierarquia digital síncrona
SLA: Contrato de nível de serviço
SONET: Rede óptica síncrona
Tbps: Terabits por segundo
TCM: Tandem Connection Monitoring (Monitoramento de conexão
em paralelo – tandem)
VCAT: Concatenação virtual
VLAN: Rede local virtual
VOIP: Voice over IP (voz sobre IP)
WAN: Wide Area Network (rede remota)
WDM: Multiplex por Divisão de Comprimento de Onda

39
Paul Littlewood
Diretor, Arquitetura de Rede
Escritório do CTO

Paul Littlewood é diretor de engenharia da equipe


de CTO da Ciena. Atualmente, suas áreas de
interesse incluem: evolução da arquitetura de rede,
design de rede metropolitana e rede multicamada.

Em sua carreira, Paul comandou equipes de


engenharia e gerenciamento de produtos em
projetos de transporte óptico e conexão cruzada
digital, e também foi um líder na definição e no desenvolvimento de
tecnologias Carrier Ethernet, incluindo Resilient Packet Rings.

Paul tem sete patentes registradas e redigiu diversos documentos sobre


redes ópticas. Graduou-se com mérito em Física na Universidade de
Newcastle upon Tyne na Grã-Bretanha

Fady Masoud
Consultor sênior, Marketing Técnico
Ciena Portfolio Solutions

Fady Masoud é consultor sênior em marketing


técnico do grupo Ciena Portfolio Solutions. Sua
área de conhecimentos envolve a arquitetura e
os requisitos das plataformas ópticas de nova
geração.

Em seus mais de 18 anos no setor de


telecomunicação, Fady ocupou vários cargos
na área de redes ópticas na Nortel e atualmente na Ciena. Ele começou
como engenheiro de teste de hardware nos primeiros sistemas OC-192
(10 Gbps) e depois passou a engenheiro de sistemas de produtos ópticos
metropolitanos. Tudo isso associado à grande experiência prática.

Fady é formado em Engenharia Elétrica pela Laval University (Quebec,


Canadá) e é mestre em tecnologia de sistemas (simulação de redes ópticas)
pela Superior School of Technology (Montreal, Canadá). Ele escreveu várias
publicações sobre redes ópticas de nova geração, incluindo 40G, ROADMs,
estratégias e arquitetura de rede inteligente, e muitos outros assuntos
importantes.
"Este guia é uma leitura ESSENCIAL para todos os interessados na
evolução das redes. Com conhecimento profundo de OTN, Paul Littlewood
e Fady Masoud criaram um poderoso recurso sobre o valor da OTN."

Ron Kline, Analista principal, Intelligent Networks, Ovum

Tem tido dificuldade para ‘lidar’ com as redes de outra


geração? Está tentando tirar o máximo dos ganhos com
tecnologias SONET/SDH?

Saiba como economizar e ao mesmo tempo atender a toda


e qualquer demanda por recursos de rede. Usar switches em
OTNs pode ser a resposta para superar todos os desafios
de capacidade e desempenho, e ainda economizar com
a diminuição da latência e a melhoria considerável da
gerenciabilidade da rede.

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