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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

RAMON RAINER DE COSTA BIFF

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E RISCOS AMBIENTAIS EM UMA


OBRA LOCALIZADA NA REGIÃO SUL DE SANTA CATARINA

Tubarão
2017
RAMON RAINER DE COSTA BIFF

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E RISCOS AMBIENTAIS EM UMA


OBRA LOCALIZADA NA REGIÃO SUL DE SANTA CATARINA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Engenharia Civil da Universidade do Sul
de Santa Catarina como requisito parcial à
obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientador: Prof. Daniel Manoel de Souza Junior,


Eng. Agrimensor e Civil.

Tubarão
2017
Aos meus familiares e amigos que sempre me
apoiaram e estivaram ao meu lado.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os meus familiares e amigos, que sempre me apoiaram e que sem
eles não conseguiria concluir este curso.
A esta universidade, todos os professores e colegas de curso, e em especial ao professor
Daniel Manoel De Souza Junior.
A Deus.
“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem
perder entusiasmo”. (Winston Churchill).
RESUMO

Com o aumento da atividade industrial juntamente com a concorrência entre as empresas, a


exigências por parte dos consumidores aumenta gradativamente, assim, as organizações são
incentivadas a implementar programas de Higiene e Segurança do Trabalho com objetivo de
reduzir os agentes agressivos (químicos, físicos e biológicos) capazes de acarretar doenças
profissionais ou qualquer outro prejuízo a saúde do trabalhador. Sabe-se que o trabalhador com
melhor qualidade é capaz de interferir diretamente na qualidade do produto e consequentemente
na lucratividade da empresa. Esta pesquisa apresenta informações relevantes que podem servir
como base para que empresas de construção civil possam utilizar como ferramenta a fim de se
atualizar ou até mesmo se adequar, pois estabelece conceitos e discute os principais elementos
acerca da Segurança do Trabalho e os principais resultados identificados durante a participação
direta desse autor no processo de avaliação de fator de riscos ambientais no setor de construção
civil em uma construtora localizada na região Sul de Santa Catarina. Os resultados demonstram
que o investimento em Segurança do trabalho traz significativas melhorias nas condições de
trabalho e consequentemente na qualidade de vida do trabalhador, principalmente provida de uma
empresa que considera a Segurança do Trabalho como essencial no desempenho da empresa e
como consequência o bem-estar do funcionário, o aumento da rentabilidade dos serviços e dos
lucros.

Palavras-chave: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Higiene e Segurança do Trabalho.


Qualidade de vida.
ABSTRACT

With the increasing industrial activity coupled with competition between companies, demands on
the part of consumers are gradually increasing, so organizations are encouraged to implement
Hygiene and Work Safety programs to reduce aggressive agents (chemical, physical and
biological) capable of causing occupational diseases or any other harm to the health of the worker.
It is known that the worker with the best quality is able to interfere directly in the quality of the
product and consequently in the profitability of the company. This research presents relevant
information that can serve as a basis for civil construction companies to use as a tool in order to
be updated or even fit, since it establishes concepts and discusses the main elements about Work
Safety and the main results identified during the direct participation of this author in the process
of evaluation of environmental risk factor in the construction sector in a construction company
located in the southern region of Santa Catarina. The results demonstrate that the investment in
Work Safety brings significant improvements in working conditions and consequently in the
quality of life of the worker, mainly provided by a company that considers Work Safety as essential
in the performance of the company and as a consequence the well-being Increase the profitability
of services and profits.

Keywords: Prevention of Environmental Risks Program. Hygiene and Work Safety. Quality of
life.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Exemplo de ficha de CAT da Previdência Social. ................................................... 20


Figura 2 - Residencial Parizká em sua fase de construção. ...................................................... 24
Figura 3 - Residencial Parizká em sua fase de entrega............................................................. 24
Figura 4 - Termômetro de Globo utilizado para medição de calor. ......................................... 25
Figura 5 - Decibelímetro – Instrutherm DEC-460.................................................................... 26
Figura 6 - Avaliação dos níveis de pressão sonora. .................................................................. 28
Figura 7 - Local do monitoramento (obra Residencial Parizká). ............................................. 29
Figura 8 - Falta de identificação tensão de todas as tomadas elétricas (110V/220V). ............. 31
Figura 9 - Painel elétrico devidamente isolados, porém não sinalizados. ................................ 32
Figura 10 - Equipamentos e materiais em local que oferece risco de acidentes. ..................... 33
Figura 11 - Equipamentos e materiais em local que oferece risco de acidentes. ..................... 33
Figura 12 - Lavatório, vaso sanitário e mictório na proporção adequada. ............................... 35
Figura 13 - Fornecimento de água potável, filtrada e fresca. ................................................... 35
Figura 14 - Armários individuais e bancos para troca de roupas. ............................................ 36
Figura 15 - Refeitório adequadamente instalado. ..................................................................... 36
Figura 16 - Empregado fazendo uso correto do protetor auricular tipo concha. ...................... 38
Figura 17 - Ambiente exposto à radiação solar. ....................................................................... 40
Figura 18 - Matéria-prima: cimento. ........................................................................................ 41
Figura 19 - Respirador T -750 PFF2 CA – 14103. ................................................................... 42
Figura 20 - Trabalho em altura. ................................................................................................ 44
Figura 21 - Comissão Interna de Acidentes do Trabalho da Construtora Damiani. ................. 45
Figura 22 - Ficha de controle de entrega e devolução de EPI da Construtora Damiani. .......... 46
Figura 23 - Utilização de acessórios (brincos e relógio) que podem comprometer a segurança
durante as operações com os maquinários. ............................................................................... 47
Figura 24 - Placas de advertência quanto ao uso de EPI. ......................................................... 48
Figura 25 - Cimentos isolados do contato com o piso e afastados das paredes com altura máxima
de 10 sacos. ............................................................................................................................... 49
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Número de acidentes do trabalho no Brasil - período 2006 a 2012. ....................... 21


Tabela 2 - Acidentes do trabalho por situação do registro e motivo na construção civil – período
de 2006 a 2012.......................................................................................................................... 21
Tabela 3 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente estabelecido pelo Anexo 1 da
NR - 15. .................................................................................................................................... 27
Tabela 4 - Dados coletados na obra – Termômetro. ................................................................. 30
Tabela 5 - Dados coletados na obra – Decibelímetro. .............................................................. 30
Tabela 6 - Cálculo das doses de ruídos na obra. ....................................................................... 37
Tabela 7 - Equipamentos aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho – CA. ........................................................................................................... 47
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AR Análise de Risco
CA Certificado de Aprovação
CAT Comunicação de Acidentes do Trabalho
CIPA Comissão Interna De Prevenção de Acidentes
EPI Equipamento de Proteção Individual
IBUTG Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
ISO International Organization for Standardization
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NR Norma Regulamentadora
PBQP-H Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
PCMAT
Civil
PCMSO Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
PIB Produto Interno Bruto
PPR Programa de Proteção Respiratória
PT Permissão de Trabalho
SESMT Serviços Especializados em Engenharia e Segurança e em Medicina do Trabalho
SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
SGQ Sistema de Gestão de Qualidade
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 14
1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 14
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 14
1.2.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 15
2.1 A SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL ............................................................ 15
2.1.1 Higiene do trabalho ou higiene ocupacional ............................................................... 16
2.1.2 Incidentes no trabalho ................................................................................................... 17
2.1.3 Acidentes do Trabalho .................................................................................................. 18
2.1.3.1 Comunicação de Acidentes do Trabalho (CAT) .......................................................... 19
2.3.1.2 Estatística de acidentes do trabalho .............................................................................. 20
2.3.1.2.1 Estatística de acidentes do Trabalho na Construção Civil ....................................... 21
3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 23
3.1 AMOSTRAS QUANTITATIVAS ..................................................................................... 24
3.1.1 Medição estresse térmico .............................................................................................. 24
3.1.2 Medição dos níveis de ruído.......................................................................................... 26
4 RESULTADOS .................................................................................................................... 29
4.1 ESPECIFICAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO ............................................................ 29
4.2 MEDIÇÃO ESTRESSE TÉRMICO NA OBRA ................................................................ 29
4.2.1 Dados do monitoramento .............................................................................................. 29
4.2.2 Mensurações na obra .................................................................................................... 30
4.3 MEDIÇÃO DE RUÍDO NOS MAQUINÁRIOS DA OBRA.......................................... 30
4.3.1 Dados do monitoramento .............................................................................................. 30
4.3.2 Mensurações na obra .................................................................................................... 30
5 DISCUSSÃO ........................................................................................................................ 31
5.1 ELETRICIDADE E MAQUINÁRIOS .............................................................................. 31
5.2 ÁREAS DE VIVÊNCIA .................................................................................................... 34
5.3 RUÍDO ............................................................................................................................... 37
5.4 CALOR ............................................................................................................................... 38
5.5 POEIRA .............................................................................................................................. 40
5.6 TRABALHO EM ALTURA .............................................................................................. 42
5.7 RECOMENDAÇÕES GERAIS QUANTO AOS RISCOS DE ACIDENTES .................. 44
6 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 50
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 52
13

1 INTRODUÇÃO

Ao longo da história, o homem esteve constantemente exposto a riscos, mas a partir


da revolução industrial com a invenção das máquinas a vapor, esses riscos ampliaram-se. O
trabalho sempre fez parte da vida e da estória dos seres humanos. Através dele, as civilizações
conseguiram se desenvolver e alcançar o nível atual. O trabalho gera conhecimentos, riquezas
materiais, satisfação pessoal e desenvolvimento econômico. Por isso, ele é e sempre foi muito
valorizado em todas as sociedades. (FERREIRA; PEIXOTO, 2012).
Para se ter uma ideia, de janeiro a maio de 2015, o setor industrial contratou 28.794
trabalhadores em todo o Brasil, através da intermediação virtual disponibilizada pelo Portal
Mais Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ainda no mesmo ano, a
plataforma ofereceu mais de 700 mil empregos e, em 2014, foram captadas mais de 2,6 milhões
de oportunidades de trabalho. (MTE, 2015).
O Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (SindusCon-MG)
divulgou um levantamento em 2014 sobre "o desempenho da construção civil nas duas décadas
do plano real e desempenho recente", que reúne dados sobre o desenvolvimento do setor nos
últimos 20 anos, considerando a estabilidade econômica conquistada com o Plano Real
(SINDUSCON-MG apud AMORIM, 2014). Este levantamento revela que o crescimento do
setor da construção civil na última década foi de 52,10%, o que representa um crescimento
médio anual de 4,28%. Considerando os últimos 20 anos, o avanço médio anual foi de 2,82%.
Entre 1994 e 2013, a construção civil brasileira cresceu 74,25%, sendo que o auge do
desenvolvimento neste período foi registrado no ano de 2010, quando o Produto Interno Bruto
(PIB) brasileiro da construção civil teve alta de 11,6%. Logo, como razões para o crescimento
avançado entre 2004 e 2013, foram apontados o aumento do emprego formal, apesar da redução
das atividades da construção civil nos últimos dois anos.
Acompanhando o crescimento econômico e as diversificações dos processos
produtivos, surgem os agravos à saúde do trabalhador. A dimensão social do processo de
trabalho e sua relação com os acidentes e doenças ocupacionais têm sido apontadas como
dependentes dessa dinâmica. Essa exposição também vai estar relacionada com cada processo
produtivo – em que as tecnologias utilizadas podem acrescentar novos riscos e impactar
diferentemente no perfil dos acidentes de trabalho. (VASCONCELLOS; PIGNATTI;
PIGNATTI, 2009, p. 664).
No setor da construção civil, o número excessivo de acidentes e os grandes desastres
mundiais divulgados pela mídia levam as empresas a se alertarem que a competitividade e os
14

lucros são insuficientes. Assim, ocorre a necessidade de que estas empresas demonstrem
atitudes eticamente corretas e responsáveis quanto à segurança e saúde em seus ambientes de
trabalho, além de enfoque em questões ambientais. (BENITE, 2004).

1.1 JUSTIFICATIVA

Atualmente, no Brasil, mesmo com medidas preventivas cada vez mais rígidas,
adotadas pelos órgãos de fiscalização, ainda é muito decorrente a detecção de acidentes, de
doença ocupacional e de doença do trabalho relacionado aos riscos ocupacionais em que os
trabalhadores são expostos durante suas jornadas de trabalho.
Segundo Benite (2004) as mudanças que vêm ocorrendo no contexto social,
econômico, político e tecnológico no mundo impõem as organizações à necessidade de adotar
novas estratégias empresariais que deixam evidente que os modelos de gestão atuais não são
suficientes para responder aos novos desafios surgidos, devendo ser reavaliados.
Nesse contexto, o suposto trabalho busca apresentar as condições de saúde e
segurança do trabalho, avaliando os riscos ambientais, a que os trabalhadores estão expostos
em uma obra da construção civil no município de Criciúma/SC.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Avaliar as condições de saúde e segurança dos trabalhadores em uma obra da


construção civil no município de Criciúma/SC.

1.2.2 Objetivos específicos

• Determinar, qualificar e quantificar os principais riscos ambientais passíveis de


ocasionar danos à saúde e/ou integridade física do trabalhador;
• Descrever os principais riscos ambientais existentes;
• Fundamentar os riscos ambientais encontrados por meio de embasamentos
legais.
15

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL

Podemos definir Segurança do Trabalho como uma série de medidas técnicas,


administrativas, educacionais, comportamentais e médicas, empregadas a fim de prevenir
acidentes e eliminar condições e procedimentos inseguros no ambiente de trabalho. A segurança
do trabalho destaca também a importância dos meios de prevenção estabelecidos para proteger
a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. (FERREIRA; PEIXOTO, 2012). Ou
seja, segurança do trabalho pode ser definida como o conjunto de medidas adotadas, visando
minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e
a capacidade de trabalho das pessoas envolvidas. (PEIXOTO, 2011).
A primeira lei sobre acidentes de trabalho no Brasil foi aprovada em 15 de janeiro
de 1919, através do Decreto Legislativo nº 3.724. Posteriormente, na década de 70, foi
regulamentada no Brasil a obrigatoriedade dos serviços de segurança e medicina do trabalho
acima de determinado grau de risco. (ROSA, 2009).
Nos últimos anos, o Brasil vem se programando cada vez mais com ações que
permitiram melhorar o cenário estatístico no que se refere aos acidentes do trabalho e suas
consequências danosas que afetam todos os envolvidos no mundo do trabalho. Essas ações
envolveram aspectos não só de legislação e fiscalização, mas também da implantação de
preceitos e valores prevencionistas, com a colaboração de profissionais capacitados e
habilitados da área de Saúde e Segurança Ocupacional. (PEIXOTO, 2011).
Segundo Garcia (1996), de modo geral, essa situação tem se limitado à disposição
de medidas individuais de controle de riscos (como a implantação dos Equipamentos de
Proteção Individual (EPI)), no entanto, os conceitos de segurança e higiene do trabalho dão
como prioridade as medidas preventivas e de controle de riscos, abordando as medidas coletivas
como primordiais.
Atualmente, a preocupação com a saúde e a segurança dos trabalhadores não fica
limitada à esfera de ação do trabalhador, mas atinge também os empregadores e o próprio
Estado. Isto porque, como visto anteriormente, o acidente do trabalho produz reflexo não só no
âmbito da relação empregatícia, mas também para toda a sociedade politicamente organizada.
(JUNIOR, 2009).
16

2.1.1 Higiene do trabalho ou higiene ocupacional

Higiene do trabalho ou higiene ocupacional é um conjunto de medidas preventivas


relacionadas ao ambiente do trabalho, visando à redução de acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais. A higiene do trabalho consiste em combater as doenças profissionais.
(EQUIPROIN, 2015).
Segundo Ferreira e Peixoto (2012):

A higiene ocupacional, com seu caráter prevencionista, tem como objetivo


fundamental atuar nos ambientes de trabalho (e em ambientes afetados), aplicando
princípios administrativos, de engenharia e de medicina do trabalho no controle e
prevenção das doenças ocupacionais. Objetiva, também, detectar os agentes nocivos,
quantificando sua intensidade ou concentração e propondo medidas de controle
necessárias para assegurar condições seguras para realização de atividades laborais.

Segundo Tauil (2006) o objetivo da higiene do trabalho ou higiene ocupacional é


eliminar ou reduzir os agentes agressivos de natureza química, física ou biológica encontrados
no ambiente de trabalho, capazes de acarretar doenças profissionais ou qualquer outro prejuízo
à saúde do trabalhador. Há vários fatores de risco, tais como: físicos, químicos, biológicos, de
acidentes e ergonômicos, que afetam o trabalhador no desenvolvimento de suas tarefas diárias.
Abaixo segue uma breve definição a respeito dos principais fatores de risco encontrados nos
ambientes de trabalho.
Segundo a Norma Regulamentadora (NR) 9, risco ambiental é a definição genérica
da exposição do trabalhador a agentes físicos, químicos e biológicos que em função de sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à
saúde do trabalhador. Vale destacar que, os riscos mecânicos (acidentes) e ergonômicos apesar
de não serem contemplados pela NR-9 devem ser levados em consideração, por se tratarem de
riscos ambientais causadores de danos à saúde e à integridade física dos trabalhadores.
Ainda segundo a Norma, os riscos físicos são efeitos gerados por máquinas,
equipamentos e condições físicas, características do local de trabalho que podem causar
prejuízos à saúde do trabalhador, como por exemplo: ruídos, vibrações, temperaturas extremas,
radiações ionizantes ou não ionizantes, dentre outros.
Os riscos químicos são representados pelas substâncias, compostos ou produtos que
possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas,
neblinas, gases ou vapores, ou que pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato
17

ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Quando absorvidas pelo
organismo, podem produzir reações tóxicas e danos à saúde.
Os riscos biológicos são aqueles causados por micro-organismos, tais como:
bactérias, fungos, vírus, bacilos e outros. São capazes de desencadear doenças devido à
contaminação e pela própria natureza do trabalho. (SANTOS, 2015).
Segundo a NR-17, os riscos ergonômicos presentes nos ambientes de trabalho estão
relacionados à exigência de esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso,
postura inadequada no exercício das atividades, exigências rigorosas de produtividade, jornadas
de trabalho prolongadas ou em turnos, atividades monótonas ou repetitivas, entre outros. (MTE,
2015).
Outros fatores de risco que podem ser encontrados e devem ser eliminados dos
ambientes de trabalho são decorrentes de riscos de acidentes, como: falhas de projeto de
máquinas, equipamentos, ferramentas, veículos e prédios; deficiências de leiaute; iluminação
excessiva ou deficiente; uso inadequado de cores; probabilidade de incêndio ou explosão;
armazenamento inadequado de produtos, presença de animais peçonhentos, entre outros.
Segunda a NR-9 há a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de
todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde e da
integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham existir no ambiente de
trabalho, considerando também a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. (MTE,
2015).

2.1.2 Incidentes no trabalho

É quando ocorre um acidente sem danos pessoais. Para os profissionais


prevencionistas é tão ou mais importante que o acidente com danos, pois indica uma condição
de futuro acidente, devendo ser, portanto, analisado e investigado, bem como devem ser
sugeridas algumas medidas para evitar sua repetição. Quando o acidente não produz dano em
algum trabalhador, ou seja, quando não há vítimas, prefere-se utilizar a expressão “incidente”
para referir-se a esse fenômeno. (JUNIOR, 2009).
18

2.1.3 Acidentes do Trabalho

Segundo Junior (2009), no século XIX, o acidente do trabalho era considerado um


acontecimento, traumático, súbito decorrente de obra do acaso e dentro do ambiente de trabalho.
Também se denominava como infortúnio, que se traduzia uma ideia de ausência de sorte,
infelicidade ou desgraça.
Posteriormente, a definição foi dada pela Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 e
pelo Decreto nº 2.172, de 05 de março de 1997, no Regulamento dos Benefícios de Previdência
Social, entretanto, foi revogado pelo Decreto n° 3.048 de 06 de maio de 1999, o qual aprova o
Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências.
A Lei nº 8.213 em seu Art. 19 define:

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa,


ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause morte, a perda ou redução da capacidade
para o trabalho permanente ou temporário.

Complementando, o Art. 20 considera acidente do trabalho, nos termos do artigo


anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função
de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado
pela natureza do trabalho.
Em resumo, para caracterização do acidente de trabalho é necessário que o evento
provoque lesão corporal ou perturbação funcional, ensejando a morte, a perda ou redução
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. (JUNIOR, 2009).
19

Demonstrado o que a lei define como acidente do trabalho, cabe agora explicar
como deve ser feito o processo de comunicação do acidente e quais são os requisitos para a
propositura da ação acidentária.

2.1.3.1 Comunicação de Acidentes do Trabalho (CAT)

Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho,


a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da
segregação compulsória, ou o dia em que foi realizado o diagnóstico, valendo para esse efeito
o que ocorrer primeiro. (MEDEIROS, 2010).
A preconização e a notificação dos acidentes do trabalho, como conhecemos
atualmente no Brasil, ocorreu em 1976, com a edição da Lei nº 6.367. Neste momento, foi
instituída a CAT, impresso específico para notificação do acidente do trabalho, que
posteriormente foi reformulado (em 24 de julho de 1991) através das Leis nº 82.12 e nº 82.13,
regulamentada em 26 de outubro de 1993 e em 1999, através da Portaria nº 5.051. (CORTEZ,
2001).
Ocorrido o acidente, a CAT deve ser preenchida em 24 horas e enviada para o
médico responsável para que possa registrar no MTE. É importante que este documento seja
acompanhado de laudos médicos, especificando onde foi atendido, se o médico atestou ou não,
e definindo a parte do corpo em que houve lesão, como por exemplo: se mão direita ou
esquerda. Após receber a CAT pronta e a assinada original, caso o funcionário seja
encaminhado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) após 15 dias, deverá levar a
original assinada, por isso é importante que em dois ou três dias o médico receba todas as
informações necessárias.
Atualmente, segundo o guia trabalhista, havendo acidente de trabalho sem o
preenchimento da CAT pela empresa, podem formalizá-lo o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade
pública (inclusive o próprio perito do INSS quando da realização da perícia). (ALENCAR,
2014).
A Figura 1 apresenta um exemplo de ficha de CAT.
20

Figura 1 - Exemplo de ficha de CAT da Previdência Social.

Fonte: Previdência Social (2017).

2.3.1.2 Estatística de acidentes do trabalho

Segundo Ferreira e Peixoto (2012), todos os anos diversos trabalhadores se


acidentam no Brasil, morrem ou sofrem alguma incapacitação permanente no trabalho. Apesar
das estatísticas alarmantes, esse fato permanece longe do conhecimento da sociedade brasileira.
A Tabela 1 apresenta o número de acidentes do trabalho no Brasil, no período de
2006 a 2012.
21

Tabela 1 - Número de acidentes do trabalho no Brasil - período 2006 a 2012.


Ano Nº de acidentes no Brasil (A)
2006 512.232
2007 659.523
2008 755.980
2009 733.365
2010 709.474
2011 720.629
2012 705.239
Fonte: Anuário Estatístico Da Previdência Social – AEPS (2013).

2.3.1.2.1 Estatística de acidentes do Trabalho na Construção Civil

As obras de infraestrutura e construção imobiliária elevou o número de acidentes


de trabalho que resultam em mutilações ou mortes no Brasil.
A Tabela 2 apresenta o número de acidentes do trabalho por situação do registro e
motivo na construção civil, no período de 2006 a 2012.

Tabela 2 - Acidentes do trabalho por situação do registro e motivo na construção civil – período
de 2006 a 2012.
Construção Civil

Ano Com CAT


Sem Total construção
Típico Trajeto Doença do % (B/A)
CAT civil (B)
trabalho
2006 24.592 3.294 1.168 - 29.054 5,67
2007 25.797 3.540 1.025 7.032 37.394 5,67
2008 33.288 4.594 940 14.008 52.830 6,99
2009 35.265 5.042 1.111 14.252 55.670 7,59
2010 36.611 5.660 1.052 12.597 55.920 7,88
2011 39.301 6.281 957 13.269 59.808 8,30
2012 41.111 6.608 740 14.415 62.874 8,92
Fonte: Anuário Estatístico Da Previdência Social – AEPS (2013).

Em 2012, ocorreram mais de 700 mil acidentes de trabalho no Brasil, onde 62.874
aconteceram na construção civil, sendo 48.459 acidentes com CAT registrada e 14.415 com
CAT não registrada. Realizando um percentual entre o número de acidentes na construção civil
e o número de acidentes no Brasil, esse valor representa 8,92% dos acidentes.
Vale destacar que o percentual do número de acidentes na construção civil sobre o
número de acidentes no Brasil vem sofrendo um aumento a cada ano, como pode ser visualizado
na Tabela 2.
22

Nas últimas décadas, a crescente competição do mercado, assim como, o aumento


das exigências por parte dos clientes públicos e privados levaram as organizações a
implementarem um Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) baseado nos modelos da Série ISO-
9000, estabelecidos pela International Organization for Standardization (ISO). Esse fator
também foi evidenciado no setor da construção civil brasileira, onde evidenciou-se grande
número de certificações em empresas construtoras com base na norma ISO 9001 e em normas
de gestão da qualidade desenvolvidas especificamente para o setor. (BENITE, 2004).
Segundo SINPAIT (2013), o jornal “O Estado de São Paulo”, em sua edição de 21
de janeiro de 2012, publicou uma importante reportagem sob o título: “País gasta R$71 bilhões
ao ano com acidente de trabalho”. Esse valor é equivalente a quase 9% da folha salarial
brasileira, que inclui gastos públicos e privados, que certamente encontra-se subestimado, pois
leva em consideração apenas o mercado formal de trabalho. Ou seja, o prejuízo econômico real,
ao Estado e à iniciativa privada, causado pelos acidentes de trabalho seria ainda maior.
Na realidade, o acidente laboral não passa de um acontecimento determinado,
previsível, in abstracto e, que, na maioria das vezes, pode-se prevenir, pois suas causas são
perfeitamente identificáveis dentro do meio ambiente de trabalho, podendo ser neutralizadas ou
eliminadas. (JUNIOR, 2009).
23

3 MATERIAL E MÉTODOS

Este trabalho foi realizado em uma obra da construção civil, mais precisamente no
Residencial Parizká da Construtora Edson Damiani, localizado no município de Criciúma/SC.
A Construtora Edson Damiani ocupa hoje um lugar de destaque no mercado
imobiliário da região sul de Santa Catarina, reconhecida por alcançar padrões diferenciados de
alta qualidade em seus empreendimentos. A empresa é certificada pela norma internacional de
qualidade ISO 9001 e também no nível “A” pelo Programa Brasileiro de Qualidade e
Produtividade do Habitat (PBQP-H). (EMPRESA, 2017).
Para atender o objetivo do estudo foram utilizadas amostras qualitativas
(reconhecimento visual) e quantitativas (reconhecimento através de medição por aparelhos) da
obra em construção. Vale ressaltar que, nem todos os agentes físicos e químicos foram
mensuráveis, estes e outros agentes como os biológicos são avaliados qualitativamente no
momento da avaliação ambiental.
As avaliações dos riscos ambientais foram realizadas in loco, sempre
acompanhadas pelo responsável da empresa ou preposto.
Na metodologia de avaliação dos agentes ambientais foram utilizadas como base as
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, podendo ser
complementadas com outras legislações e normatizações relacionadas à segurança e saúde no
trabalho.
Na etapa de visitação, o autor teve a oportunidade de conhecer a estória da empresa,
as dependências físicas em sua fase de construção (Figura 2) e o processo até a entrega final da
obra (Figura 3).
24

Figura 2 - Residencial Parizká em sua fase de construção.

Fonte: Biff (2015).

Figura 3 - Residencial Parizká em sua fase de entrega.

Fonte: Empresa (2015).

3.1 AMOSTRAS QUANTITATIVAS

3.1.1 Medição estresse térmico

Para avaliação do estresse térmico, o índice utilizado foi estabelecido de acordo


com a NR-15 e a Norma de Higiene Ocupacional (NHO06) da Fundacentro (2009), através do
Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) que pode ser calculado pela equação
(1) utilizado em ambientes externos com carga solar e pela equação (2) para ambientes internos
ou externos sem carga solar.
25

(1) 𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 = 0,7𝑡𝑏𝑛 + 0,1𝑡𝑏𝑠 + 0,2𝑡𝑔


(2) 𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 = 0,7𝑡𝑏𝑛 + 0,3𝑡𝑔

Onde:

• 𝑡𝑏𝑛 = temperatura de bulbo úmido natural;


• 𝑡𝑔 = temperatura de globo e;
• 𝑡𝑏𝑠 = temperatura de bulbo seco.

Para determinação da temperatura do ambiente foi utilizado IBUTG para ambientes


internos ou externos com ou sem carga solar; que considera os cinco principais fatores e
influentes trocas térmicas entre o indivíduo e o meio, que são: a temperatura do ar, a velocidade
do ar, a umidade, o calor radiante e o tipo de atividade (Figura 4).
As medições foram realizadas no local de trabalho a altura da região do corpo mais
atingida.

Figura 4 - Termômetro de Globo utilizado para medição de calor.

Fonte: Biff (2015).

A metodologia utilizada para “avaliação de exposição ao calor” foi estabelecida


pela NR-15 - Anexo 3 e avaliada por um profissional técnico da empresa Maxipas – Saúde
ocupacional.
26

3.1.2 Medição dos níveis de ruído

Entende-se por ruído contínuo ou intermitente, para os fins de aplicação de limites


de tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto.
A metodologia utilizada para “avaliação dos níveis de pressão sonora” foi a
estabelecida pela NR-15.
Os critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional ao ruído
referenciaram-se nas normas ISO 1999, NHO-01 da Fundacentro e NR-15 da Portaria nº 3.214
do MTE.
Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB)
com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e
circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do
trabalhador. A exposição dos trabalhadores foi avaliada com base no nível equivalente (Leq).
A Figura 5 apresenta o equipamento (Decibelímetro) utilizado para a realização das
medições.

Figura 5 - Decibelímetro – Instrutherm DEC-460.

Fonte: Biff (2015).

Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a


máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado.
27

Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de


tolerância fixados no quadro do Anexo 1 da NR-15.
Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB (A) para indivíduos
que não estejam adequadamente protegidos. As atividades ou operações que exponham os
trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB (A), sem proteção
adequada, oferecerão risco grave e iminente.
Se durante a jornada de trabalho ocorrer dois ou mais períodos de exposição a ruído
de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados (3), de forma que, se
a soma das seguintes frações exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância
(Tabela 3).

𝐶1 𝐶2 𝐶3 𝐶𝑛
(3) + + ….
𝑇1 𝑇2 𝑇3 𝑇𝑛

Onde:

• 𝐶𝑛 = tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico;


• 𝑇𝑛 = indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo Anexo
1 da NR-15.

Tabela 3 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente estabelecido pelo Anexo 1
da NR - 15.
Nível de ruído Máxima exposição diária
dB (A) permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
28

Nível de ruído Máxima exposição diária


dB (A) permissível
114 8 minutos
115 7 minutos
Fonte: Brasil (1978).

Nível de ação é o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de
forma a minimizar a probabilidade de que as exposições à agentes ambientais ultrapassem os
limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a
informação aos trabalhadores e o controle médico. Foram avaliados por um profissional técnico
da empresa Maxipas – Saúde ocupacional (Figura 6).

Figura 6 - Avaliação dos níveis de pressão sonora.

Fonte: Biff (2015).


29

4 RESULTADOS

4.1 ESPECIFICAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO

• Obra Residencial Parizská - Construtora Damiani.


• Local do monitoramento - Rua Mario de Andrade esquina com a Avenida
Humberto de Campos, Pio Corrêa - Criciúma/SC (Figura 7).
• Área Construída - 3.413,89 m².
• Unidades - 06 apartamentos tipo e 02 coberturas duplex.
• Previsão de entrega – 30/06/2016.

Figura 7 - Local do monitoramento (obra Residencial Parizká).

Fonte: Google (2016).

4.2 MEDIÇÃO ESTRESSE TÉRMICO NA OBRA

4.2.1 Dados do monitoramento

• Equipamento utilizado: Termômetro de estresse térmico – Instrutherm TGD-


200.
• Responsável pela coleta: Jéssica Alves.
30

4.2.2 Mensurações na obra

Tabela 4 - Dados coletados na obra – Termômetro.


Termômetro Temperatura (°C)
Úmido 22,0
Seco 25,5
Globo 30,4
Fonte: Biff (2016).

4.3 MEDIÇÃO DE RUÍDO NOS MAQUINÁRIOS DA OBRA

4.3.1 Dados do monitoramento

• Equipamento utilizado: Decibelímetro – Instrutherm DEC-460.


• Responsável pela coleta: Jéssica Alves.
• Identificação da amostra: 131200387.

4.3.2 Mensurações na obra

Tabela 5 - Dados coletados na obra – Decibelímetro.


Tempo de
Equipamento Nível de ruído (dB (A)) Frequência
exposição
Betoneira 1 85 6 Horas Todos os dias
Betoneira 2 65 6 Horas Todos os dias
Furadeira de Impacto 95 4 Horas 1 vez na semana
Maquita 93 2 Horas Todos os dias
Mareta 80 30 Min 1 vez na semana
Fonte: Biff (2016).
31

5 DISCUSSÃO

5.1 ELETRICIDADE E MAQUINÁRIOS

Como levantamento dos riscos ambientais na obra visitada referente a risco de


choque elétrico, têm-se:
A empresa não permite ligações simultâneas de vários aparelhos em uma mesma
tomada. Utilizam filtro de linha provido de sistema de segurança através de fusível adequado à
rede elétrica, quando necessária a ativação de mais de um aparelho no mesmo ponto elétrico,
minimizando riscos de sobrecarga e treinam os funcionários a manterem a atenção ao realizar
atividades próximas a tomadas elétricas para evitar riscos de choques.
Todos os maquinários possuem instalações aterradas e a limpeza, manutenção,
ajustes e inspeções são realizadas apenas com as máquinas e equipamentos devidamente
desligados para a segurança do trabalhador, porém, a identificação da tensão de todas as
tomadas elétricas (110V/220V) ainda é necessária (Figura 8).

Figura 8 - Falta de identificação tensão de todas as tomadas elétricas (110V/220V).

Fonte: Biff (2015).


32

Os painéis elétricos (Figura 9) são devidamente isolados, porém, não estão


devidamente sinalizados quanto ao risco de choque elétrico e a tampa interna de proteção na
cor laranja é inexistente, sendo assim a necessidade de regularização.

Figura 9 - Painel elétrico devidamente isolados, porém não sinalizados.

Fonte: Biff (2015).

Avisar imediatamente o supervisor do setor quando o trabalhador tenha percebido


qualquer problema nos equipamentos utilizados, a fim de que a manutenção do equipamento
seja providenciada, é prioridade entre as regras da empresa, pois assim evitam-se possíveis
acidentes. Os profissionais são treinados para manterem os equipamentos em local que não
ofereça risco de acidentes mesmo enquanto não estiverem em uso podendo assim causar
acidentes como tropeços e possíveis cortes, porém apresentou-se uma falha na fiscalização
interna quanto a esse quesito (Figura 10).
33

Figura 10 - Equipamentos e materiais em local que oferece risco de acidentes.

Fonte: Biff (2015).

As ferramentas precisam ser devidamente apropriadas e em perfeito estado de uso,


devendo ser substituídas pelo empregador ou responsável pela obra quando danificadas. Todas
as máquinas devem ter dispositivos de bloqueio para impedir seu acionamento por pessoa não
autorizada e devem estar devidamente adequadas segundo a NR-12 (Figura 11).

Figura 11 - Equipamentos e materiais em local que oferece risco de acidentes.

Fonte: Biff (2015).


34

5.2 ÁREAS DE VIVÊNCIA

Segundo Ramos et al., (2012) as instalações sanitárias devem:


• Ser constituídas de lavatório, vaso sanitário e mictório na proporção de 1
conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração, bem como, chuveiro, na proporção de
uma unidade para cada 10 trabalhadores ou fração;
• Ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene;
• Ter parede de materiais resistentes e lavável;
• Ter ventilação e iluminação adequadas;
• Estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um
deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes
sanitários, mictórios e lavatórios;
• É obrigatório no alojamento o fornecimento de água potável, filtrada e fresca
para trabalhadores por meio de bebedouros de jato inclinado ou equipamento similar que
garanta as mesmas condições na proporção de um para cada 25 trabalhadores;
• Vestiários com área de 1,5 m² por funcionário, piso e paredes revestidas de
material resistente, liso, impermeável e lavável; contendo chuveiros aterrados, armários
individuais e bancos para troca de roupas;
• O refeitório deve ser adequadamente instalado com piso, teto, paredes em
material resistente, impermeável e lavável, separados das áreas produtivas e instalações
sanitárias com bancos lisos e limpos com área 1,15m² por usuário se abrigando de cada vez 1/3
do total de empregados por turno.
As áreas de vivência da obra encontravam-se dentro das normas estabelecidas,
conforme apresenta as Figuras 12, 13, 14 e 15.
35

Figura 12 - Lavatório, vaso sanitário e mictório na proporção adequada.

Fonte: Biff (2015).

Figura 13 - Fornecimento de água potável, filtrada e fresca.

Fonte: Biff (2015).


36

Figura 14 - Armários individuais e bancos para troca de roupas.

Fonte: Biff (2015).

Figura 15 - Refeitório adequadamente instalado.

Fonte: Biff (2015).


37

5.3 RUÍDO

Segundo a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (2015),


o ruído é um som indesejado, cuja intensidade é medida em decibéis (dB).
Nível de ação é o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de
forma a minimizar a probabilidade de que as exposições ao ruído causem prejuízos à audição
do trabalhador e evitar que o limite de exposição seja ultrapassado.
A intensidade de um ruído não constitui o único fator que determina a sua
periculosidade. A duração da exposição é também muito importante. Para considerar este fator,
são empregues níveis médios de som ponderados em função da sua duração. No caso do ruído
no trabalho, esta duração é geralmente de um dia de trabalho de oito horas. Pela Norma
Reguladora do Ministério do Trabalho, o limite máximo é de 85dB para uma jornada de 8h (art.
2º do Decreto n. 4.882 /2003).
Para o cálculo do nível de ruído na obra, realizaram-se medições em duas betoneiras
(betoneira 1 e betoneira 2), uma furadeira de impacto, uma maquita e uma mareta. A betoneira
2 e a mareta foram excluídas do cálculo da dose de ruídos, devido ao nível de ruído ser inferior
a 85dB.
O limite de tolerância para a dose de ruído é 1, onde deve ser considerada a soma
da dose de todos os equipamentos envolvidos, apresentando assim, a pior situação em que o
trabalhador está exposto ao ruído.
Segundo as medições, as doses de ruídos diárias (Tabela 6) estão acima dos limites
de tolerância (LT).

Tabela 6 - Cálculo das doses de ruídos na obra.


Equipamento Cálculo (min.) Dose de ruído Exposição
Betoneira 1 360/480 0,75 Abaixo do LT
Betoneira 2 Excluído
Furadeira de Impacto 240/120 2,00 Acima do LT
Maquita 120/160 0,75 Abaixo do LT
Mareta Excluído

Logo, podemos dizer que o nível de ruído está acima do limite de tolerância descrito
na NR-15, havendo, portanto, a necessidade de manter o treinamento e a entrega em arquivo de
protetor auditivo (Figura 16) tipo plug ou concha quando as máquinas estiverem ligadas, assim
como sua fiscalização de uso e higiene dos protetores auriculares.
38

Figura 16 - Empregado fazendo uso correto do protetor auricular tipo concha.

Fonte: Biff (2015).

5.4 CALOR

O calor é um agente presente em vários ambientes de trabalho em empresas como


siderúrgicas, forjarias e em atividades desenvolvidas a “céu aberto”, como na construção civil.
Ao contrário de outros agentes ambientais, na avaliação do calor, há diversos eventos e fatores
envolvidos que devem ser analisados, através de índices de avaliação de calor correlacionados.
A exposição ao calor deve ser avaliada através do Índice de Bulbo Úmido
Termômetro de Globo, índice usado para avaliação da exposição ao calor. (ASHO, 2010).
Segundo Tachibana (2009) ambientes próximos a condições de calor como fornos,
com intensa incidência dos raios solares ou mesmo ambientes com pouca ou deficiente
ventilação podem ser prejudiciais ao trabalhador que exerce suas funções nessas áreas. A
situação pode ser pior se não forem tomadas medidas necessárias de controle ou mudanças na
rotina de trabalho.
Na obra visitada, para o cálculo da exposição ao calor, utilizou-se a fórmula de
ambientes externos com carga solar:
39

𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 = 0,7𝑡𝑏𝑛 + 0,1𝑡𝑏𝑠 + 0,2𝑡𝑔


Logo:
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 = (0,7𝑥22) + (0,1𝑥25,5) + (0,2𝑥30,4)
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 = 24,03°𝐶

O IBUTG leva ainda em consideração o tipo de atividade desenvolvida (leve,


moderada e pesada), que pode ser avaliada por classe ou por tarefa (quantificando a tarefa em
kcal/h.).
O regime de trabalho considerado foi: pesado, conforme Quadro 03, Anexo 3 da
NR-15, em que trabalho pesado é o trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar
pesos. Os Limites de Tolerância para exposição ao calor do IBUTG é até 25,0 oC, conforme
Quadro 1, Anexo 3 da NR-15, para o caso da obra, classificado como de trabalho contínuo,
atividade pesada. O IBUTG encontrado no ambiente de trabalho da obra foi de 24,03 oC,
ficando dentro do nível permitido.
A atividade dos empregados como pedreiro e/ou servente de pedreiro ocorria a céu
aberto. No dia das medições o tempo estava parcialmente nublado, logo pode haver alterações.
Sugere-se que se mantenha registrada a entrega e fiscalização do uso de protetor
solar e óculos com proteção solar em tarefas a céu aberto para neutralização do risco físico de
intempéries, conforme estabelecido na NR-15. Outra alternativa é a de limitar o tempo
de exposição através de revezamento de pessoas ou tarefas, otimizando os ciclos de trabalho na
execução de tarefas. Salienta-se, a necessidade de monitorar o trabalhador realizando exames
médicos periódicos.
A fim de minimizar os efeitos do calor, o empregado pode disponibilizar ao
trabalhador a hidratação por reposição de sais minerais, garantir ao trabalhador o direito de
realizar pausas em respostas as suas limitações físicas, evitando a fadiga e conscientizar os
trabalhadores sobre os riscos da exposição ao calor.
Abaixo segue a Figura 17 demonstrando um ambiente exposto a radiação solar.
40

Figura 17 - Ambiente exposto à radiação solar.

Fonte: Biff (2015).

5.5 POEIRA

Milhões de trabalhadores em diversas configurações ocupacionais são expostos a


condições e substâncias perigosas. Estas substâncias, incluindo poeiras, fibras, substâncias
químicas orgânicas e inorgânicas que são utilizados como matéria-prima, intermediárias,
subprodutos ou produtos finais em processos industriais. Estes podem existir na forma de gases,
vapores, fumos, névoas ou partículas sendo que a inalação é a principal via de exposição a estas
substâncias, no entanto, pode ocorrer por meio de absorção cutânea ou pela ingestão da mesma
(ROSA, 2009).
O cimento é uma das matérias-primas mais utilizadas na construção civil e, não
obstante, uma das grandes fontes de contaminação. É um agente químico que pode ser inalado
por via respiratória, contato direto com a pele e mucosas ou, ainda, pela ingestão por via oral.
Como agente químico, o cimento é classificado como poeira inerte. Sua coloração é cinza e,
quando manuseado (depositado em betoneiras), dispersa uma grande quantidade de poeira no
ar. No momento em que ocorre a dispersão, o maior risco está no tamanho da partícula (que
pode ser inalado) e em sua composição (em contato com a pele). Basicamente, o material é
formado por álcalis, ou seja, uma mistura de argila e calcário – rocha de carbonato de cálcio –
também conhecido como farinha.
A utilização do cimento, sem o uso de equipamentos de proteção adequados, poderá
acarretar sérios danos à saúde do trabalhador. É classificado como “material irritante”, ou seja,
41

reage em contato com a pele (pode causar dermatoses), com os olhos (irritação) e vias
respiratórias (pneumoconioses). (SCHLOTTFELDT, 2013).
Na obra em questão, observou-se a presença de grande quantidade de matéria-prima
armazenada, como o cimento (Figura 18), no entanto, analisando visualmente não havia grande
quantidade de partículas sólidas (poeira) dispersa no ar.

Figura 18 - Matéria-prima: cimento.

Fonte: Biff (2015).

Sugere-se manter evidência de uso, treinamento e entrega em arquivo de proteção


respiratória PFF2 (Figura 19) nas tarefas de corte de madeira operando a maquita, a motosserra,
a serra circular, utilização de cimento, assim como o treinamento do seu uso (como utilizar)
enfatizando cuidados de manutenção, higienização, inspeção, assim como óculos de proteção e
luvas no manuseio do mesmo, e ainda a guarda implantação do Programa de Proteção
Respiratória (PPR) com medição de poeira para a melhoria e qualidade do ambiente laboral.
42

Figura 19 - Respirador T -750 PFF2 CA – 14103.

Fonte: Biff (2015).

5.6 TRABALHO EM ALTURA

Os trabalhos em altura (Figura 20) continuam sendo uma das maiores causas de
acidentes no ambiente corporativo. Este tipo de atividade significa trabalhar em qualquer lugar,
inclusive abaixo do nível do solo (trabalhos subterrâneos), onde uma pessoa corre o risco de
cair de uma altura considerável.
A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho
em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
Entre elas, cabe ao empregador:
• Assegurar a realização da Análise de Risco (AR) e, quando aplicável, a emissão
da Permissão de Trabalho (PT);
• Desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho
em altura;
• Assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho
em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares
de segurança aplicáveis;
43

• Adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das


medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
• Garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas
de controle;
• Garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as
medidas de proteção definidas nesta Norma;
• Assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou
condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
• Estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em
altura;
• Assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma
será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
• Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta
Norma.
Na obra visitada há a necessidade de manter o registro e o uso, assim como o
treinamento de entrega de cinto de segurança tipo paraquedista dotado de dispositivo trava-
quedas e capacete de segurança para trabalhos em altura iguais ou superior a 2,00 metros (dois
metros) e promover o registro do programa para capacitação dos trabalhadores à realização de
trabalho em altura, submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária
mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir: a) normas e
regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura; b) análise de risco e condições impeditivas; c)
riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle; d) sistemas,
equipamentos e procedimentos de proteção coletiva; e) equipamentos de proteção individual
para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso; f) acidentes típicos
em trabalhos em altura; g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas
de resgate e de primeiros socorros. (BRASIL, 2014).
44

Figura 20 - Trabalho em altura.

Fonte: Empresa (2015).

5.7 RECOMENDAÇÕES GERAIS QUANTO AOS RISCOS DE ACIDENTES

Segundo a NR-5, a Comissão Interna De Prevenção de Acidentes (CIPA) deverá


ser composta de representantes do empregador e dos empregados, devendo ter pelo menos três
representantes titulares e três representantes suplentes por um grupo de até 51 empregados em
cada canteiro de obras ou frente de trabalho.
Como a obra visitada provia de 51 trabalhadores, há somente a necessidade de
designar um funcionário para o cumprimento das obrigações da NR-5 CIPA, sendo que será de
responsabilidade da empresa fornecer treinamento anual a este funcionário. Porém, a
construtora apresenta a implantação de CIPA (Figura 21).
45

Figura 21 - Comissão Interna de Acidentes do Trabalho da Construtora Damiani.

Fonte: Empresa (2015).

Ainda como medida de proteção, deve a empresa exigir das empresas terceirizadas
e manter no local de trabalho toda documentação obrigatória referente à segurança e medicina
do trabalho, incluindo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) ou Programa de
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil (PCMAT) e
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) atualizados.
Deve ainda, realizar divulgação das informações contidas no PCMAT a todos os
trabalhadores da empresa e avaliar periodicamente as informações contidas no mesmo para sua
renovação e atualização.
Na obra visitada houve ausência de análise ergonômica, sendo assim a necessidade
de providenciar a mesma para avaliar as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores da
empresa.
Manter em arquivo fichas de EPI (Figura 22) de ordem de serviço sobre segurança
e medicina do trabalho dando ciência a todos os trabalhadores, de forma detalhada quanto aos
riscos a que estão expostos, bem como maneiras de prevenção de acidentes, procedimentos
corretos e seguros em relação ao trabalho (Segundo NR – 6 (Equipamento de Proteção
Individual)).
46

Figura 22 - Ficha de controle de entrega e devolução de EPI da Construtora Damiani.

Fonte: Empresa (2015).

Segundo a NR-7 todo estabelecimento deverá estar equipado com material


necessário à prestação de primeiros socorros, considerando-se as características da atividade
desenvolvida mantendo esse material guardado em local adequado, e aos cuidados de pessoa
treinada para esse fim. Logo, sugere-se uma pessoa designada e habilitada para a providência
desses materiais e caso necessário a utilização do mesmo.
Providenciar dimensionamento e instalação de equipamentos de combate a
incêndios conforme atividade da empresa e NTC-900300 que trata de instruções para
instalações para combate de incêndios, e mantê-los devidamente sinalizados e desobstruídos. E
ainda proporcionar a todos os trabalhadores da empresa noções sobre prevenção e combate a
incêndios.
O trabalho deve ser realizado com muita atenção e sem a utilização de anéis,
correntes ou pulseiras, sandálias tamancos, chinelos ou ainda roupas inadequadas que possam
comprometer a segurança durante as operações com os maquinários e evitar brincadeiras que
possam causar distração a fim de prevenir acidentes de trabalho (Figura 23).
47

Figura 23 - Utilização de acessórios (brincos e relógio) que podem comprometer a segurança


durante as operações com os maquinários.

Fonte: Biff (2015).

O empregador deve proibir que os trabalhadores realizem experiências ou atitudes


inseguras durante a jornada de trabalho ou ainda atitudes a fim de agilizar seu desempenho ou
ganhar tempo durante todas as atividades na obra.
Manter em entrega e registro com o Certificado de Aprovação (CA) assim como o
treinamento de uso e de luvas de raspa de couro ou vaqueta ao manusear ferros ou objetos
cortantes, e capacetes de segurança sob o risco de queda de objetos, calçado de segurança com
solado antiderrapante durante toda jornada de trabalho. Assim como manter o fornecimento ao
trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho – CA (Tabela 7), e substituir os equipamentos com CAs vencidos
ou Condicionados à manutenção da certificação junto ao Instituto Nacional de Metrologia
Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).

Tabela 7 - Equipamentos aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança


e saúde no trabalho – CA.
Descrição do equipamento CA Situação no TEM
Calçado de Segurança 17137 Válido
Condicionada à manutenção da
Capacete de Segurança classe B 31469 certificação junto ao INMETRO
48

Descrição do equipamento CA Situação no TEM


Talabarte 27465 Vencido 30-06-2015
Condicionada à manutenção da
Cinturão de Segurança tipo Paraquedista 10253 certificação junto ao INMETRO
Luva de Raspa 35087 Válido
Óculos Incolor 10346 Válido
Óculos Escuros 31666 Válido
Sapato de Segurança tipo Bota 3151 Válido
Luva De Proteção Worker - Luva Para Proteção
31913 Válido
Contra Agentes Mecânicos
Luva De Proteção Kalipso Amarela - Luva De
Segurança, Confeccionada Em Látex Natural 13959 Válido
Luva De Proteção Kalipso Verde (Pvc) - Uva Para
Proteção Contra Agentes Mecânicos E Químicos 21420 Válido
Luva De Proteção Chinamex (Poliéster)- Luva Para
Proteção Contra Agentes Mecânicos 32887 Válido
Creme Protetor De Segurança Maxi Creme 8265 Válido
Protetor Auricular Tipo Concha 13027 Válido
Respirador Purificador De Ar Tipo Peça Semifacial
14103 Válido
Filtrante Para Partículas PFF2
Respirador Purificador De Ar Tipo Peça Semifacial
21336 Válido
Filtrante Para Partículas PFF1
Dispositivo Trava Queda Com Cinturão De
27322 Vencido 26-05-2015
Segurança
Fonte: Secretaria de Inspeção do Trabalho (2016).

Manter instaladas placas de advertência quanto ao uso de EPI, com a devida


sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho (Figura 24).

Figura 24 - Placas de advertência quanto ao uso de EPI.

Fonte: Biff (2015).


49

Manter os sacos de cimentos isolados do contato com o piso e afastados das paredes,
evitando contato desnecessário e o seu empilhamento não devem ultrapassar a altura de 15
sacos para a cal e 10 para cimento (Figura 25).

Figura 25 - Cimentos isolados do contato com o piso e afastados das paredes com altura
máxima de 10 sacos.

Fonte: Biff (2015).

Quaisquer sobras de materiais e os entulhos devem ser regulamente coletados e


removidos. Por ocasião de sua remoção, devem ser tomados cuidados especiais, de forma a
evitar poeira excessiva e eventuais riscos.
Os Serviços Especializados em Engenharia e Segurança e em Medicina do Trabalho
(SESMT) da construtora em estudo é terceirizado pela empresa Sinergia Treinamentos e
Assessoria em Recursos Humanos cujo fornece os seguintes serviços:
• Elaboração dos principais documentos exigidos por lei: LTCAT, PPRA,
PCMAT, PCMSO, PPP, PCA, PPR;
• Implantação da CIPA;
• Assessoria na Gestão de Segurança do Trabalho;
• Treinamentos de capacitação profissional – Altura, carga manual, Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT);
• Treinamentos de conscientização sobre prevenção de acidentes.
50

6 CONCLUSÃO

Com o objetivo de avaliar as condições de saúde e segurança dos trabalhadores em


uma obra da construção civil no município de Criciúma/SC, precisou-se determinar, qualificar,
quantificar e descrever os principais riscos ambientais passíveis de ocasionar danos à saúde
e/ou a integridade física do trabalhador.
Neste sentido, através de medições quantitativas, foi possível avaliar o estresse
térmico e o nível de ruído em que os trabalhadores estavam expostos.
Segundo a NR-15, Anexo 3, o IBUTG calculado para avaliar o estresse térmico foi
de 24,03°C, valor dentro do limite de tolerância considerado pela Norma para trabalho contínuo
e atividade pesada. Como no dia das medições o tempo estava parcialmente nublado, sugeriu-
se que a empresa mantenha registro da entrega e a fiscalização do uso de protetor solar e óculos.
Além disso, recomendou-se o revezamento de pessoas ou tarefas, otimizando os ciclos de
trabalhos, e o monitoramento do trabalhador por meio de exames periódicos.
Com relação a exposição ao ruído, foram realizadas medições em duas betoneiras,
uma furadeira de impacto, uma maquita e uma mareta. A dose de ruído encontrada apresentou-
se acima do limite de tolerância descrito pela NR-15, Anexo 1, para o período de oito horas
trabalhadas, havendo, portanto, a necessidade de manter os treinamentos e entrega do protetor
auditivo, bem como a fiscalização da utilização pelos trabalhadores.
Por meio de medições qualitativas (reconhecimento visual), foi possível avaliar os
riscos ambientais no tocante a eletricidade e maquinários, instalações sanitárias, poeira e
trabalho em altura.
As máquinas e equipamentos apresentaram suas instalações aterradas e a limpeza,
manutenção e ajustes são realizados com os mesmos devidamente desligados, em acordo com
a NR-12. No entanto, observou-se, a ausência de identificação das tomadas elétricas e dos
painéis elétricos, havendo o risco de choque elétrico ao trabalhador. Além disso, percebeu-se
máquinas e equipamentos em locais inapropriados.
As instalações sanitárias encontravam-se dentro das normas estabelecidas,
possuindo lavatório, vaso sanitário e mictório na proporção adequada; fornecimento de água
potável, filtrada e fresca; vestiários com área de 1,5 m² por funcionário, piso e paredes
revestidas de material resistente, liso, impermeável e lavável, contendo chuveiros aterrados,
armários individuais e bancos para troca de roupas; refeitório com piso, teto, paredes em
material resistente, impermeável e lavável, separados das áreas produtivas e instalações
sanitárias com bancos lisos e limpos com área de 1,15m² por usuário.
51

Com relação a poeira, observou-se a presença de grande quantidade de matéria-


prima armazenada, como o cimento, no entanto, analisando qualitativamente não havia grande
quantidade de partículas sólidas (poeira) dispersas no ar. Porém, como medida de proteção,
sugere-se manter evidência de uso, treinamento e entrega de proteção respiratória, óculos de
proteção e luvas, em tarefas especificas, bem como treinamento para o correto uso.
A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho
em altura. Na obra em questão, há a necessidade de manter o registro e o uso, assim como o
treinamento de entrega de cinto de segurança e capacete de segurança para trabalhos em altura
iguais ou superior a 2,00 metros (dois metros) e promover o registro do programa para
capacitação dos trabalhadores à realização de trabalho em altura.
Não foi possível realizar a análise ergonômica dos trabalhadores. Sugere-se, assim,
que a empresa providencie a mesma para avaliar as atividades desenvolvidas pelos
trabalhadores.
Recomenda-se, ainda, que a empresa continue desenvolvendo as ações de saúde e
segurança dentro das normas especificas, promova a melhoria dos itens que estavam em
desconformidade e implante novas medidas/ações de proteção.
Em suma, vale destacar a importância e relevância de se compreender e de se avaliar
de forma precisa os aspectos cotidianos do trabalhador, pois dessa forma é possível a elaboração
de estratégias e formas para incentivar e explorar a melhoria em ambientes de trabalho,
resultando no aumento da saúde mental e física dos trabalhadores.
52

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