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Tubarão
2017
RAMON RAINER DE COSTA BIFF
Tubarão
2017
Aos meus familiares e amigos que sempre me
apoiaram e estivaram ao meu lado.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos os meus familiares e amigos, que sempre me apoiaram e que sem
eles não conseguiria concluir este curso.
A esta universidade, todos os professores e colegas de curso, e em especial ao professor
Daniel Manoel De Souza Junior.
A Deus.
“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem
perder entusiasmo”. (Winston Churchill).
RESUMO
With the increasing industrial activity coupled with competition between companies, demands on
the part of consumers are gradually increasing, so organizations are encouraged to implement
Hygiene and Work Safety programs to reduce aggressive agents (chemical, physical and
biological) capable of causing occupational diseases or any other harm to the health of the worker.
It is known that the worker with the best quality is able to interfere directly in the quality of the
product and consequently in the profitability of the company. This research presents relevant
information that can serve as a basis for civil construction companies to use as a tool in order to
be updated or even fit, since it establishes concepts and discusses the main elements about Work
Safety and the main results identified during the direct participation of this author in the process
of evaluation of environmental risk factor in the construction sector in a construction company
located in the southern region of Santa Catarina. The results demonstrate that the investment in
Work Safety brings significant improvements in working conditions and consequently in the
quality of life of the worker, mainly provided by a company that considers Work Safety as essential
in the performance of the company and as a consequence the well-being Increase the profitability
of services and profits.
Keywords: Prevention of Environmental Risks Program. Hygiene and Work Safety. Quality of
life.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
AR Análise de Risco
CA Certificado de Aprovação
CAT Comunicação de Acidentes do Trabalho
CIPA Comissão Interna De Prevenção de Acidentes
EPI Equipamento de Proteção Individual
IBUTG Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
ISO International Organization for Standardization
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NR Norma Regulamentadora
PBQP-H Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
PCMAT
Civil
PCMSO Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
PIB Produto Interno Bruto
PPR Programa de Proteção Respiratória
PT Permissão de Trabalho
SESMT Serviços Especializados em Engenharia e Segurança e em Medicina do Trabalho
SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
SGQ Sistema de Gestão de Qualidade
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 14
1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 14
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 14
1.2.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 15
2.1 A SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL ............................................................ 15
2.1.1 Higiene do trabalho ou higiene ocupacional ............................................................... 16
2.1.2 Incidentes no trabalho ................................................................................................... 17
2.1.3 Acidentes do Trabalho .................................................................................................. 18
2.1.3.1 Comunicação de Acidentes do Trabalho (CAT) .......................................................... 19
2.3.1.2 Estatística de acidentes do trabalho .............................................................................. 20
2.3.1.2.1 Estatística de acidentes do Trabalho na Construção Civil ....................................... 21
3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 23
3.1 AMOSTRAS QUANTITATIVAS ..................................................................................... 24
3.1.1 Medição estresse térmico .............................................................................................. 24
3.1.2 Medição dos níveis de ruído.......................................................................................... 26
4 RESULTADOS .................................................................................................................... 29
4.1 ESPECIFICAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO ............................................................ 29
4.2 MEDIÇÃO ESTRESSE TÉRMICO NA OBRA ................................................................ 29
4.2.1 Dados do monitoramento .............................................................................................. 29
4.2.2 Mensurações na obra .................................................................................................... 30
4.3 MEDIÇÃO DE RUÍDO NOS MAQUINÁRIOS DA OBRA.......................................... 30
4.3.1 Dados do monitoramento .............................................................................................. 30
4.3.2 Mensurações na obra .................................................................................................... 30
5 DISCUSSÃO ........................................................................................................................ 31
5.1 ELETRICIDADE E MAQUINÁRIOS .............................................................................. 31
5.2 ÁREAS DE VIVÊNCIA .................................................................................................... 34
5.3 RUÍDO ............................................................................................................................... 37
5.4 CALOR ............................................................................................................................... 38
5.5 POEIRA .............................................................................................................................. 40
5.6 TRABALHO EM ALTURA .............................................................................................. 42
5.7 RECOMENDAÇÕES GERAIS QUANTO AOS RISCOS DE ACIDENTES .................. 44
6 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 50
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 52
13
1 INTRODUÇÃO
lucros são insuficientes. Assim, ocorre a necessidade de que estas empresas demonstrem
atitudes eticamente corretas e responsáveis quanto à segurança e saúde em seus ambientes de
trabalho, além de enfoque em questões ambientais. (BENITE, 2004).
1.1 JUSTIFICATIVA
Atualmente, no Brasil, mesmo com medidas preventivas cada vez mais rígidas,
adotadas pelos órgãos de fiscalização, ainda é muito decorrente a detecção de acidentes, de
doença ocupacional e de doença do trabalho relacionado aos riscos ocupacionais em que os
trabalhadores são expostos durante suas jornadas de trabalho.
Segundo Benite (2004) as mudanças que vêm ocorrendo no contexto social,
econômico, político e tecnológico no mundo impõem as organizações à necessidade de adotar
novas estratégias empresariais que deixam evidente que os modelos de gestão atuais não são
suficientes para responder aos novos desafios surgidos, devendo ser reavaliados.
Nesse contexto, o suposto trabalho busca apresentar as condições de saúde e
segurança do trabalho, avaliando os riscos ambientais, a que os trabalhadores estão expostos
em uma obra da construção civil no município de Criciúma/SC.
1.2 OBJETIVOS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Quando absorvidas pelo
organismo, podem produzir reações tóxicas e danos à saúde.
Os riscos biológicos são aqueles causados por micro-organismos, tais como:
bactérias, fungos, vírus, bacilos e outros. São capazes de desencadear doenças devido à
contaminação e pela própria natureza do trabalho. (SANTOS, 2015).
Segundo a NR-17, os riscos ergonômicos presentes nos ambientes de trabalho estão
relacionados à exigência de esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso,
postura inadequada no exercício das atividades, exigências rigorosas de produtividade, jornadas
de trabalho prolongadas ou em turnos, atividades monótonas ou repetitivas, entre outros. (MTE,
2015).
Outros fatores de risco que podem ser encontrados e devem ser eliminados dos
ambientes de trabalho são decorrentes de riscos de acidentes, como: falhas de projeto de
máquinas, equipamentos, ferramentas, veículos e prédios; deficiências de leiaute; iluminação
excessiva ou deficiente; uso inadequado de cores; probabilidade de incêndio ou explosão;
armazenamento inadequado de produtos, presença de animais peçonhentos, entre outros.
Segunda a NR-9 há a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de
todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde e da
integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham existir no ambiente de
trabalho, considerando também a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. (MTE,
2015).
Demonstrado o que a lei define como acidente do trabalho, cabe agora explicar
como deve ser feito o processo de comunicação do acidente e quais são os requisitos para a
propositura da ação acidentária.
Tabela 2 - Acidentes do trabalho por situação do registro e motivo na construção civil – período
de 2006 a 2012.
Construção Civil
Em 2012, ocorreram mais de 700 mil acidentes de trabalho no Brasil, onde 62.874
aconteceram na construção civil, sendo 48.459 acidentes com CAT registrada e 14.415 com
CAT não registrada. Realizando um percentual entre o número de acidentes na construção civil
e o número de acidentes no Brasil, esse valor representa 8,92% dos acidentes.
Vale destacar que o percentual do número de acidentes na construção civil sobre o
número de acidentes no Brasil vem sofrendo um aumento a cada ano, como pode ser visualizado
na Tabela 2.
22
3 MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho foi realizado em uma obra da construção civil, mais precisamente no
Residencial Parizká da Construtora Edson Damiani, localizado no município de Criciúma/SC.
A Construtora Edson Damiani ocupa hoje um lugar de destaque no mercado
imobiliário da região sul de Santa Catarina, reconhecida por alcançar padrões diferenciados de
alta qualidade em seus empreendimentos. A empresa é certificada pela norma internacional de
qualidade ISO 9001 e também no nível “A” pelo Programa Brasileiro de Qualidade e
Produtividade do Habitat (PBQP-H). (EMPRESA, 2017).
Para atender o objetivo do estudo foram utilizadas amostras qualitativas
(reconhecimento visual) e quantitativas (reconhecimento através de medição por aparelhos) da
obra em construção. Vale ressaltar que, nem todos os agentes físicos e químicos foram
mensuráveis, estes e outros agentes como os biológicos são avaliados qualitativamente no
momento da avaliação ambiental.
As avaliações dos riscos ambientais foram realizadas in loco, sempre
acompanhadas pelo responsável da empresa ou preposto.
Na metodologia de avaliação dos agentes ambientais foram utilizadas como base as
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, podendo ser
complementadas com outras legislações e normatizações relacionadas à segurança e saúde no
trabalho.
Na etapa de visitação, o autor teve a oportunidade de conhecer a estória da empresa,
as dependências físicas em sua fase de construção (Figura 2) e o processo até a entrega final da
obra (Figura 3).
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Onde:
𝐶1 𝐶2 𝐶3 𝐶𝑛
(3) + + ….
𝑇1 𝑇2 𝑇3 𝑇𝑛
Onde:
Tabela 3 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente estabelecido pelo Anexo 1
da NR - 15.
Nível de ruído Máxima exposição diária
dB (A) permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
28
Nível de ação é o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de
forma a minimizar a probabilidade de que as exposições à agentes ambientais ultrapassem os
limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a
informação aos trabalhadores e o controle médico. Foram avaliados por um profissional técnico
da empresa Maxipas – Saúde ocupacional (Figura 6).
4 RESULTADOS
5 DISCUSSÃO
5.3 RUÍDO
Logo, podemos dizer que o nível de ruído está acima do limite de tolerância descrito
na NR-15, havendo, portanto, a necessidade de manter o treinamento e a entrega em arquivo de
protetor auditivo (Figura 16) tipo plug ou concha quando as máquinas estiverem ligadas, assim
como sua fiscalização de uso e higiene dos protetores auriculares.
38
5.4 CALOR
5.5 POEIRA
reage em contato com a pele (pode causar dermatoses), com os olhos (irritação) e vias
respiratórias (pneumoconioses). (SCHLOTTFELDT, 2013).
Na obra em questão, observou-se a presença de grande quantidade de matéria-prima
armazenada, como o cimento (Figura 18), no entanto, analisando visualmente não havia grande
quantidade de partículas sólidas (poeira) dispersa no ar.
Os trabalhos em altura (Figura 20) continuam sendo uma das maiores causas de
acidentes no ambiente corporativo. Este tipo de atividade significa trabalhar em qualquer lugar,
inclusive abaixo do nível do solo (trabalhos subterrâneos), onde uma pessoa corre o risco de
cair de uma altura considerável.
A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho
em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
Entre elas, cabe ao empregador:
• Assegurar a realização da Análise de Risco (AR) e, quando aplicável, a emissão
da Permissão de Trabalho (PT);
• Desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho
em altura;
• Assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho
em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares
de segurança aplicáveis;
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Ainda como medida de proteção, deve a empresa exigir das empresas terceirizadas
e manter no local de trabalho toda documentação obrigatória referente à segurança e medicina
do trabalho, incluindo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) ou Programa de
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil (PCMAT) e
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) atualizados.
Deve ainda, realizar divulgação das informações contidas no PCMAT a todos os
trabalhadores da empresa e avaliar periodicamente as informações contidas no mesmo para sua
renovação e atualização.
Na obra visitada houve ausência de análise ergonômica, sendo assim a necessidade
de providenciar a mesma para avaliar as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores da
empresa.
Manter em arquivo fichas de EPI (Figura 22) de ordem de serviço sobre segurança
e medicina do trabalho dando ciência a todos os trabalhadores, de forma detalhada quanto aos
riscos a que estão expostos, bem como maneiras de prevenção de acidentes, procedimentos
corretos e seguros em relação ao trabalho (Segundo NR – 6 (Equipamento de Proteção
Individual)).
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Manter os sacos de cimentos isolados do contato com o piso e afastados das paredes,
evitando contato desnecessário e o seu empilhamento não devem ultrapassar a altura de 15
sacos para a cal e 10 para cimento (Figura 25).
Figura 25 - Cimentos isolados do contato com o piso e afastados das paredes com altura
máxima de 10 sacos.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALENCAR, M. A CAT pode ser emitida por qualquer pessoa. 2014. Disponível em:
<http://www.trabalhismoemdebate.com.br/2014/09/a-cat-pode-ser-emitida-por-qualquer-
pessoa>. Acesso em: 05 jun. 2015.
AMORIM, K. Construção civil cresceu 74,25% nos últimos 20 anos, revela estudo do
SindusCon-MG. Disponível em: < http://crucao/negocios/construcao-civil-cresceu-7425-nos-
ultimos-20-anos-revela-estudo-323993-1.aspxonstrucaomercado.pini.com.br/negocios-
incorporacao-const >. Acesso em: 29 mai. 2015
NTC 900300. Instalações para combate a incêndios: instruções. 2015. Disponível em:
<https://www.copel.com/hpcopel/normas/ntcArquivos.nsf/E020CC3832D62A1A03256FDC0
04CC8CC/$FILE/900300.pdf>. Acesso em: 04 jun. 2015.