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| Cap. 24 ~ AJUSTE E FIKAGRO SALAFIAL AEE dores, em seu beneficio ¢ de seus dependentes, nao afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existéncia de coagdo ou de outro defeito que vicie 0 ato juridico. 3.1. Descontos Permitidos em Lei a) adiantamentos — art. 462 da CLT Para Arnaldo Siissekind*’ ¢ Sergio Pinto* adiantamento nao ¢ desconto, mas apenas o pagamento da diferenca salarial. O adiantamento salarial deve ser feito mediante recibo ¢ descontado do contracheque quando do pagamento. O fato de constar do contracheque o desconto a titulo de “vale” ou “adiantamento” nao gera a presungao de que o adiantamento foi feito. Para comprovar, o patrio devera guardar o recibo do adiantamento. Nao deve ser confundido adiantamento salarial com empréstimo feito pelo em- pregador sem juros ou com juros legais. O empréstimo com juros, quando feito pelo empregador nao poder ser descontado do salirio. Apenas quando feito na forma da antiga Lei n* 10.820/2003, modificada pela Lei n° 13.172/2015, estaré o patrio au- torizado 20 desconto em folha. Apesar da regra geral, entendemos que o empréstimo benéfico ao trabalhador, feito pelo patraio, desde que autorizado pelo empregado e feito de forma razoavel, pode ser descontado diretamente do saldrio, Entende-se por benéfico © empréstimo sem juros, em muitas parcelas, de forma que nao ultrapasse o percen- tual autorizado pela lei de empréstimos, ou com juros muito abaixo dos de mercado. Toda vez que o valor do adiantamento salarial for muito superior ao valor do saldrio caracterizara empréstimo. b) contribuigdes previdencidrias, recolhidas pelo empregador, mas devidas pelo trabalhador.” As tabelas sio expedidas de tempos em tempos pela Previdén- cia, como abaixo demonstrado Pree rena itcod Cet MeO yes ce ec OM ute ROC Ur Teo Tei en ee unit cre tch kta Pa Ce uCick Ciera osc Ury Interministerial MPS/MF n° 8, de 13 de janeiro de 2017) Salario de contribuicao (R$) Aliquota para fins de recolhimento ao INSS (%) até 1.659,38 8,00 de 1.659,39 até 2765,66 900 de 2.3765,67 até 5.531,31 11,00 2 fbidem, p. 449. 28 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho, 19. ed. Séo Paulo: Atlas, 2004, p. 308. » — Conforme o inciso ll da Sula 368 do TST: "€ do empregadlor a responsabilidade pelo recolhimento das contribuicoes previdenciaries e fiscais, resultantes de crédito cdo empregado oriundo de conde nagio judicial, A culpa do empregador pelo inadimplemento das verbas remuneratorias, contudo, nao exime a responsabilidade do empregado pelos pagamentos do imposto de renda devido e da contribuigao previdencisria que recaia sobre sua quota parte” x DIREITO 00 TRABALHO Vila Bomitn Cassar Por exemplo, se 0 empregado recebe | salirio minimo (situagdo mais usual), 0 empregador deve recolher 12% e reter dela 8%, Se ganha RS 2.000,00 0 emprega- dor deve recolher os mesmos 12% e reter dela 9%, de acordo com a tabela acima. ¢) contribuigées do imposto de renda, recolhidas pelo patrao, mas devidas pelo empregado, descontadas diretamente da folha de pagamento, na fonte — Lei n® 8.541/92;% d) contribuigées sindicais — arts. 578 ¢ 545 da CLT, c/c o art. 8°, IV, da CRFB Existem quatro tipos de contribuigdes sindicais: d.1, Contribui¢ao sindical (antigo imposto sindical — arts. 578 e 548, a, da CLT). Também chamada de contribuigdo anual obrigatéria por Amaldo Siissekind.." Essa contribuigao era compulsoria e atingia toda a categoria. Era cobrada no més de margo de cada ano e correspondia a um dia de saldrio do empregado, Feito © desconto na folha salarial de margo, o valor era repassado para o sindicato em abril. Apés a Lei 13.467/17, a contribuigio sindical anual deixou de set compul- soria e passou a ser facultativa. Discutia-se na doutrina o valor devido pelo empregado que nao trabalhou o ano todo. Havia uma vertente que aczitava a proporcionalidade no pagamento da contribuigao sindical compuls Outra posigdo (majoritaria) entendia que deveria ser analisada a situag’io de emprego ocorrida durante o més de marco, fato gerador do desconto. Se estivesse empregado neste més caberia 0 desconto do valor total da contribuigdo sindical (um dia do salario do trabalhador). Se 0 empregado tivesse dois empregos com 0 mesmo enquadramento sindical e sindicato (inclusive quanto a localidade), s6 seria permitido um desconto. Se fosse descontado ¢ depois despedido, num segundo emprego nao poderia ser novamente descontado para o mesmo sindicato. Tratando-se de profissional liberal empregado ou de empregado que era também profissional liberal, o trabalhador poderia optar em contribuir exclusivamente para a entidade sindical que representasse sua profissiio — art. 585 da CLT. As microempresas e empresas de pequeno porte estavam isentas do recolhi- mento da contribuigdo sindical antes compulséria, como dispde o art. 13, § 3°, da Lei Complementar n° 123/2006. De qualquer sorte, toda essa discussao era cabivel antes da alteragio dos arts 578 e 582 da CLT pela Lei 13.467/17. d.2. Contribuigdo sindical assistencial ou estatutiria A contribuigao assistencial ou estatutaria ¢ facultativa e devida apenas pelos associados do sindicato. Destina-se a prestagio de servigos acessérios do sindicato, ” Vide nota de rodapé anterior. 3) SUSSEKIND, Arnaldo; MARANHAO, Délio; VIANNA, Segadas; TEIXEIRA, Lima, op. city p. 1.168. (Cap. 24 = AJUSTE E FIXAGAO SALARIAL, 455 como aqueles destinados a fins recreativos, odontolégicos ou médicos, dependendo do que prevé o estatuto. O trabalhador interessado se associa e adere expressamente ao compromisso de contribuir mensalmente em troca dos servigos sociais oferecidos pelo Sindicato, como se fosse um clube. E criada, prevista e regulamentada pelo estatuto do sindicato ou por assem- bleia-geral, na forma do art, 548, b, da CLT, por isso chamada de contribuigio estatutaria.? O estatuto do sindicato pode prever que a contribuicdo seja mensal, quando também é chamada de mensalidade; bimestral ou até anual, pois esta periodicidade sera determinada pelo estatuto. A contribuicgao assistencial é facultativa, pois 0 desconto depende de prévia autorizagiio do empregado associado. Ademais, ninguém é obrigado a utilizar dos servigos sociais do sindicato. Ressalte-se que a assisténcia juridica e judiciria que & obrigagzio sindical, independentemente de contribuigaio e do fato de ser ou nao associado. De acordo com o art. 45 da CLT, os empregadores devem efetuar 0 desconto referente 4 contribuiciio estatutria quando notificados pelos respectivos sindicatos ¢ os trabalhadores autorizarem 0 desconto. Assim, quando a contribuigio assistencial esté prevista no estatuto do sindicato, alguns requisitos devem ser preenchidos para que o empregador seja obrigado ao desconto em folha: a) ser notificado pelo sindicato da contribuigao sindical esta- belecida pelo estatuto; b) comunicar os empregados; c) receber autorizagao escrita do empregado interessado no desconto. Com tantos requisitos para cumprir a contribuig&o se tornou onerosa ¢ rara, jé que a maioria dos trabalhadores negava a autorizagao. A melhor saida para 0 sindicato, avido em receber a contribuigdo, era inclui-la na norma coletiva, pois esta também depende de prévia autorizagao da assembleia sindical geral, requisito exigido pelo art. 548, b, da CLT. Veja abaixo. d.3, Contribuigdo prevista em norma coletiva — assistencial A contribuigdo prevista em norma coletiva normalmente apresenta-se com a nomenclatura de “assistencial”, pois se destina a contribuir com o sindicato pelos servigos assistenciais prestados (dentario, médico, recreativo etc.). Percebe-se que esta contribuigao tem a mesma finalidade da contribuigdo estatutaria, logo, néo pode o sindicato cobrar as duas ao mesmo tempo, sob pena de bis in idem. A maioria dos sindicatos informa que esta contribuigao se destina a gratificar 0 sindicato pelos seus préstimos e dedicago na defesa dos interesses trabalhistas da categoria. Todavia, esta dedicagiio é obrigagio legal do sindicato que ¢ criado com esta finalidade. Defender os interesses da categoria é dever legal dos sindicatos, que no podem cobrar por aquilo que estdo obrigados a fazer. 3 Assim também SUSSEKIND, Arnaldo; MARANHAO, Del p. 1.168. »: VIANNA, Segadas; TEIXEIRA, Lima, op. cit.

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