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RETORNO DO PANOPTISMO:

MONITORAÇÃO ELETRÔNICA PARA PENAS ALTERNATIVAS

RETURN OF PANOPTISM:
ELECTRONIC MONITORING FOR ALTERNATIVE PENALTIES

Fabiana Lopes Nardini Lobo


Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL

Resumo:
Punir penalmente os infratores é algo que ocorre desde o surgimento da humanidade e evoluiu
de modo a permitir que penas cruéis fossem substituídas por sanções ressocializadoras, dentre
elas as penas restritivas de direito. A tecnologia também influenciou essa evolução penal,
prevendo a utilização do monitoramento eletrônico como mais uma alternativa à privação da
liberdade, tanto como sanção aos condenados, bem como medida cautelar para os indiciados.
Em 2016 surge a proposta de ampliar essa monitoração associada às medidas alternativas,
remetendo ao “efeito panóptico”, onde se busca disciplinar o indivíduo por meio do controle
imposto psicologicamente pela vigilância permanente. Entretanto, um questionamento surge:
será esta a melhor opção para conter e minimizar a crise do sistema prisional brasileiro?
Assim como as demais penalidades, há argumentos contra e favoráveis a essa previsão penal,
mas o objetivo principal da punição deve ser o foco quando da aplicação dessa medida: se a
reintegração do apenado ao convívio social será possível.
Palavras-chave: Penas Alternativas, Monitoração Eletrônica, Efeito Panóptico.

Abstract:
Criminal punishment of offenders is something that has occurred since the emergence of
humanity and evolved to allow cruel punishments to be replaced by resocializing sanctions,
including restrictive penalties of law. The technology also influenced this criminal evolution,
predicting the use of electronic monitoring as an alternative to deprivation of liberty, as well
as punishment of convicted persons, as well as a precautionary measure for those indicted. In
2016, the proposal to extend this monitoring associated with alternative measures arises,
referring to the "panoptic effect", which seeks to discipline the individual through
psychologically imposed control by permanent vigilance. However, a question arises: will this
1
be the best option to contain and minimize the crisis of the Brazilian prison system? Like the
other penalties, there are arguments against and favorable to this criminal prediction, but the
main objective of punishment should be the focus when applying this measure: whether the
reintegration of the victim to social interaction will be possible.
Key words: Alternative Feathers, Electronic Monitoring, Panoptic Effect.

SUMÁRIO: 1. Considerações gerais. 2. Como funciona a monitoração eletrônica? 3. Quais


os prós e contras desse tipo de vigilância? 4. O panóptico de Bentham e Foucault retomado na
ampliação da monitoração eletrônica. 5. Conclusão.

1. Considerações gerais

A aplicação de penas aos indivíduos que causem lesão ou grave ameaça aos bens
tutelados pelo Estado já ocorre a muitos anos. Do Código de Manu1, evoluindo para outros
códigos até chegar à legislação penal vigente no Brasil2, com o passar do tempo as penas
cruéis dão lugar às privativas de liberdade, entretanto, a desumanidade permanece e em
decorrência disso surgem questionamentos acerca das sanções, de modo que os objetivos de
reeducar e ressocializar tornam-se prioritários (diferentemente do que ocorre ao encarcerar um
indivíduo)3.
Em meados dos anos 90, a ONU em seu VIII Congresso, emitiu uma resolução
objetivando o uso de medidas em substituição ao aprisionamento, as chamadas Regras de
Tóquio4, inovando com ideias que primavam pelo respeito aos direitos humanos, às

1
Manusrti – Código de Manu. “Manu é considerado o pai da humanidade e o mais antigo legislador do mundo, a
quem se atribui o mais popular código de leis reguladoras da convivência social; estudiosos acreditam que seu
código tenha surgido entre os anos 1.300 a 800 A.C.” Disponível em:
<.http://www.dnnet.org.br/direitos/antihist/manu.htm>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
2
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de dezembro de 1940. Código Penal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm>. Acesso em: 28 de agosto de
2017.
3
SOUSA, Deysi de. Evolução das penas e o surgimento das penas alternativas. Disponível em:
<https://emdeis.jusbrasil.com.br/artigos/330379743/evolucao-das-penas-e-o-surgimentodas-penas-
alternativas>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
4
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça (Brasília). Regras de Tóquio: Regras mínimas padrão das Nações
Unidas para a elaboração de medidas não privativas de liberdade. Disponível em:
<http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2016/09/6ab7922434499259ffca0729122b2d38.pdf>. Acesso em:
28 de agosto de 2017.
2
exigências da justiça social e às necessidades de reabilitação dos infratores. Essas regras, anos
mais tarde, fundamentam a inclusão das penas alternativas no Código Penal Brasileiro
(Decreto-Lei de nº 2.848/40)5, objetivando humanizar a penalidade a ser imputada a um
indivíduo, fundamentando a escolha da sanção no princípio constitucional da
6
proporcionalidade/razoabilidade .
A inovação tecnológica, típica do século XXI, irradia seus avanços também para a área
penal, assim, a partir de 2010, por meio da Lei 12.2587, o Código Penal (Decreto-Lei de nº
2.848/40) e a Lei de Execução Penal (Lei de nº 7.210/84)8, passam a prever a utilização do
sistema de monitoramento eletrônico de presos como mais uma medida alternativa à pena
privativa de liberdade; e em meados de 2011, através da Lei 12.4039, o Código de Processo
Penal (Decreto-Lei de nº 3.689/41)10, traz a monitoração eletrônica como medida cautelar a
ser aplicada aos indiciados ou acusados, e não apenas aos condenados.
Diante da precariedade do sistema carcerário brasileiro e dos bons resultados obtidos
com o uso da vigilância monitorada11, em 2016 surge o projeto de lei PL 6472/201612,
propondo a ampliação do uso da monitoração eletrônica para casos de liberdade ou suspensão
condicional da pena, e quando houver a aplicação de penas restritivas de direito estabelecendo
limitação de horários ou de frequentar locais pré-determinados.

5
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de dezembro de 1940. Código Penal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
6
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1998. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 28 de agosto de
2017.
7
BRASIL. Lei 12.258, de 15 de junho de 2010. Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 e a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12258.htm>. Acesso em: 28 de agosto
de 2017.
8
BRASIL. Lei 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
9
BRASIL. Lei 12.403, de 4 de maio de 2011. Altera o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12403.htm>. Acesso em: 28 de
agosto de 2017.
10
BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
11
BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública (Brasília). MJ divulga primeiro diagnóstico
nacional sobre monitoração eletrônica de pessoas. Disponível em:
<http://www.justica.gov.br/noticias/mj-divulga-primeiro-diagnostico-nacional-sobre-monitoracao-
eletronica-de-pessoas>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
12
BRASIL. Câmara dos Deputados (Brasília). Projeto amplia situações para uso de tornozeleira eletrônica.
Disponível em: < http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITO-E-JUSTICA/538943-PROJETO-
AMPLIA-SITUACOES-PARA-USO-DE-TORNOZELEIRA-ELETRONICA.html>. Acesso em: 28 de agosto
de 2017.
3
Essa proposta legislativa remete ao chamado “efeito panóptico”13, onde se busca o
disciplinamento do indivíduo pelo controle psicológico resultante da vigilância permanente,
cujo intuito maior é a prevenção de novas condutas delituosas, sem necessariamente infringir
algum tipo de violência. Será esta uma alternativa eficaz para combater a superlotação
prisional e o surgimento de criminosos mais perigosos, oriundos desse sistema falido? É mais
viável para o Estado, do ponto de vista econômico, ter um indivíduo encarcerado ou em
liberdade vigiada? E para o indivíduo, o que traria menos danos: o privar de sua liberdade ou
ser monitorado de forma contínua por meio de um instrumento que o identificará como
criminoso perante toda a sociedade?

2. Como funciona a monitoração eletrônica?

A monitoração eletrônica consiste em implantar no corpo do apenado uma tornozeleira


com dispositivo eletrônico que possibilita o monitoramento por satélite, via GPS (Global
Position System), de modo que seja possível identificar sua localização em qualquer lugar do
planeta, desde que ele esteja com o equipamento instalado em seu corpo14. Atualmente, é
usada apenas em duas situações: em regime de prisão domiciliar e em saídas temporárias no
regime semiaberto. Dentre os objetivos dessa monitoração, está o combate ao uso
indiscriminado da prisão provisória e a vigilância dos apenados quando estes não estão
encarcerados, assegurando assim, o cumprimento da pena15.
Quando há qualquer violação às condições impostas ao monitorado (estipulação de
horário, local, pessoas), alarmes são disparados na Central de Monitoramento e ela averigua a
situação por meio telefônico, contato sonoro emitido pela própria tornozeleira ou envia uma
equipe policial para checar a possível transgressão. Dispõe de uma bateria com autonomia de
cerca de 19 horas e sua recarga deve ser feita por 2 horas com um carregador ligado à tomada;
pesa cerca de 200 gramas, é resistente à água e poeira, permitindo que o monitorado ao tomar
banho ou mergulhar, não saia do radar de localização16.

13
BENTHAM, Jeremy. O Panóptico. 2ª edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
14
ARAÚJO, Fábio Roque; TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Legislação Criminal Para
Concursos – LECRIM. 2.ed. JusPodivm, 2017.
15
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça (Brasília). Qual a utilidade e como funcionam? Disponível em:
<http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/77247-qual-a-utilidade-e-como-funcionam>. Acesso em: 28 de agosto de
2017.
16
PADRÃO, Márcio. Saiba como funciona a tornozeleira eletrônica que vigia réus da Lava Jato.
Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/04/30/saiba-como-funciona-
4
No ano de 2007, quando o então senador Magno Malta, propôs o rastreamento
eletrônico por meio do projeto de lei PLS 175/200717, dando origem à Lei 12.258/1018,
modificando assim, o Código Penal (Decreto-Lei de nº 2.848/40) e a Lei de Execução Penal
(Lei de nº 7.210/84), afirmou que:
A prisão deixou de ser o controle perfeito. É ultrapassado porque ainda é
estabelecido em espaço rígido. O limite territorial determinado pelo cárcere não é
mais um aspecto positivo do controle penal, mas um inconveniente, haja vista que é
insustentável para o Estado manter aprisionado as inúmeras pessoas condenadas […]
É preciso que criemos sistemas que não tenham os inconvenientes do cárcere, tais
como impossibilidade de expansão rápida e custo muito elevado […] O controle
monitorado de presos, já aceito socialmente em alguns países, pode substituir
eficientemente a prisão. A pulseira ou chip, dizem os seus defensores, não afetaria a
integridade física do preso e permitiria o seu convívio social. É considerado um
avanço tecnológico de controle penal. Seria um controle estabelecido, através de
satélite, sem limites, presente no corpo do indivíduo onde quer que ele fosse.

O advento dessa norma trouxe avanços importantes no campo penal, e para dar
prosseguimento a essas melhorias, em 2011, foi criada a Lei 12.403/11, ampliando o uso da
monitoração eletrônica durante o curso do processo penal, e não apenas após o seu término,
permitindo que não apenas os condenados se beneficiassem dessa medida, mas também os
indiciados ou acusados19.
Em decorrência da importância de se buscar um direito penal cujo intuito maior da
aplicação da pena é a ressocialização, e em virtude da realidade do sistema penitenciário
brasileiro ter se desviado desse objetivo, em 29 de junho de 2016, o Plenário do Supremo
Tribunal Federal (STF) aprovou a Súmula Vinculante 5620, determinando que “a falta de
estabelecimento prisional adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime
prisional mais gravoso”. Com esta Súmula, o STF vem reforçar a adoção de medidas

a-tornozeleira-eletronica-que-vigia-reus-da-lava-jato.htm>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.


17
BRASIL. Senado Federal (Brasília). Projeto de Lei do Senado nº 175, de 2007. Disponível em:
<https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/80416>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
18
BRASIL. Lei 12.258, de 15 de junho de 2010. Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 e a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12258.htm>. Acesso em: 28 de agosto
de 2017.
19
PORTO, Pedro Rui da Fontoura. Lei 12.403/11 – Novas medidas cautelares no processo Penal
Brasileiro – Reflexões iniciais. Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/6510/Lei-
12403-11-Novas-medidas-cautelares-no-Processo-Penal-Brasileiro-Reflexoes-iniciais>. Acesso em: 28
de agosto de 2017.
20
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula Vinculante 56. Disponível em:
<www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=3352>. Acesso em: 28 de agosto de
2017.
5
alternativas à prisão, principalmente o uso da tornozeleira eletrônica, por ser esta um
instrumento de vigilância capaz de monitorar o cumprimento da pena quando for necessário21.
De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em 2015, cerca de
86% das pessoas monitoradas encontravam-se em execução penal, sendo 25,91% cumprindo
regime aberto em prisão domiciliar; 21,87% em regime semiaberto em prisão domiciliar;
19,89% em regime semiaberto em trabalho externo; 16,57% em saída temporária; 1,77% em
regime fechado em prisão domiciliar e 0,17% em livramento condicional22.
Para o Depen, alguns aspectos devem ser considerados ao tratar do monitoramento
eletrônico, dentre eles está a falsa premissa de que o monitorado não estaria sendo punido por
não estar encarcerado, pois o fato dele ter cada movimento vigiado, não deixa de ser uma
privação de liberdade; além disso, caso haja descumprimento das regras impostas para a
concessão dessa medida, a mesma será imediatamente revogada; frisa-se também, que a
prisão deve ser considerada enquanto pena definitiva e não como provisória, devendo ser
sempre a ultima ratio.
No Estado de Alagoas, a Corregedoria-Geral da Justiça, por meio do provimento de n°
29/201723, autoriza o juiz a determinar o uso da monitoração eletrônica antes do oferecimento
da denúncia, queixa ou durante o curso da ação penal, pelo prazo de 180 dias, podendo ser
renovado se for necessário, desde que seja devidamente fundamentado, cabendo como
justificativa a inexistência de vaga nas unidades penitenciárias de regime semiaberto24.

3. Quais os prós e contras desse tipo de vigilância?

21
MICHELOTTO, Mariana. Decisão do STF deve consolidar o uso das tornozeleiras eletrônicas no
Brasil. Disponível em: < https://jota.info/artigos/decisao-stf-deve-consolidar-o-uso-das-tornozeleiras-
eletronicas-no-brasil-16072016>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
22
BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública (Brasília). MJ divulga primeiro diagnóstico
nacional sobre monitoração eletrônica de pessoas. Disponível em:
<http://www.justica.gov.br/noticias/mj-divulga-primeiro-diagnostico-nacional-sobre-monitoracao-
eletronica-de-pessoas>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
23
BRASIL. Tribunal de Justiça (Alagoas). Provimento nº 29, de 17 de agosto de 2017. Disponível em:
<http://www.tjal.jus.br/corregedoria/provimentos/2e24b8fa8b0e6800b65aaa3c2dace6dc.pdf>. Acesso
em: 28 de agosto de 2017.
24
Provimento traz novas diretrizes para o monitoramento eletrônico. Disponível em:
<http://www.alagoas24horas.com.br/1086628/provimento-traz-novas-diretrizes-para-o-monitoramento-
eletronico/>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
6
Luiz Flávio Gomes, por meio do princípio da ofensividade25 (visualizado no Art. 98, I,
da CF/8826), vem mostrar a importância da tipicidade penal como fator determinante para se
considerar uma conduta como crime. Segundo ele, deve-se ter um ato que lesione um bem
jurídico protegido, logo, na ausência de um resultado ofensivo, não se tem um fato a ser
enquadrado como tipo penal. Cabe destacar que a punição a ser imposta, deve ser
fundamentada na proporcionalidade/razoabilidade, para que uma violação de menor potencial
ofensivo receba uma pena compatível com a conduta, para que ao tentar proteger um bem
jurídico tutelado não se lesione outro de igual importância.
Com isso, temos um dos principais argumentos usados pelos que defendem a
monitoração eletrônica; com ela, seria possível adequar os delitos mais leves a punições mais
adequadas, impedindo assim, que investigados e condenados por condutas menos gravosas
tenham contato com criminosos perigosos e com o ambiente degradante dos presídios,
expondo-os a novas ações delituosas27;
Além do que, evitaria os altos custos do Estado em manter um indivíduo encarcerado,
pois enquanto um preso custa em média R$ 1.800,00/mês, a monitoração eletrônica, a
depender da empresa fornecedora do equipamento, pode custar de R$ 200 a R$ 600/mês por
pessoa; em média o custo da tornozeleira é 8 vezes menor que ter um apenado na cadeia28.
Por meio da vigilância também seria possível beneficiar os condenados que estão em
situação de vulnerabilidade, como os idosos; mulheres com filhos que dependam
exclusivamente de seus cuidados; apenados com sérios problemas de saúde, cujo tratamento
não tem como ser prestado no sistema prisional; de modo a não tornar ainda mais penosa o
cumprimento da pena.
Com a monitoração o controle dos condenados seria maior, inclusive podendo inibir
fugas, pois a tornozeleira possui sensores que ao ser rompida ou em caso de o monitorado se
movimentar para além do perímetro autorizado para que ele se desloque, o equipamento emite

25
GOMES, Luiz Flávio. Princípio da ofensividade no direito penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
26
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1998. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 28 de agosto de
2017.
27
ARAÚJO NETO, Félix; MEDEIROS, Rebeca Rodrigues Nunes. O monitoramento eletrônico de presos e a Lei
nº 12.403/2011. Disponível em:
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9894>. Acesso
em: 30 de agosto de 2017.
28
BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública (Brasília). MJ divulga primeiro diagnóstico nacional sobre
monitoração eletrônica de pessoas. Disponível em: <http://www.justica.gov.br/noticias/mj-divulga-primeiro-
diagnostico-nacional-sobre-monitoracao-eletronica-de-pessoas>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
7
um aviso para a Central de Monitoramento, e no geral, esse apenado tem essa medida
revertida.
Cabe lembrar que a realidade do sistema carcerário no Brasil é de superlotação, com
condições sub-humanas, e ao optar por uma pena que não submeta um indivíduo a essas
circunstâncias traumatizantes, é prezar pela integridade física e psíquica de pessoas que
muitas vezes são consideradas inocentes ou se julgadas culpadas, seriam sentenciadas com
pena menos gravosa que a prisão29.
Em contrapartida, os críticos desse tipo de medida apontam algumas desvantagens que
devem ser analisadas com cautela antes de se aplicar a monitoração eletrônica. O primeiro
ponto a ser considerado deve partir do princípio constitucional da dignidade da pessoa
humana, ao lembrar que o ser humano não deve ser visto como um objeto no qual se instala
um equipamento de monitoração, e em caso de violação deste, o mesmo poderá ser localizado
e resgatado a qualquer custo, como se fosse uma propriedade estatal30.
O preconceito e a discriminação sofrida por esses condenados é algo muito presente, e
ao serem vistos com um equipamento de monitoração eletrônica, identificando-os de pronto
como criminosos, traria ainda mais estigma e marginalização por parte da sociedade,
dificultando ainda mais sua reinserção social.
Ao determinar o uso da tornozeleira eletrônica, o magistrado deve lembrar que
vivemos em uma realidade onde impera a tecnologia, usada muitas vezes para realizar atos
ilícitos, logo, será que esse equipamento eletrônico estaria imune à ação de um hacker? Será
que esse sistema não poderia ser hackeado e controlado, alterando-se desde o perímetro
permitido até os sinais a serem emitidos em caso de rompimento do instrumento?
Ademais, muitos Estados brasileiros passam por muitas dificuldades financeiras,
sendo necessário estabelecer prioridades, e provavelmente, a aquisição desse tipo de
equipamento de monitoração eletrônica não estaria dentre elas; além disso, caso esses Estados
pudessem adquirir esse tipo de tecnologia, a limitação orçamentária impossibilitaria atender à
demanda de condenados.
Outro empecilho a ser levantado é a tornozeleira eletrônica em si, pois seu formato,
peso, os sons emitidos por ela e o fato de ter que ser recarregada diariamente por duas horas

29
PRUDENTE, Neemias. Monitoramento eletrônico: uma efetiva alternativa a prisão? Disponível em:
<https://neemiasprudente.jusbrasil.com.br/artigos/121942848/monitoramento-eletronico-uma-efetiva-
alternativa-a-prisao>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
30
SOUSA, Sandro de Oliveira. Tornozeleira eletrônica – Considerações sobre a Lei 12.258/10.
Disponível em: <https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5227>. Acesso em: 28 de agosto de
2017.
8
na tomada, limita o deslocamento do monitorado por esse tempo, dificultando a inclusão
desse apenado a sociedade31.
A falta de um padrão nacional quanto à monitoração apresentasse como mais um
ponto negativo, já que entre os Estados que fazem uso desse tipo de vigilância pode haver
regras diferenciadas, como por exemplo, estipular diferentes níveis de gravidade para a
mesma violação, podendo ter em alguns Estados um controle disciplinar excessivo, e em
outros um descontrole.
Para aumentar o hall de desvantagens, há um projeto de lei que visa cobrar os custos
da monitoração eletrônica dos apenados (exceto os hipossuficientes, que seriam isentos dessa
cobrança); de acordo com o PLS 310/201632, do senador Paulo Bauer, essa cobrança poderia
ser descontada da remuneração do trabalho do preso, pois para ele, o gasto com a monitoração
não deve ser transferido para a sociedade, que já é tão onerada com a violência sofrida. Caso
esse projeto seja aprovado, além de todos os danos causados por essa vigilância constante,
arcar com os custos de sua monitoração, surtirá como uma punição a mais para o apenado.

4. O panóptico de Bentham e Foucault retomado na ampliação da monitoração


eletrônica

O filósofo inglês Jeremy Bentham, foi pioneiro ao conceber a ideia do disciplinamento


social por meio do controle psicológico do individuo; inicialmente propôs sua aplicação para
os encarcerados em presídios, mas acabou se estendendo para outras instituições como escolas
e empresas33.
Segundo Bentham, as instituições deveriam ser edificadas de maneira que fosse
possível vigiar de forma absoluta todos os indivíduos que ali estivessem, para tanto, se
construiria um edifício em forma radial, dividido em pequenas celas, e no centro deste teria
uma torre; em cada cela teria um indivíduo e na torre central um vigilante, sendo que da cela
não seria possível visualizar quem estaria na torre, porém, da torre seria possível ver todos os

31
BRASIL. Câmara dos Deputados (Brasília). Cinco anos do novo Código de Processo Penal lembram
uso da tornozeleira eletrônica. Disponível em:
<http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/RADIOAGENCIA/507612-CINCO-ANOS-
DO-NOVO-CODIGO-DE-PROCESSO-PENAL-LEMBRAM-USO-DA-TORNOZELEIRA-
ELETRONICA.html>. Acesso em: 28 de agosto de 2017.
32
BRASIL. Senado Federal (Brasília). Condenado pagará pela tornozeleira, decide Comissão de Constituição e
Justiça. Disponível em: <www12.senado.leg.br/noticias/matérias/2017/09/13/condenado-pagar-pela-tornozeleira-
decide-comissao-de-constituicao-e-justica>. Acesso em: 13 de setembro de 2017.
33
BENTHAM, Jeremy. O Panóptico. 2ª edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
9
indivíduos que estivessem nas celas.
Essa construção denominada panóptico, permitia a observação total, e reproduzia no
individuo que estava enclausurado, a sensação de estar sendo vigiado o tempo todo, causando
assim, um efeito panóptico, de vigilância permanente, o que inibiria a prática de novas
condutas delituosas, pois a certeza de ser surpreendido a qualquer momento era constante, e
com receio de ser punido, o indivíduo não violaria as regras impostas.
Na definição de Foucault, o panoptismo “É um controle, uma vigilância que permite
qualificar, classificar e punir, estabelece sobre os indivíduos uma visibilidade através da qual
eles são diferenciados e sancionados [...] Nele vêm-se reunir a cerimônia do poder e a forma
da experiência, a demonstração da força e o estabelecimento da verdade”34. Assim, o “efeito
panóptico” visa combater a criminalidade através da disciplina de ordem psicológica e não
física, tornando desnecessária a aplicação de violência.
O filósofo Michel Foucault veio ressaltar a funcionalidade do panoptismo ao afirmar
que “quanto maior o número de informações em relação aos indivíduos, maior a possibilidade
de controle de comportamento desses indivíduos”; para ele, o disciplinamento seria efetivo se
o indivíduo acreditasse que está sendo observado o tempo todo, mesmo que de fato não
estivesse, mas a possibilidade de ser “pego” a qualquer momento inibiria a prática de novas
transgressões.
A junção da vigilância hierárquica, da sanção normatizadora e do exame, se tornam
instrumentos poderosos na ressocialização do infrator, capazes de disciplinar sem a imposição
da força física; assim, seria possível moldar o comportamento do indivíduo apenas pelo
controle psíquico, de forma que ele voltasse a se adequar às regras sociais. Para Foucault, o
panoptismo poderia ser aplicado em qualquer instituição que tivesse como objetivo enquadrar
pessoas nos padrões estabelecidos.
Essa concepção de eficácia no disciplinamento através da vigilância constante é
visualizada na monitoração eletrônica no âmbito penal, principalmente no que se refere às
penas restritivas de direito, onde se busca afastar a concepção errônea de que punição efetiva
está associada ao encarceramento do indivíduo. A prisão deve ser ponderada caso a caso, pois
em alguns deles, esta não é a melhor pena a ser aplicada, pelo contrário, enclausurar pode
tornar o indivíduo um inimigo para a sociedade, não sendo possível sua ressocialização.

34
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 33ª Edição. Petrópolis: Vozes, 2007.
10
As penas alternativas monitoradas se mostram como uma possibilidade de “tornar tudo
visível, mas com a condição de ser tornar ela mesma invisível”, ou seja, fazendo uso das
palavras de Foucault, o principal intuito das medidas restritivas de direito associadas à
monitoração eletrônica, é garantir que a presença do Estado será sentida e respeitada, mesmo
sem que ele esteja efetivamente presente.
A essência do panóptico pode ser vista, não somente nesse tipo de sanção, mas em
toda a sociedade moderna, onde a vigilância é algo comum, incessante, e muitas vezes
transformada em um espetáculo, violando a intimidade e expondo a vida do indivíduo. O que
se percebe na contemporaneidade é que o panoptismo está sendo usado com um fim diverso
do idealizado por Bentham35 e Foucault, mas diante da associação das penas alternativas com
a monitoração eletrônica, há uma retomada da origem do efeito panóptico36.
Apesar da controvérsia gerada sobre a monitoração eletrônica, ainda é maioria os que
pregam pela intervenção mínima do direito penal e o respeito pelos princípios constitucionais
embasadores de todo o ordenamento jurídico. Uma alternativa a ser considerada para alcançar
esse objetivo, é aplicando punições que causem danos mínimos à integridade física e psíquica
do condenado; com isso, surge o projeto de lei PL 6472/201637, do deputado federal Francisco
Floriano autorizando o juiz a aplicar a monitoração também com pena restritiva de liberdade
em regime aberto ou semiaberto e quando determinar a pena restritiva de direito
estabelecendo limitação de horários, de local a ser frequentado pelo apenado e de prestação de
serviço à comunidade ou à entidades públicas38.
O intuito principal desta norma não é criar mais vagas no sistema prisional, mas sim
fiscalizar de maneira mais eficaz os presos do regime aberto e semiaberto, pois muitos
condenados reincidentes cometem novos delitos quando saem provisoriamente do presídio,
seja para trabalhar ou quando são beneficiados com o indulto; sendo essa prática facilitada
porque o quantitativo de agentes do sistema prisional responsável pela fiscalização da saída

35
BENTHAM, Jeremy. O Panóptico. 2ª edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
36
GUANDALINIL, Bruno; TOMIZAWA, Guilherme. O Mecanismo Disciplinar de Foucault e o Panóptico de
Bentham na Era da Informação. Disponível em: < http://anima-opet.com.br/pdf/anima9/anima9-2-O-
MECANISMO-DISCIPLINAR-DE-FOUCAULT-E-O-PANOPTICO-DE-BENTHAM-NA-ERA-DA-
INFORMACAO-Bruno-Guandalini-e-Guilherme-Tomizawa.pdf>. Acesso em: 6 de outubro de 2017.
37
BRASIL. Câmara dos Deputados (Brasília). PL 6472/2016. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2117019>. Acesso em: 28 de
agosto de 2017.
38
BRASIL. Câmara dos Deputados (Brasília). Segurança Pública amplia situações de uso da tornozeleira
eletrônica. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITO-E-JUSTICA/538945-
SEGURANCA-PUBLICA-AMPLIA-SITUACOES-DE-USO-DA-TORNOZELEIRA-ELETRONICA.html>.
Acesso em: 28 de agosto de 2017.
11
dos presos é insuficiente. Entretanto, se o apenado estiver fazendo uso da tornozeleira
eletrônica, esse controle poderá ser mais eficiente e contribuir para a diminuição da
reincidência e das fugas, além disso, diminuiria a sensação de que o crime ficou impune, pois
o condenado de certa forma estaria sendo privado de sua liberdade.

5. Conclusão

A ampliação do uso da monitoração eletrônica será fonte de problemas ou soluções


para o sistema penal brasileiro? A resposta para esse questionamento será positivo ou negativo
a depender da ótica analisada, mas o reflexo do panoptismo nessa associação entre vigilância
e sanção é algo indiscutível, pois se visualiza o Estado buscando disciplinar por meio do
monitoramento permanente, mas sem a presença física do agente estatal.
Durkheim afirma que o crime existe e sempre existirá em qualquer sociedade, sendo
algo extremamente necessário, útil e “indispensável para a evolução normal da moral e da
lei”39; neste caso, cabe analisar cada ação delituosa com cautela, para que a penalidade a ser
aplicada seja embasada em garantias e direitos fundamentais40, demonstrando que com a
evolução social, os princípios constitucionais nortearão cada vez mais as condutas, dessa
forma, as restrições de direitos serão sempre evitadas,
Em contrapartida, Kant alega que a única finalidade da punição é imputar ao
criminoso o mesmo mal cometido por ele, logo, uma pena não deve ter outros fins, como por
exemplo, a ressocialização; para ele, a dogmática penal deve ser racional e finalística41. O
pensamento de Kant ainda pode ser observado entre os que têm a opinião do senso comum;
um conceito superficial, frágil, formado principalmente pelas informações advindas dos meios
midiáticos, que transmitem apenas parte da realidade, não permitindo a formação de um
argumento seguro e realista; é desse senso comum que resulta a célebre frase “lugar de
criminoso é na cadeia”, como se o cárcere estivesse interligado à justiça.
Não há (e talvez nunca haja) um consenso sobre qual a melhor opção para solucionar a
questão da criminalidade no Brasil, pois sempre se terá dois pontos de vista a serem

39
DURKHEIM, Èmile. As Regras do Pensamento Sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
40
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1998. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 28 de agosto de
2017.
41
KANT, Immanuel. Fundamentos da Metafísica dos Costumes e Outros Escritos. São Paulo: Martin Claret,
2005.
12
considerados, o da vítima e o do agressor; entretanto, é imprescindível que a punição a ser
aplicada seja estipulada de forma razoável e proporcional ao dano causado; deve-se permitir
que o condenado retorne para a sociedade apto para conviver com os demais, e não
corrompido por novas práticas criminosas; nesse caso, o panoptismo pode ser um importante
aliado no combate a novos delitos através do disciplinamento sem o uso da violência.
A monitoração eletrônica, assim como as penas alternativas, apresenta prós e contras,
por isso sua aplicação deve ser examinada com cautela, considerando cada caso concreto, para
que os benefícios a serem alcançados superem os danos causados pela penalidade imposta.

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