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Grupo I – Ânions que desprendem gases quando tratados com HCl ou H2SO4 diluído: Carbonato CO32- , bicarbonato HCO3-,
Sulfito SO32-, tiossulfato S2O32-, sulfeto S2-, nitrito NO2-, hipoclorito OCl-, cianeto CN- e cianato OCN-.
Grupo II – Ânions que desprendem gases quando tratados com H2SO4 concentrado: todos os do grupo I e mais: fluoreto F-,
hexafluorsilicato [SiF6]2-, cloreto Cl-, brometo Br-, iodeto I-, nitrato NO3-, clorato ClO3-, perclorato ClO4-, permanganato
MnO4-, bromato BrO3-, borato BO33- ou B4O72-ou BO2-, oxalato (COO)22-, tartarato [C4H4O6]2-, acetato CH3COO-,
hexacianoferrato II [Fe(CN)6]4-, hexacianoferrato III [Fe(CN)6]3-, tiocianato SCN-, formiato HCOO- e citrato [C6H5O7]3-.
CLASSE B
Grupo I – Ânions que apresentam reações de precipitação: sulfato SO4=, persulfato S2O82-, fosfato PO43-, fosfito HPO32-,
hipofosfito H2PO3-, arseniato AsO43-, arsenito AsO33-, cromato CrO4=, dicromato Cr2O7=, silicato SiO3=, hexafluorsilicato
[SiF6]2-, salicilato C6H4(OH)COO-, benzoato C6H5COO- e succinato C4H4O42-.
Grupo II – Ânion que apresentam reações de oxidação e redução: Manganato MnO42-, permanganato MnO4-, cromato CrO42-
e dicromato Cr2O72-.
As reações de alguns destes serão estudadas a seguir. As análises serão realizadas utilizando-se tanto amostra sólida
como uma solução tratada com carbonato. Serão alvo deste estudo os seguintes ânions: CrO4=, SO4=, SO3=, CO3=, BO2-,
PO43-, S2-, Cl-, Br-, I-, NO3-.
Os boratos são derivados de três ácidos bóricos: ácido ortobórico H3BO3 ; ácido pirobórico H2B4O7; ácido
metabórico HBO2. A maioria dos sais são derivados dos ácidos meta e piro. Devido ao ácido bórico ser muito fraco, seus sais
solúveis hidrolisam.
Quando a amostra sólida não é totalmente solúvel em água e também para eliminar alguns íons metálicos que
interferem nos ensaios, usa-se levar a ebulição a amostra em estudo com uma solução de Na2CO3. Com este tratamento, os
ânions contidos na amostra ficarão em solução sob a forma dos respectivos sais de sódio enquanto que os cátions
interferentes como Mg2+, Ba2+, Ca2+ e os cátions dos grupos II e III, precipitam sob a forma de carbonato ou hidróxido e são
assim eliminados da solução.
Procedimento: coloque em uma cápsula de porcelana 0,10 a 0,15 g da amostra e 2 ml de solução saturada de
carbonato de sódio. Cubra com um vidro de relógio e aqueça até ebulição. Deixe ferver, cuidadosamente, por 15 minutos
adicionado sempre que necessário pequenas quantidades de água, a fim de evitar que a solução evapore até a secura.
Transfira o resíduo e a solução para um tubo de ensaio. Centrifugue e decante. Transfira o decantado para outro tubo
de ensaio. Lave o resíduo sólido com 20 gotas de água, misture bem, centrifugue e decante. Junte os decantados e despreze
o sólido. O decantado é chamado EXTRATO DE CARBONATO”.
ANÁLISE DE ÂNIONS
Teste um pouquinho de amostra sólida com 20 gotas de água (fria primeiro, logo quente) para ver se dissolve. Si o sólido se
dissolve completamente, prepare uma solução estoque dissolvendo uma ponta de espátula em 5 mL de água e use esta
solução para os testes preliminares e específicos dos ânions. Anote a cor da solução.
TESTES PRELIMINARES
Os reagentes.H2SO4 (frio ou quente), AgNO3 e BaCl2 dão reações características que fornecem informação útil para a
identificação dos ânions presentes. H2SO4 é usado com o sal ou amostra sólida, enquanto que os outros dois reagentes são
utilizados na solução do sal ou da amostra.
1 – Coloque 15 gotas de solução da amostra em um tubo de ensaio, faça a solução ligeiramente alcalina com NH4OH 5M, e
misture bem. Se ocorrer precipitação, centrifugue e decante, desprezando o precipitado. Ao decantado adicione 5 gotas de
BaCl2 0,2 M. Centrifugue e decante.
Observação: precipitado branco, indica presença de um ou mais dos ânions seguintes: SO32-, SO42-, CO32-, BO2- e/ou
PO43-, e exclui a presença de CrO42-. Precipitado amarelo indica a presença de CrO42-.
2 – Adicione ao tubo de ensaio do procedimento anterior HCl 2M até a solução ficar ácida .
Observação: total solubilização do precipitado. Indica ausência de sulfato.
BaSO3 ↓ + HCl ↔ SO2 (g) + Ba2+
BaSO4 ↓ + HCl ↔ precipitado insolúvel
BaCO3 ↓ + HCl ↔ CO2 (g) + Ba2+
Ba3(PO4)2 ↓ + HCl ↔ HPO42- + Ba2+
Ba CrO4 ↓ + HCl ↔ Cr2O72- + Ba2+ + H2O
3 – Coloque uma pequena quantidade de amostra sólida em um tubo de ensaio e adicione 5 gotas de H2SO4 concentrado.
Observação:
î Efervescência, O gás liberado é marrom de odor característico penetrante, fumega em ar úmido, vira para vermelho o
papel tornassol azul, presença de Br-:
Br- + H2SO4 ↔ H2S(g) + SO2 (g) + HBr(g)
æ Efervescência, O sólido torna-se marrom escuro imediatamente, ligeira liberação de gás que fumega em ar úmido,
odor a H2S, vapores violeta de iodo, presença de I-
I- + H2SO4 ↔ H2S (g) + SO2 (g) + + HI(g) + I2(s)
î A quente: liberação de NO2, gás castanho com odor característico, presença de NO3-:
NO3- + ↔ NO(g) + NO2(g) + SO2(g) +
4. Coloque 10 gotas da solução aquosa em um tubo de ensaio; adicione 3 - 4 gotas de AgNO3 0,2 M. Se não se forma
ppdo., Cl-, Br-, I-, S2-, PO43-, CrO42-, SO32- e BO2- estão ausentes. Se forma um ppdo., qualquer ou todos os 11 ânions
podem estar presentes. Se o ppdo. é branco, Br-, I-, S2-, PO43-, CrO42- e possivelmente CO32- estão ausentes, mas os outros
podem estar presentes; se o ppdo. é preto, todos os 11 ânions podem estar presentes já que o preto cobre todas as outras
cores, mas Ag2S ou possivelmente Ag2CO3 podem estar presentes e serem responsáveis pela cor preta.
Centrifugue e decante, descartando o decantado. Lave o ppdo. no tubo uma vez com água fria; em seguida trate-o com
algumas gotas de HNO3 3 M e agite bem. Se o ppdo. dissolve completamente, Cl-, Br-, I-, S2- estão ausentes. Se o ppdo. não
dissolve completamente, um ou mais dos 4 ânions mencionados está presente. Observe a aparência do resíduo e tente
deduzir o que é. Centrifugue e decante em um tubo de ensaio.
5. Faça o decantado ligeiramente alcalino com solução 15 M de NH4OH; então, faça-o levemente ácido com ácido
acético 5 M e junte algumas gotas de AgNO3 0,2 M. Os seguintes ppdos. serão formados se os ânions referidos estão
presentes: Ag2CrO4 marrom-avermelhado; Ag3PO4, amarelo; AgBO2 ,branco; Ag2SO3 branco;
Com as observações obtidas em 4. e 5., conclua que ânions estão definitivamente presentes e definitivamente
ausentes.
[ AgNO3 ]
AgCl AgBr AgI Ag3PO4 Ag2CrO4 SO42-
branco creme amarelo amarelo vermelho NO3-
Ag2S Ag2CO3 Ag2SO3 AgBO2
preto branco branco branco
[ HNO3 3 M ]
6 – Coloque uma pequena quantidade da amostra sólida em um tubo de ensaio. Adicione algumas gotas de HCl 2M e
rapidamente recolha o gás desprendido em uma solução de hidróxido de bário (água de barita). O desprendimento de gás
pode ser violento (efervescência) ou suave. Se necessário aqueça o tubo de ensaio onde está a amostra, de modo a facilitar a
evolução do gás pelo tubo de recolhimento até a solução de Ba(OH)2 .
Observação: efervescência, gás incolor e inodoro. Quando se recolhe o gás em uma solução de Ba(OH)2 e ocorre a formação
de um precipitado branco: presença de carbonato indicada. A liberação de gás incolor com forte odor penetrante que quando
recolhido em uma solução de Ba(OH)2 forma um precipitado branco, indica a presença de sulfito, SO32-.
– Coloque uma pequena porção de amostra sólida em um tubo de ensaio e adicione 5 gotas de H2O2 3%. Agite por 3 minutos.
Adicione então algumas gotas de HCl 2M e rapidamente recolha o gás desprendido em uma solução de hidróxido de bário.
Observação: efervescência, gás incolor e inodoro. Formação de precipitado branco quando recolhido em Ba(OH)2. Presença
de CO3= confirmada.
Observação: liberação de gás incolor com forte odor desagradável e irritante. Imediato escurecimento do papel de filtro
umedecido. Presença de sulfeto confirmada.
Coloque 9 gotas de amostra em um tubo de ensaio e acidifique com 3 gotas de ácido acético 5 M; adicione então 3
gotas de KNO2 0,2 M. Aqueça suavemente o tubo de ensaio. Observe. Após este procedimento, resfrie o tubo de ensaio e
adicione 12 gotas de tetracloreto de carbono (CCl4) ou clorofórmio (HCCl3) ao tubo de ensaio, agite fortemente e deixe em
repouso por 30 segundos.
Observação: coloração marrom amarelada e liberação de vapores violeta, presença de iodo confirmada.
2I- + 2NO2- + 4H+ ↔ I2 + 2NO + 2H2O (marrom amarelado em solução, vapores violeta)
Obs. O I2 é muito solúvel em CCl4 ou CHCl3 colorindo de violeta a camada orgânica.
Observação: coloração violeta na camada orgânica devida à formação de I2, presença de iodeto confirmada.
Coloque 5 gotas de amostra em um tubo de ensaio e acidifique com ácido acético 5M. Adicione 5 gotas de hipoclorito de
sódio e agite. Adicione então 10 gotas de CCl4e agite bem.
Coloque 5 gotas de amostra em um tubo de ensaio e acidifique com HNO3 3M. Adicione 3 gotas de AgNO3. Centrifugue e
decante. Teste a solubilidade do precipitado em NH4OH.
Observação: precipitado amarelo insolúvel em NH4OH. Presença de iodeto confirmada. Precipitado amarelo pálido,
parcialmente solúvel em NH4OH. Presença de brometo confirmada. Precipitado branco solúvel em NH4OH. Presença de
cloreto confirmada.
Características
CO2 gás incolor, inodoro
SO2 gás incolor, odor penetrantel
H2S gás incolor, odor extremamente desagradável
HBr gás marrom, odor penetrante e irritante
vapores violeta, odor
HI
penetrante e irritante
HCl gás incolor, odor penetrante e irritante
NO gás incolor, odor penetrante rapidamente transformado em NO2
NO2 gás marrom avermelhado, odor penetrante
Coloque uma pequena quantidade de amostra sólida em uma cápsula de porcelana e adicione 5 gotas de H2SO4 18M.
Misture vigorosamente com auxílio de um bastão de vidro. Adicione então 12 gotas de metanol e misture bem em seguida
acenda a mistura.
Observação: chama verde. Presença de borato confirmada., A chama de cor verde é imediata. Se não aparecer a cor logo no
início, o teste é negativo.
CUIDADO: A chama do metanol não apresenta cor, portanto o risco de um acidente é maior. Se o ânion borato não estiver
presente na amostra, muito provavelmente não será observada NENHUMA cor na chama, mas ela estará ardendo. Portanto
cuidado e atenção.
TESTE PARA FOSFATO
Coloque 5 gotas da solução a ser analisada em um tubo de ensaio. Acidifique com HNO3 3M. Adicione 7 gotas de
molibdato de amônio. Misture e aqueça por 5 minutos.
Observação: um precipitado amarelo. Presença de fosfato confirmada.
PO43- + [(NH4)2MoO4] ↔ [(NH4)3PO4.12MoO4] ↓ (amarelo)
A formação do precipitado é bem lenta. Agite constantemente enquanto aquece.
Coloque 5 gotas da solução amostra em um tubo de ensaio. Adicione HNO3 3M até a solução ficar ácida. Adicione 20
gotas de éter etílico e 3 gotas de H2O2 3 %. Agite cuidadosamente, mas não demore.
Coloque algumas gotas da solução amostra em um tubo de ensaio e acidifique com HCl 6M. Adicione algumas gotas
de BaCl2 0,2M.
Ensaio do anel castanho. a 10 gotas da solução amostra adiciones 10 gotas de . uma solução de sulfato ferroso 0,5
M recém preparada e misture bem. A seguir com o tubo inclinado a 45º, derrame cuidadosa e lentamente solução de H2SO4
concentrado, escorrendo o líquido pela parede do tubo, de modo que os líquidos se misturem o menos possível, permitindo
assim que se forme uma camada na superfície da solução contendo nitrato. Na superfície de separação das duas camadas,
H2SO4 e solução de FeSO4, forma-se um ANEL CASTANHO. Cuidado para não agitar!!!!.
Observação: anel marrom formado na interface de contato dos dois líquidos. Presença de NO3- confirmada.
SO42- + I- + H+ ↔ H2S + I2
SO42- + I- + H+ ↔ SO2 + I2
SO42- + Br- + H+ ↔ SO2 + Br2
CrO42- + Pb2+ ↔ PbCrO4(s)
Coloque uma pequena quantidade de amostra sólida em um tubo de ensaio e adicione 3 gotas de água e 7 gotas de
H2O2 3%. Misture. Centrifugue e despreze o precipitado. Ao decantado adicionar algumas gotas de HCl 2M. Recolher o gás
em uma solução de Ba(OH)2.
Observação: efervescência e liberação de gás incolor e inodoro. Formação de um precipitado branco na solução de Ba(OH)2.
Presença de carbonato confirmada.
Coloque 9 gotas da solução amostra em um tubo de ensaio e adicione 3 gotas de HCl 2M e 5 gotas de BaCl2 0,2M.
Agite vigorosamente. Se formar precipitado, remova-o por centrifugação e decantação. Ao decantado (límpido) adicione 5
gotas de H2O2 3% e 5 gotas de BaCl2 0,2M.
A primeira adição de cloreto de bário precipita o sulfato que pode estar presente removendo-o da solução para que não
interfira no teste do sulfito. H2O2 oxida então o sulfito a sulfato e este então é precipitado na forma de sulfato de Ba, BaSO4.