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FOZ DO IGUAÇU - PR
2012
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Coordenação Geral
Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Obras
Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu / PR
i
Mestre em Ciências da Educação.
Marco Aurélio de Matos Servidor Comissionado – Jornalista, Técnico Especialista em
Alexandre Diretor do Departamento Controle de Sistema Elétrico de Alta
de Coleta Seletiva Tensão, Especialista em
Comunicação, Especialista em
Comunicação Empresarial e Pós-
Graduando em Gestão de Projetos.
Luis Carlos Souza Guimarães Servidor Comissionado – Engenheiro Ambiental, Pós-
Assessor I graduando em Engenharia de
Segurança do Trabalho
Pablo Michael Rodrigues Mendes Servidor Comissionado – Engenheiro Ambiental, Pós-
Assessor I graduando em Engenharia de
Segurança do Trabalho.
Addo Novak Francisco Estagiário Acadêmico de Tecnologia em Gestão
Ambiental
Fabiano Gonçalves de Araújo Servidor Comissionado Graduado em Educação Física,
Especialista em Avaliação Física e
Cursando Hidrologia.
Colaboradores:
AMBIENGE;
CCZ- Centro de Controle de Zoonoses;
Cia de Saneamento do Paraná – SANEPAR;
COAAFI – Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu;
Educação Ambiental do Município: Iracema Maria Cerutti e Rosani Borba;
Vital Engenharia Ambiental.
ii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Localização de Foz do Iguaçu – Referência Geográfica ......................... 24
Figura 2 - Acesso a Foz do Iguaçu ........................................................................... 25
Figura 3 – Mapa do Sistema Viário .......................................................................... 39
Figura 4 – Fotos do Aterro Sanitário ......................................................................... 67
Figura 5 – Fotos do Aterro Sanitário ......................................................................... 67
Figura 6 – Diagrama dos 5 Pilares do Programa “Foz Recicla”................................ 68
Figura 7 – Fotos Catadores no Aterro Controlado Porto Belo .................................. 69
Figura 8 – Divisão Geográfica para Instalação dos Centros de Triagem ................. 70
Figura 9 – Modelo de Gestão da COAAFI ................................................................ 71
Figura 10 – Centro de Triagem Profilurb .................................................................. 72
Figura 11– CT: Aterro sanitário, Prensa Hidráulica e Fardos para a Venda ........... 73
Figura 12 – Pev´s Públicos e Pev´s Locais .............................................................. 73
Figura 13 – Caminhão Exclusivo para Coleta Seletiva dos PEV´s ........................... 74
Figura 14 – Caracterização e Classificação Resíduos Sólidos................................. 77
Figura 15 – Serviço de Coleta Domiciliar Diária ....................................................... 87
Figura 16 - Células de Acondicionamento de Resíduos ........................................... 87
Figura 17 – Caracterização dos Resíduos no Aterro Sanitário Através do Método
de Quarteamento .............................................................................................. 89
Figura 18 – Composição Percentual dos Resíduos Sólidos de Foz do Iguaçu –
Região 01 – Três Lagoas. ................................................................................. 93
Figura 19 – Composição Percentual dos Resíduos Sólidos de Foz do Iguaçu –
Região 02 – Vila “C”.......................................................................................... 94
Figura 20 - Composição Percentual dos Resíduos Sólidos de Foz do Iguaçu –
Região 03 – São Francisco. .............................................................................. 96
Figura 21 – Composição Percentual dos Resíduos Sólidos de Foz do Iguaçu –
Região 05 – Jardim São Paulo. ........................................................................ 97
Figura 22 – Composição Percentual dos Resíduos Sólidos de Foz do Iguaçu –
Região 09 – Centro / Vila Yolanda. ................................................................... 99
Figura 23 – Composição Percentual dos Resíduos Sólidos de Foz do Iguaçu –
Região 10 – Campos do Iguaçu...................................................................... 100
Figura 24 Composição Percentual Média dos Resíduos Sólidos de Foz do Iguaçu.101
Figura 25 – Composição Percentual Média dos Resíduos Sólidos no Brasil. ........ 101
Figura 26: Disposição Inadequada de Resíduos Sólidos Recicláveis .................... 108
Figura 27 - Diferenciação de Valores da Venda de Material Reciclável de Forma
Cooperada e Autônoma. ................................................................................. 109
Figura 28 – Fotos Centros de Triagem ................................................................... 110
Figura 29 – Demonstrativo do número de catadores nos centros de triagem da
COAAFI .......................................................................................................... 111
Figura 30 - Número de Homens e Mulheres Existentes em Cada Unidade de
Centro de Triagem .......................................................................................... 111
Figura 31 - Distribuição de Centros de Triagem .................................................... 113
Figura 32 – Fotos centros de Triagem ................................................................... 114
Figura 33– Reconhecimento Geográfico por Sub Localidades .............................. 116
Figura 34 - Áreas Desguarnecidas de Centros de Triagem................................... 119
Figura 35 - Coleta Seletiva Traz Reflexo Direto na Economia da Cidade. ............. 121
Figura 36 – Serviço de Varrição Manual ................................................................ 122
Figura 37 – Serviço de Varrição Mecanizada ......................................................... 123
Figura 38 Serviço de Roçada Manual .................................................................... 123
iii
Figura 39 – Serviço de Roçada Mecanizada .......................................................... 124
Figura 40 – Serviço de Jardinagem nas Vias Públicas ........................................... 124
Figura 41 – Serviço de Jardinagem nas Vias Públicas ........................................... 124
Figura 42 Serviço de Corte de Árvores em Via Pública. ........................................ 125
Figura 43 – Serviço de Poda de Árvores em Via Pública. ...................................... 125
Figura 44 – Área Destinada a Compostagem no Aterro Sanitário de Foz do
Iguaçu ............................................................................................................. 126
Figura 45 – Serviço de Compostagem no Aterro Sanitário de Foz do Iguaçu ........ 126
Figura 46 Foto do Serviço de Compostagem no Aterro Sanitário de Foz do Iguaçu127
Figura 47: Geração de Resíduos de Serviço de Saúde nos Estabelecimentos
Municipais de Foz do Iguaçu, em 2011. ......................................................... 132
Figura 48: Geração de Resíduos de Saúde nos Estabelecimentos Privados que a
GAAP Presta Serviços. ................................................................................... 135
Figura 49: Geração de Resíduos de Saúde de Classe “A” nos Estabelecimentos
Privados que a SERQUIP Presta Serviços. .................................................... 136
Figura 50: Geração de Resíduos de Saúde de Classe “B” nos Estabelecimentos
Privados que a SERQUIP Presta Serviços. .................................................... 137
Figura 51: Geração Total de Resíduos de Saúde nos Estabelecimentos Privados
que a SERQUIP Presta Serviços. .................................................................. 138
Figura: 52– Depósito de Pneus .............................................................................. 146
Figura 53: Setor de Deposição de RCC Aterro Sanitário Municipal. ...................... 151
Figura 54: Gráfico Geração de RCC Foz do Iguaçu. .............................................. 152
Figura 55 - Célula RCC Recicláveis Como Agregados, 2012................................. 153
Figura: 56 - Célula RCC com Elevada Concentração de Solo, 2012. .................... 153
Figura: 57 - Célula de RCC com Materiais Diversos, 2012 .................................... 154
Figura 58: Colaborador Removendo Materiais Não Inertes, 2012.......................... 154
Figura 59 - Fluxograma da Estrutura Proposta para a Gestão dos PGRS ............. 158
Figura 60– Vista Aérea do Aterro Sanitário de Foz do Iguaçu................................ 160
Figura 61 – Localização Lixão Arroio Dourado ....................................................... 164
Figura 61 – Histórico de utilização do Lixão do Arroio Dourado ............................. 165
Figura 62 – Subdivisão da área de operação Lixão Arroio Dourado ...................... 166
Figura 63 – Armazenamento provisório de resíduos urbanos. ............................... 167
Figura 64 – Esgotamento a céu aberto .................................................................. 168
Figura 65 – Arroio Dourado .................................................................................... 168
Figura 66 – Residências sobre a área do antigo lixão ............................................ 168
Figura 67 – Residência sobre antiga célula de disposição de resíduos ................. 169
Figura 68: Receita da Coleta de Lixo e Limpeza e Conservação ........................... 172
Figura 69 Receita e despesa da Coleta de Lixo e Limpeza e Conservação .......... 172
iv
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Número de escolas e/ou instituições educacionais de educação infantil,
ensino fundamental, ensino médio e educação especial no Município ............. 37
Tabela 2 - Quadro geral da educação em Foz do Iguaçu. ........................................ 37
Tabela 3 - Profissionais da educação ....................................................................... 37
Tabela 4 – Instituições de ensino superior ................................................................ 37
Tabela 5: Economias e ligações ativas de água por categoria ................................. 41
Tabela 6: Número de economias por faixas de consumo: ........................................ 41
Tabela 7: Economias e Ligações ativas de esgoto por categoria ............................. 49
Tabela 8- Resíduos domésticos coletados entre outubro de 2001 a novembro de
2011 .................................................................................................................. 85
Tabela 9 - Contenedores e lixeiras repassadas a prefeitura no ano de 2004 ........... 86
Tabela 10 – Planilha para determinação da composição física dos resíduos
sólidos. .............................................................................................................. 92
Tabela 11 – Planilha para determinação da composição física dos resíduos
sólidos. .............................................................................................................. 94
Tabela 12 – planilha para determinação da composição física dos resíduos
sólidos. .............................................................................................................. 95
Tabela 13– Planilha para determinação da composição física dos resíduos
sólidos. .............................................................................................................. 97
Tabela 14 – Planilha para determinação da composição física dos resíduos
sólidos. .............................................................................................................. 98
Tabela 15 – Planilha para determinação da composição física dos resíduos
sólidos. ............................................................................................................ 100
Tabela 16 – Geração per capita de resíduos domésticos do Brasil ........................ 103
Tabela 17 – Produção per capita atual de resíduos sólidos domésticos do
município de Foz do Iguaçu ano de 2010 ....................................................... 104
Tabela 18 – Estrutura Física dos Centros de Triagem ............................................ 109
Tabela 19 – Reconhecimento Geográfico por sub localidades em área de
abrangência dos CT’s da COAAFI .................................................................. 115
Tabela 20 - Dados da produção mensal de coleta e venda de materiais
recicláveis dos centros de triagem (2011) ...................................................... 116
Tabela 21 – Subdivisão do aterro conforme atividade. ........................................... 159
Tabela 22 – Valor da UFFI, últimos 6 anos ............................................................. 170
Tabela 23 – Valores cobrados anualmente pela coleta diária................................. 170
Tabela 24 Valores cobrados anualmente pela coleta em dias alternados .............. 170
Tabela 25 – Valores cobrados anualmente pela coleta de três em três dias .......... 171
Tabela 26: Receita e despesas do serviço de Coleta de Lixo, Limpeza e
Conservação ................................................................................................... 172
v
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Relação das Licenças de Operação das Estações de Tratamento de
Esgoto - ETEs ................................................................................................... 50
Quadro 2 - Exemplos básicos de cada categoria de resíduos sólidos urbanos........ 90
Quadro 3 – Caracterização Centros de Triagem .................................................... 112
Quadro 4 Produção diária de resíduos no município: ............................................ 119
Quadro 5: Relação dos estabelecimentos que geram ou são passíveis de gerar
resíduos do serviço de saúde no município. ................................................... 128
Quadro 6: Pontos de coleta; endereço e frequência de coleta de resíduos dos
grupos A B e E nos estabelecimentos municipais de Foz do Iguaçu. ............. 129
Quadro 7 Peso total de resíduos coletados no período de janeiro a dezembro de
2011. ............................................................................................................... 131
Quadro 8: Classificação dos RSS por grupo de resíduo segundo a RDC ANVISA
n° 306/04 e resolução CONAMA nº 358/05. ................................................... 132
Quadro 9: Peso total de resíduos Classe “A”, coletados pela empresa Serquip, no
período de janeiro a dezembro de 2011. ........................................................ 135
Quadro 10 Peso total dos resíduos Classe “B”, coletados pela empresa Serquip,
no período de janeiro a dezembro de 2011. ................................................... 136
Quadro 11: Demonstrativo do peso total de resíduos de serviços de saúde
coletados pela empresa Serquip, no período de janeiro a dezembro de 2011.137
Quadro 12: Geração de resíduos de saúde nos estabelecimentos privados que a
BIOACCESS presta serviços. ......................................................................... 139
Quadro 13: Tipo de tratamento e destinação por classe de resíduo ...................... 139
Quadro 14 - Relação dos estabelecimentos com perfil industrial, de acordo com
as atividades classificadas pela CNAE. .......................................................... 148
Quadro 15 – Leis Federais ..................................................................................... 176
Quadro 16 – Decretos Federais ............................................................................. 177
Quadro 17: Resoluções CONAMA ......................................................................... 177
Quadro 18 – Leis Estaduais ................................................................................... 178
Quadro 19 – Decretos Estaduais............................................................................ 179
Quadro 20 – Leis Municipais .................................................................................. 179
Quadro 21 - Cronograma........................................................................................ 207
Quadro 22 Cronograma de implantação da coleta modalidade B .......................... 211
vi
LISTA DE SIGLAS
vii
ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDEB – Índice de desenvolvimento da Educação Básica
IFPR – Instituto Federal do Paraná
IPTU – Imposto sobre a propriedade territorial predial urbano
ISO – International Organization for Standardization (Organização Internacional de
Uniformização)
ITAI – Instituto de Tecnologia em Automação e Informática
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul
NBR – Norma Brasileira
MEC – Ministério da Educação e Cultura
PAC – Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal
PDM – Plano Diretor Municipal
PEV – Ponto de entrega Voluntária
PMGIRS – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
PGRR – Gerenciamento de Resíduos Recicláveis
PGRS – Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
PIB – Produto Interno Bruto
PMFI – Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu
PMGIRS – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
PNI – Parque Nacional do Iguaçu
RALF – Reatores Anaeróbios de Lodo Fluidizado
RCD – Resíduos de Construção e Demolição
SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná
SEMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
SGA – Sistema de Gestão Ambiental
SINDICOM – Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis
SINDICOMBUSTIVEIS – Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis
SINDUSGESSO – Sindicato da Indústria do Gesso
SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente,
SMAO – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Obras
SMOB – Secretaria Municipal de Obras
SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
SUFRAMA – Superintendência da Zona Franca de Manaus
UFFI – Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu
UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization
(Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura)
viii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 15
2. OBJETIVOS E PRIORIDADES ............................................................................. 16
3. METODOLOGIA.................................................................................................... 17
4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ................................................................... 19
4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL .................................................................... 19
4.1.1 Histórico ........................................................................................................... 19
4.1.2 Evolução Sócio-econômica .............................................................................. 20
4.1.3 Localização ...................................................................................................... 23
4.1.4 Acessos ............................................................................................................ 24
4.2 ASPECTOS FÍSICO-AMBIENTAIS ..................................................................... 25
4.2.1 Clima ................................................................................................................ 25
4.2.2 Hidrografia ........................................................................................................ 26
4.2.2.1 Lençóis Subterrâneos.................................................................................... 26
4.2.2.2 Bacias Hidrográficas...................................................................................... 27
4.2.3 Geologia ........................................................................................................... 29
4.2.4 Vegetação ........................................................................................................ 29
4.2.5 Unidade de Conservação ................................................................................. 30
4.2.5.1 Faixa de Proteção do Lago de Itaipu ............................................................. 30
4.2.5.2 Parque Nacional do Iguaçu ........................................................................... 31
4.3 ASPECTOS ANTRÓPICOS................................................................................. 35
4.3.1 Demografia ....................................................................................................... 35
4.3.2 Equipamentos Sociais ...................................................................................... 36
4.3.2.1 Educação ...................................................................................................... 36
4.3.2.2 – Sistema Viário ............................................................................................ 38
5. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................................................ 40
5.1. INFORMAÇÕES GERAIS................................................................................... 40
5.1.1 Descrição do Sistema de Abastecimento de Água Existente ........................... 40
5.1.2 Sede Municipal ................................................................................................. 40
5.2.1.1 Captação ....................................................................................................... 40
5.2.1.2 Adução .......................................................................................................... 40
5.2.1.3 Tratamento .................................................................................................... 41
5.2.1.4 Reservação ................................................................................................... 41
5.2.1.5 Rede de Distribuição ..................................................................................... 41
5.2.1.6 Ligações ........................................................................................................ 41
5.2.2. Comunidades Isoladas .................................................................................... 42
5.2.2.1 Arroio Dourado .............................................................................................. 42
5.2.2.2 Alto da Boa Vista ........................................................................................... 42
5.2.2.3 Aparecidinha ................................................................................................. 43
5.2.2.4 Vila Bananal .................................................................................................. 43
5.3. ÍNDICE DE ATENDIMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .. 43
5.3.1 Investimentos Realizados no Sistema de Abastecimento de Água .................. 44
5.3.2 Investimentos em Andamento no Sistema de Abastecimento de Água ........... 44
5.4 DIAGNÓSTICO E NECESSIDADES DE INVESTIMENTOS PARA
ATENDIMENTO DE DEMANDA POPULACIONAL FUTURA............................ 44
5.4.1 Captação .......................................................................................................... 44
5.4.2 Adução ............................................................................................................. 45
ix
5.4.3 Tratamento ....................................................................................................... 45
5.4.3 Reservação ...................................................................................................... 45
5.4.4 Distribuição....................................................................................................... 45
5.5 INVESTIMENTOS PREVISTOS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE
ÁGUA ................................................................................................................ 45
6 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO......................................................... 49
6.1 LIGAÇÕES .......................................................................................................... 49
6.2 REDE DE COLETA .............................................................................................. 49
6.3 INTERCEPTORES .............................................................................................. 50
6.4 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE RECALQUE .......................................................... 50
6.5 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - ETE ............................................. 50
6.5.1 Índice de Atendimento do Sistema de Esgotamento Sanitário ......................... 50
6.5.2 Investimentos Realizados no Sistema de Esgotamento Sanitário .................... 51
6.5.3 Investimentos em Andamento no Sistema de Esgotamento Sanitário ............. 51
6.2.4 Aguardando Decisão Judicial ........................................................................... 51
6.3 DIAGNÓSTICO E NECESSIDADES DE INVESTIMENTOS PARA
ATENDIMENTO DE DEMANDA POPULACIONAL FUTURA............................ 51
6.3.1 Ligações ........................................................................................................... 51
6.3.2 Rede de Coleta ................................................................................................ 52
6.3.3 Interceptores .................................................................................................... 52
6.3.4 Estações Elevatórias de Esgoto e Linhas de Recalque ................................... 52
6.3.5 Estações de Tratamento de Esgoto ................................................................. 53
6.3.6 Emissários ........................................................................................................ 53
6.4 INVESTIMENTOS PREVISTOS NO SISTEMA DE ESGOTAMENTO
SANITÁRIO....................................................................................................... 53
7 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...................................................................................... 56
7.1 DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL MUNICIPAL ............................... 57
7.1.1 Programas e Ações Voltadas à Orientação de Grandes Geradores Quanto
ao PMSB......................................................................................................... 58
7.1.1.1 Oficinas e Palestras do Plano de Gerenciamento de Resíduos Solidos -
PGRS ......................................................................................................... 58
7.1.2 Educação Ambiental na Educação Formal....................................................... 58
7.1.2.1, Teatro de Fantoches, Coleta Solidária e Visita Técnica aos Centros de
Triagem ...................................................................................................... 58
7.1.2.2 Agenda 21 nos Centros Municipais de Educação Infantil para o PMSB ....... 59
7.1.3 Formação de Catadores de Materiais Recicláveis para o PMSB ..................... 59
7.1.3.1 Oficinas de Formação aos Catadores de Materiais Recicláveis da
COAAFI ...................................................................................................... 59
7.1.3.2 Programa Formação de Educadores Ambientais - FEA ................................ 60
7.1.3.3 Sala Verde ..................................................................................................... 60
7.1.3.4 Comitê Municipal do Programa Cultivando Água Boa ................................... 60
7.1.4 Prognóstico da Educação Ambiental ................................................................ 61
8 PLANO DE MÍDIA .................................................................................................. 62
8.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 62
8.2 PROCEDIMENTOS ............................................................................................. 63
8.3 RESPONSABILIDADES ...................................................................................... 63
8.3.1 Prefeitura Municipal: ......................................................................................... 63
8.3.2 Grandes Geradores e Comércio em Geral; ...................................................... 63
8.3.3 Munícipe: .......................................................................................................... 63
8.3.4.Possíveis Parceiros: ......................................................................................... 64
x
9.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 64
9.2. HISTÓRICO DO MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM FOZ DO IGUAÇU ..... 66
9.2.1 Coleta de Resíduos Sólidos ............................................................................. 66
9.2.2 Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos Recicláveis ............................................ 67
9.2.2.1 Programa de Coleta Seletiva: “Foz Recicla” .................................................. 67
9.2.2.1.1 Cadastro dos Catadores em Atividade no Município .................................. 68
9.2.2.1.2 Recuperação e Construção de Barracões Municipais (Centros de Triagem)70
9.2.2.1.3 Formação da Cooperativa dos Catadores Nova Califórnia – COCANC ..... 72
9.2.2.2 Programa Coleta Solidária: “Coleta Seletiva sem Catador é Lixo” ................ 74
9.3. CONSIDERAÇÕES GERAIS .............................................................................. 75
9.3.1 Lixo e Resíduo Sólido....................................................................................... 75
9.3.2 Classificação dos Resíduos Sólidos Quanto aos Riscos Potenciais ao Meio
Ambiente......................................................................................................... 75
9.3.2.1 Quanto à Origem ........................................................................................... 77
9.3.2.1.1 Domiciliar.................................................................................................... 78
9.3.2.1.2 Comercial ................................................................................................... 78
9.3.2.1.3 Limpeza Pública ......................................................................................... 79
9.3.2.1.4 Serviços de Saúde ..................................................................................... 79
9.3.2.1.5 Especial ...................................................................................................... 80
9.3.2.1.6 Construção Civil/ Entulho ........................................................................... 80
9.3.2.1.7 Industrial ..................................................................................................... 81
9.3.2.1.8 Transportuários .......................................................................................... 82
9.3.2.1.9 Agrossilvopastoris ...................................................................................... 82
9.3.2.1.10 Resíduos Volumosos................................................................................ 82
9.3.2.1.11 Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico ........................ 83
9.3.2.1.12 Resíduos da Mineração............................................................................ 83
9.4 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS ......... 83
9.4.1. Coleta Convencional – Resíduos Sólidos Domésticos e Comerciais .............. 84
9.4.1.1 Itinerário e Frequência da Coleta dos Resíduos Domésticos ........................ 85
9.4.1.2 Lixeiras Comunitárias e Contêineres ............................................................. 85
9.4.1.3 Transporte dos Resíduos Domésticos........................................................... 86
9.4.1.4 Destinação Final dos Resíduos Domésticos ................................................. 87
9.4.1.5 Histórico da Disposição Final dos Resíduos Urbanos ................................... 87
9.4.1.6 Caracterização Física dos Resíduos Sólidos Domésticos............................. 88
9.4.1.6.1 Metodologia do Experimento ...................................................................... 89
9.4.1.6.2 Resultados e Discussões do Experimento ................................................. 91
9.4.1.7 Projeção Populacional para Foz do Iguaçu ................................................. 103
9.4.1.8 Produção Per Capita de Resíduos Domésticos .......................................... 103
9.4.1.9 Taxa de Crescimento Linear de Geração de Resíduos Domésticos per
Capita ....................................................................................................... 104
9.4.1.10 Estimativa da Quantidade de Resíduos Gerados ...................................... 104
9.4.1.11 Coleta de Resíduos Orgânicos .................................................................. 104
9.4.1.12 Coleta do Mobiliário Inservível .................................................................. 104
9.4.2 Prognóstico do Serviço de Coleta Domiciliar .................................................. 105
9.4.3 Prognóstico do Serviço de Coleta de Resíduos Orgânicos ............................ 105
9.4.4 Prognóstico do Serviço de Coleta de Mobiliário Inservível ............................. 105
9.4.5 Diagnóstico Coleta Seletiva de Resíduos Recicláveis ................................... 105
9.4.5.1 Coleta Seletiva Municipal de Resíduos Recicláveis .................................... 106
9.4.5.2 Parcerias para Implementação do Programa de Coleta Seletiva ................ 106
9.4.5.4 Coleta Informal: Receptadores/ Barracões.................................................. 107
xi
9.4.5.5 Catadores Cooperados ............................................................................... 109
9.4.5.6 Distribuição Geográfica dos CT ................................................................... 111
9.4.6 Prognóstico da Coleta Seletiva de Resíduos Recicláveis .............................. 120
9.4.7 Diagnóstico dos Serviços de Limpeza Pública .............................................. 121
9.4.7.1 Varrição Manual .......................................................................................... 121
9.4.7.2 Varrição Mecanizada ................................................................................... 122
9.4.7.3 Serviço de Roçada e Capinação ................................................................. 123
9.4.7.4 Jardinagem .................................................................................................. 124
9.4.7.5 Poda e Supressão de árvores ..................................................................... 124
9.4.7.6 Compostagem de Resíduos ........................................................................ 125
9.4.7.7 Serviço de Retirada de Entulhos ................................................................. 126
9.4.8 Prognóstico do Serviço de Limpeza Pública .................................................. 127
9.4.9 Diagnóstico do Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde ........... 128
9.4.9.1 Empresas Prestadoras de Serviços no Município de Foz do Iguaçu .......... 132
9.4.9.1.1 Servioeste Soluções Ambientais Ltda ...................................................... 133
9.4.9.1.2 GAAP – Gerenciadora de Resíduos Hospitalares Ltda. .......................... 134
9.4.9.1.3 SERQUIP - Tratamento de Resíduos PR Ltda. ........................................ 135
9.4.9.1.4 BIO Resíduos Transportes Ltda. – EPP ................................................... 138
9.4.9.1.5 SELECTA – Coleta, Transporte e Tratamento de Resíduos de Saúde .... 139
9.4.9.2 Controle e Fiscalização dos Planos de Gerenciamento de Resíduos de
Serviço de Saúde - PGRSS...................................................................... 139
9.4.9.3 Coleta de Embalagens de Medicamentos e Medicamentos Vencidos
Entregues pela População........................................................................ 140
9.4.9.4 Carcaças e Cadáveres de Animais ............................................................. 140
9.4.9.5 Ações em Andamento, Objetivos, Metas e Responsabilidades Para a
Melhoria do Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde na
Rede Pública Municipal ............................................................................ 141
10 RESIDUOS ESPECIAIS ..................................................................................... 142
10.1 LOGISTICA REVERSA.................................................................................... 143
10.1.1 Diagnóstico Pilhas e Baterias ....................................................................... 143
10.1.2 Diagnóstico Lâmpadas Fluorescentes, Vapor de Sódio e Mercúrio e Luz
Mista ............................................................................................................. 145
10.1.3 Diagnóstico: Óleos e Graxas ........................................................................ 145
10.1.4 Diagnóstico: Pneus Inservíveis .................................................................... 145
10.1.5 Embalagens de Agrotóxicos ......................................................................... 146
10.1.6 Diagnóstico Lixo eletrônico........................................................................... 146
11 RESÍDUOS INDUSTRIAIS ................................................................................. 147
12 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL .............................................................. 150
12.1 DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL .......................... 151
12.1.1 Operacionalização da Célula de Resíduos da Construção Civil ................... 152
12.1.2 Gestão dos Resíduos da Construção Civil no Município .............................. 154
12.1.3 Controle e Fiscalização para Geradores de Resíduos da Construção Civil . 154
13 - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS ............... 155
13.1 DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DOS PLANOS DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS........................................................................ 155
13.1.1 Atendimento aos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos –
PGRS, dos grandes geradores. .................................................................... 155
13.3 PROGNÓSTICO DA GESTÃO DOS PLANOS DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS........................................................................ 157
xii
14 UNIDADE DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS ........................................................................................................ 159
14.1 DIAGNÓSTICO DA UNIDADE DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL
DE RESÍDUOS SÓLIDOS – ATERRO SANITÁRIO ........................................ 159
14.1.1 Histórico da Destinação de Resíduos Sólidos no Aterro Sanitário de Foz
do Iguaçu ...................................................................................................... 159
14.1.2 Aspectos Construtivos do Aterro Sanitário ................................................... 160
14.1.2.1 Impermeabilização da Base ...................................................................... 160
14.1.2.2 Drenagem de Líquidos Percolados e de Gases ........................................ 160
14.1.2.3 Drenagem de águas pluviais ..................................................................... 161
14.1.2.4 Sistema de tratamento de efluentes .......................................................... 161
14.1.3 Aspectos Operacionais do Aterro ................................................................. 161
14.1.3.1 Descrição de Operação e Funcionamento do Aterro Sanitário de Foz do
Iguaçu ....................................................................................................... 161
14.1.3.2 Recebimento dos Resíduos ...................................................................... 161
14.1.3.3 Descarga dos Resíduos ............................................................................ 162
14.1.3.4 Cobertura Diária dos Resíduos ................................................................. 162
14.1.3.5 Cobertura Final do Aterro Sanitário ........................................................... 162
14.1.3.6 Manutenção das Estruturas do Aterro ....................................................... 162
14.1.3.7 Monitoramento do Sistema de Tratamento de Efluentes........................... 162
14.2 PROGNÓSTICOS DA UNIDADE DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO
FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS – ATERRO SANITÓRIO.......................... 163
15 PASSIVO AMBIENTAL ...................................................................................... 163
15.1 DIAGNÓSTICO PASSIVO AMBIENTAL .......................................................... 163
15.1.1 Lixão Arroio Dourado.................................................................................... 163
15.1.1.1 Histórico do Arroio Dourado ...................................................................... 164
15.1.1.2 Operação e Manutenção ........................................................................... 165
15.1.1.2.1 Setor Norte ............................................................................................. 166
15.1.1.2.2 Setor Sul................................................................................................. 166
15.1.1.3 Ocupação Irregular .................................................................................... 167
15.1.1.4 Recuperação Ambiental ............................................................................ 169
15.1.2 Prognóstico Passivo Ambiental .................................................................... 169
15. ASPECTOS FINANCEIROS ............................................................................. 170
15.2 TAXA DE COLETA DE RESÍDUOS EM IMÓVEL DE USO NÃO DOMICILIAR 172
15.2 TAXA DE COLETA DE RESÍDUOS EM IMÓVEL DE USO DOMICILIAR ......... 173
16. ASPECTOS LEGAIS ......................................................................................... 176
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 179
ANEXOS ................................................................................................................. 188
ANEXO 1 – CONTROLE MENSAL DE PESO DA COLETA SELETIVA ................... 189
ANEXO 2 – PONTOS DE COLETA SELETIVA........................................................ 190
ANEXO 3 – DEMAIS PONTOS DE COLETA SELETIVA ......................................... 191
ANEXO 4 – TOTAL DE RESÍDUOS ACONDICIONADOS NO ATERRO
SANITÁRIO DE FOZ DO IGUAÇU ENTRE OUT/2001 A NOV/2011 (TON)..... 193
ANEXO 5 – CONTEÚDO BÁSICO PARA A ELABORAÇÃO DO PGRS .................. 194
APÊNDICE .............................................................................................................. 196
APÊNDICE 1 - PROJETO DE GERENCIAMENTO DE MÓVEIS INSERVÍVEIS
“CATA TRALHA” ............................................................................................. 197
APÊNDICE 2 – PROJETO DE COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
RECICLÁVEIS ................................................................................................ 201
xiii
APÊNDICE 3 – PROJETO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) EM FOZ DO IGUAÇU ..................................... 218
APÊNDICE 4 – PROJETO “ÓLEO DE FRITURA” .................................................... 224
APÊNDICE 5 - PROJETO RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO CIVIL ............................. 230
APÊNDICE 6 - PLANO DE CONTINGÊNCIA DO SISTEMA DE LIMPEZA
URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................ 237
xiv
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi elaborado a partir de levantamentos de campo realizados pela
Prefeitura Municipal, com o apoio da equipe técnica da Companhia de Saneamento do
Paraná – SANEPAR, em decorrência de ser essa a concessionária prestadora dos
serviços de saneamento de água e esgoto deste município desde o ano de 1981, da Vital
Engenharia Ambiental, concessionária dos serviços de limpeza pública e Cooperativa dos
Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu – COAAFI, que possui termo de parceria com a
Prefeitura referente ao trabalho de coleta seletiva.
Vislumbra-se com este trabalho, a definição de critérios para a implementação da política
pública municipal na área de saneamento, de forma a promover a universalização do
atendimento, que compreende o conjunto de todas as atividades que propiciam à
população local o acesso aos serviços básicos de que necessita, maximizando a eficácia
das ações e resultados.
Almeja-se, também, a implantação de instrumentos norteadores de planejamento relativos
a ações que envolvam a ampliação dos serviços e a racionalização dos sistemas
existentes, obtendo-se o maior benefício em menor custo, aliado ao desafio de
oferecimento de serviço público de saneamento compatível.
15
2. OBJETIVOS E PRIORIDADES
17
pactuado. Quanto à utilização de novas tecnologias e unidades de tratamento a serem
aplicadas no processo de saneamento básico deverão ser submetidas à audiência
pública.
18
4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
4.1.1 Histórico
O nome da cidade é uma alusão ao deságue do rio Iguaçu (que em tupi-guarani significa
“água grande”) no rio Paraná, ou seja, a “foz do Iguaçu”. Os primeiros habitantes da
região foram os índios caingangues. Imigrados do Paraguai eram inimigos da nação
Guarani e desapareceram sem deixar maiores vestígios.
A região foi descoberta pela expedição colonizadora do aventureiro Alvares Nunes
Cabeza de Vaca, em 1542, capitão espanhol guiado por índios Guaranis. A expedição
partiu da costa de Santa Catarina em direção a Assunção, atravessando este estado de
Leste a Oeste, até o rio Paraná, tendo então descoberto as Cataratas, batizando-as com
o nome de Salto Santa Maria.
Em 09 de abril de 1910, a Colônia Militar passou à condição de distrito do município de
Guarapuava. A 14 de março de 1914 foi criado oficialmente o Município do Iguaçu,
instalado a 10 de junho do mesmo ano. Desde essa época foram chegando novos
colonizadores, principalmente os imigrantes europeus, na sua maioria alemães e italianos,
que asseguravam sua fonte de renda através da produção da erva-mate e do corte da
madeira.
A evolução da ocupação e desenvolvimento deu-se de forma bastante irregular.
Inicialmente, em 1881, a cidade de Guarapuava era a única frente de expansão. O
desenvolvimento turístico iniciou-se em 1939, com a criação do Parque Nacional do
Iguaçu, o qual possibilitou um incremento da economia local.
A década de 60 foi marcada por diversas transformações que geraram o crescimento e
desenvolvimento para a região. Em 1965, houve a integração do sistema de
telecomunicações e a conclusão do aeroporto internacional. Em 1969, foram concluídas
as obras da BR 277, o que facilitou a integração do município com as demais regiões do
estado.
19
Um expressivo aumento populacional, 383% segundo o IBGE, deu-se entre as décadas
de 70 e 80 motivadas pela construção da Usina de Itaipu. Em meados de 80, percebe-se
um crescimento importante nas transações entre Brasil e Paraguai, quando se intensificou
o turismo de compras e o comércio atacadista exportador na região fronteiriça. Este
segmento do turismo já foi responsável por 10,6%2, em 1993, dos turistas em Foz do
Iguaçu, assumindo parte da economia local através da geração de emprego e renda, pela
movimentação de hotéis, agências de viagens, lanchonetes, restaurantes, transporte
entre outros. Entretanto, este segmento turístico sofreu uma queda de 85% nos últimos
anos, chegando, em 2003, a apenas 1,6% dos turistas que visitaram Foz do Iguaçu com o
objetivo de compras no exterior.
21
acomodação das atividades econômicas. Durante o período da construção da hidrelétrica
de Itaipu, o Paraguai consolida em sua fronteira com o Brasil, a instalação de uma Zona
de Livre Comércio, localizada em Ciudad Del Este.
3° Ciclo (1980 a 1995): Exportação e turismo de compras. Coincidindo com o término das
obras e início de operação de Itaipu, intensificou-se o comércio de exportação e o turismo
de compras com o Paraguai.
Estes fatores consolidaram-se em função de uma conjuntura de crises e transformações
sócio-econômicas que atingiram o Brasil.
O movimento do turismo de compras deu origem a um grande fluxo de pessoas da região
e de outras cidades, que foram envolvidas no processo do comércio e movimentação de
mercadorias, gerando um dinamismo aparente. Essa concentração de atividades deu-se
ao longo do eixo da BR-277 e bairros próximos a região da Ponte da Amizade, resultando
em um trânsito (pessoas, ônibus, veículos e vans brasileiras e paraguaias) totalmente
desordenado.
Apesar desta alta demanda ter gerado aumento nos serviços de transporte, hospedagem
e alimentação em estabelecimentos com pouca estrutura e qualificação, os benefícios
econômicos não foram compatíveis com os danos causados. Além disso, com o declínio
deste ciclo, o contingente envolvido e os estabelecimentos a ele direcionados, não
conseguiram adaptar-se à nova realidade econômica, resultando em um grande número
de estabelecimentos fechados e o aumento de desocupados.
O contingente de novos desempregados, mais as centenas de famílias de baixa renda
que já viviam no município contribuíram então para uma ocupação desordenada de áreas
públicas e privada.
4° Ciclo (1995 a 2003): Abertura de mercados – Globalização. Com a consolidação do
MERCOSUL - Mercado Comum do Sul tem início no Brasil o processo de abertura do
mercado econômico. Ao romper com o ciclo anterior de uma economia mais protecionista,
acentua o agravamento da situação econômica e das políticas sociais do município, pois,
culminou no desaparecimento de grande parte do setor exportador, reduzindo
significativamente o turismo de compras e a ocupação de estabelecimentos hoteleiros não
classificados.
O agravamento da situação social do município, com o crescente desemprego e
desenvolvimento de uma economia informal, resultou no aumento de favelas na área
22
urbana, nas dificuldades de inúmeros setores sociais, especialmente nas áreas de
educação, saúde e segurança pública.
Nesta fase, a abertura de postos de trabalhos não acompanha o mesmo ritmo de
crescimento da população economicamente ativa. O desaparecimento do turismo de
compras motivou a dispensa de trabalhadores informais, tanto em Foz do Iguaçu como
em Ciudad del Este – Paraguai.
Hoje, porém, Foz do Iguaçu ainda goza das vantagens de sua localização estratégica no
contexto do Mercosul, possuindo perspectivas otimistas de crescimento econômico, com
a possibilidade de atração de novos investimentos e a consolidação das empresas que
poderão usufruir desse nicho de mercado potencial.
A expansão de cursos superiores na cidade, verificada nos últimos anos, além de fator de
atração de estudantes e profissionais especializados, possibilita também a consolidação
do município como polo tecnológico de referência internacional, constituindo um novo
segmento para a economia local.
Assim, atualmente, Foz do Iguaçu consolida seu papel como polo especial da região,
devido ao crescimento ocorrido no setor terciário e à própria especialização desses
serviços, dentre eles o turismo de lazer e de eventos, projetado nacional e
internacionalmente, e a implantação do Parque Tecnológico Itaipu, com gestão do
Instituto de Tecnologia em Automação e Informática – ITAI.
As atuais ligações rodoviárias e as perspectivas da cidade de se tornar um entreposto
comercial para o mercado do CONESUL (ampliando-se, portanto a área do MERCOSUL),
fortalecem ainda mais as projeções do desenvolvimento local, baseado nos intercâmbios
da América Latina nas áreas da educação, cultura e atividades produtivas, atraindo
indústrias e serviços.
4.1.3 Localização
O Município de Foz do Iguaçu está geograficamente situado a 25° 32’ 55" de latitude sul e
54° 35’ 17" de longitude oeste, com altitude média de 173 metros, no extremo oeste do
Estado do Paraná, conforme figura 1.
23
Figura 1 – Localização de Foz do Iguaçu – Referência Geográfica
Fonte: PMFI, 2005.
4.1.4 Acessos
4.2.1 Clima
O clima na região é temperado subtropical úmido, sem estação seca, verões quentes com
tendência de concentração das chuvas (temperatura média superior a 22°C), invernos
com geadas pouco frequentes (temperatura média inferior a 18°C). Temperatura média
anual de 40ºC para as máximas e 0ºC para as mínimas. Há chuvas em todos os meses
do ano e a precipitação média anual é de 1.798,72 mm. O mês de maior precipitação, em
geral, é maio, com média de 262,06 mm, sendo que março com 56,88 mm e agosto com
59,25mm, são os meses menos chuvosos.
Também é importante a atuação da Baixa do Chaco, principalmente no verão, quando as
temperaturas médias dos meses mais quentes ultrapassam os 22ºC. Em razão de sua
proximidade com a Bacia do Paraná, predomina o clima subtropical úmido mesotérmico
Cfa (classificado por küppen).
A média anual da umidade relativa do ar é de 73,92%, sendo uniforme ao longo do ano. A
região sofre influência dos dois grandes rios, Paraná e Iguaçu, e do lago de represamento
da Hidrelétrica de Itaipu, que provoca o aumento desta umidade.
25
As temperaturas máximas absolutas atingem aproximadamente 40ºC (janeiro) e em
qualquer mês podem ser superiores a 30ºC. As mínimas absolutas dificilmente são
inferiores a 0ºC (julho). A média do mês mais quente (janeiro) é de 28,1ºC a do mês mais
frio (julho) é de 14,6ºC. Apresenta bruscas variações de temperaturas sendo a média
anual de 27,7ºC.
4.2.2 Hidrografia
26
Os poços neste aquífero apresentam produtividade média de 300.000 l/h sendo possível a
execução de até 6.000 poços no Estado do Paraná.
O surgimento do reservatório de Itaipu não parece ter afetado a qualidade das águas
subterrâneas, pois se trata de área de descarga dos aquíferos, apesar de inexistirem
dados históricos hidroquímicos das unidades de captação que permitam avaliar eventuais
mudanças.
As características hidroquímicas das águas dos aquíferos da região apresentam
diferenças em função das diversas litologias existentes. Todas as águas dos poços
tubulares, amostradas e analisadas por órgãos públicos ou entidades privadas,
revelaram-se próprias para consumo humano. Algumas águas apresentam-se
mineralizadas e são comercializadas, como pode ser observado nos Municípios de Foz do
Iguaçu e Santa Helena.
O Município de Foz do Iguaçu é delimitado pelos dois maiores rios do estado do Paraná:
o rio Iguaçu e o rio Paraná. Os seus afluentes formam o sistema de drenagem natural,
onde se podem destacar nove microbacias hidrográficas sendo sete delas circunscritas ao
perímetro municipal. Em escala decrescente de área estão:
• Da Bacia do Baixo Iguaçu: rio Tamanduá (rio Tamanduazinho), rio
Carimã, rio São João, Rios do Parque Nacional (Sanga Boqueirão,
Córrego Santa Luzia, Córrego Mingau, Córrego Apepuzinho, Córrego
Apepu – mais 6 afluentes), Arroio Corredeiras (Córrego Barra Funda -
mais 2 afluentes), Córrego L, Córrego K. O rio Carimã, situado ao sul do
município, é um rio menor, tanto em fluxo d’água quanto em extensão. O
mesmo deságua em região próxima a foz do rio Iguaçu e ao centro do
município.
• Da Bacia do Paraná: rio Mathias Almada, rio M’Boicy, rio Pomba-
Cuê, rio Guabiroba, Arroio Ouro Verde, Arroio Jupira, Arroio Monjolo,
Arroio Pé-Feio, Córrego dos Porcos, rio Passo-Cuê, rio Ocuí, rio Califórnia
(mais 3 afluentes), Córregos (entre vila “B” e rio Paraná), Córrego do
Festugato (mais10 afluentes), Córrego I.
27
Os dois maiores rios que deságuam no rio Iguaçu são o rio São João, cuja nascente situa-
se fora dos limites do município, e o rio Tamanduá, este com sua microbacia situada
dentro do município. A Bacia do rio Tamanduá se estende pelos Municípios de Foz do
Iguaçu (5.813,63 ha) e Santa Terezinha do Itaipu (8.720,46 ha).O rio Tamanduá, desde a
BR 469 (Rodovia das Cataratas), possui uma extensão (sem a contribuição dos seus
afluentes) de 27.900m, com uma largura variável entre 3m e 10m. Vem sendo utilizado ao
longo dos anos para a agricultura, pecuária, lazer, irrigação, tanque de peixes, captação
de água para consumo humano e outros fins.
Foz do Iguaçu possui um grande reservatório de água, que é o próprio lago de Itaipu,
responsável pelo abastecimento de 40% da população do município. O outro manancial é
o rio Tamanduá, que abastece os restantes 60% da população.
O rio Tamanduá, junto com o seu afluente, o Tamanduazinho, cruzam regiões periféricas
no sentido sudoeste até chegar ao rio Iguaçu, desaguando à jusante das quedas. Esta
micro bacia é a que detém maior extensão de uso agrícola (1920 ha) com nível de manejo
de baixa à média mecanização em produção de grãos.
Nessa bacia, em 2003, segundo dados da Prefeitura Municipal, predominam áreas
ocupadas com agricultura (61,35%), seguidas de áreas de pastagem, campo sujo e
agricultura de subsistência (19,27%). Cerca de 17,8% da área da bacia é ocupada por
florestas, incluindo mata ciliar e vegetação de várzea. Os locais que merecem maior
atenção ambiental estão localizados, em geral, nas porções adjacentes às drenagens dos
rios e córregos, ocupados por agricultura de subsistência, ainda que não ocupem grande
extensão na bacia.
O volume de água dos rios perenes aumenta muito nas épocas de chuvas em virtude de
uma conjugação de fatores tais como: solo pouco permeável, extinção da cobertura
vegetal primitiva, o fato de serem, na maioria, desprotegidos de mata ciliar e a ampla
impermeabilização da superfície, seja pela urbanização ou pela agricultura mecanizada.
Os rios existentes em Foz do Iguaçu apresentam diversos problemas em suas margens:
inexistência ou inadequação de mata ciliar em grande parte de suas margens e com a
utilização destas, principalmente para a exploração agropecuária agravada pelo uso de
agrotóxico.
Além da importância ambiental, os rios Paraná e Iguaçu desempenham papel importante
no desenvolvimento municipal. O primeiro pelo seu conhecido potencial hidrelétrico e o
segundo pelo potencial turístico.
28
4.2.3 Geologia
O clima mesotérmico brando é um fator que, associado ao arcabouço geológico,
determina a evolução do perfil de intemperismo e por consequência as características dos
produtos de alteração das rochas basálticas e sua subsequente e evolução pedogenética.
Assim entendido, explica-se a extensiva cobertura de solos argilosos residuais, maduros
que nas porções de topografia mais altas e aplainadas constituem-se o maior patrimônio
mineral do município, a terra roxa. É sob essas características climáticas e geológicas,
privilegiadas por uma topografia suave ondulada, com declividade pouco acentuada
apenas às margens dos grandes Paraná e Iguaçu, que se desenvolve a agricultura local.
As terras do município, em sua maioria, pertencem à classe II de fertilidade e topografia
levemente ondulada. Apresentam, no geral, boa aptidão agrícola tanto para culturas
manuais como para as mecanizadas.
Na área da pecuária o município conta com uma área de 4.000 ha destinada às
pastagens, com um total de 8.000 cabeças de gado.
Quanto às práticas conservacionistas, a partir de 1978, Foz do Iguaçu entrou no
Programa Estadual de microbacias, evitando a erosão, melhorando as condições de
textura e estrutura, mantendo a fertilidade do solo.
A partir de 1982, os agricultores aderiram ao plantio direto, onde o cultivo se dá sem o
revolvimento do solo, refazendo a camada com alto teor de matéria orgânica.
4.2.4 Vegetação
A área de abrangência deste plano está sob o domínio da fito formação Floresta
Estacional Semidecidual, especificamente a Floresta Estacional Semidecidual
Submontana, domínio que estende-se desde o sul da Bahia até o sudoeste do Paraná.
As florestas semideciduais remanescem em manchas isoladas, bastante alteradas em
termos fisionômicos e florísticos, salvo raras exceções, como o Parque Nacional do
Iguaçu. Na região, esta floresta foi substituída por cultivos anuais diversos. No Estado do
Paraná, a Floresta Estacional Semidecidual subdivide-se, de acordo com a altitude, em
montana, submontana e aluvial.
Em épocas pretéritas a Floresta Estacional Semidecidual Submontana compreendia a
maior extensão desta formação em termos de área. Sua ocorrência atual restringe-se ao
29
Parque Nacional do Iguaçu, devido às intensas intervenções humanas ocorridas em sua
faixa de domínio, para instalação de sistemas agropecuários. Tal floresta ocorre a partir
de 500m a 600m de altitude, com grande uniformidade florística, exceto por algumas
pequenas variações locais. Ocorrem nessa subformação pelo menos 213 espécies
arbóreas.
Considerando-se a potencialidade madeireira desta subformação, pode-se afirmar que ela
foi uma das florestas brasileiras mais ricas em termos de volume de madeira por unidade
de área, devido, provavelmente, aos solos derivados do basalto. Em solos oriundos de
arenito, a floresta, embora menos desenvolvida quanto ao seu porte, torna-se mais
diversificada pela presença de espécies características de ambientes secos.
A Floresta Estacional Semidecidual Aluvial caracteriza-se pela grande diversidade de
cipós, assemelhando-se às florestas de inundação de latitudes inferiores. Na área aqui
estudada, sua ocorrência é restrita, sendo mais comum entre Guaíra e a foz do rio
Paranapanema, tendo sido intensamente explorada. A formação pioneira com influência
fluvial tem ocorrência restrita às planícies aluviais sujeitas a cheias periódicas ou em
depressões alagáveis anualmente, nessas áreas, estabelecem-se plantas adaptadas aos
efeitos do excesso d’água no solo, como é o caso do Parque Nacional de Ilha Grande.
Nestes terrenos, dependendo da quantidade de água empoçada e do tempo que ela
permanece no local, as comunidades variam quanto às formas de vida e espécies.
Caracteriza-se como uma vegetação de primeira ocupação, de caráter edáfico,
estabelecida sobre solos recém expostos ou constantemente rejuvenescidos pelos
sedimentos fluviais depositados.
30
60.701 hectares, cuja largura média é de aproximadamente 200 metros. Além dessa
Faixa, também foram criadas reservas e refúgios biológicos. Ao todo, as áreas protegidas
em torno do reservatório somam 100.732 hectares, representando 42,7% da área de
domínio de ITAIPU.
Para avaliar a intensidade e o alcance da eventual modificação climática na região, em
função da formação do lago, são realizados estudos e pesquisas, incluindo análise
estatística, simulações computacionais e monitoramento de variáveis micro
meteorológicas geradas em estações automáticas instaladas em terra e no lago. Os
resultados já obtidos indicam que a influência do reservatório é muito restrita, limitando-se
a um pequeno aumento da umidade específica e da temperatura mínima, em faixas
menores que cinco quilômetros em relação às margens. Os estudos sugerem também
que a mudança nos padrões climáticos locais é resultado do desmatamento e,
especialmente, de variações globais, e não da massa de água represada. As áreas
protegidas da Itaipu incluem refúgios e reservas que somam cerca de 40 mil hectares. As
duas únicas reservas estão localizadas na margem paraguaia, perto de três refúgios. Na
margem brasileira existem ainda dois refúgios e um terceiro que é binacional.
No Município de Foz do Iguaçu, está localizado o Refúgio Biológico Bela Vista com área
de 1.920 ha.
31
O Parque Nacional do Iguaçu/PR, cujos objetivos específicos envolvem a proteção dos
ecossistemas existentes na unidade, em especial as Cataratas do rio Iguaçu, que
apresentam uma paisagem de grande valor, foi criado pelo Decreto Federal n.º 1.035 de
10.01.1939 e alterado pelo decreto 86.676 de 01.12.81, e formando uma unidade de
conservação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA, em conjunto com o Parque Nacional localizado no território
argentino.
É o mais conhecido dos parques nacionais brasileiros, com uma área de 170.086
hectares, recebe cerca de 750 mil visitantes por ano e engloba áreas dos Municípios de
Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Matelândia, Medianeira, Lindoeste e Céu Azul.
O Parque Nacional do Iguaçu foi declarado pela UNESCO como "Patrimônio Natural da
Humanidade", em 1986, com a ajuda dos projetos desenvolvidos pela Itaipu Binacional,
na área do reservatório da hidrelétrica. Seu acesso é feito através da BR-469, do centro
de Foz do Iguaçu, numa distância de 20 km. O Parque possui superfície de 185.262
hectares e perímetro de cerca de 420 km, distribuídos da seguinte maneira: 125 km no
limite norte, 15 km no limite oeste, 180 km no limite sul e 100 km no limite leste.
Na região compreendida pelo Parque estão inseridas em uma das maiores e mais
importantes reservas mundiais de água subterrânea que é o Grupo São Bento,
principalmente no que concerne à Formação Botucatu (Aquífero Guarani). Os derrames
basálticos constituem um bom aquífero fraturado, representados pelas tramas estruturais,
configuradas pelos sistemas de fraturas tanto tectônicos como atectônicos. O referido
aquífero tem sido responsável pelo abastecimento de um grande número de comunidades
nas circunvizinhanças do PNI, apresentando, de formas relativamente frequente, a
ocorrência de água mineral em poços tubulares, mineralização essa condicionada à
presença de calcita, natrolita e escolecita. O volume extraído é variável em função da
existência ou não de extensos alinhamentos. Na região há poços tubulares profundos nos
aquíferos fraturados, com produções superiores a 60 m 3/h. Poços que atingem o aquífero
Botucatu tendem a vazões bem mais altas, podendo chegar a 300 m 3/h.
O PNI está situado na porção sudoeste do Estado do Paraná praticamente entre os
paralelos de 25º05’ e 25º40’ de latitude sul e os meridianos de 54º30’ e 54º40’ de
longitude oeste. A sua divisa norte é feita com a antiga estrada de rodagem Cascavel-Foz
do Iguaçu e a BR-277, a leste com o rio Gonçalves Dias, a oeste com o rio São João,
sendo limitado ao sul com o rio Iguaçu. A partir da foz do rio Santo Antônio faz fronteira
32
com a República Argentina. Os Municípios limítrofes são: Foz do Iguaçu, São Miguel do
Iguaçu, Medianeira, Matelândia, Céu Azul, Toledo, Cascavel, Capitão Leônidas Marques
e Capanema.
A floresta tropical cobre quase a totalidade do Parque, com árvores de grande porte como
figueiras-bravas, cedro, angico, canela, açoita-cavalo, cabreúva, pau-marfim e pau-rosa.
O Parque ainda comporta as Cataratas do Iguaçu, as quais são formadas pelo rio Iguaçu,
que percorre no sentido leste-oeste 1320 km até sua foz, 15 km antes de juntar-se ao rio
Paraná, onde vence um desnível de terreno que se precipita em aproximadamente 275
quedas de 65 m de altura em média, uma vazão média de 1500 m 3 por segundo, numa
largura de 4800 m.
Seu primeiro Plano de Manejo foi elaborado em 1981, e, em 2000, foi elaborado um
segundo Plano, readequando questões associadas à preservação dos ecossistemas
existentes e modernizando os serviços oferecidos aos visitantes em parceria com a
iniciativa privada na sua operacionalização. A previsão de implementação do Plano de
Manejo é de cinco anos e esta revisão pautou-se nos seguintes objetivos:
• Proteger amostras dos ecossistemas representativos da região, sua
biodiversidade e os recursos genéticos de que dispõe;
• Proteger a beleza cênica das Cataratas do Iguaçu, assim como a
fauna e flora nativas, com ênfase nas espécies raras, endêmicas,
ameaçadas de extinção e migratórias;
• Propiciar a manutenção dos recursos hídricos e dos patrimônios
geológico e
• Arqueológico do parque, recuperando a sua memória histórico-
cultural;
• Diversificar as opções de uso público e educação ambiental, de
forma a sensibilizar os usuários, especialmente do entorno, sobre o valor
do parque;
• Contribuir com o planejamento e o ordenamento do uso e ocupação
do solo na Zona de Transição do Parque, estimulando o desenvolvimento
regional e integrando os municípios lindeiros, com base no estímulo ao
ecoturismo e em práticas de conservação;
33
• Propiciar atividades compartilhadas entre o Parque e demais
Unidades de Conservação, de modo a atuarem como um sistema único
de áreas protegidas;
• Integrar o Parque no contexto do MERCOSUL, especialmente nas
questões relativas ao meio ambiente e assegurar a qualificação do
Parque Nacional do Iguaçu como Patrimônio Natural da Humanidade.
Para a consecução destes objetivos e à luz dos conhecimentos obtidos sobre a unidade e
seu entorno, o atual Plano de Manejo propõe um novo zoneamento, definindo ações,
agrupando-as em programas e subprogramas, e estabelecendo áreas de
desenvolvimento que atendam às necessidades atuais do parque. Ações previstas pelo
Plano de Manejo apresentam-se nos seguintes programas:
• Programa de Uso Público;
• Programa de Integração com a Área de Influência;
• Programa de Conhecimento;
• Programa de Manejo do Meio Ambiente Programa de
Operacionalização.
O Programa de Uso Público tem como objetivo geral ordenar, direcionar e estabelecer
novas atividades de uso público para o parque, realçando e valorizando os seus atributos
naturais e culturais. Este se divide em dois subprogramas:
a) Subprograma de Recreação e o Subprograma de Interpretação e
Educação: O Programa de Integração com a Área de Influência tem
como objetivo de estimular o comprometimento com a conservação da
biodiversidade entre os moradores da Zona de Transição e da área de
influência do parque. Divide-se em quatro subprogramas: Subprograma
de Relações Públicas, Subprograma de Educação Ambiental,
Subprograma de Controle Ambiental e Subprogramas Incentivos a
Alternativas de Desenvolvimento.
b) O Programa de Conhecimento tem como objetivo fornecer subsídios
para a proteção e o manejo ambiental. Relacionam-se aos estudos,
pesquisas e atividades de monitoramento ambiental desenvolvidos na
unidade. Compreende dois subprogramas: Pesquisa e Monitoramento
Ambiental.
34
c) O Programa de Manejo do Meio Ambiente visa garantir a proteção e,
em consequência, a evolução natural dos ecossistemas, e, quando
necessário, realizar intervenções capazes de corrigir ações praticadas,
facilitando a restauração das condições originais da área, sempre de
acordo com recomendações científicas. Possui dois subprogramas:
Subprograma de Manejo do Meio Ambiente e Subprograma de
Proteção.
d) O Programa de Operacionalização tem como objetivo assegurar os
meios para que os demais programas sejam desenvolvidos. Estrutura-
se nos seguintes subprogramas: Regularização Fundiária,
Administração e Manutenção e Cooperação Institucional.
O Plano de Manejo do Parque, o qual visa minimizar os aspectos negativos ora
observados, está na sua primeira fase de implementação. Suas intervenções
centralizaram-se basicamente em áreas que já sofreram algum tipo de modificação
antrópica. A implementação do Plano de Manejo pretende abordar os impactos negativos
sofridos pela unidade, minimizando-os até sua completa extinção.
4.3.1 Demografia
Foz do Iguaçu tem uma composição étnica muito variada e interessante, estimando-se
hoje uma população de 256.088 habitantes (IBGE, 2012)3. A cidade abriga 80 das 192
nacionalidades existentes no mundo. Além dos brasileiros, paraguaios e argentinos
(componentes da tríplice fronteira) podemos destacar residentes japoneses, chineses,
coreanos, franceses, bolivianos, chilenos, árabes, marroquinos, portugueses, indianos,
ingleses, israelenses entre outros. Os diferentes grupos étnicos residentes na cidade
fazem de Foz do Iguaçu uma das cidades mais cosmopolitas do Brasil4.
Dados demográficos:
• População da região Iguaçu: 1 milhão de habitantes;
• População municipal (Censo 2010): 256.088 mil habitantes;
3 http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1
4 http://www.iguassu.com.br/home/?pag=36&menu=2&sub=36
35
• Área total: 617,702 Km2;
• Densidade demográfica: 414,58 hab/Km²
• Área Urbana: 191,46 km2
• Área Rural: 138,17 km2
• Parque Nacional do Iguaçu: 138,60 km2
• Área do Lago Artificial de Itaipu: 149,10 km2
• Ilha Acaray: 0,38 km2
• Gentílico: Iguaçuense;
• Idioma: Português;
• Moeda Oficial: Real (R$);
• Moedas circulantes e aceitas na maioria dos estabelecimentos: dólar
americano, peso argentino, euro e guarani (Paraguai)
4.3.2.1 Educação
5 http://www.clickfozdoiguacu.com.br/foz-iguacu-noticias/foz-do-iguacu-aparece-em-otima-colocacao-
no-ideb-6035
6 http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u391728.shtml
36
universidade aberta para a América Latina e Caribe: a metade dos 10.000 alunos e dos
500 professores, previstos como meta, serão selecionados e recrutados nos vários países
latino-americanos e caribenhos, sendo a outra metade formada por brasileiros 7.
O principal acesso rodoviário é pela BR-277, cujo término se dá na Ponte da Amizade, via
de acesso para quem vem do Paraguai. Outro Acesso importante é pela Ponte
Internacional Tancredo neves que faz a ligação entre Brasil e Argentina. Constituem
acessos secundários a Av. Felipe Wandscheer, além dos portos ao longo dos rios Paraná
e Iguaçu entre outros.
A ocupação urbana de Foz do Iguaçu apresenta-se pouco adensada, sendo
predominantemente horizontal e com baixo coeficiente de aproveitamento. Tem-se então
uma estrutura fortemente radioconcêntrica, limitada pelas barreiras naturais a oeste e a
sul, construídas pelos rios e pela topografia.
Atualmente aproximadamente 650 km de vias existentes no quadro urbano, 447 km estão
pavimentados, correspondendo a 69% das vias. As principais vias estão cobertas por
asfalto, num total de 204 km, conforme figura 3.
38
Figura 3 – Mapa do Sistema Viário
Fonte: PMFI, 2011.
39
5. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
O município de Foz do Iguaçu atua no setor por meio de delegação da prestação dos
serviços de água e esgoto, sendo que desde 1981 os serviços de abastecimento de água
e de coleta e tratamento de esgotos sanitários são prestados pela Companhia de
Saneamento do Paraná - SANEPAR, por meio de Contrato de Concessão de Serviços
Públicos.
No que se refere ao abastecimento das comunidades isoladas, tais localidades são
abastecidas por sistemas próprios, com poços artesianos, sendo operadas diretamente
pelas próprias comunidades, sem a intervenção da concessionária que opera o sistema
urbano.
O abastecimento público de água tem sido prestado de maneira satisfatória à população
em todas as regiões urbanas do município, dentro dos padrões de qualidade e
potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
5.2.1.1 Captação
São dois mananciais utilizados para abastecimento de água: o lago da barragem de Itaipu
e o rio Tamanduá.
A vazão total de captação é de 3.420m³/h suficiente para o abastecimento até o ano de
2015.
5.2.1.2 Adução
A água bruta captada é recalcada através de estação elevatória e transportada por uma
tubulação, denominada adutora, até a estação de tratamento de água.
40
5.2.1.3 Tratamento
5.2.1.4 Reservação
5.2.1.6 Ligações
O sistema de abastecimento de água conta com 73.863 ligações, todas com hidrômetro.
Tabela 5: Economias e ligações ativas de água por categoria
Utilidade Poder
CATEGORIA Residencial Comercial Industrial TOTAL
Pública Público
Economias 82.912 7.082 131 658 401 91.184
Ligações 67.514 5.187 129 652 381 73.863
FONTE: sis – Sistema de informações sanepar. Fev/2012.
41
Economias Economias
QTDE POR Economias Economias Economias Totais
DE ATÉ Utilidades Poderes
FAIXA Residenciais Comerciais Industriais Economias
Públicas Públicos
0 5 9.771 8.894 1.454 24 215 58 10.645
6 10 16.669 16.002 954 22 113 50 17.141
11 15 17.925 17.986 761 26 90 23 18.886
16 20 11.862 12.377 623 8 58 20 13.086
21 25 6.920 7.615 438 9 32 15 8.109
26 30 3.901 4.401 376 13 30 15 4.835
31 40 3.429 4.072 540 11 37 22 4.682
41 50 1.311 1.665 321 4 25 38 2.053
51 100 1.391 2.396 801 11 34 62 3.304
101 500 560 3.212 739 3 20 74 4.048
501 1000 70 1.502 60 0 3 12 1.577
1001 9999 54 2.790 15 0 1 12 2.818
TOTAL 73.863 82.912 7.082 131 658 401 91.184
FONTE: sis – Sistema de informações sanepar. Fev/2012.
A população da comunidade Alto da Boa Vista é abastecida por um poço profundo, sendo
a água captada encaminhada ao reservatório coletivo no qual a água recebe tratamento,
42
para, posteriormente, ser distribuída para as 50 residências da localidade, por meio de
ligações com medidores individuais de consumo. A operação do sistema é realizada pela
própria comunidade, sem a intervenção da concessionária que opera a sede municipal.
5.2.2.3 Aparecidinha
5.4.1 Captação
9 Fonte: relatório do Sistema Contábil da Sanepar disponível no sistema SIS WEB, ref.
01/2012.
44
5.4.2 Adução
Não há necessidade de intervenção para atendimento da demanda futura até o ano 2027.
Em 2027 será necessário ampliar a adução em função da ampliação da captação com
horizonte de atendimento de 2042.
5.4.3 Tratamento
5.4.4 Reservação
5.4.5 Distribuição
Há necessidade de intervenção para atendimento da demanda futura até o ano 2042,
tendo em vista a previsão de crescimento populacional fora da área urbana já
consolidada.
45
• Recuperação do Reservatório com capacidade de 4000m³ na Avenida
República Argentina e do 900m³ na Vila C, no valor estimado de R$
1.000.000,00 (um milhão de reais) com recursos da Caixa Econômica
Federal – 2008, liberados para a concessionária;
• Projeto de engenharia, estrutural, elétrico e geotécnico para os
reservatórios Vila Yolanda, e Portal da Foz, no valor estimado de R$
260.000,00 (duzentos e sessenta mil reais) com recursos da Caixa
Econômica Federal – 2008, liberados para a concessionária;
• Projeto para nova concepção da captação do Lago de Itaipu - garantia
de nível de sucção, no valor estimado de R$ 450.000,00 (quatrocentos
e cinquenta mil reais), sem fonte de recursos definida;
• Projeto de engenharia, estrutural e elétrico para reservatório com
capacidade de 3000m³ no bairro Portal e 1000m³ no bairro Três
Lagoas, no valor estimado de R$ 365.000,00 (trezentos e sessenta e
cinco mil reais), sem fonte de recursos definida;
46
• Ampliação do Reservatório Portal para 3.000m³ e Reservatório Três
Lagoas para 1.000m³, no valor estimado de R$ 4.280.000,00 (quatro
milhões, duzentos e oitenta mil reais), sem fonte de recursos definida;
• Obra para implantação de 13.200 metros de anéis de distribuição na
Vila Yolanda no valor estimado de R$ 3.690.000,00 (três milhões e
seiscentos e noventa mil reais), sem fonte de recursos definida;
• Obra para implantação de Adutora de Água Tratada com 3.715,60
metros no valor estimado de R$ 1.490.000,00 (um milhão,
quatrocentos e noventa mil reais), sem fonte de recursos definida.
47
• Ampliação da Estação de Tratamento de Água Vila C, com valor
estimado de R$ 8.200.000,00 (oito milhões e duzentos mil reais), sem
fonte de recursos definida.
48
6 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
6.1 LIGAÇÕES
A rede coletora de esgoto é composta por 983.652 metros de tubulações que atendem
66,00%10 da população urbana. O sistema de esgotamento sanitário de Foz do Iguaçu
atende as macro-regiões do município da seguinte maneira:
O sistema de esgoto sanitário conta com 13 estações elevatórias, e com uma extensão de
linhas de recalque de 8.000 metros.
Quadro 1 - Relação das Licenças de Operação das Estações de Tratamento de Esgoto - ETEs
ETE 02 - Ouro Verde LO nº 89105480
ETE 03 - Beira Rio LO nº 5333
ETE 05 - Jupira LO nº 89105504
ETE 08 - Três Lagoas LO nº 11116
ETE 09 - Iate Clube LO nº 89105512
Fonte: Sanepar (2010)
11 Percentual calculado a partir do Índice de Atendimento por Rede Coletora de Esgoto, fonte
SIS WEB Sanepar, referência Fevereiro/2012.
50
6.5.2 Investimentos Realizados no Sistema de Esgotamento Sanitário
6.6.1 Ligações
12 Fonte: relatório do Sistema Contábil da Sanepar disponível no sistema SIS WEB, ref.
02/2012.
51
O sistema de esgotamento sanitário de Foz do Iguaçu será ampliado em 6.211 ligações
de esgoto até o ano 2014, alcançando um índice de atendimento com rede coletora de
72%, utilizando-se de recursos da Caixa Econômica Federal - 2008.
Demais obras previstas devem aumentar a quantidade de ligações em 2.079 até o ano
2015, atingindo um índice de atendimento com rede coletora de 74%, obras estas sem
fonte de recursos definida.
Até o ano 2013 está prevista a execução de aproximadamente 103.071 metros de rede
coletora de esgoto com recursos da Caixa Econômica Federal - 2008.
Além destes, estão previstos mais 48.880 metros de rede coletora até 2015 sem fonte de
recursos definida. Essas obras contribuirão para o alcance dos 74% de índice de
atendimento.
6.6.3 Interceptores
Para o afastamento das águas residuárias está prevista a execução de 6.125 metros de
interceptores, até 2014, com recursos da Caixa Econômica Federal - 2008.
As obras previstas, mas que ainda não possuem recursos definidos, preveem a execução
de 1.442 metros de interceptores e a ampliação do interceptor M’Boicy até 2015,
garantindo horizonte de atendimento até 2042.
Entre 2012 e 2013 serão executados 4.695 metros de linha de recalque e uma nova
estação elevatória, para atender parte da população da Vila C - recursos da Caixa
Econômica Federal - 2008.
Em 2014 serão executados 1.485 metros de linha de recalque e uma nova estação
elevatória, para atender o restante da população da Vila C – recursos da Caixa
Econômica Federal – 2008.
52
Até 2016 estão previstas quatro novas estações elevatórias e suas respectivas linhas de
recalque, para atender os bairros: Jardim Alvorada, Jardim das Flores, Ana Rouver,
Jardim Guaíra, Distrito Industrial e Conscienciologia - sem fonte de recursos definida,
garantindo horizonte de atendimento para 2042.
A ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto Jupira está prevista para 2013 com
recursos da Caixa Econômica Federal - 2008.
As Estações de Tratamento de Esgoto Beira Rio e Iate Clube também serão ampliadas,
com a execução de mais um módulo de reator em cada, até 2014, com recursos do
Programa de Aceleração do Crescimento - PAC 2, liberados para a Concessionária.
O número de estações de tratamento e os respectivos módulos garantem horizonte de
atendimento para 2042.
6.6.6 Emissários
Os emissários das Estações de Tratamento de Esgoto Ouro Verde, Beira Rio, Jupira e
Iate Clube serão executados até 2013, tanto a parte terrestre quanto a parte sub-aquática
com recursos da Caixa Econômica Federal - 2008. Os emissários atendem o horizonte de
atendimento para 2042.
54
• Execução de 20.000 metros de Rede Coletora de Esgoto, no valor
estimado de R$ 2.750.000,00 (dois milhões setecentos e cinquenta mil
reais), sem fonte de recursos definida;
55
de R$ 720.000,00 (setecentos e vinte mil reais), sem fonte de recursos
definida;
• Execução de 02 Estações Elevatórias de Esgoto (Distrito Industrial e
Conscienciologia) para destinação à Estação de Tratamento de Esgoto
Iate Clube, no valor estimado de R$ 1.500.000,00 (um milhão e
quinhentos mil reais), sem fonte de recursos definida.
7 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
“Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo
e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum
do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL,
1999).
56
Sendo assim a educação ambiental é imprescindível ao PMSB, como instrumento para a
reflexão dos atores envolvidos no processo e possibilitando a mudança de atitudes para
práticas corretas e sustentáveis em se tratando de saneamento básico, recursos hídricos
e resíduos.
Neste contexto percebe-se a necessidade de levar a educação ambiental a todas as
esferas sociais sendo fundamental que a sociedade seja ouvida no momento da
elaboração do PMSB e posteriormente capacitada para implantação do mesmo.
A partir desta perspectiva, deve emergir o objetivo de mudança das representações dos
indivíduos, proporcionando as condições para estabelecer um contato com o problema
num plano mais significativo. Para tanto os programas e ações terão como comunidade
atingida e multiplicadora: agentes de saúde, profissionais da orientação de trânsito,
funcionários da prefeitura, fiscais, comunidade escolar: pais professores e alunos,
educadores infantis, Coletivo Educador, Formação de Educadores Ambientais – FEA,
Comitê Gestor Municipal do Cultivando Água Boa e outras instâncias colaborativas e
multiplicadoras.
57
As atividades que envolvem o saneamento básico são realizadas com a comunidade por
intermédio de: oficinas e palestras envolvendo o trabalho sobre recursos hídricos e
Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS; visitas técnicas ao Aterro Sanitário e aos
centros de triagem; apresentação de teatros de fantoches “Coleta Solidária”; cursos e
oficinas de capacitação para catadores.
Estas atividades ocorrem por solicitação das escolas e Instituições de Ensino Superior -
IES que recebem informações a respeito de resíduos sólidos por meio de palestras, da
apresentação de teatro de fantoches, e posteriormente visitação ao aterro e ao centro de
triagem da cooperativa de catadores com atendimento professores e alunos de escolas
municipais, Faculdades e Universidades e mais instituições públicas e privadas da região.
As visitas técnicas ao Aterro Sanitário e aos Centros de Triagem têm como objetivo
conhecer sua operacionalização, compreendendo o tratamento do chorume e do processo
de compostagem da matéria orgânica e visualizar o espaço de destino final dos resíduos
58
do município, além de conhecerem todo o gerenciamento da cooperativa de catadores e a
vertente socioambiental da coleta seletiva.
As ações da Agenda 21 nos Centros Municipais de Educação Infantil estão focadas nos
temas de saneamento, recursos hídricos, coleta seletiva e consumo consciente. O projeto
visa à participação efetiva da comunidade escolar, envolvendo os servidores do próprio
centro de educação infantil, os pais e a comunidade em geral, além dos catadores dos
centros de triagem instalados próximos às unidades de ensino.
59
trabalho; Auto-estima; Princípios da Economia Solidária; Noções de Administração de
Empreendimentos Solidários; Coleta Seletiva e Destinação de Resíduos.
O município foi contemplado por meio do edital “Manual do Processo Seletivo 01/2006 do
MMA”, com o espaço Sala Verde. Ele reúne materiais teóricos e lúdicos que são utilizados
pelos mais variados públicos no município, constituindo-se num instrumento fundamental
para os diálogos e encaminhamentos da educação ambiental do município.
A produção e divulgação de materiais e campanhas têm como finalidade orientar as
questões pertinentes aos programas de coleta seletiva, recursos hídricos e saneamento
municipal.
Foz do Iguaçu possui o Comitê Municipal do Programa Cultivando Água Boa13, composto
por câmaras técnicas dentre elas: Educação Ambiental Recursos Hídricos,
13
- Cultivando Água Boa é uma ampla iniciativa socioambiental concebida a partir da mudança na missão
institucional da Itaipu Binacional, promovida em 2003. Parte do reconhecimento da água como recurso
60
Agricultura Orgânica e Coleta Seletiva Solidária e outras. Trata-se de um grupo de
aproximadamente 90 pessoas que representam a comunidade.
universal e, portanto, um bem pertencente a todos. Atualmente, são desenvolvidos 20 programas e 65 ações
fundamentadas nos principais documentos planetários, emanados dos mais importantes fóruns de debates a
respeito da problemática socioambiental. As ações vão desde a recuperação de microbacias e a proteção das
matas ciliares e da biodiversidade, até a disseminação de valores e saberes que contribuem para a formação
de cidadãos dentro da concepção da ética do cuidado e do respeito com o meio ambiente. Mais do que um
projeto ambiental, o Cultivando Água Boa é um movimento de participação permanente, que envolve a
atuação de aproximadamente 2 mil parceiros, dentre órgãos governamentais, ONGs, instituições de ensino,
cooperativas, associações comunitárias e empresas. 13
61
Materiais específicos, que reforcem a aplicabilidade e interesse da população em relação
ao PMSB, serão elaborados a fim de contribuir no processo de educação ambiental
continuada.
8 PLANO DE MÍDIA
8.1 APRESENTAÇÃO
8.3 RESPONSABILIDADES
8.3.3 Munícipe:
63
Acatar e cumprir a determinações do Plano de Mídia;
8.3.4.Possíveis Parceiros:
9.1 APRESENTAÇÃO
O ser humano, pelo simples fato de existir, provoca modificações no ambiente em que
está inserido, sendo uma das principais características da raça humana a capacidade de
gerar resíduos. A degradação da natureza e alterações na fisiologia do planeta são
apenas alguns dos sinais dessa ação. Diferentemente dos animais irracionais, que a
princípio geram somente resíduos de seu excremento e alimentação, o homo sapiens
gera resíduos a partir de praticamente todas as suas atividades diárias. Tais resíduos
podem alterar a composição químico-físico-biológica primária do ambiente em que são
lançados ou acondicionados.
Um marco relevante na produção dos resíduos é a revolução industrial que ocorreu em
meados do século XVIII, onde as fábricas começaram a lançar os restos de sua produção
sem qualquer tipo de controle, dando início assim aos resíduos industriais. Num processo
natural de evolução tecnológica e também cultural, a produção de manufaturados
industrializados aumentou vertiginosamente ao longo dos séculos culminado
64
proporcionalmente num problema de igual tamanho no que diz respeito à produção de
resíduos. Hoje um dos maiores desafios da humanidade resume-se a uma pergunta
invariavelmente fundamental: “o que fazer com o lixo gerado por nossas atividades
diárias?”.
Neste sentido o Plano Municipal de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos – PMGIRS
surge como um instrumento de ação onde o poder público municipal se coloca como um
interventor ativo no que diz respeito a esta questão mundial: redução na geração e
destinação adequada de resíduos sólidos.
Na elaboração do Plano PMGIRS foram realizados levantamentos e análises dos diversos
tipos de resíduos, do modo de geração, formas de acondicionamento na origem, coleta,
transporte, processamento, recuperação e disposição final utilizado atualmente, sendo
ainda apresentada neste trabalho, a caracterização dos resíduos em geral gerados no
município. Assim, esta compilação de dados constitui o diagnóstico da situação atual,
utilizado como subsídio pela equipe responsável para a definição das proposições finais.
Este documento foi elaborado em conformidade com a Lei do Saneamento Básico, nº
11.445 de 5 de janeiro de 2007, consoante à nova deliberação Lei nº 12.305, de 2 de
agosto de 2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus
princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão
integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às
responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos
aplicáveis. Uma das principais características da política nacional é a proibição da
utilização de lixões, nos quais os resíduos são lançados a céu aberto, além da política de
logística reversa. Nessa legislação é introduzida a "responsabilidade compartilhada",
envolvendo a sociedade, as empresas, as prefeituras e os governos estaduais e federal
na gestão dos resíduos sólidos. A proposta estabelece que as pessoas precisam
acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação
onde houver coleta seletiva e ainda prevê que a União e os governos estaduais poderão
conceder incentivos à indústria de reciclagem. Pela nova política, os municípios só
receberão dinheiro do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de
resíduos sólidos depois de aprovarem planos de gestão. As cooperativas de
catadores de material reciclável foram incluídas na "responsabilidade compartilhada",
devendo ser incentivadas pelo poder público.
65
O município de Foz do Iguaçu apresenta o PMGIRS buscando a adequação à política
ambiental nacional, atrelando-a ao desenvolvimento industrial e econômico da cidade,
aliado a necessidade da universalização dos serviços de saneamento básico tornando o
desenvolvimento do plano uma das principais necessidades em curto prazo, sobretudo no
que se refere às questões relacionadas à sustentabilidade sócio-ambiental, a geração e
destinação final dos resíduos gerados.
Também são tratados os aspectos legais, citando a legislação vigente, nas esferas:
municipal, estadual e federal, além de detalhar os contratos relacionados à limpeza
pública no município.
Por fim foi realizada a análise integrada, que tem por objetivo apontar as principais
deficiências com relação aos serviços de limpeza pública, apontando as causas e
consequências da situação descrita.
Considerando, assim, este cenário, faz-se necessário o aperfeiçoamento da legislação no
intuito de construir a política municipal de resíduos sólidos, a partir da qual poderão ser
definidas diretrizes e normas visando à prevenção da poluição para proteção e
recuperação da qualidade do meio ambiente e da saúde pública, através da gestão
democrática e sustentável dos resíduos sólidos no Município de Foz do Iguaçu.
Em 1992 o lixo do município passou a ser destinado à área do então denominado “aterro
controlado”. Em 1997 inicia-se a adequação do espaço para aterro sanitário, recebendo o
licenciamento ambiental no ano de 2001, conforme observado nas figuras 1 e 2.
66
Figura 4 – Fotos do Aterro Sanitário
Fonte: PMFI, 1998.
No ano de 2000 foi criada a Lei Municipal 2.356, que prevê o serviço para todo o
município de forma ampla, envolvendo domicílios, instituições de ensino e comércio em
geral. Houve tentativas de adequação a lei, porém não exitosas pela ineficácia dos
programas e ausência de continuidade.
68
Na fase de cadastro (realizado por abordagem) foi constatada a existência de 40 famílias
vivendo da catação de materiais recicláveis no antigo lixão municipal (conforme figura 7) e
de aproximadamente 850 carrinheiros que realizavam a coleta de recicláveis porta a porta
nas diversas regiões do município.
Região Central, Região Três Lagoas, Região Campos do Iguaçu e Região Porto Meira,
conforme figura 8.
69
Figura 8 – Divisão Geográfica para Instalação dos Centros de Triagem
Fonte: PMFI, 2001.
Para cada uma das cinco regiões foram determinados a recuperação, adaptação ou
construção de galpões municipais, os denominados centros de triagem de materiais
70
recicláveis, os quais seriam operados por catadores cadastrados na respectiva região.
Conforme figura 9.
71
Figura 10 – Centro de Triagem Profilurb
Fonte: PMFI, 2001.
Ficou determinado que até o final do ano de 2004, os 05 (cinco) Centros de Triagem
seriam entregues por regime de comodato (cessão de uso) aos catadores, participantes
da Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu - COAAFI.
No ano de 2001, com o início da readequação do espaço de destinação final dos resíduos
sólidos, atendendo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT,
para aterros sanitários, tornou-se necessário a organização do trabalho dos 40 catadores
de materiais recicláveis, que “garimpavam” no local e que integravam a Cooperativa dos
Catadores Nova Califórnia – COCANC. No ano de 2003, a COCANC, passa a ser
denominada Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu – COAAFI e recebeu
em regime de comodato a cessão de uso de um barracão de 1.350 m² construído nas
dependências do Aterro Sanitário Municipal, além de equipamentos de trabalho, conforme
pode ser observado na figura 11. O trabalho no barracão consistia da triagem de materiais
provenientes da coleta convencional de resíduos, em lixo seco (reciclável) e lixo úmido
(orgânico e rejeitos), sendo que o lixo seco era vendido para empresas de reciclagem, e o
lixo úmido e rejeitos eram encaminhados para o aterramento. O resultado da venda dos
materiais era distribuído igualmente entre os cooperados de acordo com a presença diária
72
no trabalho, vale destacar que todo o processo de negociação, comercialização e divisão
da receita entre os cooperados, sempre foi de responsabilidade do conselho
administrativo da cooperativa.
Figura 11– CT: Aterro sanitário, Prensa Hidráulica e Fardos para a Venda
Fonte: PMFI, 2001.
Com a implantação de 240 Pontos de Entrega Voluntária – PEV’s, conforme figura 12,
exclusivamente instalados em centros de grande geração de resíduos, tais como: hotéis,
condomínios, colégios e pontos públicos, inicia-se uma nova fase de estruturação da
cooperativa, que em pouco tempo passou a comprar materiais recicláveis dos catadores,
que realizam a coleta seletiva porta a porta, a um valor livre de exploração.
73
Figura 13 – Caminhão Exclusivo para Coleta Seletiva dos PEV´s
Fonte: PMFI, 2001.
74
Atualmente a Cooperativa dos Agentes Ambientais – COAAFI possui 132 cooperados e
09 centros de triagem em funcionamento, 03 construídos e 01 em construção, repassados
pelo município por cessão de uso.
A palavra lixo derivada do termo em latim lix que significa "cinzas" de uma época em que
a maior parte dos resíduos de cozinha era formada por cinzas e restos de lenha
carbonizada dos fornos e fogões; e também lixare (polir, desbastar) onde lixo seria então
a sujeira, os restos, o supérfluo que a lixa arranca dos materiais. No dicionário, ela é
definida como sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na
linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais
descartados pelas atividades humanas. Desde os tempos mais remotos até meados do
século XVIII, quando surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em
pequena quantidade e constituído essencialmente de sobras de alimentos15
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na NBR 1000416, define resíduo
como resto das atividades humanas, consideradas pelos geradores como inúteis,
indesejáveis ou descartáveis. Geralmente em estado sólido, semi-sólido ou
semi-líquido. Esta norma também cita que os resíduos podem ser classificados de acordo
com a sua natureza física (seco e molhado), sua composição química
(matéria orgânica e inorgânica), como também pelos riscos potenciais ao meio ambiente
(perigoso, não-inerte e inerte).
Segundo a Norma Brasileira de Resíduos (NBR 10004) de 2004 17, que estabelece a
metodologia de classificação dos resíduos quanto a riscos potenciais ao meio ambiente e
a saúde pública pode-se verificar que, dentre outros aspectos, é considerado “Resíduo
Perigoso”, Classe I, aquele que apresentar em sua composição propriedades físicas,
15 www.lixo.com.br
16 www.aslaa.com.br/legislação
17 http://www.aslaa.com.br/legislacoes/NBR%20n%2010004-2004.pdf
75
químicas ou infecto-contagiosas podendo apresentar assim, risco à saúde pública e que
de alguma maneira contribuem para um aumento tanto da mortalidade quanto da
incidência de doenças ligadas à proliferação de agentes transmissores como moscas,
ratos, mosquitos, baratas, entre outros, quanto na incidência de riscos ambientais,
formação de fumaça e líquidos (chorume/percolado) que poluem o ar, a água e o solo.
No que se refere à Classe II, relativa a resíduos “não perigosos” (NBR10004 de 2004)
podem ser divididos em 2 subclasses:
76
Figura 14 – Caracterização e Classificação Resíduos Sólidos
Fonte: ABNT NBR 10004, 2004.
77
De acordo com a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 201018 a classificação quanto à origem
pode ser assim relacionada:
9.3.2.1.1 Domiciliar
São os resíduos gerados das atividades diárias nas residências, são compostos por
resíduos secos e resíduos úmidos.
Os resíduos secos são constituídos principalmente por embalagens fabricadas a partir de
plásticos, papéis, vidros e metais diversos, ocorrendo também produtos compostos como
as embalagens “longa vida” e outros.
Já os resíduos úmidos são constituídos principalmente por restos oriundos do preparo dos
alimentos, (cascas de frutas, verduras e sobras, etc.), Contém partes de alimentos in
natura, como folhas, cascas e sementes, restos de alimentos industrializados e outros.
Sendo considerado também às parcelas contaminadas dos resíduos domiciliares:
embalagens que não se preservaram secas, resíduos úmidos que não podem ser
processados em conjunto com os demais, resíduos das atividades de higiene e outros
tipos.
Serão considerados resíduos domiciliares o equivalente a geração de 150kg/mês sendo
de responsabilidade do Poder Público a coleta, transporte, tratamento e destinação
ambientalmente adequada.
9.3.2.1.2 Comercial
18 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
78
➢ Pequeno Gerador de Resíduos Comerciais: é o estabelecimento que
gera até 150 kg/mês de resíduos sólidos (úmidos e secos), podendo
ser de responsabilidade do município a coleta, transporte, tratamento e
destinação final mediante taxa de coleta.
➢ Grande Gerador de Resíduos Comerciais: é o estabelecimento que
gera um volume de resíduos superior a 150 kg/mês, sendo de
responsabilidade do próprio gerador a coleta, transporte, tratamento e
destinação final desses resíduos.
Os resíduos, não perigosos, provenientes do comércio (considerado pequeno gerador)
poderá, em razão de sua natureza, composição ou volume ser equiparado aos resíduos
domiciliares.
São os resíduos provenientes dos serviços de limpeza urbana (varrição de vias públicas,
terrenos, restos de podas de árvores, corpos de animais, etc.), limpeza de feiras livres
(restos vegetais diversos, embalagens em geral, etc.). Também podem ser considerados
os resíduos descartados irregularmente pela própria população, como entulhos, papéis,
restos de embalagens e alimentos.
O Poder Público realizará a coleta, transporte, tratamento e destinação adequada dos
resíduos resultantes da limpeza pública bem como dos gerados pelo órgão da
administração pública direta e indireta.
9.3.2.1.5 Especial
São os resíduos com logística reversa obrigatória, este conjunto de resíduos é constituído
por produtos eletroeletrônicos; pilhas e baterias; pneus; lâmpadas (fluorescente, vapor de
sódio, mercúrio, luz mista e outras); óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens e,
por fim, os agrotóxicos, também com seus resíduos e embalagens.
Os equipamentos eletroeletrônicos são de pequeno e grande porte e incluem todos os
dispositivos de informática, som, vídeo, telefonia, brinquedos e outros, os
equipamentos da linha branca, como geladeiras, lavadoras e fogões, pequenos
dispositivos como ferros de passar, secadores, ventiladores, exaustores e outros
equipamentos dotados, em geral, de controle eletrônico ou acionamento elétrico.
As pilhas e baterias são de várias dimensões, desde os dispositivos de pequeno porte até
as baterias automotivas. Os pneus, também são de portes variados e têm condições
obrigatórias de gestão para as peças acima de 2 kg, de acordo com a Resolução
CONAMA nº 416 de 30 de setembro de 2009.
80
argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação
elétrica etc., frequentemente chamados de entulhos de obras.
De acordo com o CONAMA nº. 307/02, os resíduos da construção civil são classificados
da seguinte forma:
Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
➢ De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de
outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de
terraplanagem;
➢ De construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de
revestimento, entre outros), argamassa e concreto;
➢ De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto (blocos, tubos, meios-fios, entre outros) produzidas nos
canteiros de obras.
Classe B: são materiais recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,
papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.
9.3.2.1.7 Industrial
São os resíduos gerados pelas atividades dos ramos industriais, tais como metalúrgica,
química, petroquímica, papelaria, alimentícia, entre outras. São resíduos muito variados
que apresentam características diversificadas, podendo ser representado por cinzas,
lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha,
metal, escórias, vidros, cerâmicas etc. Nesta categoria também, inclui a grande maioria
dos resíduos considerados tóxicos. Esse tipo de resíduo necessita de um tratamento
adequado e especial pelo seu potencial poluidor. Adota-se a NBR 10.004 da ABNT para
81
classificar os resíduos industriais: Classe I (Perigosos), Classe II (Não perigosos), Classe
II A (Não perigosos - não inertes) e Classe II B (Não perigosos - inertes).
9.3.2.1.8 Transportuários
9.3.2.1.9 Agrossilvopastoris
São constituídos por peças de grandes dimensões como móveis e utensílios domésticos
inservíveis, grandes embalagens, e outros resíduos de origem não industrial e não
coletados pelo sistema de recolhimento domiciliar convencional. Os resíduos volumosos
estão definidos nas normas brasileiras que versam sobre resíduos da construção e,
normalmente são removidos das áreas geradoras juntamente com os RCC ou com uma
coleta especifica.
82
9.3.2.1.11 Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico
A Constituição Federal, em seu art. 30, inciso V, dispõe sobre a competência dos
municípios em "organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o transporte coletivo, que tem
caráter essencial". O que define e caracteriza o "interesse local" é a predominância do
interesse do Município sobre os interesses do Estado ou da União. No que tange aos
83
municípios, portanto, encontram-se sob a competência dos mesmos os serviços públicos
essenciais, de interesse predominantemente local e, entre esses, os serviços de limpeza
urbana (IBAM, 2001).
Nos últimos 10 anos, a média de geração de resíduos domésticos do município de Foz do
Iguaçu foi de 5369,17 toneladas/mês (VITAL, 2011), contabilizando apenas os resíduos
coletados pela coleta convencional. Neste período, a coleta, transporte e disposição final
destes resíduos foram terceirizados. O destino final dos resíduos ocorreu no aterro
sanitário municipal localizado na região noroeste do município, entre os bairros Porto Belo
e Jardim Califórnia, com 389.737,44 m² de área disponível.
84
Tabela 8- Resíduos domésticos coletados entre outubro de 2001 a novembro de 2011
ANO QT MÊS MÉDIA/MÊS TOTAL
2001 03 4997,76 ton. 14993,30 ton.
2002 12 4896,75 ton. 58.761,04 ton.
2003 12 4736,83 ton. 56.841,99 ton.
2004 12 4914,18 ton. 58.970,17 ton.
2005 12 5167,84 ton. 62.014,08 ton.
2006 12 5542,51 ton. 66.510,19 ton.
2007 12 5390,38 ton. 64.684,57 ton.
2008 12 5537,71 ton. 66.452,55 ton.
2009 12 5597,99 ton. 67.175,97 ton.
2010 12 6018,30 ton. 72.219,63 ton.
2011 11 6199,05 ton. 68.189,63 ton.
Total Out/01 a Nov/11 655.035,54 ton.
Fonte: Vital, 2011.
A coleta dos resíduos domésticos de Foz do Iguaçu é realizada pela Vital Engenharia
Ambiental. As rotas e frequência de coleta foram definidas pela própria empresa visando
atender a todo o território urbano e parte do território rural do município. Onze caminhões
compactadores MB – 1718M Truck com capacidade de 19 m3 compactados. realizam a
coleta de resíduos, juntamente com duas equipes que se revezam entre os turnos manhã,
das 07h00min às 15h20min horas, e noturno das 17h00min à 01h20min horas.
Nos bairros: Vila Yolanda, Vila Portes, Vila Maracanã, Área comercial do Jd. Jupira,
Jardim Central, Jardim América, Jardim das Nações, Polo Centro, Jardim Eliza I, Jardim
Iguaçu, Jardim Social II e Centro, a coleta domiciliar é feita diariamente. Nos demais
bairros do perímetro urbano do município a coleta é feita de forma intercalada (2ª, 4ª e 6ª)
e (3ª, 5ª e Sáb) nos turnos diurno e noturno. A área rural é atendida parcialmente nas
quartas-feiras no período diurno.
85
serem utilizados no acondicionamento de resíduos no município, conforme mostra a
tabela 9 abaixo.
Para a coleta e transporte dos resíduos domésticos são utilizados pela empresa
concessionária onze caminhões compactadores MB – 1718M Truck com capacidade de
19m3 compactados, que ficam a disposição de duas equipes que se revezam entre os
turnos manhã, das 07h00 às 15h20 horas, e noturno das 17h00 à 01h20 horas.
O primeiro turno atende a maioria dos bairros. Já o segundo turno atende a região central
e os bairros do seu entorno.
Verificou-se, durante visita em campo, que os funcionários responsáveis pela coleta de
resíduos se apresentavam devidamente equipados com EPI’s – Equipamentos de
Proteção Individual, como por exemplo: luvas, uniforme completo refletivo, calçado
antiderrapante.
Para a coleta e transporte de resíduos recicláveis, a Vital Engenharia Ambiental dispõem
de um caminhão especial com capacidade de 15,00m³, que recolhe estes resíduos em
alguns dos maiores geradores do município e leva até o barracão de reciclagem anexo ao
aterro sanitário.
86
Figura 15 – Serviço de Coleta Domiciliar Diária
Fonte: Vital, 2011.
Acesso 5,00m
5,00
m
1
2 3,00
m
A vida útil do aterro é estimada até o ano de 2017. A infra-estrutura do aterro é adequada,
possuindo na entrada cancela e balança rodoviária para pesagem dos caminhões, área
administrativa e operacional composto de escritório e almoxarifado. O controle ambiental
é efetuado com a utilização dos poços de monitoramento distribuídos na área.
O município de Foz do Iguaçu possui um passivo ambiental que é o extinto Lixão situado
no bairro Arroio Dourado, que será apresentado no item 5.9.1 deste projeto.
Com base em valores apresentados pela empresa responsável pela coleta, transporte e
acondicionamento dos resíduos gerados no município de Foz do Iguaçu, foi possível
87
elaborar um histórico de tudo o que foi depositado no aterro sanitário entre os meses de
Outubro de 2001 a Novembro de 201119.
19 Ver anexo 4 – Total de resíduos acondicionados no aterro sanitário de Foz do Iguaçu entre
out/2001 a nov/2011 (ton)
88
domiciliar e comercial sendo classificados conforme sua composição física, englobando
densidade aparente e composição gravimétrica.
A - Composição Gravimétrica
89
apresente representativo para toda a área urbana do município. Os resíduos coletados
foram descarregados sob uma lona estendida no solo e, procedeu-se então o rompimento
do maior número sacos de resíduos, sendo coletadas quantidades em quatro pontos, uma
no topo e três nas laterais do monte de resíduos, de modo a preencher quatro tonéis de
200 litros (200 litros de cada ponto de amostragem dos montes). Os tonéis preenchidos
foram despejados em um local separado, também sob lona estendida no solo,
iniciando-se a mistura e o quarteamento da amostra, ou seja, a divisão em quatro partes
do total de 800 litros de resíduos dispostos. Duas das partes obtidas pelo quarteamento e
localizadas em posição diametralmente opostas foram descartadas. Repetiu-se o
quarteamento obtendo-se uma amostra final de 200 litros.
Nessa amostra realizou-se a separação e a pesagem dos materiais por componentes
presentes na mesma. Os componentes foram diferenciados nas seguintes categorias:
matéria orgânica; plástico; papel e papelão; vidro; metal; panos, trapos, couro e borracha;
madeira; contaminante biológico, contaminante químico e diversos. No quadro 2 a seguir,
apresentam-se exemplos de materiais que podem compor cada categoria observando-se
a grande diversidade de materiais.
Quadro 2 - Exemplos básicos de cada categoria de resíduos sólidos urbanos.
ategoria Exemplos
Matéria orgânica Restos alimentares, flores, podas de árvores.
Sacos, sacolas, embalagens de refrigerantes, água e leite,
Plástico recipientes de produtos de limpeza, esponjas, isopor, utensílios
de cozinha, látex, sacos de ráfia.
Caixas, revistas, jornais, cartões, papel, pratos, cadernos, livros,
Papel e papelão
pastas.
Copos, garrafas de bebidas, pratos, espelho, embalagens de
Vidro produtos de limpeza, embalagens de produtos de beleza,
embalagens de produtos alimentícios.
Palha de aço, alfinetes, agulhas, embalagens de produtos
Metal alimentícios, latas de bebidas, restos de cobre, restos e chumbo,
fiação elétrica.
Caixas, tábuas, palitos de fósforos, palitos de picolé, tampas,
Madeira
móveis, lenha.
Panos, trapos, couro e Roupas, panos de limpeza, pedaços de tecido, bolsas, mochilas,
borracha sapatos, tapetes, luvas, cintos, balões.
Pilhas, medicamentos, lâmpadas, inseticidas, raticida, colas em
geral, cosméticos, vidro de esmaltes, embalagens de produtos
Contaminante químico químicos, latas de óleo de motor, latas com tintas, embalagens
pressurizadas, canetas com carga, papel carbono, filme
fotográfico.
Papel higiênico, cotonetes, algodão, curativos, gazes e panos
Contaminante com sangue, fraldas descartáveis, absorventes higiênicos,
biológico seringas, lâminas de barbear, cabelos, pêlos, embalagens de
anestésicos, luvas.
Velas de cera, restos de sabão e sabonete, carvão, giz, pontas de
cigarro, rolhas, cartões de crédito, lápis de cera, embalagens
Diversos
longa vida, embalagens metalizadas, sacos de aspirador de pó,
lixas, e outros materiais de difícil identificação.
90
Fonte: adaptado de PESSIN, 2002.
B - Densidade Aparente
A - Composição Gravimétrica
92
R1 - TRÊS LAGOAS
53,38% 1,56%
3,12%
10,13%
4,16% 7,01%
6,49% 0,78%
0,39% 12,99%
Figura 18 – Composição Percentual dos Resíduos Sólidos de Foz do Iguaçu – Região 01 – Três
Lagoas.
Fonte: Pesquisa de campo.
93
Peso dos resíduos (Kg) = 47,50 – 13,50
Peso dos resíduos (Kg) = 34,00
R2 - VILA "C"
57,65%
1,76%
5,00%
7,35%
1,47% 5,88%
14,71%
2,06% 3,53%
0,59%
Figura 19 – Composição Percentual dos Resíduos Sólidos de Foz do Iguaçu – Região 02 – Vila “C”.
Fonte: Pesquisa de campo.
95
R3 - SÃO FRANCISCO
1,97%
50,14% 6,48%
9,01%
7,32%
1,69%
15,77% 4,23%
2,54%
0,85%
Tal região é limitada ao norte pela Avenida República Argentina, a oeste pelas Avenidas
das Cataratas e João Paulo II e Rua Harry Shinke, a leste pelo Rio Tamanduazinho e ao
sul pela Região do Carimã na altura da linha do Condomínio Mata Verde.
Compreende os seguintes bairros:
Jardim Residencial Bela Vista, Loteamento Residencial Cohiguaçu, Jardim Copacabana,
Chácara Dom Emílio, Jardim Dom Miguel Osmam, Dom Pedro I, Jardim Dona Fátima
Osmam, Jardim Dona Leila, Jardim Estrela, Linha Guarapuava, Loteamento Residencial
Conjunto Iguaçu, Loteamento Lindóia, Jardim Niterói, Jardim Niterói II, Jardim Panorama
I, Jardim Panorama II, Jardim Primavera, Jardim São Bento, Jardim São Luiz, Jardim São
Paulo I, Jardim São Paulo II, Jardim São Roque I, Jardim São Roque II, Três Pinheiros,
C.R.F. Village Iguaçu, Jardim Vitória.
A composição gravimétrica foi obtida relacionando o peso total das amostras finais de
resíduos com o peso de cada resíduo devidamente separado. A fim de evitar erros,
pesou-se o tonel vazio e descontou-se depois do peso final.
Região 05 – Jardim São Paulo
Peso dos resíduos (Kg) = Peso total – Peso do tonel
Peso dos resíduos (Kg) = 45,50 – 13,50
Peso dos resíduos (Kg) = 32,00
96
Os resíduos, depois de separados, foram pesados e utilizou-se da tabela 13 abaixo para
preenchimento dos dados.
Tabela 13– Planilha para determinação da composição física dos resíduos sólidos.
Componente Peso (kg) Porcentagem (%)
Madeira 0,40 1,25
Matéria orgânica 20,65 64,53
Metais 0,60 1,88
Papel/papelão 0,90 2,81
Plástico 3,00 9,38
Trapos 2,60 8,13
Vidros 1,00 3,13
Contaminante biológico 2,40 7,50
Contaminante químico 0,25 0,78
Diversos 0,20 0,63
Total 32,00 100
Fonte: Pesquisa de Campo, adaptado de CEMPRE, 2000.
1,88%
1,25% 2,81%
0,63% 9,38%
0,78% 8,13%
7,50%
3,13%
97
Compreende os seguintes bairros:
Loteamento Boicy, Vila Bom Jesus, Jardim Eldorado, Vila Esmeralda I, Vila Esmeralda II,
Loteamento Franz Roth, Jardim Guarapuava I, Jardim Guarapuava II, Jardim Iguaçu,
Jardim Itajubá, Jardim Los Angeles, Vila Maracanã, Vila Matilde, Jardim Naipi, Vila
Remigio, Jardim Social I, Jardim Social II, Jardim Tarobá (Cohapar), Vila Yolanda, Centro
Zona "A", "B", "C", "D", "E", "F".
A composição gravimétrica foi obtida relacionando o peso total das amostras finais de
resíduos com o peso de cada resíduo devidamente separado. A fim de evitar erros,
pesou-se o tonel vazio e descontou-se depois do peso final.
98
R9 - CENTRO / VILA YOLANDA
56,92%
2,77%
10,15%
3,38% 13,23%
0,92% 1,54%
0,31% 2,46%
8,31%
madeira matéria orgânica metal
papel/papelão plástico trapos
vidros contaminante biológico contaminante químico
diversos
Figura 22 – Composição Percentual dos Resíduos Sólidos de Foz do Iguaçu – Região 09 – Centro /
Vila Yolanda.
Fonte: Pesquisa de campo.
8,12%
0,14% 10,14%
8,41%
0,58%
0,14%
4,35%
madeira matéria orgânica metal
papel/papelão plástico trapos
vidros contaminante biológico contaminante químico
diversos
Figura 23 – Composição Percentual dos Resíduos Sólidos de Foz do Iguaçu – Região 10 – Campos
do Iguaçu.
Fonte: Pesquisa de campo.
100
% RESÍDUOS - FOZ DO IGUAÇU
57,35% 1,92%
5,26%
9,52%
3,72%
22,24%
% RESÍDUOS - BRASIL
2,30%
52,50%
24,50%
2,90%
16,20% 1,60%
101
de embalagens plásticas. O papel/papelão foi de baixa incidência no município,
provavelmente devido ao fato de existirem um grande número de colaboradores
ambientais (catadores), que dão importância maior ao papel, evitando que este chegue ao
aterro controlado da cidade.
A - Densidade Aparente
Para a estimativa da produção per capita dos resíduos sólidos, item deste relatório foi
elaborado uma pesquisa que apontou a variação populacional da cidade de Foz do
Iguaçu no intervalo entre 2010 e 2011. Os dados foram fornecidos pelo IBGE, que
apontou no censo 2010 uma população de 256.088 habitantes e também uma estimativa
populacional de 255.900 habitantes para o ano de 2011.
103
Para este cálculo, foram utilizados apenas os valores correspondentes a geração dos
resíduos Domiciliares (úmido e seco).
Tabela 17 – Produção per capita atual de resíduos sólidos domésticos do município de Foz do
Iguaçu ano de 2010
População Urbana Coleta Doméstica Coleta Doméstica Per capita
(hab.) (Média kg/mês) (kg/dia) (kg/hab.dia)
256.088 6018302,5 194138,79 0,75
Fonte: IBGE, 2011; Vital, 2011
A geração per capita dos resíduos domésticos gerados no município de Foz do Iguaçu no
ano de 2009 foi de 69.039,65 toneladas (Úmido + Seco) e a do ano de 2010 foi de
72.219,63 toneladas, o que representa um crescimento de 4,60% ano.
104
A cidade de Foz do Iguaçu não dispõe de nenhum programa municipal especifico para a
coleta de mobiliário inservível, fato este que colabora significativamente para o aumento
constate do lançamento impróprio destes materiais em vias publicas, lotes baldios, beiras
de rios, etc., causando um grave problema na questão de limpeza urbana.
O município tem como meta instalar um programa de coleta específico para os resíduos
orgânicos domiciliares e comerciais (considerados pequenos geradores), visando
aumentar a vida útil do aterro sanitário, além de otimizar a compostagem.
No ano de 2001 foi promovido pela Associação de Defesa e Educação Ambiental de Foz
do Iguaçu – ADEAFI um levantamento de todos os catadores de materiais recicláveis no
município, onde se verificou um total de 648 famílias de profissionais dentro desta
categoria, sendo que em alguns casos identificou-se de 2 a 3 integrantes de uma mesma
família além de crianças envolvidas no processo de catação.
Este elevado número de indivíduos vivendo da catação deve-se ao fato de Foz do Iguaçu,
ser uma cidade fronteiriça e ter passado por vários ciclos econômicos, sendo reconhecida
por muito tempo como uma cidade de grande potencial empregatício devido ao turismo e
instalação da Itaipu Binacional, fatores que atraíram um número excessivo de migrantes,
o que aumentou de forma acelerada e desorganizada a massa populacional da cidade.
Grande parte desta população não atingiu a expectativa de efetivação de um emprego
formal, tendo que buscar a subsistência na informalidade. Dentre estas atividades está a
de catador de material reciclável, que desde 2002 e com a nova publicação da
Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, passa a ser considerada uma profissão
(registro nº 5192-05) reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
107
O governo municipal reconhecendo a importância deste trabalho ambiental e atendendo a
forte vertente social vem desenvolve trabalhos na busca da melhoria da qualidade de vida
e renda destes profissionais, ao fomentar o trabalho cooperado. Porém tem encontrado
inúmeras dificuldades para inserção destes elementos ao sistema, pois os mesmos
acreditam ser mais vantajoso o trabalho individual/autônomo, afinal, podem determinar a
carga horária a ser trabalhada, dias de venda e forma de distribuição dos rendimentos.
Outro fator relevante a não inserção dos catadores autônomos no processo cooperativo é
a divisão de renda em cotas iguais pregada atualmente. Este modelo de gestão, sem
maleabilidade de horários e forma de distribuição dos rendimentos, propicia o crescimento
do trabalho informal ao invés do fortalecimento do trabalho cooperado.
O trabalho individualizado e informal prejudica o ambiente e é um problema de saúde
pública, pois o armazenamento dos materiais oriundos da catação, de maneira geral,
ocorre junto às moradias tornando-se depósitos e criadouros para vetores, além do risco
de veiculação de outros patógenos por insetos e roedores, o que requer que estes pontos
sejam constantemente monitorados pelo Centro de Controle de Zoonoses visando o
combate a dengue. Já se encontram catalogados 85 pontos de monitoramento que
despendem recursos humanos e financeiros. Na Figura 26 pode-se observar uma das
realidades da problemática da destinação incorreta dos resíduos.
108
Comercialização de Materiais reciclaveis(KG) - Julho
de 2011
3 2,7
Série1
2,5
Venda
2
1,5 pela
1,5 COAAFI
1
1
0,4 0,35
0,5 0,15 Série2
0 Venda pelo
PET R$ Grafica Aluminio Autônomo
Branca R$ (latinha) R$
Pode ser concluído que a obtenção dos melhores preços é favorecida pela acumulação
dos materiais de modo a obter volumes e fluxos relativamente estáveis que possam ser
comercializados diretamente a indústria.
109
Prensa Mesa de Seleção Caminhão Baú
110
Total de Catadores
25
20
15
10
5 Total de Catadores
0
16
14
12
10
8
6
4 Homens
2 Mulheres
0
111
Os Centros de Triagem foram implantados em regiões pré-estabelecidas do município,
levando em consideração a necessidade que os catadores possuem em contar com um
barracão para triagem e armazenamento dos resíduos recicláveis coletados na própria
região de moradia, evitando o armazenamento indevido.
Entretanto podemos observar que algumas regiões da cidade ainda não foram
contempladas conforme mapa a seguir:
112
Legenda
LOCAIS
RECICLAGEM
Em atividade
Paralisado
À Construir
113
Centro de Triagem Vila C Centro de Triagem Profilurb Centro de Triagem Porto Belo
Centro de Triagem Cidade Nova Centro de Triagem Jardim Petrópolis (KLP) Centro de Triagem Jardim Graúna
Centro de Triagem Campos do Iguaçu Centro de Triagem Jardim Canadá Centro de Triagem Morumbi
114
centros de triagem, frente à área trabalhada pelas respectivas equipes, conforme bairros
e ruas, e utilizando a base geográfica e sistematização do Controle de Dengue do
Município com dados de 2006, que são os mais recentes disponíveis.
Tabela 19 – Reconhecimento Geográfico por sub localidades em área de abrangência dos CT’s
da COAAFI
Total de
Nº de
22
Locais Nº da Sub. Sub localidade Imóveis da
Quarteirões
Sub.
Campos do Iguacu 54 Conjunto 27 768
55 Campos do Iguaçu 37 1179
Residencial Libra
Jardim Canadá 19 Vila A (50%) 75 1099
29 Pq. Presidente II 20 433
20 KLP 103 2881
Cidade Nova 21 Jardim Santa Rosa 7 257
23 Jardim Ipe 33 436
(20%)
24 Centro 30 401
17 Vila B 10 321
Universitario
84 Pq. Res. Ouro 56 3087
82 Profilurb (Parcial) 28 1163
Verde
Profilurb 86 Jardim das Flores 54 2872
78 Jd. Iguaçu 56 1389
81 Vila Adriana 61 1.394
69 Vila Portes 57 2283
79 Vila Yolanda 43 1.314
Porto Belo 0 0 0 0
Vila C 12 Vila C 191 4795
44 Jardim Europa 18 564
45 Jardim Tarobá 45 1039
Portal da Foz 46 Portal da Foz 50 1088
47 Pq Res. Morumbi I 25 822
(65%)
48 Pq Res. Morumbi II 31 1153
(30%)
49 Pq Res. Morumbi 54 1591
(%50%)
19 Vila A (50%) 75 1099
III (50%)
21 Jardim Santa Rosa 29 1028
Jardim Petrópolis 26 Jd. das Palmeiras 29 724
(80%)
27 Jd.Lancaster (40%) 11 188
20 KLP (25%) 26 746
36 Jardim 26 656
37 Jardim Vale do Sol 27 443
Bandeirantes
Jardim Graúna 38 Jardim Tucurui 31 599
39 Vila Miranda 39 1256
40 Três Lagoas 26 1186
41 Loteamento Witt 31 768
Fonte: CCZ, 2009.
Para fins de ilustração, segue o mapa da base geográfica do município apontadas as sub
localidades já referendadas.
22Dados estimados: haja vista a grande variação numérica que esta coleta de materiais sofre como qualidade da
segregação na origem, condição sócio econômica do consumidor, estação do ano, condições climáticas, idade
dos consumidores, hábitos de consumo, hábitos de segregação na origem, etc. centro de Triagem
115
Figura 33 – Reconhecimento Geográfico por Sub Localidades
Fonte: CCZ, 2011.
Nas áreas de abrangência citadas acima a COAAFI informou a produção referente ao ano
de 2011 na coleta e comercialização de materiais recicláveis. Segue planilha
demonstrativa do ano de 2011.
Tabela 20 - Dados da produção mensal de coleta e venda de materiais recicláveis dos centros
de triagem (2011)
116
Centro de Triagem (valores em Toneladas)
Pq. Portal Campo Cidad
Mês/201 Graún Profilur Porto
President da Vila C KLP s do e
1 a b Belo
e Foz Iguaçu Nova
Janeiro 0 13,523 15,2173 22,264 14,75 22,477 13,029 10,666 11,827
Fevereiro 0 11,733 11,4525 8,994 13,8625 14,138 17,8354 11,992 8,43
Março 0 0 14,401 8,853 0 16,051 15,4288 16,062 5,288
Abril 0 10,071 14,255 24,8765 16,7794 32,394 14,2086 13,4895 7,735
Maio 0 14,4382 13,9196 7,001 12,7679 18,0875 16,5436 13,899 7,21
Junho 0 0 13,7144 9,836 13,904 21,352 18,4036 11,236 7,922
Julho 0 240,223 23,1549 9,971 12,2771 28,115 22,1476 13,758 7,346
Agosto 7,441 11,528 13,0305 8,155 14,212 20,218 18,819 15,475 8,219
Setembr 11,508 18,0641 12,5583 12,659 15,4655 23,843 15,6469 14,4295 11,203
Outubro
o 8,8695 21,1549 19,3162 12,638 9,4245 16,416 21,4243 16,916 7,783
Novembr 10,641 23,1651 11,8293 10,44 10,18 19,362 21,0753 20,491 10,496
Dezembr
o 13,4635 34,7177 22,1274 14,5692 19,0965 26,519 29,0164 21,467 10,711
Total
o 51,923 398,618 184,9764 150,256 152,719 258,972 223,578 179,881 104,17
Total: 1.705,0955 7 4 5 5
Fonte: Relatórios ABIPLA/ABIPEC23
Art. 57. O inciso XXVII do caput do art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 24. É dispensável a licitação:
Salientando que em longo prazo a instalação de novos centros de triagem com espaço e
capacidade respeitando a distância do ponto de geração são indispensáveis,
corroborando com a minimização de áreas percorridas, promovendo avanços econômicos
e aumento nos valores agregados aos produtos no final da cadeia produtiva.
Como podemos observar na figura 34 a seguir, ainda estão presentes áreas
desguarnecidas, em que a distância entre os pontos de origem e triagem excedem 2
quilômetros, o que encarece o sistema e tem ação direta sobre a modalidade de
transporte por propulsão humana.
118
MAPA DE FOZ DO IGUAÇU
Legenda
LOCAIS
RECICLAGEM
Em atividade
Paralisado
À Construir
Distância em km
Considerando que a média de toneladas/mês recebida no Aterro: 6.000 ton, das quais a
média toneladas/mês de recicláveis recebidas é de 1.225 toneladas, segundo diagnóstico
já citado, ainda incluindo os dados da COAAFI, que processa 142 ton/mês, temos 1.367
ton/mês de produção conhecida. Utilizando cálculos de densidade aparente podemos
estimar o volume a ser mobilizado diariamente, conforme quadro 4 a seguir.
Quadro 4 Produção diária de resíduos no município:
Produção
119
57 ton/dia
120
Figura 35 - Coleta Seletiva Traz Reflexo Direto na Economia da Cidade.
Fonte: Elementos para a organização da coleta seletiva e projeto dos galpões de triagem – República Federativa do
Brasil nov. 2008
Consiste na remoção ou retirada de resíduos, que ocorrem nas vias públicas por
fenômenos naturais, como é o caso de folhas e flores de árvores, de terra e areia trazidas
de terrenos baldios e construções, pelas chuvas, e os resíduos que surgem por motivos
121
acidentais, como papéis, embalagens e detritos atirados nos passeios ou jogados dos
veículos.
O plano de varrição manual de Foz do Iguaçu atende as vias públicas das principais
áreas comerciais, de turismo e pontos de intenso tráfego de transeuntes como o Centro,
Vila A, Vila Yolanda e as demais avenidas principais da cidade.
O serviço é executado de segunda a sábado no período diurno e aos Domingos apenas
no Centro. Atualmente a concessionária disponibiliza para a execução deste serviço 42
garis e a mesma é remunerada pela extensão de via varrida no período de um mês e tem
como média de 3.880,59 Km/mês, conforme figura 36.
Este sistema de varrição é realizado nas vias que possuem asfalto e meio-fio e consiste
em retirar, com um caminhão varredor, os resíduos acumulados junto ao meio-fio. A
concessionária disponibiliza 1 máquina varredeira e executa a limpeza média de 1711,26
Km de meio-fio por mês. O serviço é executado diariamente de Segunda a Sábado e os
resíduos oriundos deste serviço são coletados e enviados ao aterro sanitário municipal.
122
Figura 37 – Serviço de Varrição Mecanizada
Fonte: Vital, 2011.
123
Figura 39 – Serviço de Roçada Mecanizada
Fonte: Vital, 2011.
9.4.7.4 Jardinagem
Serviço executado pela concessionária em praças, parques, jardins e canteiro central das
principais avenidas da cidade.
124
Serviço de poda padrão em árvores em todo o município e a supressão de árvores que
coloque em risco os munícipes. Estes serviços são executados mediante a emissão da
licença ambiental fornecida pelo Órgão Ambiental Municipal.
125
compostagem consiste na trituração, maturação, peneiramento e carregamento do
composto em veículos para a destinação final.
126
Figura 46 Foto do Serviço de Compostagem no Aterro Sanitário de Foz do Iguaçu
Fonte: Vital, 2011.
127
Desta forma é possível afirmar que o município de Foz do Iguaçu tem como meta atingir a
eficácia dos serviços de limpeza pública, mantendo os serviços atuais e buscando ampliar
sua abrangência avaliando novas tecnologias e equipamentos, promovendo a avaliação
constante dos serviços de varrição manual, varrição mecanizada, roçada, capinação,
jardinagem, retirada de entulhos, poda e supressão de árvores.
Verificou-se que o sistema de coleta, transporte e destinação final dos resíduos oriundos
de serviços de saúde nos estabelecimentos públicos e privados do Município de Foz do
Iguaçu é realizado por empresas terceirizadas. Sendo assim, essas empresas coletaram
em 2011 um montante de 233.365,11kg de resíduos de serviços de saúde no município.
De acordo com os dados fornecidos pela Secretaria Municipal da Saúde, foram
identificados 855 estabelecimentos relacionados com o atendimento à saúde humana ou
animal, passíveis de gerar resíduos de serviços de saúde. Esses estabelecimentos foram
classificados por tipo de atividade, conforme demonstra o quadro 4 Para tanto, utilizou-se
a Resolução CONAMA n° 358/2005, que define estabelecimento como “qualquer
edificação destinada à realização de atividades de prevenção, produção, promoção,
recuperação e pesquisa na área da saúde ou que estejam a ela relacionadas.
De acordo com a Resolução RDC ANVISA n° 306/04 e a Resolução CONAMA n°
358/2005, os geradores de resíduos de serviços de saúde são definidos como:
Quadro 5 - Relação dos estabelecimentos que geram ou são passíveis de gerar resíduos do
serviço de saúde no município.
Classificação Quantidade
Centro de nutrição infantil - CAGE 1
Centro de reabilitação 2
Clínica com cirurgia 6
Consultório de psicologia 13
Consultório médico 205
Consultório odontológico 218
Consultório odontológico com raio x 1
128
Consultório veterinário 17
Ecografia 3
Escolas 2
Escritórios 4
Esteticista 37
Farmácias 174
Farmácias de manipulação 9
Fisioterapia 59
Funerária 3
Hemoterapia 2
Hospital 9
Hospital psiquiátrico 1
Indústria de medicamentos 1
Laboratório 23
Posto de coleta 4
Posto de saúde 28
Radiodiagnóstico médico 6
Radiodiagnóstico odontológico 2
Radioterapia 1
Raio-x/ tomografia/ hemodinâmica/mamografia 8
Terapia renal 2
Terapias alternativas 1
Unidades de saúde com procedimento invasivo 10
Vacinas 1
Centro de controle de zoonoses 1
Zoológico municipal 1
Total 855
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde – Prefeitura do Município de Foz do Iguaçu, 2012.
129
USF JD. LANCASTER Rua Dois Vizinhos, 35 – Jd. Lancaster Semanal
BOMBEIROS – VILA A Ao lado do Gramadão da Vila A Semanal
ACDD Rua Mandaguari, 18 – Jd. Santa Rosa Semanal
USF PORTO BELO Av. Zacarias V. Silva, s/n – Jd. Irmã ? Semanal
USF CIDADE NOVA Rua Angelin Favassa, s/n – Cidade Nova 2 Semanal
NÚCLEO SF VILA C Rua “A”, s/n – Vila C Velha Semanal
USF VILA C NOVA Rua “O”, s/n – Vila C Nova Semanal
USF TRÊS LAGOAS Rua Camorim, 300 – Três Lagoas Semanal
USF TRÊS BANDEIRAS Rua J. Soares Araújo, 568 – Pq. Três Bandeiras Semanal
USF PORTAL DA FOZ Rua Águias, s/n – Portal da Foz Semanal
Rua Mirim, s/n (esq. Com Av. Gramado) – Jd.
USF SÃO JOÃO Semanal
São João
USF SOL DE MAIO Rua Valdemar L. Matte, s/n – Jd. Sol de Maio Semanal
APAE Rua Avaí, 107 – Jd. Itamaraty Semanal
USF PQ. PRESIDENTE Rua Venceslau Brás, s/n – Pq. Presidente Semanal
PRONTO-ATENDIMENTO Av. Mário Filho, s/n (esq. Com Rua Belfort
3x / semana
MORUMBI I Duarte) – Pq. Morumbi I
USF MORUMBI III Rua Cláudio Coutinh, s/n – Pq. Morumbi III Semanal
USF JD. SÃO PAULO I Rua Airton Ramos, s/n – Jd. São Paulo Semanal
USF CAMPOS DO Rua Tibagi, s/n (esq. Com Rua Capibaribe) –
Semanal
IGUAÇU Campos do Iguaçu
Rua Iacanga, s/n (esq. Com Av. Silvio A.
UPA 3x / semana
Sasdelli) – Jd. Das Palmeiras
BOMBEIROS – V.
Rua Bartolomeu de Gusmão – Vila Remigio Semanal
MARACANÃ
USF JD. AMÉRICA Rua Di Cavalcanti, s/n – Jd. América Semanal
USF VILA YOLANDA /
Rua Vereador Moacir Pereira, 900 – Vila
CAPS AD / VIG. Semanal
Yolanda
SANITÁRIA
USF PROFILURB I Rua Manguruju, s/n – Profilurb I Semanal
USF PROFILURB II Rua Boto, s/n – Profilurb II Semanal
USF VILA ADRIANA Rua Campânulas, s/n – Vila Adriana Semanal
USF OURO VERDE Rua Jade, s/n – Pq. Ouro Verde Semanal
USF CAIC PORTO MEIRA Av. Javier Koebel, 1.923 – Jd. Morenitas Semanal
USF VILA CARIMÃ Rua Atalaia, s/n – Vila Carimã Semanal
POLIAMBULATÓRIO NSA
Av. Morenitas, s/n – Vila Padre Monti 3x / semana
SENHORA APARECIDA
CENTRO DE NUTRIÇÃO
Rua Antonio Raposo, 642 – Centro Semanal
INFANTIL / CAGE
SERVIÇO DE
VERIFICAÇÃO DE Av. Brasil, 2.440 – Centro Semanal
ÓBITOS (SVO)
ZOOLÓGICO MUNICIPAL
Rua Tarobá, s/n – Jd. Festugato Semanal
BOSQUE GUARANI
UNIDADE EXTERNA
Rua João Ricieri Marana, 388 – Três Lagoas Semanal
JOÃO DA COSTA VIANA
CCZ Av. Maceió, s/n – Jd. Ipê Semanal
130
CAIC MORUMBI Av. Jules Rimet, s/n – Pq. Morumbi I Semanal
Rua Edgard Schimmelpfeng, 280 – Pq.
SAMU Semanal
Presidente
CAPS FLÁVIO DANTAS Av. JK, 2.853 – Jd. Cristina Semanal
USF JD. SÃO PAULO II Rua Roberto Rickler, s/n – Jd. São Paulo II Semanal
USF JD. JUPIRA Rua Gonçalves Ledo, 250 – Jd. Jupira Semanal
AAVD – CASA DE APOIO Vila A Semanal
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde – Prefeitura do Município de Foz do Iguaçu, 2012.
131
Dezembro 3.183
TOTAL 38.077
Fonte: Adaptado de Servioeste Soluções Ambientais Ltda., 2012.
4500
4000
3500
3000
Peso (kg)
2500
2000
1500
1000
500
0
aio
lho
ril
De bro
o
Se to
No ro
o
Fe o
iro
bro
Ab
nh
arç
ir
br
os
b
Ju
ne
M
re
m
Ju
utu
m
tem
M
Ag
ve
Ja
ve
ze
O
Figura 47 - Geração de Resíduos de Serviço de Saúde nos Estabelecimentos Municipais de Foz do
Iguaçu, em 2011.
Fonte: Adaptado de Servioeste Soluções Ambientais Ltda., 2012.
Quadro 8: Classificação dos RSS por grupo de resíduo segundo a RDC ANVISA n° 306/04 e
resolução CONAMA nº 358/05.
Classificação do Resíduo Descrição
Classe A Resíduos potencialmente infectantes
Classe B Resíduos químicos
Classe C Rejeitos radioativos
Classe D Resíduos equiparados aos resíduos domiciliares
Classe E Resíduos perfurocortantes ou escarificantes
Fonte: Resolução RDC ANVISA n° 306/04 e CONAMA n° 358/05.
132
• Serquip Tratamento de Resíduos PR Ltda.;
• Bio Resíduos Transportes Ltda. – EPP.
134
18000
16000
14000
Peso (kg) 12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
aio
lho
ril
De bro
o
Se to
No ro
o
Fe ro
iro
bro
Ab
nh
arç
br
os
b
i
Ju
ne
M
re
m
Ju
utu
m
tem
M
Ag
ve
Ja
ve
ze
O
Figura 48 - Geração de Resíduos de Saúde nos Estabelecimentos Privados que a GAAP Presta
Serviços.
Fonte: GAAP – Gerenciadora de Resíduos Hospitalares Ltda., adaptado pelo autor, 2012.
Quadro 9: Peso total de resíduos Classe “A”, coletados pela empresa Serquip, no período de
janeiro a dezembro de 2011.
Mês Peso (kg)
Janeiro 299.23
Fevereiro 396.3
Março 486.3
Abril 489.24
Maio 626.23
Junho 411.95
Julho 417.22
135
Agosto 684.15
Setembro 526.8
Outubro 590.35
Novembro 613.33
Dezembro 447.56
Total 5.988,66
Fonte: Adaptado de Serquip Tratamento de Resíduos Ltda., 2012.
800
700
600
500
Peso (kg)
400
300
200
100
0
aio
lho
ril
o
o
to
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Ju
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M
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Ju
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M
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utr
Ja
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Se
No
De
Figura 49 - Geração de Resíduos de Saúde de Classe “A” nos Estabelecimentos Privados que a
SERQUIP Presta Serviços.
Fonte: Serquip Tratamento de Resíduos Ltda., adptado pelo autor, 2012.
Quadro 10 - Peso total dos resíduos Classe “B”, coletados pela empresa Serquip, no período
de janeiro a dezembro de 2011.
Mês Peso (kg)
Janeiro 2.85
Fevereiro 93.15
Março 27.8
Abril 1.8
Maio 9.4
Junho 6.6
Julho 22.75
Agosto 1.5
Setembro 150.2
Outubro 19.35
Novembro 255.5
136
Dezembro 86.25
Total 677,15
Fonte: Serquip Tratamento de Resíduos Ltda., adptado pelo autor, 2012.
300
250
200
Peso (kg)
150
100
50
0
aio
lho
ril
o
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to
iro
iro
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bro
Ab
nh
br
arç
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Ja
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Se
No
De
Figura 50 - Geração de Resíduos de Saúde de Classe “B” nos Estabelecimentos Privados que a
SERQUIP Presta Serviços.
Fonte: Serquip Tratamento de Resíduos Ltda., adptado pelo autor, 2012.
137
Fonte: Serquip Tratamento de Resíduos Ltda., adptado pelo autor, 2012.
1000
900
800
700
600
Peso (kg)
500
400
300
200
100
0
aio
lho
ril
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Se
No
De
Figura 51 - Geração Total de Resíduos de Saúde nos Estabelecimentos Privados que a SERQUIP
Presta Serviços.
Fonte: Serquip Tratamento de Resíduos Ltda., adptado pelo autor, 2012.
A empresa Bio Resíduos Transportes Ltda. – EPP, conhecida como BioAccess, esta
localizada no município de Cianorte-PR. A empresa iniciou a prestação de serviços para
os estabelecimentos privados de Foz do Iguaçu no ano de 2009.
Presta serviços de coleta, transporte e encaminhamento para tratamento de resíduos de
serviço de saúde em apenas 2 farmácias de Foz do Iguaçu. A empresa coleta resíduos
classe A, B e E.
A BioAccess fornece em forma de comodato aos clientes, tanto de Foz do Iguaçu bem
como os demais, bombonas de polietileno de alta densidade, sendo travada e lacrada no
ato da coleta e disponibilizada outra bombona devidamente higienizada.
A frequência da coleta é mensal e o peso total referente ao período de janeiro a dezembro
de 2011 foi de 11,3 kg, como demonstra o quadro 12 a seguir:
138
Quadro 12 - Geração de resíduos de saúde nos estabelecimentos privados que a BIOACCESS
presta serviços.
MESES Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Cliente I 0 0 0 0 0 0 0 6,8kg 0 0 0 4,5kg
Cliente II (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) 0 0 0
Observação:
1) Os meses contendo 0 (zero), significa que foi passado porém não foi gerado nenhum resíduo da
tipologia;
2) Nos meses identificados com (-), significa que esta empresa ainda não era cliente, sendo
cadastrada em outubro de 2011;
3) Como todos os resíduos coletados são encaminhados para a incineração, a empresa não
realiza e não requisita às contratantes a segregação dos resíduos gerados
Fonte: Bio Resíduos Transportes Ltda - EPP, (BIOACCESS), adaptado pelo autor, 2012.
Muito embora não haja uma campanha sistemática informando aos usuários do SUS para
que devolvam medicamentos obtidos na rede pública e que eventualmente tenham prazo
de validade expirado nos domicílios, as unidades de saúde pública municipais recebem
esses resíduos e os encaminham para a coleta feita pela empresa terceirizada
contratada. No caso de medicamentos obtidos em farmácias os resíduos deverão se
devolvidos pelo consumidor ao estabelecimento comercial da compra.
140
O Município de Foz do Iguaçu executa a coleta de cadáveres de animais de duas formas.
Uma delas é realizada pela empresa terceirizada contratada para coletar os resíduos
sólidos domésticos, e a outra é pelo Centro de Controle de Zoonoses.
Conforme definição pela RDC 306/2004 da ANVISA “cadáveres de animais são os
animais mortos. Não oferecem risco à saúde humana, à saúde animal ou de impactos
ambientais por estarem impedidos de disseminar agentes etiológicos de doenças”. E
ainda, define carcaça de animal como “produtos de retaliação de animais, provenientes de
estabelecimentos de tratamento de saúde animal, centros de experimentação, de
universidades e unidades de controle de zoonoses e outros similares”.
Porém, os cadáveres de animais também podem ser classificados como resíduos
potencialmente infectantes. Segundo a RDC ANVISA N° 306/04 e Resolução CONAMA
358/05: “os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microorganismos de
relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a
estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica devem ser submetidos a
tratamento antes da disposição final”.
O Centro de Controle de Zoonoses de Foz do Iguaçu coleta animais vivos e cadáveres de
cães e gatos. Se o animal apresentar sintomatologia compatível com raiva, ou morrer com
suspeita de, são colhidas amostras de seu sistema nervoso central (SNC) e enviadas
para diagnóstico no Laboratório Central (LACEN) de Curitiba, PR. Porém, antes do
resultado das análises serem concluídas, o cadáver do animal já foi enviado ao aterro
sanitário municipal, em vala específica.
No ano de 2011 foi realizada licitação para a contratação de empresa para prestação de
serviços de coleta dos RSS. O contrato prevê um teto para a quantidade de resíduos
coletados e o pagamento de acordo com a quantidade (peso) coletado mensalmente.
141
Também em 2011, as unidades básicas de saúde implantaram um sistema de controle de
coleta dos RSS onde os mesmos são classificados e pesados no momento da coleta, é
preenchida uma planilha com essas informações e assinada pelo funcionário da empresa
coletora. Ao final do mês a empresa emite um balanço da coleta em cada unidade. O
cruzamento dessas informações (da empresa e das unidades de saúde) permite a
fiscalização do procedimento e o pagamento à empresa contratada.
O contrato com a empresa coletora prevê também a capacitação dos servidores da rede
pública de saúde em gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, como foi descrito
no início. Em novembro de 2011 foi realizada uma capacitação e no mês de março desse
ano de 2012 outras duas, envolvendo mais de 130 servidores. Até o final de 2012 deverá
haver mais 17 capacitações, com estimativa de cerca de 1.200 servidores a serem
capacitados.
No final de 2011 também foi iniciada a elaboração do Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) das 27 unidades básicas de saúde, no modelo
simplificado, que atualmente encontra-se em fase final (devem ser aprovados pela
Vigilância Sanitária no mês de abril/2012). As unidades de assistência especializada UPA
e Pronto-Atendimento do Morumbi I, que requerem o modelo de PGRSS de grande
gerador, estão em fase inicial de elaboração do mesmo.
Após aprovação do PGRSS no órgão sanitário, o mesmo será encaminhado ao Instituto
Ambiental do Paraná (IAP) como documento exigido para a concessão da Licença
Ambiental por aquele órgão. Em nível local, nas unidades de saúde, o PGRSS será
implementado pelo respectivo responsável técnico – processo que envolve nova etapa de
capacitação dos servidores no gerenciamento dos RSS.
Por fim, as adequações necessárias em cada unidade de saúde a fim de que se ajustem
às exigências previstas no PGRSS serão levantadas e executadas pela SMSA, inclusive
quanto aos abrigos externos dos resíduos, projeto que está sendo executado em parceria
com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Obras.
10 RESIDUOS ESPECIAIS
142
10.1 LOGISTICA REVERSA
143
O Município de Foz do Iguaçu não possui sistema efetivo de coleta, tampouco de
fiscalização e controle dos resíduos de pilhas e baterias, em especial as que contenham
em suas composições chumbo, cádmio e mercúrio. Na cidade não existem empresas
especializadas na reutilização, tratamento, reciclagem ou disposição final destes
produtos. Porém, observa-se que algumas empresas apresentam pontos de entrega
voluntária, cumprindo com o dever de recolher o material outrora vendido pelo
estabelecimento comercial, de acordo com a Lei Municipal 2.702/2002, a Política Nacional
de Resíduos Sólidos, sob a Lei 12.305/10 e em conformidade com a Resolução CONAMA
Nº. 401/2008.
As empresas recolhem as pilhas e baterias usadas e através de parcerias com empresas
especializadas em coleta, transporte e destinação final dessa tipologia que fazem a
destinação ambientalmente adequada. Contudo, a coleta desse material é ínfima diante
do montante gerado no município.
Percebe-se a falta de sensibilização da população, que na maioria das vezes, destina
esse tipo de resíduo na coleta convencional de resíduos domésticos, tendo por fim o
aterro sanitário municipal.
Outro agravante é a falta de fiscalização, controle e monitoramento, por parte do
município, quanto ao comércio fronteiriço e a entrada desses produtos em nosso território,
seja por volume ou quantidade. Não se sabe qual o poder de contaminação e o teor de
metais contido nas pilhas e baterias importadas do Paraguai ou Argentina pelo
consumidor iguaçuense e não estão enquadradas na resolução Conama 257.
Segundo a ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, existem
tecnologias que permitem que cerca de 95% dos componentes da bateria sejam
reciclados.
Diante de panorama acima exposto, o município poderá intermediar um sistema de coleta
de pilhas e baterias que não se enquadrem no programa de logística reversa. Todavia,
manterá a fiscalização do sistema logística reversa em âmbito municipal, que obriga o
fabricante, comerciante e consumidor a dar destino correto ao lixo especial ou lixo
eletrônico, conforme determina a Lei Federal N. 12305/2010 e a resolução CONAMA 257
de 30 Junho de 1999, onde afirma que os produtores e distribuidores de pilhas e baterias
são responsáveis pela adoção dos procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento
ou disposição final ambientalmente adequada. Salienta-se que as pilhas e baterias
144
provenientes do Paraguai, Argentina ou de outros países, serão recolhidas pelo sistema
de coleta paralelo ao sistema de coleta da logística reversa. Ver Apêndice 05 - Projeto
Pilhas e Baterias.
A exemplo das pilhas e baterias não há programa municipal específico para a coleta dos
resíduos de lâmpadas, porém constata-se que há alguns pontos de entrega voluntária em
pontos comerciais da cidade que buscam atender a legislação da logística reversa.
Verifica-se também a disposição destes materiais para a coleta convencional de resíduos
domésticos do município, cuja destinação final é promovida pela concessionária de
limpeza pública ao Aterro Sanitário Municipal.
Algumas das empresas do município dispõem de pontos de entrega voluntária de
lâmpadas e destinam as mesmas para a empresa Ambiensys Gestão Ambiental – Bulbox,
de Curitiba-PR que faz a descontaminação das lâmpadas. Ver Apêndice 06 Projeto
Lâmpadas Fluorescentes.
Percebe-se que o recolhimento destes resíduos vem sendo realizado por empresas
especializadas tais como a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Industriais e
Comerciais Ltda. (CETRIC) de Chapecó-SC, Grupo Taborda de Mandirituba-PR, Sabiá
Ecológico de Francisco Beltrão-PR, dentre outras.
145
empresas no ato da entrega recebem a declaração de recebimento, essa declaração tem
como função controlar a origem de pneus inservíveis, conforme exigência da
RECICLANIP e da Prefeitura de Foz do Iguaçu.
Estima-se que esse ponto de coleta armazene mensalmente cerca de 96.000 kg de pneus
inservíveis, que a cada 12.000kg são enviados à empresa Votorantin, em Rio Branco do
Sul- PR, para co-processamento em fornos de clínquer, como combustível alternativo em
substituição ao coque de petróleo.
Percebe-se a que o gerenciamento desses resíduos, em parte, esta em conformidade
com o artigo 27 do Decreto Estadual nº 6674/2002 e Lei Federal 12.305/10, em
consonância com a Resolução n°. 416/09 do CONAMA.
146
Comprovadamente não existe no Município de Foz do Iguaçu um Plano de Ação efetivo e
sistemático para a coleta, transporte e destinação final adequada dos resíduos
provenientes dos equipamentos eletrônicos em geral. Tais resíduos são considerados
poluidores em potencial e têm como destino o aterro sanitário, prejudicando sobremaneira
sua vida útil, além de causar danos consideráveis ao meio ambiente.
A inexistência do monitoramente, por parte da Secretaria de Meio Ambiente e Obras
impossibilita a quantificação e a qualificação destes resíduos. Todavia, fica fácil imaginar
uma alta demanda reprimida, tendo em vista que em dois eventos ocorridos na cidade
foram recolhidos aproximadamente 16 toneladas, num período de três dias. Cabe
ressaltar que os resíduos foram entregues voluntariamente nos pontos de coleta e
destinado à empresa Nova Cascavel, de Cascavel, devidamente licenciada, especializada
na coleta, transporte e reciclagem do lixo eletrônico.
A problemática se amplia à medida que muitos moradores do município adquirem
produtos eletrônicos na CIldad Del Este PY, produtos estes muitas vezes não fiscalizados
ou cadastrados e desse modo, não sujeitos a legislação brasileira.
11 RESÍDUOS INDUSTRIAIS
147
De acordo com os dados coletados e em consonância com a Classificação Nacional de
Atividades Econômicas - CNAE, encontram-se no município 429 empresas com perfil
industrial. Os dados são demonstrados no Quadro 14
Quadro 14 - Relação dos estabelecimentos com perfil industrial, de acordo com as atividades
classificadas pela CNAE.
CNAE DENOMINAÇÃO QUANT.
1012-1/01 Abate de aves 1
Alvejamento, tingimento e torção em fios, tecidos, artefatos têxteis e peças
1340-5/02 1
do vestuário
Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as
1412-6/01 27
confeccionadas sob medida
1411-8/01 Confecção de roupas íntimas 7
1413-4/01 Confecção de roupas profissionais, exceto sob medida 3
1412-6/02 Confecção, sob medida, de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 51
1413-4/02 Confecção, sob medida, de roupas profissionais 1
0810-0/06 Extração de areia, cascalho ou pedregulho e beneficiamento associado 1
0810-0/09 Extração de basalto e beneficiamento associado 1
0600-0/03 Extração e beneficiamento de areias betuminosas 2
Extração e britamento de pedras e outros materiais para construção e
0810-0/99 2
beneficiamento associado
148
1113-5/02 Fabricação de cervejas e chopes 1
2610-8/00 Fabricação de componentes eletrônicos 2
1032-5/99 Fabricação de conservas de legumes e outros vegetais, exceto palmito 1
Fabricação de equipamentos e acessórios para segurança pessoal e
3292-2/02 1
profissional
1095-3/00 Fabricação de especiarias, molhos, temperos e condimentos 1
Fabricação de esquadrias de madeira e de peças de madeira para
1622-6/02 1
instalações industriais e comerciais
2512-8/00 Fabricação de esquadrias de metal 18
2511-0/00 Fabricação de estruturas metálicas 2
Fabricação de estruturas pré-moldadas de concreto armado, em série e sob
2330-3/01 5
encomenda
2733-3/00 Fabricação de fios, cabos e condutores elétricos isolados 1
Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e secar para uso
2751-1/00 1
doméstico, peças e acessórios
Fabricação de geradores de corrente contínua e alternada, peças e
2710-4/01 1
acessórios
Fabricação de letras, letreiros e placas de qualquer material, exceto
3299-0/03 6
luminosos
149
2622-1/00 Fabricação de periféricos para equipamentos de informática 1
Fabricação de produtos cerâmicos não-refratários não especificados
2349-4/99 1
anteriormente
2341-9/00 Fabricação de produtos cerâmicos refratários 1
2062-2/00 Fabricação de produtos de limpeza e polimento 2
Fabricação de produtos de padaria e confeitaria com predominância de
1091-1/02 48
produção própria
1091-1/01 Fabricação de produtos de panificação industrial 1
Fabricação de produtos de papel para uso doméstico e higiênico-sanitário
1742-7/99 1
não especificados anteriormente
Fabricação de produtos de pastas celulósicas, papel, cartolina, papel-cartão
1749-4/00 1
e papelão ondulado não especificados anteriormente
2592-6/01 Fabricação de produtos de trefilados de metal padronizados 1
1093-7/01 Fabricação de produtos derivados do cacau e de chocolates 3
3299-0/99 Fabricação de produtos diversos não especificados anteriormente 7
1053-8/00 Fabricação de sorvetes e outros gelados comestíveis 7
150
12.1 DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Os RCC gerados no município possuem duas fontes distintas. Uma das fontes são as
obras públicas e privadas realizadas dentro do perímetro do município que segundo os
dados registrados no aterro sanitário representam aproximadamente 89,8 % dos RCC
dispostos no aterro, algo entorno de 6395,3 toneladas mês. A outra fonte é a Usina
Hidrelétrica de Itaipu que representa aproximadamente 10,2 % dos RCC dispostos no
aterro, cerca de 653,7 toneladas mês. Conforme figura 54.
Município
Usina de Itaipu
653,7
ton/mês;
10,2%
Como alternativa para a disposição final de RCC, existe no município algumas empresas
que reciclam agregados da construção civil e os aproveitam como insumos de seu
processo produtivo, porém a capacidade de reciclagem dessas empresas ainda
representa uma pequena parcela dos resíduos gerados no município.
152
Figura 55 - Célula RCC Recicláveis Como Agregados, 2012
As cargas de resíduos inertes que chegam ao aterro conforme pode ser visualizado na
Figura 56, e que possuem alta ou total concentração de solo são separadas e utilizadas
na cobertura das células, juntamente com o solo retirado da jazida.
153
Figura: 57 - Célula de RCC com Materiais Diversos, 2012
155
O Departamento de Coleta Seletiva possui uma divisão responsável pelo
acompanhamento dos programas de gerenciamento de resíduos recicláveis com base na
Lei Estadual 12.493/99 e Lei Federal 12.305/10, onde estabelece princípios,
procedimentos, normas e critérios referentes à geração identificação, segregação,
acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte e destinação final de todos os
resíduos produzidos nos empreendimentos, visando controle da poluição, contaminação e
a minimização de seus impactos ambientais, desta forma disciplinando a coleta seletiva.
As ações da divisão visam consolidar o programa de coleta seletiva o qual prevê que os
grandes geradores de resíduos sólidos devem apresentar o plano de gerenciamento de
resíduos sólidos – PGRS que se constitui num documento integrante do sistema de
gestão ambiental, baseado nos princípios da não geração e da minimização da geração
de resíduos, aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, tanto interno quanto
externo.
O PGRS depois de elaborado pelo gerador dos resíduos é submetido a análise da
secretaria municipal de meio ambiente e obras para sua fiscalização, aprovação e laudo
final.
A finalidade do PGRS é dotar o empreendimento de instrumento que possibilite a
diminuição ou minimização dos resíduos na fonte, adequar à segregação na origem,
controlar e reduzir os riscos ao meio ambiente e assegurar o correto manuseio e
disposição final em conformidade com a legislação vigente. Tais ações possibilitam a
ampliação da vida útil do aterro sanitário preservando e mantendo o ambiente natural e
urbano, mantendo e melhorando a imagem da cidade para os cidadãos residentes e
milhares de visitantes que movimentam a economia da região, aproveitando ao máximo
todos os materiais que possam ser encaminhados para a reciclagem criando alternativa
de emprego e renda para a população de modo a garantir vida digna a partir de atividades
relacionadas com a coleta de materiais recicláveis.
O contribuinte tem acesso a esclarecimentos pertinentes e instruções para elaboração do
PGRS pelo site da prefeitura por meio do link Secretaria do Meio Ambiente e Obras –
Departamento de Coleta Seletiva e quando solicitado agendamento de palestras pela
equipe de Educação Ambiental do Município.
De acordo com dados fornecidos pela Divisão de Coleta Seletiva, no ano de 2005 a
prefeitura começou a notificar as empresas geradoras de resíduos quanto à necessidade
de apresentação dos seus respectivos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos –
156
PGRS. Até o final de 2011 foram emitidas 6.788 (Seis mil Setecentas e Oitenta e Oito)
notificações, sendo que neste mesmo período, foram protocolados na Prefeitura um
total de 2.062 (Dois Mil e Sessenta e Dois Projetos) projetos, ou seja, um percentual de
30% de notificações atendidas.
A Divisão da Coleta Seletiva que é responsável pela emissão das notificações,
fiscalização e aprovação dos projetos protocolados na prefeitura, dispõem de um quadro
defasado tanto na estrutura física quanto na funcional, já que tem a disposição apenas um
funcionário para a realização de todos os trabalhos, fato que compromete
significativamente o funcionamento do setor.
157
Como demonstrativo da nova proposta de gestão da divisão de coleta seletiva, foi
elaborado um fluxograma conforme demonstrado na Figura 59
158
14 UNIDADE DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
O Aterro Sanitário de Foz do Iguaçu, localizado entre os bairros Porto Belo e Jardim
Califórnia, ao Sul com Latitude 25º27’46 ", e a Oeste com Longitude 54º36’22", ocupa
uma área total de 389.737,44 m², sendo sub-dividido em espaços próprios para cada tipo
de atividade, conforme tabela 21.
159
O Aterro Sanitário de Foz do Iguaçu, localizado na porção noroeste da cidade entre os
bairros Porto Belo e Jardim Califórnia ocupa uma área de 389.737,44 m², iniciou sua
operação de forma licenciada em Abril de 2001, e recebe exclusivamente os resíduos
gerados na própria cidade.
160
Há um sistema de drenos e coletores internos para a coleta e condução dos líquidos
percolados até o sistema de tratamento de efluentes. Este sistema é formado por drenos
principais, secundários e periféricos sobre a impermeabilização de base.
A construção dos drenos é gradual, de acordo com o avanço das frentes de trabalho. Os
gases gerados pela decomposição dos resíduos são, por sua vez, conduzidos por drenos
verticais.
Os caminhões que adentram no Aterro são previamente pesados para controle e emissão
de relatórios. Os resíduos são depositados nas células de tratamento, onde são
espalhados, compactados e cobertos diariamente com camadas de solo.
Nesta etapa é realizado o controle dos veículos que ingressam ao aterro, quanto à fonte
geradora, à tipologia e a quantidade de resíduos. Os caminhões são pesados e todos os
161
dados são armazenados no controle da empresa responsável pela manutenção do aterro
e posteriormente encaminhados por relatórios à PMFI.
Os taludes e células encerradas, que não sofrerão mais alterações de sua geometria em
função da evolução do aterro, recebem camada de cobertura de 0,50 m de solo argiloso,
além de vegetação com gramíneas.
162
14.2 PROGNÓSTICOS DA UNIDADE DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL
DE RESÍDUOS SÓLIDOS – ATERRO SANITÓRIO
15 PASSIVO AMBIENTAL
163
O Bairro denominado Arroio Dourado representa atualmente, devido ao seu histórico, um
proeminente quadro de passivo ambiental, pois, como serviu de “lixão” para o município
por volta de 3 décadas, apresenta fortes indícios de risco ao meio ambiente e a
comunidade em seu entorno.
O antigo lixão de resíduos urbanos e hospitalares possui uma área total de 145.981,94
m². O inicio do uso da área para a disposição de resíduos deu-se na década de 60, e seu
encerramento no ano de 1992. Nos anos 60 a população total do município era de 28.080
habitantes, aumentando consideravelmente para 190.195 habitantes em 1991 e 231.596
no censo realizado em 1996. Com o aumento da população, houve o aumento da
produção de lixo, tornando-se pequena a área para disposição. A imagem abaixo remonta
desde 1977 ao ano de 2010 representando o histórico de utilização da área.
164
Figura 61 – Histórico de utilização do Lixão do Arroio Dourado
Fonte: PMFI, 2011 (Acervo técnico Prefeitura Municipal, adaptado pelo autor)
Esta área de 43.322,85 m², não foi utilizada para a disposição de lixo, mas para manter
uma balança e uma pequena jazida que serviu como material de cobertura.
166
15.1.1.3 Ocupação Irregular
167
Figura 64 – Esgotamento a céu aberto
Fonte: PMFI, 2011 (Acervo técnico Prefeitura Municipal).
168
Figura 67 – Residência sobre antiga célula de disposição de resíduos
Fonte: PMFI, 2011 (Acervo técnico Prefeitura Municipal).
169
16. ASPECTOS FINANCEIROS
A taxa de coleta de lixo é calculada anualmente com base no cálculo do
custo para a execução e manutenção dos serviços, para cada unidade imobiliária e
levando em consideração a função do uso (domiciliar e não domiciliar), a frequência
(coleta diária, coleta em dias alternados e coleta de três em três dias) e por rateio e
metragem quadrada de forma escalonada, podendo ser verificado nas Tabelas 22,
23, 24 e 25
A taxa tem como base o que dispõe no artigo 552 da Lei Complementar nº
082/2003 e consolidada pelo Decreto nº 19.937/2010:
Receita
10.000.000,00
8.000.000,00
Valor (R$)
6.000.000,00
4.000.000,00
2.000.000,00
0,00
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Limpeza e conservação 634.045,6 691.322,0 769.962,5 806.592,9 90.732,75 1.086.083 1.243.539 1.530.752
Coleta Lixo 2.322.702 2.340.158 3.007.879 3.250.383 488.479,9 6.123.977 5.014.362 8.380.529
171
Figura 68: Receita da Coleta de Lixo e Limpeza e Conservação
Fonte: PMFI, 2012
R$ 20.000.000,00
R$ 18.000.000,00
R$ 16.000.000,00
R$ 14.000.000,00
R$ 12.000.000,00
R$ 10.000.000,00 Receita
R$ 8.000.000,00
Despesa
R$ 6.000.000,00
R$ 4.000.000,00
R$ 2.000.000,00
R$ -
2006 2007 2008 2009 2010 2011
ANO
Parâmetros:
172
𝛼 = 𝑚2 (á𝑟𝑒𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢í𝑑𝑎)
𝛽 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝛿 = 𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜
𝑥 = 𝑍𝑜𝑛𝑒𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑦 = 𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎
𝑧 = 4,5% 𝑑𝑎 𝑈𝐹𝐹𝐼
Para a atividade será criado um índice para cada atividade considerando as informações
obtidas pelos PGRS apresentados a PMFI. Para a criação do índice será tabulado os
dados e através da média dos dados obtidos através das informações fornecidas no
PGRS. Essa media gera um indicativo que será variável de menor que 1 bem como igual
ou maior que 1 (< 1 >).
Potencial de geração e o dispositivo de segurança, pois se dentro da mesma atividade e
porte(m²) o gerador utiliza de área não caracterizada como do imóvel ou não seja usada
nos cálculos da metragem quadrada da mesma. Ex.: atividade desenvolvida no centro da
cidade e que a noite utiliza das via publica para colocação de mesas, aumentando assim
sua área de atividade e consequente maior geração de resíduos. Para o potencial de
geração o indicativo deve ser igual a 1 ou >1. Fator que será aplicado conforme
avaliações periódicas e in loco dos PGRS e através da fiscalização.
Para cada zoneamento conforme sua característica é atribuído um valor de acordo com a
vocação do mesmo que em virtude desta gera maior volume de resíduos. Valor igual ou
superior a 1
Conforme a frequência de coleta será atribuído um valor sempre superior a 1
Ex.: Coleta realizada de Três em Três dias = 1,1
Coleta realizada em dias alternados = 1,2
Coleta realizada 6 dias por semana = 1,3
A percentagem de 4,5 da UFFI, equivale ao valor atualmente utilizado para cobrança da
taxa de coleta de lixo para as áreas não residenciais com área de até 200 m². O valor da
taxa passa a ser com início da base de calculo 70m² e assim aplicado para cada metro
quadrado.
173
Para o cálculo da Taxa de Coleta de Resíduos são disponibilizados indicadores que
podem compor a mesma sendo estes utilizados para diferenciar a mesma conforme a
localização, periodicidade da coleta e dimensões do imóvel e edificação.
Parâmetros:
𝑚2
𝛼= (á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 100)
100
𝑚2
𝛽= (á𝑟𝑒𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢í𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 100)
100
𝛿 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠
𝑥 = 𝑍𝑜𝑛𝑒𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑦 = 𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎
𝑧 = 40 % 𝑑𝑎 𝑈𝐹𝐹𝐼
174
175
17. ASPECTOS LEGAIS
A legislação Brasileira pertinente a resíduos sólidos avança no sentido do
possibilitar para que o agente público possa melhorar a atuação de forma
sustentável na execução dos serviços de limpeza pública e saneamento. Nesses
avanços a mesma traz referências para a responsabilidade e responsabilização dos
grandes geradores de resíduos, bem como das políticas privadas a serem adotadas
pelos mesmos.
Sendo a Educação Ambiental destacada de forma mais ampla envolvendo
assim ações dos grandes geradores e do poder público municipal.
A Lei Federal nº 11.445/2007 – Estabelece as diretrizes nacionais para o
saneamento básico e a Lei Federal nº 12.305/2010 – Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos. As duas leis instituem as diretrizes norteadoras dos serviços de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, tratando dos princípios, objetivos,
instrumentos, definições e conceitos.
Para que seja orientada a correta destinação dos diversos resíduos gerados
pela atividade humana, tornam-se extremamente necessária a regulamentação por
parte do município, onde a atividade é iminente, através dos mais diversos
instrumentos legais que possam atingir todos os setores.
Para a regulamentação será analisadas a legislação do Município, em
paralelo com a legislação e normas tanto da esfera Estadual e Federal, bem como
as Normas e Resoluções que compões o SISNAMA – Sistema Nacional de Meio
Ambiente.
Na sequência está a relação das Leis, Decretos e Resoluções, federais ,
estaduais e municipais hoje em vigência e os temas os quais abordam.
Quadro 15 – Leis Federais
Lei Súmula
Lei nº 6.938, de 31 de agosto de Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
1981. mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional
de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art.
21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de
março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
1998 atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de
Educação Ambiental e dá outras providências.
Lei nº 9.966, de 28 de abril de 2000. Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada
por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em
176
águas sob jurisdição nacional e dá outras providências.
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis
2007. nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990,
8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a
Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências.
Lei nº 12.305, de 2 de agosto de Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12
2010. de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
Lei nº 16.075, de 01 de abril de 2009 Proíbe o descarte de pilhas, lâmpadas fluorescentes, baterias de telefone
celular e demais artefatos que contenham mercúrio metálico em lixo
doméstico ou comercial, conforme especifica e adota outras providências.
Lei nº 16.240, de 30 de setembro de Dispõe que a SANEPAR só poderá instituir cobrança pela prestação de
2009 serviços públicos de abastecimento de água, de saneamento e de resíduos
sólidos, se efetivamente executar tais serviços, conforme especifica e adota
outras providências.
Lei nº 16.242, de 13 de outubro de Cria o Instituto das Águas do Paraná, conforme especifica e adota outras
2009 providências.
Lei nº 16.393, de 02 de fevereiro de Institui, no Estado do Paraná, o Programa de Incentivo à reciclagem do
2010 óleo de cozinha para a produção de Biodiesel, através da desoneração
178
progressiva no pagamento de impostos estaduais, conforme especifica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
_______, Lei Federal Nº7. 802, de 11 de julho de 1989. Dispõe sobre a pesquisa, a
experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a
classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus
componentes e afins, e dá outras providências. Brasil, 1989.
182
_______, Decreto Federal Nº6. 017/2007 – de 17 de janeiro de 2007. Regulamenta
a Lei no 11.107, de 06 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de
contratação de consórcios públicos. Brasil, 2007.
_______, Lei Federal nº. 8.666/93, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37,
inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública. Alterada pela Lei 8.883, de 8 de junho de 1993 e pela lei
8.987, de 12 de fevereiro de 1995, esta ultima dispondo sobre o regime de
concessão e permissão da prestação de serviços públicos previstos no art.l 175 da
Constituição Federal. Brasil, 1993.
183
_______, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 257, de 30 de
junho de 1999. Dispõe sobre procedimentos especiais ou diferenciados para
destinação adequada quando do descarte de pilhas e baterias usadas, para evitar
impactos negativos ao meio ambiente. CONAMA, 1999.
184
_______, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 330, de 25 de Abril
de 2003. Institui a Câmara Técnica de Saúde, Saneamento, Ambiental e Gestão de
Resíduos. CONAMA, 2003.
185
_______, Decreto Estadual Nº. 3.876, de 20 de setembro de 1984.
Regulamentação da situação dos agrotóxicos. Paraná, 1984.
186
______, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná. Resolução
Conjunta N° 006, de 02 de maio de 2001. Dispõe sobre a importação e exportação
de resíduos no território do Estado do Paraná. SEMA, 2001.
__________. Carta da Terra. Rio – 92, Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento,1992.
187
ANEXOS
188
ANEXO 1 – CONTROLE MENSAL DE PESO DA COLETA SELETIVA
Controle Mensal de Peso Coleta Seletiva set/11
Dia Peso Liquido (ton) Dia Peso Liquido (ton) Dia Peso Líquido (ton
Dia Noite Dia Noite Dia Noite
1 0,95 11 21 1,25
2 12 22
3 13 1,3 23 1,35
4 14 24
5 5,05 1,56 15 1,23 25
6 16 26 0,9
7 17 27 1,55
8 18 28
9 1,65 1,1 19 1,45 1,44 29 1,1
10 20 30 1,35
Soma 7,65 2,66 Soma 3,98 1,44 31
Soma 6,6 0,9
18,23 5
Total no mês (Ton)
23,23
Fonte: Vital, 2011.
189
ANEXO 2 – PONTOS DE COLETA SELETIVA
Frequencia Tur
Nº Nome Endereço Bairro Contenedor
Coleta no
1 Capitão Bar Av. Jorge Schimmelpfeng Centro 10 Diária Dia
Cataratas do Iguaçu
2 BR 469, Km 18 Parque Nacional 28 3º, 5º e sáb Dia
S/A
Centro de Rodovia
3 Av. das Cataratas 2 Diária Dia
Convenções Cataratas
Av Republica Argentina,
4 Colégio Adventista Centro 2 5º Dia
530
5 Foz Tintas Rua Santos Dumont, 1435 Centro 2 2º, 4º e sexta Dia
6 Helisul Táxi Aereo Av. das Cataratas, s/n Parque Nacional 2 2º, 4º e sexta Dia
7 Hospital Municipal Av.Paraná, s/n Centro 1 Diária Dia
8 Irmaos Rafgnin Ltda Rua Santos Dumont, 1489 Centro 7 2º, 4º e sexta Dia
Macuco Safari Parque Nacional do
9 Pq. Naional 2 Diária Dia
Aventura Iguaçu
10 Parque das Aves Av. das Cataratas Pq. Nacional 3 Diaria Dia
Parque Nacional
11 Pq. Nacional do Iguaçu Pq. Nacional 8 Diária Dia
(Administraçao)
Prefeitura Municipal
12 Av. JK Centro 3 Diária Dia
de Foz do Iguaçu
Tribunal Regional
13 Av. Costa e silva Centro 2 3º, 5º e sáb Dia
Eleitoral
Vital Engenharia
14 Rua Mato Grosso, 1554 Vila Maracana 2 3º, 5º e sáb Dia
Ambiental
Total Outras
14 74
Unidades
Bourbon Cataratas R. das
15 Av das Cataratas Km 2,5 13 Diária Dia
Resort e Convention Cataratas
16 Hotel Mabu Av das Cataratas, s/n R. das 2 Diaria Dia
Cataratas
17 Hotel Panorama Av. das Cataratas km 6 R. das 8 Diária Dia
Tropical Cataratas Cataratas
Rodovia das
18 Av das Cataratas, s/n Diária Dia
Eco Resort Cataratas
Total de Hoteis 4 38
Condomínio
19 Rua David Cordeiro, 988 Jd. Panorama 2 2º, 4º e sexta Dia
Horizontal West Side
20 Condominio Ypacarai Rua Mato Grosso, 125 Vila Maracana 2 2º, 4º e sexta Dia
Condominio Mega
21 Rua Oswaldo Goch, 1190 Jd. Dona Leila 15 2º, 4º e sexta Dia
Ville
Condominio esidencial
22 Rua Mato Grosso, 89 Vila Maracana 4 2º, 4º e sexta Dia
Cora Coralina
Condomínio
23 Rua Acácio Pedroso, 215 Jd. Iguaçu 10 2º, 4º e sexta Dia
Residencial Idaville I
Condominio
Pilar Pq
24 Residencial Parque Av Araucária, 331 10 3º, 5º e sáb Dia
Campestre
Campestre
Condominio
25 Rua Mato Grosso, 159 Vila Maracana 4 2º, 4º e sexta Dia
Residencial Itatiaia
Condominio
26 Rua Guido Welter Centro 4 2º, 4º e sexta Dia
Residencial Marine
Condominio Rua Padre Bernardo
27 Polo Centro 2 3º, 5º e sáb Dia
Residencial Ouro Fino Plate, 902
Condominio
28 Residencial Ouro Av. Parana, 720 Centro 2 3º, 5º e sáb Dia
Preto
Condominio
29 Rua Rodolfo Amoedo, 371 Conj. Plaza 1 3º, 5º e sáb Dia
Residencial Plaza
Condominio
30 Residencial Solar das Av. Parana, 2304 Centro 2 3º, 5º e sáb Dia
Laranjeiras
Total de
12 58
Condominios
Total Geral 30 170
Fonte: Vital, 2011.
190
ANEXO 3 – DEMAIS PONTOS DE COLETA SELETIVA
Frequência
Nº Nome Endereço Bairro Contenedor Turno
Coleta
31 Country Clube Rua Castelo Branco Centro 3 Diária Noite
34 Internacional Disco Club Rua Almirante Barroso, 2006 Centro 2 Diária Noite
43 Hotel Foz Plaza Rua Marechal Deodoro, 1819 Centro 2 Diária Noite
44 Hotel Foz Presidente Rua Marechal Floriano, 1000 Centro 1 Diária Noite
45 Hotel Internacional Av. Almirante Barroso, 2006 Centro 15 3º, 5º e sáb Noite
Rua Bartolomeu de Gusmao,
46 Hotel Jum Palace Centro 2 Diária Noite
884
47 Hotel Taroba Rua Taroba Centro 2 Diária Noite
49 San Juan Hotel Rua Marechal Deodoro, 1349 Centro 2 Diária Noite
50 Total de Hotéis 8 27
Condominio Residencial Vila
51 Rua Mato Grosso 4 Diária Noite
Mirafiori Maracana
Condominio Foz
52 Rua santos Dumont,1085 Centro 1 Diária Noite
Residence
53 Condominio Las Hadas Av. Jorge Schimmelpfeng, 355 Centro 5 Diária Noite
Condominio Portal das
54 Rua Joege Sanwais, 100 Centro 2 Diária Noite
Americas
Cond. Residencial Falls
55 Rua Mal. Floriano Peixoto, 663 Centro 3 Diária Noite
Garden
Cond. Residencial Água
56 Rua D. Pedro II, 606 Centro 2 Diária Noite
Grande
Cond. Res. Cassino
57 Rua Antonio Raposo, 350 Centro 1 Diária Noite
Iguaçu
Cond. Residencial
58 Rua Jorge Sanways, 427 Centro 2 Diária Noite
Castelo Real
Cond. Residencial Di
59 Rua Jorge Sanways, 1265 Centro 4 Diária Noite
Cavalcanti
Cond. Residencial
60 Rua Almirante Barroso, 785 Centro 3 Diária Noite
Fontane Blue
Cond. Residencial Ilie
61 Rua Bartolomeu de Gusmao, 1914 Centro 2 Diária Noite
de France
Cond. Residencial
62 Rua Pedro Basso, 218 Centro 1 Diária Noite
Imperatriz
Cond. Residencial
63 Rua Xavier da Silva, 217 Centro 3 Diária Noite
Missoes
Cond. Residencial
64 Rua Naipi, 745 Centro 3 Diária Noite
Monte Carlo
Cond. Residencial Vila
65 Rua das Missoes, 987 Torre I Centro 2 Diária Noite
Sorrento
191
Cond. Residencial
66 Rua Edmundo de Barros, 544 Centro 2 Diária Noite
Vivaldi
Cond. Residencial Vila
67 Rua Mato Grosso 4 Diária Noite
Itatiaia Maracana
Cond. Residencial Cora Vila
68 Rua Mato Grosso 4 Diária Noite
Coralina Maracana
Cond. Residencial
69 Rua das Missoes Centro 2 Diária Noite
Ipacarai
Cond. Residencial
70 Av. República Argentina Jd. Dona Leila 11 Diária Noite
Mega Vila
Condominio Residencial Jd
71 Rua das Missoes 0 Diária Noite
Rafini Festugato
Condominio Vila
72 Rua Castelo Branco, s/n Centro 2 Diária Noite
Frascati
Total de Condominios 22 63
E. Est. Ulysses Jd.
73 Rua Bartolomeu de Gusmao 7 Diária Noite
Guimaraes Panorama
74 Total escolas Estaduais 1 7
192
ANEXO 1 – TOTAL DE RESÍDUOS ACONDICIONADOS NO ATERRO SANITÁRIO DE FOZ DO IGUAÇU ENTRE OUT/2001 A
NOV/2011 (TON)
Resíduos Sólidos
14993,30 58.761,04 56.841,99 58.970,17 62.014,08 66.510,19 64.684,57 66.452,55 67.175,97 72.219,63 68.189,63 655.035,54
Domiciliares/Comercial
Resíduos Sólidos Inertes 2.903,73 33.608,34 56.962,88 65.139,34 27.824,86 26.257,24 20.086,35 24.550,42 19.785,46 17.128,80 16.387,94 310.635,36
Resíduos Sólidos de Particulares 9.681,04 42.828,74 16.154,90 15.206,10 18.251,88 19.449,71 21.152,85 22.739,92 21.652,68 32.694,46 71.074,17 290.886,45
Resíduos Sólidos de Poda e
******* ******** 1.231,79 4.653,54 2.842,56 4.477,30 3.670,78 3.853,29 4.112,44 3.710,77 2.994,78 29.547,27
Jardinagem
Total de resíduos acondicionados (ton) 1.286.104,62
Fonte: Vital, 2011.
193
ANEXO 5 – CONTEÚDO BÁSICO PARA A ELABORAÇÃO DO PGRS
A - Descrição do empreendimento ou atividade
1 - Identificação do Gerador.
a) Razão Social.
b) CNPJ.
c) Nome Fantasia.
d) Tipo de Atividade (ramo de atividade)
e) Endereço.
f) CEP.
g) Telefone.
h) E-mail.
i) Área Total do Estabelecimento.
j) Numero total de funcionários.
k) Responsável legal.
l) Responsável técnico pelo PGRS.
B - O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos deverá conter:
1 - Apresentação.
2 - Objetivos.
3 - Legislações aplicáveis.
4 - Manejo, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos.
5 - Classificação e quantificação dos resíduos.
6 - Segregação.
7 - Identificações dos resíduos.
8 - Coleta e transporte interno.
9 - Acondicionamento e transporte externo.
10 - Plano de contingência.
11 - Logística de movimentação dos resíduos.
12 - Administração e responsabilidade.
13 - Projeto de educação ambiental.
14 - Programa de redução na fonte geradora.
15 - Forma de acondicionamento dos resíduos.
16 - Transporte interno dos resíduos.
17 - Área de armazenamento.
18 - Coleta/Transporte Externo.
19 - Fluxograma que identifique a gestão dos resíduos gerados na atividade.
20 - Planta baixa do empreendimento com locação das lixeiras e da área
destinada ao acondicionamento final dos resíduos.
C – Anexos:
1. Termo de compromisso com empresa coletora de materiais recicláveis.
2. Termo de compromisso com empresa coletora de resíduos perigosos.
3. Cópia do licenciamento ambiental das empresas coletoras.
4. Documento que aponte a responsabilidade técnica do responsável pelo
PGRS.
D – Atualizações
194
• A empresa deverá manter seu PGRS atualizado junto ao órgão
ambiental responsável pela gestão dos projetos, anexando anualmente
cópia dos comprovantes (notas e/ou recibos) provenientes da
destinação ambientalmente adequada de cada tipo de resíduo gerado
na atividade.
195
APÊNDICE
196
APÊNDICE 1 - PROJETO DE GERENCIAMENTO DE MÓVEIS
INSERVÍVEIS “CATA TRALHA”
1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
2 DIAGNÓSTICO
3 OBJETIVOS
197
Recolhimento pela Prefeitura, de móveis inservíveis evitando a disposição
inadequada, encaminhando-os para a reutilização e ou destino final correto;
Firmar parcerias com entidades e instituições públicas ou privadas visando o
aproveitamento máximo destes materiais.
4 PROCEDIMENTOS
5 RESPONSABILIDADES
198
Garantir que estes materiais sejam prioritariamente reformados e reutilizados e
doados a pessoas carentes;
Fiscalizar a execução do serviço de coleta, bem como a destinação dos resíduos;
5.2 MUNÍCIPES
6 FLUXOGRAMA
Centro de triagem
Encaminha
7 POSSIVEIS PARCEIROS
199
8 FONTES DE DADOS
200
APÊNDICE 2 – PROJETO DE COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
RECICLÁVEIS
1 JUSTIFICATIVA
2 METODOLOGIA
201
2.1.1 Coleta Mecanizada no Quadrante Central e Vila Portes
Para implantação desta coleta foram elencadas duas áreas prioritárias, com a
existência de uma grande concentração de imóveis residenciais e pequenos
comércios, e as principais avenidas da cidade que também obedecem a este perfil e
estão ilustradas na figura 70.
As áreas prioritárias foram destacadas a fim de atender de forma mais condizente as
necessidades dos contribuintes das regiões. Para priorização das áreas foram
utilizados dados do reconhecimento geográfico produzido pelo Centro de Controle
de Zoonoses em 2006, conforme quadro 1.
Todo o material reciclável coletado, quando conveniado como o poder público,
deverá ser entregue nos centros de triagem das cooperativas e/ou associação de
catadores, devidamente regulamentadas pelo poder público municipal, obedecendo
a calendário pré-estabelecido entre a concessionária e os envolvidos no setor.
202
MAPA DE FOZ DO IGUAÇU
RICC
AV.
IERI
JOÃ
MAR
O
AN
AV. SILVIO
A. SASDELLI
VILA
PORTES
AV
AV . PARAN Á
.M
AV . JOS É
M. B.
ÁR
AV. J K
IOFILHO
AV
.
CA
TA
RA
TA
S
AV. MORENITAS
203
Modalidade A: Coleta Seletiva Mecanizada utilizando caminhões com dispositivos
específicos, como baús abertos ou fechados, ou caminhões híbridos (que promovem
simultaneamente a coleta de todo lixo comum e material reciclável) dando uma
cobertura em 100% dos imóveis na área de abrangência, podendo ser uma coleta
diária ou de acordo com a demanda.
204
Figura 3 Modelo de Coleta com uso de Contêineres:
3 PROCEDIMENTOS
206
Atender as exigências contratuais inerentes a manutenção de equipamentos,
veículos, EPIs e investimentos em recursos humanos.
Destinar todo material coletado à cooperativa de catadores, obedecendo a criterioso
cronograma estabelecido pelas partes envolvidas.
Fornecer relatórios mensais do trabalho efetuado.
Readequar e direcionar os investimentos para atender as demandas oriundas do
contrato. Salientamos que este serviço poderá também ser prestado por cooperativa
de catadores desde que atendam a exigências de contrato.
3.1.2.1.4 Munícipe:
207
Figura 4 - Fluxograma programa de coleta Modalidade A
208
imagem da cidade, garantindo melhor estética tornando-a mais aprazível não só
para os moradores, mas fundamentalmente para os turistas. Porém a implantação
demanda um alto investimento inicial, para aquisição dos mobiliários urbanos.
Estes mobiliários exigem vigilância permanente para evitar a ação de vândalos.
209
Intensificar as ações de fiscalização nas empresas (consideradas como pequenos
geradores) que tem a obrigatoriedade de elaboração e implantação de PGRS;
Aprovar anualmente o plano de trabalho e determinar pontos de coleta e destino;
Investir na aquisição de mobiliários urbanos (Contêineres);
Incrementar ações de educação ambiental no sistema porta a porta incluindo a
promoção de plano de mídia objetivando sensibilizar a população à adesão ao
programa;
Elaborar e fomentar projetos para captação de recursos financeiros, para
aprimoramento dos serviços de coleta.
3.2.2.1.4 Munícipe
210
Dispor o material selecionado devidamente identificado, através do uso de
embalagens de cor específica (preto, azul e/ou verde) e/ou dispor os resíduos em
lixeiras identificadas (seco/úmido) As orientações ao contribuinte frente a esta
metodologia serão disponibilizados através dos programas de educação ambiental
ou plano de mídia.
Figura 5 - Fluxograma
211
Secretaria da fazenda no quesito fiscalização e controle, e
Instituições governamentais e não governamentais.
3.3.2 Justificativa
3.3.4 Procedimentos:
3.3.4.1 Responsabilidades:
213
Elaboração e financiamento de plano de mídia de modo a promover a
conscientização do contribuinte e adesão ao programa (mídia falada e escrita);
Elaborar e fomentar projetos de captação de recursos financeiros, para
aprimoramento dos serviços de coleta.
3.3.4.1.4 Munícipe:
214
Dispor o material separado em local adequado para a coleta.
3.3.4.2 Cronograma
Educação Ambiental x x x x x x X x
Procedimento de Coleta x x x x x X x
Fiscalização x x x x
3.3.4.3 Fluxograma:
3.3.4.4.Possíveis Parceiros:
215
Instituições de ensino, empresas públicas e privadas, dando ênfase as secretarias
municipais que se relacionam fortemente com o tema como:
Secretaria de saúde no combate a dengue;
Secretaria de educação no quesito educação ambiental;
Secretaria da fazenda no quesito fiscalização e controle, e
Instituições governamentais e não governamentais.
3.3.4.5.Controle e Acompanhamento
216
Figura 7 Fluxograma coleta seletiva com código de barras
3.3.4.7 Orçamento
217
APÊNDICE 3 – PROJETO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) EM FOZ DO IGUAÇU
1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
218
QUADRO 25: Classificação dos Resíduos Sólidos de Saúde por grupo de
resíduo.
Classificação do Resíduo Descrição
Classe A Resíduos potencialmente infectantes:
Tais como:
Classe B Resíduos químicos
Classe C Rejeitos radioativos
Classe D Resíduos equiparados aos resíduos
domiciliares
Classe E Resíduos perfurocortantes ou
escarificantes
Fonte: Resolução RDC ANVISA n° 306/04 e CONAMA n° 358/05.
2 ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO
3 OBJETIVOS
219
• Identificar e cadastrar as empresas que coletam, transportam e fazem a
destinação final dos RSS;
• Manter o controle da geração, transporte e destinação dos RSS, dos
entes públicos e privados.
4 RESPONSABILIDADES
220
▪ Elaborar e implantar o PGRSS na unidade;
▪ Apresentar ao Poder Público Municipal o comprovante de tratamento e
destinação final dos Resíduos Sólidos;
▪ Atualizar os dados do PGRSS conforme exigência do Poder Público
Municipal.
5 FLUXOGRAMA
221
IDENTIFICAÇÃO DAS
FONTES GERADORAS
FONTE GERADORA
COLETA INTERNA
ARMAZENAMENTO
TEMPORÁRIO
TRANSPORTE
INTERNO
ARMAZENAMENTO
COLETA E TRANSPORTE EXTERNO
EXTERNO
222
ESTABELECIMENTO GERENCIAMENTO DE PELA AVALIAÇÃO /
RESÍDUOS APROVAÇÃO DO PLANO
Estabelecimentos de alto e PGRSS Vigilância Sanitária e IAP
médio risco ambiental
Estabelecimentos de baixo PGRSS Vigilância Sanitária / SMSA
risco ambiental, geradores de
RSS dos grupos A e E
223
APÊNDICE 4 – PROJETO “ÓLEO DE FRITURA”
1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
O óleo seja de origem vegetal ou animal, quando atinge o meio ambiente, causa
impactos consideráveis. Segundo a Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo, em seu material gráfico de campanha de conscientização, um
litro de óleo de fritura contamina aproximadamente 25 mil litros de água.
Para óleos de graxas de origem vegetal e animal, a legislação federal (Res.
CONAMA 357/05 - art. 34) estabelece o limite de 50 mg/l e a partir deste valor se
obtém que o óleo de fritura polui mais de 25.000 litros de água, o que, aliás, já
constitui um grande volume. Na utilização de outros critérios como a DBO5 máxima
de 60 mg/l poderão ser obtidos outros números. Neste caso a questão não é
simples, pois a DBO5 depende do tipo de óleo e contaminantes (restos de
alimentos). O mais importante na verdade não é estimar quantos litros são afetados,
mas sim entender que o óleo é um produto bastante poluente e que por outro lado,
pode ser reaproveitado, com ganho ambiental e social.
Ainda segundo a Sabesp, o óleo de fritura causa danos sérios ao meio ambiente,
contaminando rios e bacias hidrográficas, bem como, à rede coletora de esgoto,
provocando o travamento de bombas submersas e a obstrução de coletores troncos,
principalmente em regiões onde há predominância de bares e restaurantes.
De acordo com estudos da BIOSANTOS, o consumo de óleo de fritura é de 6
litros/hab/ano.
Considerando a população de Foz do Iguaçu em torno de 258.000 habitantes,
teríamos um consumo estimado em torno de 1.548.000 litros/ano.
A prefeitura municipal, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Obras, vem
buscando parceria com empresas especializadas de modo a atender a demanda do
município, baseada na Lei Municipal Nº. 3.878 de 08 setembro de 2011 que dispõe
sobre a coleta, transporte e destinação final de óleos utilizados na fritura de
alimentos no município de Foz do Iguaçu e dá outras providências.
A reciclagem do óleo de fritura tem importância fundamental para o Município de Foz
do Iguaçu, além de gerar emprego e renda, deixa de poluir o meio ambiente, bem
como as redes de esgoto da cidade.
224
2 DIAGNÓSTICO
3 OBJETIVO GERAL
• Beneficiar os domicílios e demais pontos comerciais, com o
encaminhamento adequado do óleo de cozinha usado.
4 ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO
5 PROGNÓSTICO
225
• Elaborar Plano de Divulgação e campanha de modo a sensibilizar
e conscientizar a população quanto ao sistema de coleta
implantado no município;
• O sistema de coleta a ser implantado deverá atender aos grandes
geradores e residências em geral.
6 RESPONSABILIDADES
226
6.2 EMPRESAS CONVENIADAS RESPONSÁVEIS PELA COLETA DE ÓLEO
DE FRITURA
227
• Estimular a instalação de pontos de entrega voluntária em seus
estabelecimentos e ou fortalecer a divulgação de postos de coleta
do óleo.
• Quando da elaboração dos PGRS, os grandes geradores
deverão informar a empresa coletora e o destino final do óleo
coletado,
6.5 DO FABRICANTE
Coleta em
Pontos de entrega grandes
Empresa coletora Voluntária Reciclagem
geradores
8 POSSÍVEIS PARCEIROS
9 FONTES DE DADOS
www.biosantos.com.br
228
www.vitare.ind.br
www.sabesp.com.br
Plano de Saneamento de Resíduos Sólidos de Piracicaba – SP;
PGRS Municipal de Rio Negro PR;
Assembléia Legislativa do Paraná.
229
APÊNDICE 5 - PROJETO RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
1 JUSTIFICATIVA
230
Art. 7o O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção
Civil será elaborado, implementado e coordenado pelos municípios e pelo
Distrito Federal, e deverá estabelecer diretrizes técnicas e procedimentos
para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores, em
conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza urbana local.
2 LEGISLAÇÃO PERTINENTE
231
Para isso a legislação estabeleceu instrumentos de controle. A Legislação Federal
por meio da Resolução 307/2002 Conama, estabelece em seu art. 5º que:
Com essa definição das classificações aplicáveis aos RCC, e dos instrumentos de
implementação da gestão dos RCC, a prioridade é sempre a não geração dos
resíduos, e se gerar, deve estabelecer procedimentos para sua reutilização, e o por
fim não sendo possível reutilizar deve-se realizar a reciclagem e destinação final
correta. Cabendo a cada município a responsabilidade de estabelecer ações para
que seja cumprida a resolução do 302/2002 do Conama.
3 OBJETIVOS
4 PROCEDIMENTOS
232
Para a implantação das ações propostas, primeiramente se faz necessário a criação
de uma legislação municipal regulamente e implemente o Sistema de Gestão
Sustentável de Resíduos da Construção Civil, conforme previsto na Resolução Nº
307/2002 do Conama. Estabelecendo as diretrizes para pequenos, grandes
geradores, poder publico e a iniciativa privada, pois somente após definido as
responsabilidades especificas de cada parte, será possível desenvolver as ações
propostas.
Posteriormente a criação da legislação, com as definições das responsabilidades,
inicia-se a campanha de divulgação e orientação para os pequenos e grandes
geradores, paralelamente intensifica-se a fiscalização dos mesmos. Conforme
descriminado no cronograma de execução, mais a frente no tópico.
A cobrança pela M³ de RCC despejada no aterro é uma forma de conscientizar o
gerador de sua responsabilidade quanto aos resíduos gerados, pois o mesmo é de
responsabilidade o gerador, cabendo ao município à fiscalização. No município de
Foz do Iguaçu atualmente é disponibilizado aos geradores o aterro sanitário como
local de disposição final dos RCC de forma gratuita, porem isso vai em contradição a
legislação federal que proíbe o aterro sanitário de receber resíduos dessa ordem.
Com a implantação do sistema de gestão, e da usina de reciclagem comentada na
sequência, automaticamente cessa a disposição desses resíduos nos aterro
sanitário, sendo eles direcionados para uma usina para ser beneficiado.
Considerando o valor agregado dos RCC, suas inúmeras formas de reutilização e
reciclagem e o correto gerenciamento dos RCC, é indispensável no município à
implantação de usinas de reciclagens, seja elas municipais ou privadas, no caso das
ultimas sendo instituídos convênios com o município e incentivos as implantações
das mesmas. Pois mediante a implantação da usina, será possível realizar o
beneficiamento dos resíduos e sua reinserção na economia.
Após o beneficiamento o RCC, passa a ser matéria prima e/ou produto, podendo ser
reutilizado para nas novas edificações. Considerando isso, estabelece um
percentual obrigatório de materiais reciclados da construção civil nas obras publicas,
pois assim incentiva-se a reciclagem por meio do exemplo, e também fomenta a/as
usinas implantadas. Nas obras privadas como forma de incentivo a utilização de
materiais ecológicos, cria-se incentivos fiscais para as edificações que comprovarem
a utilização dos materiais ecológicos na sua execução.
233
5 FLUXOGRAMA
6 RESPONSABILIDADES
Para a realização dessa mudança na forma de gestão dos RCC que está sendo
proposta neste estudo. De forma haja realmente uma integração entre as partes
interessadas, e assim transformar a realidade atual. É imprescindível que cada
stakeholder25 assuma sua responsabilidade no processo.
25 O termo inglês stakeholder que designa uma pessoa, grupo ou entidade com legítimos
interesses nas ações e no desempenho de uma organização e cujas decisões e atuações
possam afetar, direta ou indiretamente, essa outra organização.
234
➢ Prestador de Serviços / transportador: Cumprir e fazer cumprir
as determinações normativas que disciplinam os procedimentos e
operações do processo de gerenciamento de resíduos sólidos e
de resíduos de obra civil em especial.
➢ Aterro de Inertes: Cumprir e fazer cumprir as determinações
normativas que disciplinam os procedimentos e operações de
aterros de inertes, em especial, o seu controle ambiental.
➢ Poder publico: Normatizar, orientar, controlar, fiscalizar a
conformidade da execução dos processos de gerenciamento do
Plano Integrado de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos, em
especial aos Resíduos da Construção Civil. Cabendo também,
criar soluções e alternativas, que priorizem o uso mais nobre
desses resíduos considerando seu valor agregado e adotar
medidas para estruturação da rede de áreas para recebimento,
triagem e armazenamento temporário de pequenos volumes de
resíduos de obra civil para posterior destinação as áreas de
beneficiamento.
7 CRONOGRAMA
235
Criar legislação
Orientação e Divulgação
Sistema de Gerenciamento Integrado
Implantar ações grandes geradores
Implantar ações pequenos geradores
Fiscalização
Cobrança Despejo M³ RCC
Implantação Usina RCC
Percentual Obras Publicas
Percentual Obras Privadas
8 P0SSÍVEIS PARCEIROS
236
APÊNDICE 6 - PLANO DE CONTINGÊNCIA DO SISTEMA DE LIMPEZA
URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
1 INTRODUÇÃO
2 AGENTES ENVOLVIDOS
237
empresas autônomas que respondem pelos serviços de limpeza pública e/ou pela
gestão dos resíduos sólidos.
238
deve ser devidamente adaptado às estruturas funcionais com que operam os
municípios.
239
Quadro: Medidas de emergência e contingência aplicáveis aos serviços públicos de limpeza urbana.
SERVIÇO ORIGEM AÇÃO EMERGÊNCIA E DE CONTINGÊNCIA
Greves de pequena duração; ➢ Identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários
Paralisações por tempo indeterminado municipais, que possam efetuar o serviço através de mutirões.
Varrição Manual
das prestadoras de serviços ou dos ➢ Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime
próprios trabalhadores. emergencial
Greves de pequena duração; ➢ Identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários
Paralisações por tempo indeterminado municipais, que possam efetuar o serviço através de mutirões.
Limpeza Pós Feiras Livres
das prestadoras de serviços ou dos ➢ Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime
próprios trabalhadores. emergencial
➢ O Plano de Contingência para este tipo de procedimento se concentra nos
serviços esporádicos, decorrentes da queda de árvores.
➢ O maior problema a ser equacionado está no tombamento de árvores
Greves de pequena duração; causado por tempestades e/ou ventanias atípicas, que atingem inclusive
Paralisações por tempo indeterminado espécimes saudáveis. Neste caso, os prejuízos podem atingir perdas
Manutenção de Áreas das prestadoras de serviços ou dos incalculáveis, não só diretamente pela perda de vidas humanas, veículos e
Públicas próprios trabalhadores. edificações, mas também indiretamente pela interrupção dos sistemas de
Intempéres. energia, telefonia e tráfego em regiões inteiras;
➢ Em função da amplitude do cenário de devastação, além de órgãos e
entidades que cuidam do tráfego, da energia elétrica e, conforme a gravidade,
o sistema de resgate dos Bombeiros, ainda pode ser acionada recursos das
regiões vizinhas e, numa última instância, a Defesa Civil.
➢ Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime
emergencial
➢ No caso de paralisação apenas da coleta seletiva de materiais recicláveis, pelo
fato do "lixo seco" não conter matéria orgânica sujeita à deterioração, os
materiais recicláveis podem aguardar por um tempo maior nos próprios
Greves de pequena duração;
domicílios geradores.
Paralisações por tempo indeterminado
➢ Na hipótese da paralisação se manter por um tempo maior que o previsto,
Coleta Domiciliar de RSD das prestadoras de serviços ou dos
impossibilitando a estocagem dos materiais nos domicílios e a prestadora de
próprios trabalhadores.
serviço em regime emergencial ainda não estiver em operação, os materiais
devem ser recolhidos pela equipe de coleta regular e conduzidos para a
unidade de disposição final dos rejeitos dos resíduos sólidos domiciliares.
➢ Porém, é da maior importância à comunicação através de panfletos
distribuídos pela própria equipe de coleta domiciliar regular, informando sobre
240
a situação e solicitando colaboração da população.
➢ No caso da compostagem da matéria orgânica, o Plano de Contingência recomenda
os mesmos procedimentos aplicados à prestação de serviços públicos, ou seja, a
mobilização de equipes de outros setores da municipalidade ou, se a paralisação
Desvalorização do preço de venda persistir, a contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime
Pré-Beneficiamento e/ou
desses materiais no mercado emergencial.
Tratamento dos RSD ➢ No caso dos materiais recicláveis, é importante que a cessão das instalações e
consumidor.
equipamentos para uso das cooperativas de catadores tenha em contrapartida a
assunção do compromisso por parte deles de receber e processar os materiais
independentemente dos preços de mercado.
➢ Considerando a ocorrência de greves de pequena duração, é possível deslocar
equipes de outros setores da própria municipalidade.
➢ Para o caso da paralisação persistir por tempo indeterminado, é recomendável trocar a
solução doméstica pela contratação de empresa prestadora de serviço em regime
emergencial, pois ela poderá também dar conta dos serviços mais especializados de
manutenção e monitoramento ambiental.
A paralisação do serviço de operação ➢ Enquanto isto não acontece, os resíduos poderão ser enviados para disposição final
de um aterro sanitário pode ocorrer por em outra unidade similar existente na região. Esta mesma providência poderá ser
diversos fatores, desde greves de usada no caso de demora na obtenção do licenciamento ambiental para sobre elevação
pequena duração ou paralisações por e/ou ampliação das células existentes.
tempo indeterminado até ocorrências ➢ A ruptura dos taludes engloba medidas de reparos para recomposição da configuração
que requerem maiores cuidados e até topográfica, recolocação dos dispositivos de drenagem superficial e reposição da
mesmo por demora na obtenção das cobertura de solo e gramíneas, de modo a assegurar a perfeita estabilidade do maciço,
licenças ambientais necessárias. após a devida comunicação da não conformidade ao IAP.
Paralisação na Disposição ➢ Explosões decorrentes do biogás são eventos mais raros, que também podem ser
Devido às características específicas evitados por um sistema de drenagem bem planejado e um monitoramento direcionado
Final de Rejeitos dos RSD
dos resíduos recebidos pelos aterros para detectar com antecipação a formação de eventuais bolsões no interior do maciço.
sanitários, os motivos de paralisação ➢ Com relação a explosão ou mesmo incêndio, o Plano de Contingência prevê a
podem exceder a simples greves, evacuação imediata da área e a adoção dos procedimentos de segurança,
tomando dimensões mais simultaneamente ao acionamento dos Bombeiros, e a comunicação ao IAP.
preocupantes, como, ruptura dos ➢ Os vazamentos de chorume também não são comuns, já que o aterro sanitário é
taludes, falta de material de cobertura, dotado de uma base impermeável, que evita o contato direto dos efluentes com o solo e
explosões provocadas pelo biogás, as águas subterrâneas. Portanto, eles têm mais chance de extravasar nas lagoas e/ou
vazamentos de chorume e outros. nas tubulações de recalque, seja por problemas operacionais ou mesmo por excesso
de chuvas de grandes proporções no caso das lagoas.
➢ A primeira medida do Plano de Contingência diz respeito à contenção do vazamento
e/ou transbordamento, para estancar a origem do problema e, em seguida, a
transferência do chorume estocado para uma ETE mais próxima através de caminhão
limpa fossa.
➢ Caso a ocorrência resulte na contaminação do solo e/ou das águas subterrâneas, o
241
passivo ambiental poderá ser equacionado através das orientações do órgão ambiental
estadual, ou na ausência, as prescritas no Manual de Gerenciamento de Áreas
Contaminadas, emitido pela CETESB.
Devido à alta periculosidade no
manuseio desse tipo de resíduos, sua
coleta, transporte e tratamento são
sempre realizados por equipes
treinadas e devidamente equipadas ➢ Por tratar-se de atividades altamente especializadas, que requerem recursos
com os EPI's necessários e dotadas de materiais e humanos especiais, não é recomendável que se desloquem
veículos e equipamentos especialmente equipes da própria municipalidade ou, no caso de consórcios, das
Coleta, Transporte e
adequados para essas funções. Logo, a municipalidades consorciadas para cobrir qualquer deficiência de atendimento.
Tratamento dos RSS
tarefa da municipalidade limita-se ao ➢ Portanto, se isso vier a acontecer, o Plano de Contingência recomenda a
gerenciamento administrativo do contratação de empresa prestadora deste tipo de serviço em regime
contrato com essas empresas e o risco emergencial.
de descontinuidade se resume a greves
de pequena duração ou paralisações
por tempo indeterminado das
prestadoras de serviços.
242