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Abc das Antenas, Allan Lytel (Início: 20/03/2013)

A antena pode ser considerada o elo mais importante na cadeia de transmissão e recepção por
ondas de rádio. Os primeiros projetos de antenas foram desenvolvidos pelos físicos Hertz e
Marconi, a partir de experiências realizadas no final do século XIX e início do século XX. Até os
dias de hoje a teoria fundamental sobre antenas, desenvolvida por esses dois cientistas, é
adotada.

Antes de iniciar os estudos sobre o funcionamento das antenas, é importante tratar as ondas
de rádio, saber suas propriedades e características.

Esse estudo não terá seu foco nas operações matemáticas complexas relacionadas às antenas,
às ondas de rádio e aos campos eletromagnéticos.

Ondas de rádio

As ondas de rádio são uma forma de radiação eletromagnética. Suas propriedades


fundamentais são:

1- Frequência;
2- Intensidade do campo;
3- Polarização;
4- Direção de deslocamento.

A diferença das ondas de rádio para as demais ondas – de calor, luz, raios X, raios cósmicos,
etc- é a sua freqüência ou comprimento de onda.

Relação matemática entre a velocidade, a frequência e o comprimento de onda:

λ = 300 / f

λ = comprimento de onda, em metros.

300 = velocidade da luz, no espaço livre, em milhares de quilômetros

f= freqüência, em megahertz

As ondas de rádio podem ser classificadas quanto à sua propagação como:

1- Ondas Terrestres (ou Superficiais): Inclui as ondas diretas – ou ondas de linha de visão-
e aquelas que são refletidas pela terra. Deslocam-se ao longo da superfície terrestre e
dependem da terra como meio de propagação.

2- Ondas Espaciais: São as ondas refletidas pela ionosfera (regiões ionizadas da parte
superior da atmosfera) ou pela troposfera e que retornam à terra. É irradiada para
cima e é mais ou menos afetada pela ionosfera, de acordo com a sua frequência.
(Pg 11 – figura)
As antenas transmissoras emitem – irradiam- um sinal, sob a forma de camadas hemisféricas
de energia, ou frentes de onda. Essas ondas podem ser captadas por antenas receptoras, ou
seguir para o espaço exterior. Aquelas que seguem para o espaço, quando não passam por
efeitos de refração e reflexão verificados em certas faixas de frequência, são consideradas
como energia perdida.

A superfície terrestre é meio de propagação essencial para as ondas superficiais. Contudo, ela
oferece uma resistência às correntes induzidas pelo sinal irradiado, o que gera uma limitação
às distâncias que podem ser atingidas por propagação terrestre. A comunicação por ondas de
rádio com frequências superiores à 30 MHz são transmitidas pelas partes do sinal que não
dependem essencialmente da superfície terrestre para a propagação.

A ionosfera

As ondas espaciais são afetadas pelas camadas de partículas ionizadas ou carregadas da


ionosfera. As ondas com frequências superiores a 30 MHz ultrapassam a ionosfera e se
perdem no espaço. Já as ondas com frequência inferior a 30 MHz são refletidos pela ionosfera
e retornam à terra a diferentes distâncias do transmissor. O alcance da transmissão dos sinais
de uma antena pode ser aumentado pelo aproveitamento da onda espacial refletida.

A ionização da atmosfera se dá pela radiação ultravioleta do sol e pelos raios cósmicos


provenientes do espaço exterior. Estes raios são dotados de grande velocidade e alto nível
energético, o que faz com que haja o desprendimento de elétrons de alguns átomos e
moléculas de ar das camadas superiores da atmosfera, onde o ar é rarefeito. Assim, nessa
região ficam concentrados elétrons livres, íons positivos e íons negativos

Os cientistas concluíram que há quatro camadas de partículas ionizadas ao redor da terra.


Cada uma dessas camadas tem uma densidade e uma espessura diferente, alcançando
distâncias de aproximadamente 80 a 360 quilômetros acima da superfície terrestre. A camada
mais próxima à superfície exerce menos influência. Já as próxima camadas, compreendem
altitudes que variam:

 entre 80 e 144 quilômetros;


 entre 144 e 240 quilômetros;
 entre 144 e 360 quilômetros.

Como já foi dito, essas camadas não são delimitadas com exatidão, mas são diferenciadas de
acordo com o grau de densidade dos elétrons: a densidade de uma camada é maior que a da
camada imediatamente abaixo. (pg 13 – figura)

À noite, como não há irradiação direta de raios ultravioleta pelo sol, há uma tendência à
extinção e acomodação das camadas ionizadas. Com essa variação na disposição das camadas
pode haver transmissões de sinais a maiores distâncias à noite do que durante o dia.
A ionosfera exerce influência sobre ondas de rádio de certas frequências. O efeito dessa ação
consiste em alterar a direção de propagação das ondas.

Quando uma onda de rádio atinge os elétrons livres da ionosfera, esses elétrons absorvem
parte da energia da onda e vibram. A amplitude de vibração depende da frequência da onda:
quanto menor a frequência, maior a amplitude e a velocidade. A transmissão de ondas com
frequências superiores a 30 MHz não é totalmente confiável.

O elétron que vibra se torna uma carga móvel – corrente elétrica- e cria um campo de
radiação. A onda que passa é então absorvida pelo elétron, que irá reirradiá-la com uma
direção diferente da inicial. O efeito global desse fenômeno é conhecido como refração
ionosférica, que é mudança da direção de propagação da onda quando esta passa de regiões
de maior densidade de elétrons para regiões de menor densidade de elétrons.

As sucessivas refrações fazem com que a onda que penetra na ionosfera retorne à terra a
diferentes distâncias do transmissor, dependendo do ângulo de entrada. A distância entre o
transmissor e o ponto em que a onda espacial retorna à terra é chamada de distância de salto,
já que a área compreendida entre o limite de cobertura da onda terrestre e esse ponto, o sinal
não pode ser captado. Essa área é chamada de zona de silêncio.

A onda emitida pela antena transmissora pode atravessar a ionosfera e ganhar o espaço
exterior, ou ser refletida pela ionosfera para a terra.

A onda de rádio pode apresentar uma trajetória curva, graças à mudança de velocidade que
sofre à medida que se propaga. Essa variação de velocidade da onda depende:

1- Da temperatura: com a diminuição da temperatura há um aumento na velocidade de


propagação da onda
2- Da pressão atmosférica: com a diminuição da pressão atmosférica há um aumento na
velocidade de propagação da onda
3- Da quantidade de vapor d´água: com o aumento da quantidade de vapor d´água há
um aumento na velocidade de propagação da onda.

Sabe-se que a mudança de altitude é acompanhada por alterações nos fatores citados acima.
“Em geral, observa-se o aumento da velocidade das ondas de rádio à medida que a altitude
aumenta”. Isso provoca uma pequena curvatura em uma onda de rádio que se desloca por
cima da superfície da terra. (pg 17). Pode haver casos em que os padrões não são seguidos,
formando ductos.

Outra situação que leva à alteração na propagação das ondas é a reflexão dos sinais por outras
superfícies que não sejam a ionosfera (satélites, por exemplo).

A propagação por espalhamento troposférico é um outro método para aumentar o alcance de


certos tipos de transmissão. Esse fenômeno depende de condições atmosféricas específicas
(não acontecem todo o tempo, como as reflexões na ionosfera, que podem ser usadas
continuamente).

Grande parte das ondas de frequências altas são apenas enviadas à distâncias muito curtas, já
que elas passam pela ionosfera sem ser refratadas, perdendo-se para fins de comunicações
terrestres.

Polarização

As ondas de rádio são compostas de duas componentes: o Campo Magnético e o Campo


Elétrico. Esses dois campos se mantêm em ângulo reto entre si. (fig 1.13)

A direção do Campo Elétrico de uma onda determina sua polarização. A polarização das ondas
de rádio dependem da posição da antena transmissora em relação à terra. Quando a antena
transmissora é horizontal, ela irradia uma onda horizontalmente polarizada. Quando a antena
é vertical em relação à terra, ela irradia uma onda verticalmente polarizada. Isso significa dizer
que o vetor Campo Magnético é horizontal ou vertical. A onda verticalmente polarizada passa
por menos atenuações à antena receptora, de modo que esta leve um pouco mais de energia
até a antena receptora que a horizontalmente polarizada. A onda verticalmente polarizada,
contudo, está mais sujeita à ruídos. Padronizou-se que as transmissões de FM e televisão são
horizontalmente polarizadas.

Faixas de Frequência

As faixas de frequência têm gradne importância na propagação de ondas de rádio. Há


convenções para a nomeação das diferentes faixas, com sua sigla em inglês:

 Frequências muito baixas (VLF) 10 a 30 kHz

Muito utilizadas para comunicação à longas distâncias. As ondas terrestres são pouco
atenuadas, e as ondas espaciais são bem refletidas. Pode atingir até milhares de quilômetros.
As antenas de transmissão de ondas com essa frequência possuem, porém, grandes dimensões
e são dispendiosas.

 Frequências baixas (LF) 30 a 300 kHz

A onda terrestre de baixa frequência tem um alcance menor em relação às VLF, já que ela
sofre uma atenuação maior durante sua propagação. Além disso, a absorção espacial é mais
significante. O alcance diurno dessas ondas passa a ser de centenas de quilômetros. As ondas
espaciais podem auxiliar no aumento da cobertura de alcance do sinal.
 Frequências médias (MF) 300 A 3000 kHz

Inclui a faixa de radiofusão comercial. Alcança-se uma cobertura confiável à distâncias de até
160 quilômetros da antena transmissora. Durante a noite, a transmissão pode ser satisfatória
além do limite colocado, por meio das ondas espaciais.

 Frequências altas (HF) 3 A 30 MHz

Nessa faixa de frequência, a cobertura das ondas terrestre fica restrita a poucos quilômetros
de distância da antena transmissora. A propagação por onda espacial é a única maneira segura
de propagação do sinal à longa distância, nessa faixa.

 Frequências muito altas (VHF) 30 a 300 MHz

Inclui as faixas comerciais de FM e televisão em VHF. As antenas transmissoras para essas


frequências são montadas à grandes alturas em relação ao solo. De modo geral, não há a
possibilidade de propagação de ondas espaciais por meio da reflexão pela ionosfera.

 Frequências ultra-altas (UFH) 300 a 3000 MHz

A propagação direta de ondas com essas frequências pode ir além do horizonte visual devido à
refração mais acentuada na atmosfera. A distância real que pode ser coberta depende da
altura das antenas transmissora e receptora. A absorção do sinal é mais alto nessas
frequências , especialmente devido à influências atmosféricas, como a umidade.

 Frequências superaltas (SHF) 3 a 30 GHz

Dentre as maneiras mais usuais de comunicação por transmissão de ondas de rádio, essas
ondas são as de maior frequência. A absorção do sinal aumenta consideravelmente devido à
umidade e precipitações (chuva, neve, etc.)
Características Básicas das Antenas

Uma linha de transmissão é um par de fios com a finalidade de transferir energia de um ponto
para outro. A linha de transmissão recolhe a energia fornecida pelo transmissor e a leva até a
torre, alimentando assim a antena. A linha de transmissão pode também transportar a energia
captada pela antena até o receptor (como acontece nas televisões).

Antena dipolo é equivalente a uma linha de transmissão em circuito aberto, alimentada por
um gerador. Quando os dois fios são afastados ao máximo entre si, as correntes dos sois fios
têm a mesma direção. Os campos elétrico e magnético resultantes (criados a partir das
correntes elétricas) se somam, criando campos de irradiação fortes ao redor da antena. Esses
campos criados são os responsáveis pelas ondas eletromagnéticas que partem do transmissor
e também possibilita a recepção de sinais no receptor.

A resposta da antena à uma dada frequência de onda eletromagnética depende da construção.


Por exemplo, se um dipolo é feito de fio de cobre fino, essa antena funcionaria apenas em uma
faixa estreita de frequências.

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