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ÍNDICE DE ASSUNTOS
Crime Societário e Denúncia
Decreto Regulamentar e ADIn
Exame de Dependência Toxicológica
Extinção da Punibilidade
Extradição de Brasileiro Naturalizado
Fundamentação Válida
Imissão Provisória e Desapropriação
Incidência Cumulativa de Adicionais
Prequestionamento
Reformatio in Pejus
Revisão de Benefícios: Termo Inicial
Soberania do Júri
PLENÁRIO
Decreto Regulamentar e ADIn - 1
O julgamento de ação direta de inconstitucionalidade
ajuizada contra decreto legislativo que susta, com base no
art. 49, V, da CF (“É da competência exclusiva do
Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa;”), decreto regulamentar do
Poder Executivo impõe o exame incidental da conformidade
deste decreto com a lei por ele regulamentada, sem o que não
se pode saber se o Poder Legislativo exerceu validamente a
competência prevista no citado art. 49. Hipótese que não se
confunde com aquelas em que o decreto regulamentar figura
como o objeto principal da ação direta, o que a
jurisprudência do STF não admite sob o fundamento de que,
ou o decreto impugnado está de acordo com a lei
regulamentada, e então ela é que seria inconstitucional, ou
não está de acordo, e o caso seria de mera ilegalidade do
decreto. Precedente citado: ADIn 748-RS (RTJ 143/510).
PRIMEIRA TURMA
Crime Societário e Denúncia
Não é inepta denúncia que imputa a diretores de empresa
que deixa de recolher contribuição social descontada de seus
empregados a prática dos crimes previstos nos arts. 168 do
CP (conforme art. 86 da Lei 3807/60) e 5º da Lei 7492/86
(conforme art. 95, d e § 1º, da Lei 8112/90), pelo simples
fato de figurarem eles, no contrato social, como gerentes da
sociedade durante o período em que os mencionados
recolhimentos deixaram de ser feitos. Precedentes citados:
RHC 65.369-SP (RTJ 124/547); RHC 63.825-SP (RTJ
114/226); RHC 58.544-SP (RTJ 101/563). HC 74791-RJ, rel.
Min. Ilmar Galvão, 4.3.97.
Prequestionamento
A Súmula 356 do STF (“O ponto omisso da decisão,
sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não
pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o
requisito do prequestionamento.”) é aplicável mesmo que as
questões suscitadas no extraordinário hajam surgido no
julgamento em que proferida a decisão recorrida. AI
189.266-SP (AgRg), rel. Min. Moreira Alves, 4.3.97.
Fundamentação Válida
Nada impede que o relator, para negar seguimento a
agravo de instrumento, adote por transcrição os argumentos
defendidos pela parte agravada. Com base nesse
entendimento, a Turma confirmou despacho do relator que
acolhera como suas as razões com as quais o agravado
(Fazenda do Estado de São Paulo) contestava a alegação de
ofensa ao princípio da não-cumulatividade pelo fato de a
legislação estadual não autorizar a correção monetária de
créditos escriturais do ICMS (despacho publicado na íntegra
no DJU de 22.11.96). AI 181.138-SP (AgRg), rel. Min.
Moreira Alves, 4.3.97.
SEGUNDA TURMA
Soberania do Júri
A anulação, por contrariedade manifesta à prova dos
autos, de decisão do Tribunal do Júri que acolhe, dentre as
versões constantes do processo, a mais favorável ao acusado,
ofende o princípio da soberania dos veredictos (CF, art. 5º,
XXXVIII). Com base nesse fundamento, a Turma deferiu,
por empate na votação, habeas corpus impetrado contra
acórdão do Tribunal de Justiça da Paraíba que, reconhecendo
a existência de dolo eventual e não mera culpa consciente ,
anulara decisão do júri que desclassificara para homicídio
culposo o crime de homicídio doloso imputado ao paciente
por haver ele causado a morte da vítima, em atropelamento
durante corrida em via pública (“racha” ou “pega”). Antes
disso, o Tribunal de Justiça já havia pronunciado o réu, ao
prover recurso da acusação interposto contra decisão do juiz
singular que, por ocasião da pronúncia, desclassificara o
delito para homicídio culposo. Vencidos os Ministros
Maurício Corrêa e Carlos Velloso, que confirmavam o
acórdão impugnado. Precedente citado: RECr 104061-PR
(RTJ 117/1273). HC 74.750-PB, rel. Min. Marco Aurélio,
4.3.97.
Reformatio in Pejus
Acolhendo a alegação de ofensa ao princípio ne
reformatio in pejus, a Turma deferiu habeas corpus contra
acórdão que, no julgamento de apelação interposta apenas
pela defesa em favor de réu condenado pela prática de tráfico
de drogas crime sujeito à disciplina do art. 2º, § 1º, da Lei
8072/90 (“A pena por crime previsto neste artigo será
cumprida integralmente em regime fechado.”) , reformou a
sentença que fixara o regime inicial aberto para o
cumprimento da pena, determinando fosse ela cumprida
integralmente em regime fechado. Constrangimento ilegal
caracterizado tendo em vista não ser possível reforma mais
gravosa ao réu sem que haja recurso da acusação. Precedente
citado: HC 68.847-RJ (RTJ 138/218). HC 74.679-DF, rel.
Min. Néri da Silveira, 4.3.97.
Extinção da Punibilidade
Nos crimes contra a ordem tributária (Lei 8.137/90), a
extinção da punibilidade “quando o agente promover o
pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive
acessórios, antes do recebimento da denúncia” (Lei
9.249/95, art. 34) pressupõe a satisfação integral do débito, e
não apenas o seu parcelamento. Precedente citado: INQ
(QO) 1.028-RS (DJ de 30.8.96). HC 74.754-SP, rel. Min.
Néri da Silveira, 4.3.97.
CLIPPING DO DJ
7 de março de 1997
ADIn N. 202-3 *
RELATOR: MIN. OCTAVIO GALLOTTI
EMENTA: - Em face do disposto no art. 96, I, c, da Constituição
Federal, compete ao Tribunal de Justiça (não ao Governador) o
provimento dos juízes de carreira no cargo de Desembargador,
independentemente de aprovação da Assembléia Legislativa, quer
nessa hipótese, quer na da escolha de membros oriundos da
advocacia ou do Ministério Público (C.F., art. 94).
A vedação de férias coletivas também pela Constituição da
Bahia, contrapõe-se ao estabelecido nos artigos 66, e seguintes, da
Lei Orgânica da Magistratura Nacional, recebida pela Constituição
de 1988, e invade a competência reservada, pela mesma Carta (art.
93), à lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal.
* noticiado no Informativo 43
T R A N S C R I Ç Õ E
S
“[...]
Sob a ótica desse criativo Promotor, aqui e
sempre que se envolve o Parquet em ações que tais, prorrogada a
jurisdição do feito a incerto e sempre crescente número de pacientes
jurisdicionados.
Não parece ter sido essa em verdade a
intenção do legislador constituinte, que de uma penada teria assim
erigido o Parquet em Curador e custos legis universal, sem oitiva
dos beneficiados, dispensado o concurso ou ao menos a presença
obrigatória do advogado, visto que levado o alcance do
posicionamento ministerial às suas culminâncias, todo e qualquer
interesse pode ser tido e rotulado de difuso, na esteira do que disse
alguém alhures, que tudo que afeta o menor dos indivíduos a todos
afeta...
Por outro lado não pode realmente o Parquet
exercer o munus que a lei concedeu ao advogado, pena de
insuportável usurpação e virtual obsolescência da nobre atividade,
relegada que estaria ao rol das excentricidades das partes, não se
vislumbrando porque alguém - refere-se aqui os não pobres no
sentido da lei - iria procurar e pagar um advogado, se pode ter seus
interesses superiormente e gratuitamente defendidos por uma
instituição do porte do Ministério Público, de indiscutível
ascendência moral e festejável nível intelectual.
Isto posto, merece o r. decisório guerreado
reparos.
Acolhe-se a matéria preliminar levantada em
sede recursal, para negar-se legitimação ativa ao Parquet para
representar os interesses de pais de alunos, dos próprios alunos de
escolas particulares pagas e terceiros. Extingue-se o processo
consoante o dispositivo ínsito no artigo 267, VI, do CPC.” (Fls.
68/74).
É o relatório.